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Décio Guzmán
Federal University of Pará
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IntroduÁ„o
Em 1878, José Veríssimo, ao começar seu longo artigo sobre “As populações
indígenas e mestiças da Amazônia”, escrevia: “A América é o vastíssimo cadinho em que
se fundem hoje as diversas raças e gentes do globo”. E mais adiante dizia: “A vasta região
amazônica é um exemplo vivo do grande fato, que nela pode ser apreciado em plena
realização, se bem que com menos variedade” (1970: 11). Estas palavras de Veríssimo
soam bastante atuais, se consideramos que o problema da mestiçagem retoma dimensões
sociais e culturais importantes na área em questão.
Como se deu a história das mestiçagens culturais e “cruzamentos de raças” na
Amazônia? Este é o tema do presente capítulo, cujo aspecto particular de análise vincula-
se à história do fenômeno de mestiçagem na região do Rio Negro (Noroeste da Amazônia
brasileira). Buscarei refletir a partir de fontes históricas, considerando especialmente as
comunidades da Bacia Rionegrina e de seus principais afluentes, sem deixar de referir o
contexto geográfico e histórico mais amplo no qual se dá o problema do “cruzamento
de raças”, para utilizar as palavras de Veríssimo.
Destacarei e tentarei articular diferentes aspectos que considero importantes para a
compreensão e explicação do processo de mestiçagem na Amazônia: antes de tudo, os
processos políticos e sociais de interação de culturas e sociedades na região; depois,
alguns dos processos históricos de formação das representações sociais da mestiçagem
amazônica, assim como a sua importância para o presente volume.
Comunidades Nativas
1. Sobre a exogamia na província etnográfica do Rio Negro, ver: Sorensen, 1967; Goldman, 1963;
Jackson, 1983; Reichel-Dolmatoff, 1971; Silverwood-Cope, 1990; Pozzobon, 1983; Hugh-Jones,
1979; Journet, 1995; Wright, 1981; Wright, 1992; Santos & Barclay, 1994-1998.
IDENTIDADE, HISTÓRIA E SOCIEDADE 65
Europeus
Sabemos que houve desde o século XVII intenso trânsito de moradores entre a ilha
dos Açores e o Maranhão, para a sua ocupação e colonização. Em 1619, 1622, 1649,
1667, e de novo 1673, 1674 e 1677, a Coroa organizou e financiou o transporte de casais
dos Açores para o Maranhão (COATES, 1998: 145).
Esta prática estendeu-se ao longo do século XVIII, principalmente durante as
reformas urbanas colocadas em prática durante a administração pombalina. Em 1751,
foram transportados para São José de Macapá (no atual Estado do Amapá) cerca de 502
ilhéus da Ilha da Madeira (MENDONÇA, 1963, I: 122). Mais 486 ilhéus dos Açores chegaram
à mesma localidade no ano seguinte (MENDONÇA, 1963, I: 35). Ao escrever, em 1753, para
o Marquês de Pombal, o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado informa sua
intenção de distribuir em vários lugares do Grão-Pará os ilhéus que chegam: a antiga Vila
de Caeté ou de Souza receberia este contingente de insulanos para fundar uma “populosa
Vila” a ser chamada de Bragança. Isto ocorreu, de fato, no ano seguinte. Na mesma carta,
anuncia também a criação de mais duas outras vilas a serem povoadas por açorianos: uma
no rio Tapajós e outra no rio Xingu. Neste mesmo documento, o governador Mendonça
Furtado antecipa-se três anos ao alvará de 4 de abril de 1755, no assunto dos casamentos
de europeus com índios, cujo conteúdo retomará quase ipsis litteris a matéria da carta.
Ele sugere:
[...] e me pareceu que seria também não só útil, mas sumamente importante se V. Maj. fôsse
[sic] servido declarar que não só não induz infâmia o casamento dos brancos com as índias,
mas, contrariamente, conceder-lhes alguns privilégios que entendo é o único meio de
podermos povoar êste [sic] largo Estado, e de dar a conhecer aos naturais dêle [sic] que os
honramos e estimamos (MENDONÇA, 1963, I: 413-4).2
Tabela 1
Brancos e seus descendentes na vila de Barcelos em 1786
Alexandre Rodrigues Ferreira atenta para o fato de que os brancos livres de toda a
Capitania do Rio Negro somam, em 1786, um total de 635 pessoas. Ele observa que,
entre os brancos recenseados no mapa da população acima citado, foram incluídos os
“mamelucos”, seus filhos. Este fato, que nos interessa de perto, é outra variedade de
interdito que encontramos nas fontes históricas, tal como a proibição do termo
“caboclo”, decretada na lei de casamentos de 4 de abril de 1755, que será comentada mais
adiante (FERREIRA, 1983: 648).
Esta população branca é formada, entre 1751 e 1800, em sua grande maioria, por
membros da Comissão Demarcadora de Limites, entre oficiais, soldados e trabalhadores,
que, aos poucos, fixam-se nas vilas e povoados e casam-se com as índias filhas dos
“principais” das vilas coloniais na Capitania do Rio Negro (FERREIRA, 1983: 647).
Deste modo, os insulanos foram deslocados inúmeras vezes de seus sítios de origem
para povoar a Amazônia. Foram sistematicamente transportados durante o período
pombalino para contemplar, entre outros interesses, os projetos urbanísticos de caráter
estratégico para a geopolítica da região. Referindo-se aos ilhéus, Pombal explicava a
IDENTIDADE, HISTÓRIA E SOCIEDADE 67
Africanos
Durante todo o século XVII e a primeira metade do século XVIII, não houve tráfico
sistemático e contínuo de escravos africanos para toda a região amazônica.3 Uma primeira
tentativa de tráfico de africanos para trabalhar nas lavouras e roçados do Grão-Pará e
Maranhão realizou-se através da Companhia de Comércio do Maranhão, fundada em
1682, que efetuou o tráfico de africanos até 1684 – ano em que foi extinta a Companhia
–, abastecendo essencialmente as fazendas do Maranhão. Após a extinção da Companhia
de Comércio do Maranhão, os contratos de importação de africanos fizeram-se com a
Companhia de Cachéu, sem volume de escravos significativo (SALLES, 1988: 28). Somente
a partir de 1756, com a criação da Companhia Geral do Grão Pará e Maranhão, é que o
“estanco” de negros africanos ganhou volume até a extinção da Companhia em 1778.
Segundo a opinião de Vicente Salles, o tráfico sob iniciativa particular foi esporádico e
não gerou dados importantes para o tratamento estatístico do comércio de africanos para
São Luiz e Belém. O comércio ilegal de negros procedentes da África ou de outros portos
brasileiros se intensificou, de fato, apenas depois de 1784 (SALLES, 1988: 30-43; Colleção
Chronologica, 1819, III: 453).
Nos anos em que durou o tráfico negreiro da África para a Amazônia, muitas foram
as dificuldades para a manutenção da sua continuidade e periodicidade. No entanto, foi
esta periodicidade relativa que povoou muitas vilas coloniais ao longo da Bacia
Amazônica e deu margem para que se tornasse real a mestiçagem dos africanos com a
população nativa indígena e cabocla. Segundo as estimativas de um contemporâneo da
Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, foram introduzidos cerca de 14.000 africanos
em todo o Estado, entre 1755 e 1778 (FERREIRA, 1983: 648). O historiador Manuel Nunes
Dias calcula, por outro lado, que, possivelmente, foram mais de 25.365 os africanos
introduzidos neste lapso de tempo, provindos da Guiné-Bissau, Cachéu e Angola (DIAS,
1970, I: 465). 4 António Carreira fala em cerca de 28.835, trazidos pela Companhia,
provenientes das mesmas áreas africanas (CARREIRA, 1988, I: 126). Ainda não há dados
3. Ainda não há monografia ou estudo completo sobre o tráfico de negros africanos para o Estado do
Grão-Pará e Maranhão nos séculos XVII e XVIII. A maioria das análises do tráfico africano existentes
são estudos subsidiários de outros temas e problemas da história social da região. Os principais estudos
são: Marin, 1985; Salles, 1988 [1971]; Vergolino-Henry & Figueiredo, 1990; Bezerra Neto, 2001.
4. O autor afirma, inicialmente, que os africanos transportados para o Grão-Pará foram em número
de 14.749. Porém, ele mesmo assevera, depois, serem estes números irreais, corrigindo-os.
68 SOCIEDADES CABOCLAS AMAZÔNICAS
conclusivos sobre o tráfico de africanos para o Grão-Pará, mas podemos considerar que
as proporções da população escrava são significativas quando sabemos que no final do
século XVIII, no Maranhão, de um total de 78.860 pessoas, havia 36.880 escravos, e no
Grão-Pará, do total de 80.000 pessoas, 18.944 eram negros africanos e seus descendentes
também escravos (MACLACHLAN, 1973: 199-230).
Na Capitania do Rio Negro, os escravos introduzidos foram relativamente poucos.
Referindo-se a este assunto, Alexandre Rodrigues Ferreira escreveu: “Quanto aos pretos
escravos, não é muito [sic], que n’este rio não hajam quantos são precisos, quando
igualmente os não ha [sic] na capitania do Pará” (1983: 648). No censo da população de
Barcelos para o ano de 1786, aparecem registrados os escravos deste modo:
Tabela 2
Escravos da vila de Barcelos em 1786
5. Mais conhecido pelo título de “Marquês de Pombal”, que lhe foi conferido em 1769 (cf. MAXWELL ,
1996: 2).
IDENTIDADE, HISTÓRIA E SOCIEDADE 69
Tabela 3
Legislação pombalina do século XVIII
Data Legislação
17/4/1751 Decreto nomeando para governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão Francisco
Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal.
3/3/1755 Carta régia que separa da Capitania do Pará a Capitania de São José do Rio Negro.
4/4/1755 Alvará que promove o casamento de europeus com nativos americanos.
6/6/1755 Carta régia que abole a escravidão indígena no Estado do Maranhão. Lei de instituição
da Companhia Geral do Grão Pará e Maranhão.
7/6/1755 Alvará de confirmação da criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão.
70 SOCIEDADES CABOCLAS AMAZÔNICAS
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6. Nasceu na Bahia em 27 de abril de 1756. Seu pai o destinara à vida eclesiástica e em 1768 tomou
ordens menores. Foi para Lisboa em 1770 e no mesmo ano matriculou-se no Curso Jurídico de
Coimbra. Com a reforma da universidade, mudou para o Curso de Filosofia e foi nomeado para
dirigir a Viagem Filosófica em território brasileiro, iniciada em 1783. Faleceu em Lisboa, no ano
de 1815. Para mais detalhes, ver Goeldi, 1982.
7. Arquivo Público do Pará, Fundo Secretaria da Capitania do Grão-Pará, Códice 291, Documento 317.
72 SOCIEDADES CABOCLAS AMAZÔNICAS
Um dos grandes problemas para o avanço nos estudos acerca das sociedades caboclas
amazônicas é justamente a crença, ainda presente nos estudos de ciências sociais sobre
a região, de que estas sociedades devem ser tratadas como sistemas independentes, auto-
mais na forma de um continuum do que como uma ruptura brusca contra a qual se
chocariam sociedades mestiças de ambos os lados. Talvez a dinâmica histórica de tais
sociedades, pelo menos nas regiões fronteiriças da Amazônia, esteja intimamente ligada
ao fluxo e refluxo das populações “caboclas” que circulam e se conectam há séculos,
separadas apenas por iniciativas dos Estados nacionais e de suas ideologias.
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