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Aula 01 – Poder Representativo, Organização Eleitoral e Justiça Eleitoral

Aula – Partidos Políticos, Garantias Eleitorais

Matéria: Direito Eleitoral


Professora: Patrícia Gasparro Sevilha Greco
1. PARTIDOS POLÍTICOS.....................................................................3
1.1- Sistemas Partidários..................................................................22
1.2- Cláusula de barreira...................................................................26
1.3- Órgãos partidários.....................................................................30
1.4- Filiação partidária......................................................................31
1.5- Fidelidade partidária...................................................................36
1.6- Financiamento dos partidos políticos, controle de arrecadação e
prestação de contas...........................................................................42
2- GARANTIAS ELEITORAIS...............................................................57
2.1- Liberdade de escolha...................................................................58
2.2- Proteção jurisdicional contra a violência atentatória à liberdade de
voto.................................................................................................59
2.3- Contenção ao poder econômico e ao desvio e abuso do poder político
.......................................................................................................61
2.4- Transporte de eleitores das zonas rurais.........................................62
3- QUESTÕES COMENTADAS..............................................................69
4- QUESTÕES...................................................................................102
5- GABARITO...................................................................................121
6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...................................................122

Olá meus caros!


Já estamos nos aproximando da metade do curso! Mais uma etapa
em nossa jornada de estudos se inicia! O conteúdo a ser visto nesta aula é
muito importante para todos os tipos de concursos! Veremos, de agora em
diante, mais um sujeito do cenário eleitoral: os partidos políticos.
Entenderemos como é o modelo partidário brasileiro, seu funcionamento, a
aquisição da qualidade de filiado e de que modo os partidos políticos são
financiados e, ainda, como devem ser sua prestação de contas anual.
Veremos, ainda, as garantias eleitorais!
Mais uma vez, para manter nossa tradição, sugiro que respire fundo e
estude com a máxima concentração. Antecipe-se, pegue o material que
precisar, tome uma xícara de chá ou de café e sorva tanto a bebida quanto
o conteúdo desta aula!
No mais, trazemos várias questões objetivas bem pontuais que nos
auxiliarão a reforçar o conteúdo ministrado. Serenidade e persistência!
Foque em fazer o melhor, que o resultado virá naturalmente.
Forte abraço,
Patrícia Gasparro Sevilha Greco
1. PARTIDOS POLÍTICOS

Os partidos políticos são PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO


PRIVADO, mas desempenham importante papel na construção
democrática, vez que se tratam de associações civis, compostas por
pessoas naturais, e têm cunho político-ideológico.

PARTIDOS
POLÍTICOS

Pessoas Jurídicas
Compostos por Cunho político-
(associações
pessoas naturais partidário
civis)

Nossa Constituição Federal assegura um capítulo próprio apenas para


a disciplina dos Partidos Políticos (capítulo V do Título II), ou seja, o artigo
17. Vejamo-lo:
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha,
formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
2017)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de
organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e
facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido
que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017).

Conforme comanda nossa Carta Magna, pode-se, livremente, CRIAR,


FUNDIR, INCORPORAR e EXTINGUIR partidos políticos (artigo 17, caput,
CF/88), mas, qual a diferença entre estes conceitos?
Liberdade CRIAR
para: FUNDIR
INCORPORAR
EXTINGUIR
A CRIAÇÃO de um partido é o surgimento deste e a primeira etapa
para a sua consecução consiste no registro no Cartório de Registro Civil de
Pessoa Jurídica do DISTRITO FEDERAL, com isto ADQUIRE-SE
PERSONALIDADE JURÍDICA.
Após cumprida a primeira etapa, deve-se obter a aprovação do
registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, ato este que lhe atribuirá
CAPACIDADE POLÍTICO IDOLÓGICA.

1ª - Registro no Carório 2ª - Aprovação do


ETAPAS PARA CRIAÇÃO
de Registro Civil do DF registro do Estatuto no
DE UM PARTIDO
(Personalidade TSE (Capacidade
POLÍTICO
Jurídica) Político-Partidária)

Para se obter a referida aprovação do registro do estatuto, é muito


importante que o futuro partido observe, ainda ALGUNS PRECEITOS: o
resguardo da soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana, o caráter nacional, proibição
de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros
ou de subordinação a estes, a devida prestação de contas à Justiça Eleitoral
e o funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Observar o resguardo da soberania nacional
PARTIDOS
POLÍTICOS Observar o regime democrático
- CRIAÇÃO
Pluripartidarismo

Direitos Fundamentais da pessoa humana

caráter nacional

proibição de recebimento de recursos financeiros de entidades ou órgão


estrangeiros ou de subordinação a estes

prestação de contas à Justiça Eleitoral

Funcionamento parlamentar de acordo com a lei

Acerca do regramento das atividades dos partidos políticos, há a Lei


9.096/95, também chamada de “Lei dos Partidos Políticos” – LPP. Nela,
logo em seu primeiro artigo, há o objetivo maior da própria existência dos
partidos políticos:

Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado,


destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Parágrafo único. O partido político não se equipara às
entidades paraestatais.

Logo, de um modo sucinto, assim podemos resumir a destinação das


atividades político-partidárias:
DESTINAÇÃO DAS
ATIVIDADES DOS
PARTIDOS POLÍTICOS

Assegurar o interesse Autenticidade do Defender os direitos


do regime sistema fundamentais
democrático representativo definidos na CF

Ainda em se falando da criação de um partido político, além das


regras a serem observadas e já mencionadas (relativas ao artigo 17, caput
e incisos I a IV da Constituição Federal), ainda há os quantitativos
previstos nos artigos 7º, 8º e 9º, todos da Lei nº 9.096/95. Vejamos cada
um deles pormenorizadamente:
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica
na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior
Eleitoral.
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político
que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele
que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo
menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por
um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um
décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um
deles.
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber
recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à
televisão, nos termos fixados nesta Lei.
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou
confusão.
Com este artigo, podemos ver que o caráter NACIONAL do partido
político deve ser comprovado por meio do chamado APOIAMENTO e que
consiste, literalmente, no apoio dado pelo eleitorado não filiado a partido
político nos seguintes percentuais:

Número total de apoiadores: 0,5% dos votos dados


na última eleição geral para a Câmara dos
APOIAMENTO MÍNIMO
Deputados (excluem-se os votos em branco e
nulos)

(no período de 2 anos)


Este total deve estar distribuído por 1/3 ou
mais dos Estados

Em cada um destes Estados, o número de


apoiadores deve ser 0,1% do eleitorado que
haja votado nele

E quais as consequências do registro do estatuto no Tribunal Superior


Eleitoral? Ei-las:
REGISTRO DO ESTATUTO
Pode participar do processo eleitoral

CONSEQUÊNCIAS DO
Receber recursos do Fundo Partidário

Ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos


termos da lei

Assegura a exclusividade de sua


denominação, sigla e símbolos, vedando a
autilização por outros partidos

Credenciar delegados no TSE, TRE ou Juízo


Eleitoral

A criação de partido político já foi objeto de questionamento em


concurso. Vejamos!

1. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-AM, 2014, IBFC).


Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral
assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, sendo vedada a
utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou
confusão.
B) A ação do partido pode ter caráter local e ser exercida de acordo com seu
estatuto e programa, sem subordinação direta a entidades ou governos
estrangeiros.
C) O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
eleitoral, deve registrar seu estatuto no Cartório de Registro Civil de Pessoas
Jurídicas.
D) O partido político, pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar,
no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a
defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Comentários:
A Alternativa “A” está correta, pois se trata da redação do artigo 7º, §3° da Lei dos
Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95).
A alternativa “B” está errada pois os partidos políticos somente podem ter caráter
NACIONAL e, jamais, LOCAL. Esta previsão está no artigo 17, I da CF/88. (“Art. 17.
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter
nacional”).
A alternativa “C” está errada pois o partido político só irá adquirir personalidade
jurídica na forma da lei eleitoral APÓS registrar seu estatuto no Cartório de Registro
Civil de Pessoas Jurídicas e não o contrário, qual propõe a questão (Art.8º, §3º da
Lei 9.096/95: “Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal,
deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um,
com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado
de: (...) § 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, o partido
promove a obtenção do apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o § 1º do
art. 7º e realiza os atos necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e
designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto).
A alternativa “D” está errada pois o partido político é pessoa jurídica de direito
PRIVADA (Art.1°, caput da Lei 9.096/95: “Art. 1º O partido político, pessoa jurídica
de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais
definidos na Constituição Federal”).

Gabarito 1: A

Como pudemos ver, a personalidade jurídica do partido é obtida com


o registro do partido político no cartório competente do Registro Civil das
Pessoas Jurídicas do Distrito Federal, todavia, tal registro deve obedecer a
alguns critérios previstos no artigo 8º da Lei dos Partidos Políticos:

Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido


ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas,
da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores,
em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral
em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado
de:
I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;
II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro
teor, o programa e o estatuto;
III - relação de todos os fundadores com o nome completo,
naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção,
Município e Estado, profissão e endereço da residência.
§ 1º O requerimento indicará o nome e função dos dirigentes
provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal.
§ 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro
Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo
certidão de inteiro teor.
§ 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, o
partido promove a obtenção do apoiamento mínimo de
eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º e realiza os atos
necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e
designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto.

Resumidamente, temos:

Subscrito pelos fundadores, em


número nunca inferior a 101, Cópia autênctica da ata da
com domicílio eleitoral em 1/3 reunião de fundação do partido
dos Estados
REGISTRO NO CRC DO DF

exemplares do DOU que


Junta-se: publicou, no seu inteiro teor, o
programa e o estatuto

Indicação de nome e função dos


relação de todos os fundadores
digirentes provisórios e
com sua qualificação completa
endereço-sede no DF

Com o registro, promove-se o já


mencionado APPOIAMENTO

Após o registro no Cartório de Registro Civil do Distrito Federal,


promove-se o registro do Estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, a
fim de se adquirir a capacidade político-partidária e, para tanto, deve-se
observar o disposto no artigo 9º da Lei dos Partidos Políticos:
Art. 9º Feita a constituição e designação, referidas no § 3º do
artigo anterior, os dirigentes nacionais promoverão o registro
do estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral,
através de requerimento acompanhado de:
I - exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do
estatuto partidários, inscritos no Registro Civil;
II - certidão do registro civil da pessoa jurídica, a que se refere
o § 2º do artigo anterior;
III - certidões dos cartórios eleitorais que comprovem ter o
partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores a que se
refere o § 1º do art. 7º.
§ 1º A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por
meio de suas assinaturas, com menção ao número do
respectivo título eleitoral, em listas organizadas para cada
Zona, sendo a veracidade das respectivas assinaturas e o
número dos títulos atestados pelo Escrivão Eleitoral.
§ 2º O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de cada lista que
lhe for apresentada e, no prazo de quinze dias, lavra o seu
atestado, devolvendo-a ao interessado.
§ 3º Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior
Eleitoral, o processo respectivo, no prazo de quarenta e oito
horas, é distribuído a um Relator, que, ouvida a Procuradoria-
Geral, em dez dias, determina, em igual prazo, diligências para
sanar eventuais falhas do processo.
§ 4º Se não houver diligências a determinar, ou após o seu
atendimento, o Tribunal Superior Eleitoral registra o estatuto
do partido, no prazo de trinta dias.

Apresenta
exemplar autenticado
requerimento de certidão do registro Certidões de
do inteiro teor do
Registro no TSE e no CRC-DF apoiamento
programa e estatuto
junta:

Podemos representar melhor este fluxo em todas as etapas, da


seguinte forma:
Promove-se a reunião para a
fundação do partido com número Publica-se no DOU o inteiro teor
mínimo de 101 fundadores em do programa e do estatuto
1/3 dos Estados

Busca-se o apoiamento, no
Formula-se no registro no CRC-
período de 2 anos, em 0,05% do
DF, juntando-se a cópia da ata, da
eleitorado, distribuído em 1/3
publicação no DOU e da relação
dos Estados e com 0,1% do
com qualificação dos fundadores
eleitorado em cada Estado

Promove-se o registro do
estatuto no TSE, juntando-se:
exemplar autenticado do inteiro Com o protocolo no TSE, em 48h,
teor do programa e estatuto, distribui-se a um relator
certidão de registro no CRC-DF e
as certidões de apoiamento

Relator determina diligências Abre-se vista à Procuradoria-


para sanar eventuais falhas em Geral para manifestação em 10
10 dias dias

Se não houver diligências,


registra-se o estatuto no prazo de NOVO PARTIDO É FORMADO
30 dias
Com relação à FUSÃO de partidos, esta ocorre quando dois partidos
já existentes se unem para formar um novo partido. Todavia, os partidos
que se fundem devem observar algumas regras estabelecidas pela Lei n.
9.096/95.

Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal


Superior Eleitoral, o registro do partido que, na forma de seu
estatuto, se dissolva, se incorpore ou venha a se fundir a
outro.
Art. 29. Por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação,
dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-
se um ao outro.
§ 1º No primeiro caso, observar-se-ão as seguintes normas:
I - os órgãos de direção dos partidos elaborarão projetos
comuns de estatuto e programa;
II - os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em
processo de fusão votarão em reunião conjunta, por maioria
absoluta, os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional
que promoverá o registro do novo partido. (...)
§ 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido
tem início com o registro, no Ofício Civil competente da Capital
Federal, do estatuto e do programa, cujo requerimento deve
ser acompanhado das atas das decisões dos órgãos
competentes. (...)
§ 9º Somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do
Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.

Quando ocorre a fusão, os partidos que a compõe perdem seus


registros originais, sendo cancelados tanto no Ofício Civil, quanto no
Tribunal Superior Eleitoral. Todavia, desta fusão deve se originar um novo
partido e cujo estatuto e programa serão elaborados pelos órgãos nacionais
de deliberação dos partidos em processo de fusão, em votação por
MAIORIA ABSOLUTA.
Com o registro do estatuto e do programa do novo partido no Ofício
Civil do DF, este passa a ter existência legal.
É importante salientar, ainda, dois aspectos muito importantes:
a) apenas partidos que obtiveram registro no TSE há pelo menos CINCO
ANOS podem se fundir e
b) para a obtenção do novo registro ao TSE, não há a necessidade de
apoiamento do eleitorado.

ESQUEMA DE FUSÃO DE PARTIDOS:

PARTID PARTID PARTID


OA OB OC

De outro modo, quando há a INCORPORAÇÃO, um partido já


existente passa a englobar outro igualmente pré-existente, porém,
mantem-se um deles. Assim como se procede na fusão, há regramentos
específicos para a incorporação na Lei n. 9.096/95.

Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal


Superior Eleitoral, o registro do partido que, na forma de seu
estatuto, se dissolva, se incorpore ou venha a se fundir a
outro.
Art. 29. Por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação,
dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-
se um ao outro.
(...)
§ 2º No caso de incorporação, observada a lei civil, caberá ao
partido incorporando deliberar por maioria absoluta de votos,
em seu órgão nacional de deliberação, sobre a adoção do
estatuto e do programa de outra agremiação.
§ 3º Adotados o estatuto e o programa do partido
incorporador, realizar-se-á, em reunião conjunta dos órgãos
nacionais de deliberação, a eleição do novo órgão de direção
nacional.
(...)
§ 5º No caso de incorporação, o instrumento respectivo deve
ser levado ao Ofício Civil competente, que deve, então,
cancelar o registro do partido incorporado a outro.
§ 6º No caso de incorporação, o instrumento respectivo deve
ser levado ao Ofício Civil competente, que deve, então,
cancelar o registro do partido incorporado a outro.
§ 7º Havendo fusão ou incorporação, devem ser somados
exclusivamente os votos dos partidos fundidos ou incorporados
obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
para efeito da distribuição dos recursos do Fundo Partidário e
do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
§ 8º O novo estatuto ou instrumento de incorporação deve ser
levado a registro e averbado, respectivamente, no Ofício Civil e
no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 9º Somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do
Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.

Igualmente ao que ocorre com a fusão, na incorporação os antigos


registros no Ofício Civil e no Tribunal Superior Eleitoral ficam cancelados. O
partido incorporando (aquele que vai continuar existindo pois vai abarcar o
outro) deve decidir por MAIORIA ABSOLUTA de votos, em seu órgão
nacional, se vai adotar o estatuto da outra agremiação.
Após esta deliberação acerca do estatuto, ambos os órgãos nacionais,
em reunião conjunta, elegem nova direção nacional.
Levado o instrumento de incorporação ao Ofício Civil do DF, o registro
do partido incorporado será cancelado, devendo-se registrar em definitivo
no TSE o novo registro de novo estatuto ou do instrumento incorporador.
Vale a mesma regra aplicada à fusão: somente partidos registrados
há mais de CINCO ANOS no TSE podem promover a incorporação.

ESQUEMA DE INCORPORAÇÃO:
PARTID
O "A"

PARTIDO
"A"
AMPLIADO
PARTID
O "B"

Acerca da distribuição do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao


rádio e à televisão, houve grande celeuma jurídica desde o texto original da
Lei n. 9.096/97, o qual, em seu artigo 40, restringia o acesso ao fundo e à
televisão e rádio aos partidos que atendessem as seguintes proporções:

Proporções para acesso ao


Fundo Partidário
(redação original)

99% a ser distribuído entre


1% para ser distribuído
os partidos superassem a
igualmente a todos os
barreira estabelecida no art.
partidos registrados no TSE
13 da Lei 9.096/1995

Todavia, a cláusula de barreira estabelecida no artigo 13 desta lei foi


considerada inconstitucional, por meio das Ações Declaratórias de
Inconstitucionalidades (ADI) número 1351 e 1354.
Assim, adveio a Lei 11.459/2007 que incluiu o artigo 41-A na Lei n.
9.096/95 e estabeleceu a seguinte regra de proporcionalidade:
Proporções para acesso ao
Fundo Partidário - Lei
11.459/2007

95% para distribuição


5% para divisão em partes
proporcional segundo votos
iguais entre todos os
obtidos na última eleição
partidos com estatuto
geral para a Câmara dos
registrado no TSE
Deputados

Como esta disposição ainda causava muito debate acerca de sua


constitucionalidade, vez que acabava por limitar em demasia o acesso ao
fundo por parte de partidos pequenos, não incentivando, de certo modo, o
pluralismo político, criou-se a Lei 12.875/2013, a qual manteve as
proporções de acesso e passou a desconsiderar as mudanças de filiação no
cômputo destes percentuais, excetuando-se os casos de fusão e de
incorporação. Novamente, o STF, por meio da ADI n. 5105 entendeu ser
inconstitucional tal dispositivo.
Após, ainda vieram as leis 13.107/2015 e 13.165/2015, que
mantiveram o problema apontado pela ADI 5105, não favorecendo o
pluralismo político ao criar percentuais dificultosos para partidos que
tivessem eleito poucos candidatos e, ainda, passaram a excluir, também, do
cômputo destes percentuais, mudanças de filiação oriundas de fusão e
incorporação.
Segue trecho do ADI 5105/STF:

“5.2. A legislação infraconstitucional que colida frontalmente


com a jurisprudência (leis in your face) nasce com presunção
iuris tantum de inconstitucionalidade, de forma que caberá ao
legislador ordinário o ônus de demonstrar,
argumentativamente, que a correção do precedente faz-se
necessária, ou, ainda, comprovar, lançando mão de novos
argumentos, que as premissas fáticas e axiológicas sobre as
quais se fundou o posicionamento jurisprudencial não mais
subsistem, em exemplo acadêmico de mutação constitucional
pela via legislativa. Nesse caso, a novel legislação se submete
a um escrutínio de constitucionalidade mais rigoroso,
nomeadamente quando o precedente superado amparar-se em
cláusulas pétreas.
O dever de fundamentação das decisões judicial, inserto no art.
93 IX, da Constituição, impõe que o Supremo Tribunal Federal
enfrente novamente a questão de fundo anteriormente
equacionada sempre que o legislador lançar mão de novos
fundamentos.
O Congresso Nacional, no caso sub examine, ao editar a Lei nº
12.875/2013, não apresentou, em suas justificações, qualquer
argumentação idônea a superar os fundamentos assentados
pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIs nº
4430 e nº 4795, rel. Min. Dias Toffoli, em que restou
consignado que o art. 17 da Constituição de 1988 – que
consagra o direito político fundamental da liberdade de criação
de partidos – tutela, de igual modo, as agremiações que
tenham representação no Congresso Nacional, sendo
irrelevante perquirir se esta representatividade resulta, ou não,
da criação de nova legenda no curso da legislatura.
A criação de novos partidos, como hipótese caracterizadora de
justa causa para as migrações partidárias, somada ao direito
constitucional de livre criação de novas legendas, impõe a
conclusão inescapável de que é defeso privar as prerrogativas
inerentes à representatividade política do parlamentar
trânsfuga.
No caso sub examine, a justificação do projeto de lei limitou-se
a afirmar, em termos genéricos, que a regulamentação da
matéria, excluindo dos partidos criados o direito de antena e o
fundo partidário, fortaleceria as agremiações partidárias, sem
enfrentar os densos fundamentos aduzidos pelo voto do relator
e corroborado pelo Plenário”.

Em 2017, por meio da Emenda Constitucional 97, veio uma nova


CLÁUSULA DE BARREIRA no artigo 17, em seu parágrafo 4º:

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e


acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação.

Acerca desta cláusula e de sua aplicabilidade gradativa falaremos


com maiores pormenores no tópico 1.2, logo adiante.
Finalmente, além de se poder criar, fundir e incorporar um partido
político, ainda pode-se EXTINGUI-LO.

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado


de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do
estatuto do partido contra o qual fique provado:
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de
procedência estrangeira;
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas
à Justiça Eleitoral;
IV - que mantém organização paramilitar.
§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser
precedida de processo regular, que assegure ampla defesa.
§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à
vista de denúncia de qualquer eleitor, de representante de
partido, ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral.
§ 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a
suspensão das cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra
punição como consequência de atos praticados por órgãos
regionais ou municipais.
§ 4  Despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou
estaduais ou por candidatos majoritários nas respectivas
circunscrições devem ser assumidas e pagas exclusivamente
pela esfera partidária correspondente, salvo acordo expresso
com órgão de outra esfera partidária.
§ 5  Em caso de não pagamento, as despesas não poderão ser
cobradas judicialmente dos órgãos superiores dos partidos
políticos, recaindo eventual penhora exclusivamente sobre o
órgão partidário que contraiu a dívida executada.
§ 6  O disposto no inciso III do caput refere-se apenas aos
órgãos nacionais dos partidos políticos que deixarem de prestar
contas ao Tribunal Superior Eleitoral, não ocorrendo o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido quando
a omissão for dos órgãos partidários regionais ou municipais.
MOTIVOS PARA EXTINÇÃO DE
UM PARTIDO POLÍTICO
Ter recebido ou estar recebendo recursos
financeiros de procedência estrangeira

estar subordinado a entidade ou governo


estrangeiros

o Diretório Nacional não ter prestado contas à


Justiça Eleitoral

manter organização paramilitar

O procedimento para a dissolução pode se dar de duas formas:

Na forma do Estatuto Qualquer eleitor,


partido político ou
PGE pode denunciar
DISSOLUÇÃO
ao TSE e iniciar o
processo de
Por decisão judicial cancelamento

O processo deve
assegurar a ampla
defesa
2. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-PE, 2017, CESPE).
Acerca de partidos políticos, assinale a opção correta.
A) A fusão de dois partidos não é causa para o cancelamento de seus
registros originais junto ao ofício civil e ao tribunal regional eleitoral.
B) O detentor de mandato eletivo que se desfiliar sem justa causa do
partido pelo qual foi eleito perderá o mandato.
C) A responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser
apurada e punida pelo Ministério Público.
D) Para ter acesso gratuito à televisão, o partido deve ter registrado seu
estatuto no tribunal regional eleitoral.
E) O requerimento do registro de partido deve ser dirigido a cartório do
registro civil das pessoas jurídicas da capital do estado de registro.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois, de acordo com o artigo 27 da Lei
9.096/95, a fusão É causa para cancelamento dos registros originais (Art.
27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal Superior Eleitoral, o
registro do partido que, na forma de seu estatuto, se dissolva, se incorpore
ou venha a se fundir a outro).
A alternativa “B” está correta e corresponde à redação do caput do artigo
22-a da Lei 9.096/95 (Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo
eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito).
A alternativa “C” está errada pois a apuração da responsabilidade deve ser
apurada pelo próprio órgão, conforme dita o caput do artigo 23 da Lei
9.096/95 (Art. 23. A responsabilidade por violação dos deveres partidários
deve ser apurada e punida pelo competente órgão, na conformidade do que
disponha o estatuto de cada partido).
A alternativa “D” está errada pois o estatuto deve ser registrado no TSE e
não no TRE (Art. 7º, §2º da Lei 9.096/95: “§ 2º Só o partido que tenha
registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do
processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.).
A alternativa “E” está errada pois deve se dirigir ao Registro Civil do
Distrito Federal (Art. 8º, caput, da Lei 9.096/95: “Art. 8º O requerimento do
registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus
fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral
em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: (...)”).
Gabarito 2: B
3. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-SP, 2017, FCC).
Ieda foi orientada a estudar a Lei n° 9.096/95 para o concurso que irá
prestar. Descobriu que, destinando-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal, o partido político é
pessoa jurídica de direito
A) privado, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
B) público interno, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da
pessoa humana. 
C) público externo, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da
pessoa humana. 
D) público, interno ou externo, dependendo do seu estatuto, sendo livre
a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
E) privado ou de direito público interno, dependendo do seu estatuto,
sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Comentários:
De acordo com a Lei 9.096/95, em seus três primeiros artigos, os partidos
políticos são: PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO, sendo livre a sua
CRIAÇÃO, FUSÃO INCOPORAÇÃO e EXTINÇÃO, cujos programas respeitem
a SOBERANIA NACIONAL, o REGIME DEMOCRÁTICO, o
PLURIPARTIDARISMO e os DIREITO FUNDAMENTAIS DA PESSOA HUMANA.
Logo, a única alternativa que prevê tais disposições é a letra “A”.
(Excertos da Lei 9.096/95: Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de
direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático,
a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal. Art. 2º É livre a criação,
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e
os direitos fundamentais da pessoa humana. Art. 3º É assegurada, ao
partido político, autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento. Parágrafo único. É assegurada aos candidatos, partidos
políticos e coligações autonomia para definir o cronograma das atividades
eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer dia e horário, observados
os limites estabelecidos em lei).
Gabarito 3: A

1.1- Sistemas Partidários

De um modo geral, o estudo dos sistemas partidários encontra mais


pontos de contato com a ciência política do que com o direito eleitoral
propriamente dito. Todavia, como o PLURIPARTIDARISMO é uma das
bases orientadoras e fomentadoras de nosso sistema político, albergado no
artigo 17 de nossa Constituição Federal, é importante, ao menos,
compreender os modelos existentes e em qual deles o atual se encaixa.

SISTEMAS
PARTIDÁRIOS

UNIPARTIDÁRIO BIPARTIDÁRIO PLURIPARTIDÁRIO

SISTEMAS UNIPARTIDÁRIOS são aqueles em que apenas um


partido concorre ao pleito, sendo muito comum em regimes totalitários. O
unipartidarismo, sob a ótica da competitividade, não permite uma
possibilidade de alternância de programas partidários, qual ocorreu no
Brasil na primeira república até a Revolução de 1930.
Já os SISTEMAS BIPARTIDÁRIOS podem ser aqueles efetivamente
representados por APENAS DOIS PARTIDOS, ou, então, aqueles sistemas
em que há dois partidos de expressividade política muito maior que os
demais, de modo que, se somados os votos obtidos por ambos, a
quantidade obtida pelo(s) outro(s) é quase inexpressiva.
O bipartidarismo pode ser observado nos Estados Unidos, Reino
Unido, Austrália e Nova Zelândia. No Brasil este modelo esteve em voga
entre 1837 a 1889, em que havia a disputa entre liberais e conservadores e
no período da Ditadura Militar, de 1965 a 1979, na disputa entre o ARENA e
o MDB. Este sistema favorece a competitividade, muito embora de modo
limitado se comparado ao sistema pluripartidário.
Finalmente, os SISTEMAS PLURIPARTIDÁRIOS, em que há três ou
mais partidos que disputam os votos de modo equilibrado, sem a
hegemonia de um ou de dois em particular.
Muito embora a nossa atual Constituição Federal busque fomentar o
pluripartidarismo, em verdade, muitos cientistas políticos criticam nosso
sistema, vez que, ainda que haja um número bastante expressivo de
partidos registrados no TSE, muitos de seus estatutos e programas são,
basicamente, parecidos, não havendo, assim, um embate profundo em suas
ideologias.

Regimes totalitários (ex.


UNIPARTIDÁRIO Primeira República até
1930 no BR)

Apenas dois partidos ou


dois com maior
SISTEMAS
BIPARTIDÁRIO quantidade de votos (ex.
PARTIDÁRIOS
1965-1979 entre o ARENA
e o MDB)

Vários partidos com


expressividade política e
PLURIPARTIDÁRIO quantidade de votos (a CF
fomenta este modelo
atualmente)

Veja-se que o pluripartidarismo permite a formação das chamadas


COLIGAÇÕES, que são, em verdade, o agrupamento de vários partidos que
buscam concorrer em conjunto determinado cargo eletivo. As coligações
impactam no cálculo da propaganda eleitoral e do quociente partidário.
Acerca das coligações é importante salientar que, até a Emenda
Constitucional n. 52/2006, o Tribunal Superior Eleitoral sustentava, em sede
de consulta, o chamado PRINCÍPIO DA VERTICALIZAÇÃO, em que
somente partidos pertencentes à coligação de âmbito federal poderiam
estabelecer coligações em âmbito estadual. Após a mencionada emenda
constitucional, a verticalização caiu, podendo-se estabelecer coligações com
partidos diversos em cada esfera do pleito.
Como funcionava o Princípio da Verticalização (doravante vedado pela
Constituição Federal):

COLIGAÇÃO na esfera FEDERAL com os


partidos A,B,C,D,E,F,G,H

As COLIGAÇÕES nas esferas ESTADUAIS


somente poderiam se formar da combinação
entre os partidos da esfera federal (ex:
coligação 1 - A,B,C,D e coligação 2 - E,F,G,H)

As coligações nas esferas MUNICIPAIS


somente poderiam se formar das
combinações estaduais e que obedecessem às
nacionais (ex. coligação 1.1 - A,B, coligação 1.2
- C,D coligação 2.1 - E,F e coligação 2.2 - G,H)

Ocorre que a Emenda Constitucional n. 97/2017 passou a vedar


coligações para cargos proporcionais, devendo ocorre apenas para cargos
majoritários, mantendo-se, ainda, a quebra da verticalidade, ou seja, as
coligações em eleições presidenciais não se refletem na obrigatoriedade de
se manterem os mesmos partidos nas esferas estaduais para governador ou
senador.
Em resumo, a partir dos pleitos de 2020, além de não existir a
verticalização, não há coligação para cargos proporcionais. Tal é a redação
do §1º do artigo 17 da Carta Magna:

Art. 17. (...): § 1º É assegurada aos partidos políticos


autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime
de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual,
distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária.

Veda-se a
verticalização (EC
52/2006)
COLIGAÇÕES
Veda-se em cargos
proporcionais a partir
de 2020 (EC 97/2017)

4. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-SC, 2011, PONTUA).


Sobre as coligações, é INCORRETO afirmar que:
A) A verticalização obriga, no sistema partidário atual, que os partidos
políticos celebrem coligações idênticas no âmbito federal, estadual e
municipal.
B) É permitido formar-se mais de uma coligação para a eleição
proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário.
C) Na chapa da coligação podem inscrever-se candidatos filiados a
qualquer partido político dela integrante.
D) Na propaganda para eleição majoritária, a coligação deverá utilizar
sob sua denominação as legendas de todas as agremiações que a integram.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois, desde a EC 52/2006, veda-se a
verticalização em nosso sistema, permitindo-se que as celebrações de
coligações se deem diferentemente em cada esfera (Art. 17, §1º da CF/88:
“§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de
seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária).
A alternativa “B” está correta, vez que os partidos que celebram a
coligação majoritária podem até 2018, celebrar coligações variadas para os
cargos proporcionais. A partir de 2020 as coligações para cargos
proporcionais são vedadas por força da EC 97/2017.
A alternativa “C” está correta e se consagra na própria sistemática de uma
coligação, em que podem se inscrever quaisquer filiados dos partidos que
integram a coligação.
A alternativa “D” está correta e corresponde à redação do artigo 6º, §2º da
Lei 9.504/97 (Art. 6º. (...) § 2º Na propaganda para eleição majoritária, a
coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de
todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional,
cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação).
Gabarito 4: A

1.2- Cláusula de barreira

Conforme já pudemos adiantar em tópico anterior, a Emenda


Constitucional número 97/2017 trouxe a chamada CLÁUSULA DE
BARREIRA, a qual deve ser aplicada gradativamente até 2030, quando o
§3º do artigo 17 da Constituição Federal terá plena aplicabilidade em sua
redação.

Art. 3º O disposto no § 3º do art. 17 da Constituição Federal


quanto ao acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo
partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão
aplicar-se-á a partir das eleições de 2030.
Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do fundo partidário
e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos
políticos que:
I - na legislatura seguinte às eleições de 2018:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação;
II - na legislatura seguinte às eleições de 2022:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 2% (dois por cento) dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação;
III - na legislatura seguinte às eleições de 2026:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 2,5% (dois e meio por cento) dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento)
dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação.

O objetivo maior da cláusula de barreira é permitir que os partidos


políticos sejam financiados com o dinheiro público na medida em que sua
atuação seja legitimada por meio voto, já que a quantidade de cargos
públicos eleitos influencia no repasse deste fundo.
O STF já pôde, em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade
(como na ADI 5105), se manifestar acerca da inconstitucionalidade de
disposições acerca deste tema contidas na Lei dos Partidos Políticos (Lei nº
9.096/95), haja vista entender que, ao dificultar o acesso de partidos com
menor representatividade ao fundo partidário acabaria afetando o
pluripartidarismo. Porém, como doravante a disciplina veio por meio de
emenda constitucional, resta saber se esta cláusula de barreira será vista
como regra definitiva ou ainda maculada de inconstitucionalidade, pois que
emendas constitucionais também podem ser objeto de Ações Declaratórias
de Inconstitucionalidade.
De um modo mais didático, assim podemos sistematizar a cláusula
progressiva de barreira:
1,5% dos votos válidos

Nas eleições para Câmara dos distribuídos em 1/3 das unidades


PLE Deputados tenha: da Federação
ITO
DE
202 Tiverem elegido pelo menos 9
com um mínimo de 1% dos votos
CLÁUSULA PROGRESSIVA DE BARREIRA

0 Deputados Federais distribuídos


em pelo menos 1/3 das UF's válidos em cada uma delas

2% dos votos válidos

PLE Nas eleições para Câmara dos distribuídos em 1/3 das unidades
Deputados tenha: da Federação
ITO
DE
202 Tiverem elegido pelo menos 11
4 com um mínimo de 1% dos votos
Deputados Federais distribuídos
válidos em cada uma delas
em pelo menos 1/3 das UF's

2,5% dos votos válidos

Nas eleições para Câmara dos distribuídos em 1/3 das unidades


PLE Deputados tenha: da Federação
ITO
DE
202
Tiverem elegido pelo menos 13 com um mínimo de 1,5% dos
8 Deputados Federais distribuídos votos válidos em cada uma delas
em pelo menos 1/3 das UF's

3% dos votos válidos

Nas eleições para Câmara dos distribuídos em 1/3 das unidades


PLE Deputados tenha: da Federação
ITO
DE
203 com um mínimo de 2% dos votos
0 Tiverem elegido pelo menos 15
Deputados Federais distribuídos válidos em cada uma delas
em pelo menos 1/3 das UF's
1.3- Órgãos partidários

Os partidos políticos, dado o seu caráter nacional, podem e devem


atuar nas três esferas: NACIONAIS, ESTADUAIS ou DISTRITAIS e
MUNICIPAIS, seja por meio de seus DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS (órgãos
permanentes) ou por meio de suas COMISSÕES PROVISÓRIAS (órgãos
provisórios).

ÓRGÃOS
PARTIDÁRIOS

DIRETÓRIOS
PARTIDÁRIOS e/ou
COMISSÕES
PROVISÓRIAS

ESTADUAIS ou
NACIONAIS MUNICIPAIS
DISTRITAIS

De acordo com o artigo 14 da Lei nº 9.096/95, desde que observadas


as disposições constitucionais e legais, a agremiação partidária é livre para
fixar em seu estatuto a sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Art. 14. Observadas as disposições constitucionais e as desta
Lei, o partido é livre para fixar, em seu programa, seus
objetivos políticos e para estabelecer, em seu estatuto, a sua
estrutura interna, organização e funcionamento.

Nossa Constituição Federal em seu §1º do artigo 17, com redação


dada pela Emenda Constitucional nº 97/2017, permite, ainda, que os
partidos políticos definam a formação e DURAÇÃO de seus órgãos
PERMANENTES e PROVISÓRIOS:
Art. 17 (...)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha,
formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.

Veja-se que esta modificação no texto constitucional vai ao encontro


do disposto na Resolução nº 23.465/2015, a qual estipulava que as
comissões provisórias poderiam ter validade pelo prazo máximo de cento e
vinte dias.
Com relação à estrutura, organização e funcionamento de cada um
destes órgãos, cabe ao estatuto do partido o seu regramento, ressalvadas
as disposições constitucionais e legais de regência.

1.4- Filiação partidária

O partido político é composto pelo quadro de filiados, eles é que


possibilitam o lançamento de candidaturas e o próprio funcionamento da
agremiação partidária.
O processo de FILIAÇÃO se inicia com a solicitação formulada por
eleitor que esteja em seu pleno gozo de direitos políticos (Art. 16 da Lei
9.096/95), ressalvada a possibilidade de filiação ao eleitor considerado
inelegível (artigo 1º da Resolução do TSE nº 23.117/2009). Tal solicitação é
considerada imediatamente deferida desde que atenda às regras
estatutárias do partido (Art. 17 da mesma lei).

Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no


pleno gozo de seus direitos políticos.
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação
partidária, com o atendimento das regras estatutárias do
partido.
Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, será entregue
comprovante ao interessado, no modelo adotado pelo partido.

Após receber os pedidos de filiação, o partido submeterá as relações


de filiados para processamento na Justiça Eleitoral, sempre nas segundas
quinzenas de ABRIL e de OUTUBRO de cada ano. Caso o partido não remeta
as listagens de filiação, considera-se como listagem oficial a última que foi
submetida à Justiça Eleitoral.

Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de


cada ano, o partido, por seus órgãos de direção municipais,
regionais ou nacional, deverá remeter, aos juízes eleitorais,
para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de
filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos,
a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual constará
a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções
em que estão inscritos.
§ 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados
neste artigo, permanece inalterada a filiação de todos os
eleitores, constante da relação remetida anteriormente.
§ 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer,
diretamente à Justiça Eleitoral, a observância do que prescreve
o caput deste artigo.
§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão
pleno acesso às informações de seus filiados constantes do
cadastro eleitoral.

Com relação ao período mínimo de seis meses de filiação para


condição de elegibilidade e lançamento de candidatura, pode o estatuto
partidário dispor de prazo maior, não podendo, todavia, tal prazo ser
alterado em ano eleitoral.

Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu


estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos
nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no
estatuto do partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos,
não podem ser alterados no ano da eleição.

Algo que confunde muito o estudioso deste tema é o procedimento de


DESFILIAÇÃO, o qual depende de requerimento a ser feito ao Juízo
Eleitoral no qual o desfiliando é eleitor, diferentemente do que ocorre na
filiação, que basta a solicitação ao partido político.
Na desfiliação, o desfiliando deve, antes de dirigir o seu pedido de
desfiliação ao Juízo Eleitoral competente, comunicar o seu intento ao
diretório partidário ou comissão provisória de seu município, em este/a
sendo inexistente, basta realizar a comunicação ao juiz eleitoral competente
(artigo 13, §5º da Resolução do TSE nº 23.117/2009).
Assim, muita atenção em se falando de desfiliações, pois se elas não
forem dirigidas ao juízo competente, poderá ocorrer a chamada
DUPLICIDADE DE FILIAÇÃO, em que um eleitor está inscrito, ao mesmo
tempo, em dois partidos políticos, vez que não promoveu a sua desfiliação
de um para adentrar em outro. Neste caso de coexistência de filiações
partidárias, a lei assegura a mantença do filiado na mais recente.

Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação


escrita ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da
Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da
comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos.
Art. 22. (...)
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias,
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral
determinar o cancelamento das demais.

Se o filiado possuir duas filiações distintas e ambas com a mesma


data, o juiz eleitoral competente irá iniciar um processo de filiação
partidária, e o Tribunal Superior Eleitoral, nos períodos de batimento (abril
e outubro) expedirá notificações tanto ao filiado, quanto aos diretórios
envolvidos para que, no prazo de vinte dias se manifestem quanto ao
ocorrido. Após este prazo, o juízo irá apreciar as manifestações (caso
existentes), podendo decidir por manter uma das filiações ou cancelar
ambas (artigo 12 da Resolução do TSE nº23.421/2014).
Há alguns casos de desfiliação que não necessitam de requerimento
ao Juízo Eleitoral, qual o de falecimento e perda de direitos políticos. Nestes
casos, o desfiliado será retirado da listagem oficial no período de
processamento nos meses de ABRIL e de OUTUBRO.

Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-


se nos casos de:
I - morte;
II - perda dos direitos políticos;
III - expulsão;
IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação
obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da
decisão.
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o
fato ao juiz da respectiva Zona Eleitoral.
Parágrafo único. Quem se filia a outro partido deve fazer
comunicação ao partido e ao juiz de sua respectiva Zona
Eleitoral, para cancelar sua filiação; se não o fizer no dia
imediato ao da nova filiação, fica configurada dupla filiação,
sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias,
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral
determinar o cancelamento das demais.

Em havendo transferência do domicílio eleitoral do filiado, o sistema


próprio da Justiça Eleitoral informa aos diretórios envolvidos que, após dar o
aceite neste mesmo sistema, passa a fazer parte da relação de filiados no
novo domicílio eleitoral (artigo 24, caput e parágrafo único da Resolução do
TSE nº 23.117/2009).
Caso o filiado esteja exercendo mandato eletivo e se desfilie sem
justa causa, pode incorrer em infidelidade partidária e perderá o seu
mandato. Acerca deste tema, debruçar-nos-emos no tópico a seguir.

Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que


se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação
partidária somente as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Acerca de filiação partidária é importante nos debruçarmos na análise
de algumas Súmulas do Tribunal Superior Eleitoral a respeito do tema. A
primeira delas é a de número 02 e que diz: “Assinada e recebida a ficha de
filiação partidária até o termo final do prazo fixado em lei, considera-se
satisfeita a correspondente condição de elegibilidade, ainda que não tenha
fluído, até a mesma data, o tríduo legal de impugnação”. Isto quer dizer
que condição de elegibilidade relativa à filiação partidária é considerada
satisfeita desde que a ficha de filiação tenha sido assinada e recebida até o
último dia do prazo final.
A Súmula-TSE nº 20, por sua vez, dita que “A prova de filiação
partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que trata o
art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros elementos de
convicção, salvo quando se tratar de documentos produzidos
unilateralmente, destituídos de fé pública”. Esta súmula visa resguardar
aquele filiados que, porventura, tenham ficado, por algum motivo, de fora
das listagens oficiais nos períodos de processamento, muito embora
estejam, de fato filiados.
Finalmente, há a Súmula-TSE nº 52, a qual disciplina que “Em
registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da
decisão que examinou, em processo específico, a filiação partidária do
eleitor”, ou seja, a condição de elegibilidade relativa à filiação partidária
tratada em processo próprio não pode ser reexaminada em sede de
Registro de Candidaturas.
Basta se inscrever em um partido
FILIAÇÃO Pleno gozo dos direitos políticos (admitem-se
inelegíveis)

Partidos submetem as listagens em ABRIL e


OUTUBRO de cada ano
TSE faz os batimentos e depois gera a lista oficial
PROCEDIMENTO Se os partidos não encaminharem listagens, vale a
última enviada
S PARA FILIAÇÃO Filiados que não forma incluídos podem solicitar
sua inclusão via listagem especial
Filiados que mudem de domicílio eleitoral passarão
a integrar diretório no novo município

Prazo mínimo legal de 6 meses


PERÍODO DE
Partidos prodem prever prazo maior em seus
FILIAÇÃO estatutos

Comunica o direitório zonal, caso existente


Envia requerimento de desfiliação ao juiz da
DESFILAÇÃO zona em que é eleitor
Se for detentor de cargo eleitivo e se desfiliar
sem justa causa perde o mandato

1.5- Fidelidade partidária

Em se falando de FIDELIDADE PARTIDÁRIA, é bastante salutar


diferenciá-la de DISCIPLINA PARTIDÁRIA. Enquanto esta é matéria
interna corporis e instituto de direito privado, sendo aplicada a todo e
qualquer filiado, aquela é de direito público eis que se relaciona à escolha
do eleitor, algo externo ao funcionamento partidário e visa, apenas, ao
filiado que foi eleito.
DISCIPLINA PARTIDÁRIA FIDELIDADE PARTIDÁRIA

Matéria de direito Matéria de direito


privado Público
Questões interna Relaciona-se com a
corporis escolha do candidato
Recai em qualquer pelo eleitor
filiado Recai apenas no filiado
que foi eleito

A disciplina partidária é tratada pelos artigos 23 a 25 da Lei n°


9.096/95 e determina que aos filiados devem ser aplicadas as regras e
princípios doutrinários e programáticos estabelecidos no estatuto da
agremiação partidária.
Qualquer punição aplicável ao filiado deve ser precedida de tipificação
no estatuto, bem como ser oportunizado o amplo direito de defesa.

Art. 23. A responsabilidade por violação dos deveres partidários


deve ser apurada e punida pelo competente órgão, na
conformidade do que disponha o estatuto de cada partido.
§ 1º Filiado algum pode sofrer medida disciplinar ou punição
por conduta que não esteja tipificada no estatuto do partido
político.
§ 2º Ao acusado é assegurado amplo direito de defesa.
Art. 24. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de
partido deve subordinar sua ação parlamentar aos princípios
doutrinários e programáticos e às diretrizes estabelecidas pelos
órgãos de direção partidários, na forma do estatuto.
Art. 25. O estatuto do partido poderá estabelecer, além das
medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas
sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário da
bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou
perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça
em decorrência da representação e da proporção partidária, na
respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser,
pela atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente
estabelecidas pelos órgãos partidários.

A infidelidade partidária, por sua vez, já era tema tratado em


nosso ordenamento jurídico antes de nossa atual Constituição Federal,
todavia, considerado instrumento autoritário, não veio disciplinado
expressamente em nossa Carta Magna, cabendo à jurisprudência a
construção de sua aplicação, bem como as hipóteses e sua extensão.

Conforme a Súmula-TSE nº 67: “A perda do mandato em razão da


desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema
majoritário”. Logo, apenas aos cargos eleitos pelo sistema proporcional há
de se falar em perda do cargo pela desfiliação partidária.

A resolução do Tribunal Superior Eleitoral nº 22.610/2007 disciplina o


processo de perda de cargo eletivo. Logo em seu artigo 1°, esta resolução
afirma que o partido político é parte legítima para pedir, perante a Justiça
Eleitoral a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de
desfiliação partidária sem justa causa e, quando o partido político não
formular o pedido dentro de trinta dias da desfiliação, quem tiver interesse
jurídico pode fazê-lo em nome próprio nos trinta dias subsequentes. Mas, o
que seria “justa causa”?
De acordo com o §1º do artigo 1º:
Art. 1º. (...)
§ 1º Considera-se justa causa:
I – incorporação ou fusão do partido;
II – criação de novo partido;
III – mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário;
IV – grave discriminação pessoal.

O Tribunal Superior Eleitoral em decisão proferida na Petição nº


2756, de 27/03/2008, entendeu que, no tocante à grave discriminação
pessoal: "Divergência entre filiados partidários no sentido de ser alcançada
projeção política não constitui justa causa para desfiliação".

Com relação à competência para apreciar e julgar estes processos, o


artigo 2° estebelece:

Art. 2º O Tribunal Superior Eleitoral é competente para


processar e julgar pedido relativo a mandato federal; nos
demais casos, é competente o tribunal eleitoral do respectivo
estado.

Assim, juízes eleitorais, pela Resolução do TSE nº 22.610/2007 não


têm competência para julgar processos de perda de mandato eletivo por
infidelidade partidária.

Deputados
TSE
Federais

COMPETÊNCIAS Deputados
Estaduais
TRE
Vereadores

O processo de decretação de perda de cargo eletivo está disciplinado


nos artigos 3º a 12 da Resolução do TSE nº 22.610/2007 e pode assim ser
resumido:
O requerente, na inicial, juntará Citam-se o mandatário e o partido
prova da desfiliação, podendo arrolar em que este está inscrito para
até 3 testemunhas e requerer responder, no prazo de 5 dias a
justificadamente, outras provas contar da citação, sob pena de se
(inclusive documentos em poder de presumiem verdadeiros os fatos
3º ou de repartição pública) alegados

Na resposta, deverá o requerido


juntar prova documental, podendo
Após o prazo de resposta, ouve-se o arrolar até 3 testemunhas e requerer
MPE em 48 horas, quando este não justificadamente outras provas,
for requerente inclsuive requisição de documentos
em poder de 3º e de repartição
pública

Caso haja necessidade de dilação


probatória, o relator defere-as, Declarada encerrada a instrução, o
designando o 5º dia útil subsequente relator intimará as partes e o
para, em uma única assentada, tomar represetante do MPE para, no prazo
depoimentos pessoais e inquirir comum de 48 horas, apresentarem
testemunhas (as quais serão trazidas pela alegações finais por escrito
parte que as arrolou)

O relator prepara seu voto e pede


Faculta-se a sustentação oral por 15 inclusção do processo na pauta da
minutos sessão seguinte, observada a
antecedência de 48h

Julgado procedente o pedido, o


tribunal decreta a perda do cargo
comunicando a decisão ao
O processo deve encerrar no prazo
presidente do órgão legislativo
de 60 dias
competente para que emposse o
suplente ou o vice no prazo de 10
(dez) dias
A lei nº 13.165/2015 modificou a Lei de nº 9.096/95, incluindo-lhe o
artigo 22-A que, de igual modo à Resolução 22.610/2007 do TSE, trouxe
hipóteses de justas causas para o pedido de desfiliação de filiado eleito.
Todavia, há de se observar que as hipóteses de justa causa na lei são em
menor número que as da resolução e se trata de um ROL TAXATIVO:
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que
se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação
partidária somente as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.

Deste modo, o filiado que incorrer em uma das hipóteses dos três
incisos do artigo 22-A, não incorrerá em infidelidade partidária, podendo
permanecer com cargo mesmo com a troca de partido. Destaca-se, apenas,
o inciso III – a chamada “janela partidária”, período este que o
deputado/vereador pode trocar de partido para concorrer a nova
candidatura sem que haja a respectiva perda do atual mandato.
A inclusão do artigo 22-A evitou a burla à fidelidade partidária de
candidatos que migrassem para um partido novo (hipótese de justa causa
pela resolução) apenas com a intenção de irem para outro partido, já que
poderiam fazê-lo, vez que o atual partido não foi a legenda pela qual teriam
sido eleitos. Todavia, a lei não mais prevê a troca de partido em decorrência
da criação de novo partido como justa causa para a infidelidade, cessando
esta burla.
PARTIDO A PARTIDO B PARTIDO C

Um candidato é Muda para este Depois muda


eleito por este partido, fora da novamente para
partido janela, pois ele é este partido, fora
novo e acabou de da janela e sem o
ser fundado risco de
(justa causa para infidelidade, pois
desfiliação) foi eleito pelo
Partido A, logo, o
Partido B não
pode acusá-lo de
infiel

É importante ressaltar que, graças à Emenda Constitucional nº


91/2016, a desfiliação promovida na janela partidária não é considerada
para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário e de acesso
gratuito ao tempo de rádio e televisão.
Finalmente, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que, muito
embora a justa causa para transferência de partido político afaste a perda
do mandato eletivo por infidelidade partidária, contudo, ela não transfere ao
novo partido o direito de sucessão à vaga (MS 27.938, rel. min. Joaquim
Barbosa, j. 11-3-2010, P, DJE de 30-4-2010), cabendo ao partido original o
direito de indicar sucessor no caso de vacância do cargo.

5. (Juiz Substituto, 2011, TJ-ES, CESPE). À luz da jurisprudência do


STF, assinale a opção correta a respeito de direitos políticos e partidos
políticos.
A) O reconhecimento da justa causa para transferência de partido
político afasta a perda do mandato eletivo por infidelidade partidária e
transfere ao novo partido do detentor do mandato o direito de sucessão à
vaga.
B) É válida a dispensa, por lei estadual que discipline os procedimentos
necessários à realização das eleições para implementação da justiça de paz,
de filiação partidária para os candidatos a juiz de paz.
C) A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal no curso do
mandato de determinado prefeito afasta a inelegibilidade prevista na CF
para o cônjuge de prefeito.
D) O domicílio eleitoral na respectiva circunscrição e a filiação partidária
constituem condições de elegibilidade que podem ser disciplinadas por lei
ordinária.
E) Para a aplicação das condições de elegibilidade referentes à eleição
indireta para governador e vice-governador de estado — realizada pela
assembleia legislativa em caso de dupla vacância desses cargos executivos
no último biênio do período de governo — previstas no art. 14 da CF, faz-se
necessária expressa previsão em lei estadual.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois, conforme entendimento jurisprudencial
do STF, NÃO há a transferência ao novo partido do mandato (MS 27.938,
rel. min. Joaquim Barbosa, j. 11-3-2010, P, DJE de 30-4-2010).
A alternativa “B” está errada pois, conforme entendimento do STF, NÃO se
dispensa a filiação de juiz de paz ("A obrigatoriedade de filiação partidária
para os candidatos a juiz de paz (art. 14, § 3º, da CB/1988) decorre do
sistema eleitoral constitucionalmente definido. (...) A fixação por lei
estadual de condições de elegibilidade em relação aos candidatos a juiz de
paz, além das constitucionalmente previstas no art. 14, § 3º, invade a
competência da União para legislar sobre direito eleitoral, definida no art.
22, I, da CB. (...). (ADI 2.938, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-6-
2005, Plenário, DJ de 9-12-2005).
A alternativa “C” está errada pois, de acordo com a Súmula Vinculante nº
18 do STF: “A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da CF.”
A alternativa “D” está correta (ADI 1.063, Rel. Min. Celso de Mello,
julgamento em 18/05/1994, Plenário, DJ de 27/04/2001: “(...) O domicílio
eleitoral na circunscrição e a filiação partidária, constituindo condições de
elegibilidade (CF, art. 14, § 3º), revelam-se passíveis de válida disciplinação
mediante simples lei ordinária. Os requisitos de elegibilidade não se
confundem, no plano jurídico-conceitual, com as hipóteses de
inelegibilidade, cuja definição - além das situações já previstas diretamente
pelo próprio texto constitucional (CF, art. 14, §§ 5º a 8º) - só pode derivar
de norma inscrita em lei complementar (CF, art. 14, § 9º)”.
A alternativa “E” está errada pois NÃO há necessidade de expressa
previsão legal das condições de elegibilidade e de inelegibilidade em lei local
(“As condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 4º a § 8º) e as hipóteses de
inelegibilidade (CF, art. 14, § 4º a § 8º), inclusive aquelas decorrentes de
legislação complementar (CF, art. 14, § 9º), aplicam-se de pleno direito,
INDEPENDENTEMENTE DE SUA EXPRESSA PREVISÃO NA LEI LOCAL, à
eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado, realizada
pela Assembleia Legislativa em caso de dupla vacância desses cargos
executivos no último biênio do período de governo.” (ADI 1.057-MC, Rel.
Min.Celso de Mello, Julgamento em 20-4-1994, Plenário, DJ de 6-4-200 e
Rcl 7.759-MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento
em 26-2-2009, DJE de 4-3-2009).
Gabarito 5: D

1.6- Financiamento dos partidos políticos, controle de arrecadação e


prestação de contas

Por força do artigo 17, inciso III da Constituição Federal, a prestação


de contas é um dos preceitos que regem os partidos políticos. Contudo, há
de se diferenciar o financiamento das atividades partidárias (com a
consequente prestação de contas anuais), das prestações de contas de
campanha. Sobre a primeira modalidade nos debruçaremos doravante,
reservando às prestações de campanha debate próprio em outro momento
deste curso.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos (...)
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;

Deste modo, a fim de atender ao comando constitucional, a Lei nº


9.096/95 estabelece, em seus artigos 30 e seguintes, a disciplina acerca da
arrecadação de recursos e da prestação de contas das finanças dos partidos
políticos.
São obrigados a prestar contas à Justiça Eleitoral os órgãos nacionais,
regionais e municipais, devendo estes manter escrituração contábil que
permita o conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de suas
despesas.
Art. 30. O partido político, através de seus órgãos nacionais,
regionais e municipais, deve manter escrituração contábil, de
forma a permitir o conhecimento da origem de suas receitas e
a destinação de suas despesas.
ÓRGÃOS
PARTIDÁRIOS QUE
DEVEM PRESTAR
CONTAS

NACIONAIS REGIONAIS MUNICIPAIS

A apresentação das contas a serem prestadas deve ser efetuado até


o dia 30 de abril do ano seguinte ao que se está prestando as contas.
Assim, por exemplo, as contas do ano exercício de 2017 devem ser
prestadas até o dia 30 de abril de 2018. Caso esta data caia em um dia que
não seja útil, como, por exemplo, num domingo, este prazo fica prorrogado
até o primeiro dia útil subsequente (normalmente, dia 02 de maio, vez que
dia 01 de maio é feriado nacional).

Art. 32. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à


Justiça Eleitoral, o balanço contábil do exercício findo, até o dia
30 de abril do ano seguinte.
§ 1º O balanço contábil do órgão nacional será enviado ao
Tribunal Superior Eleitoral, o dos órgãos estaduais aos
Tribunais Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos
Juízes Eleitorais.
§ 2º A Justiça Eleitoral determina, imediatamente, a publicação
dos balanços na imprensa oficial, e, onde ela não exista,
procede à afixação dos mesmos no Cartório Eleitoral.
§ 3º (Revogado).
§ 4º Os órgãos partidários municipais que não hajam
movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens
estimáveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar contas à
Justiça Eleitoral, exigindo-se do responsável partidário, no
prazo estipulado no caput, a apresentação de declaração da
ausência de movimentação de recursos nesse período.
§ 5º A desaprovação da prestação de contas do partido não
ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito
eleitoral.

Caso o órgão partidário não tenha movimentado recursos no ano em


exercício, ele deve apresentar, no mesmo prazo da apresentação da
prestação de contas, DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA DE MOVIMENTAÇÃO
DE RECURSOS (artigo 32, § 4º da Lei 9.096/95).

Com movimentação
financeira:
Prestação de Contas
Completa

PRAZO
FINAL
30/04 Sem movimentação
financeira:
Declaração de au-sência
de movimen-tação de
recursos

Com relação à competência para apreciação das ações de prestação


de contas, é a seguinte:
COMPETÊNCIAS PARA PROCESSAR
AS PRESTAÇÕES DE CONTAS

ÓRGÃOS NACIONAIS TSE

ÓRGÃOS REGIONAIS TRE

ÓRGÃOS MUNICIPAIS JUÍZES ELEITORAIS


Quanto às receitas que um partido pode obter, há as chamadas
FONTES VEDADAS e estão elencadas no artigo 31 da Lei 9.096/95. Tais
fontes são proibidas para a arrecadação de recurso, seja em espécie
(dinheiro) ou em valor estimável (doação de bem ou serviço).

Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente,


sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio
pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de
publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - entidade ou governo estrangeiros;
II - entes públicos e pessoas jurídicas de qualquer natureza,
ressalvadas as dotações referidas no art. 38 desta Lei e as
proveniente do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha;
III - (revogado);
IV - entidade de classe ou sindical.
V - pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de
livre nomeação e exoneração, ou cargo ou emprego público
temporário, ressalvados os filiados a partido político.

Resumidamente, temos:

FONTES VEDADAS PARA RECEBIMENTO DE RECURSOS

Entidade ou governo estrangeiro


Entes públicos
Pessoas jurídicas
Entidade de classe ou sindical
Pessoas físicas que exerçam :
função ou cargo público de livre nomeaçao e exoneração
cargo ou emprego público temporário, ressalvados os filiados a partido
político

Veja-se que pessoas jurídicas e entes públicos são proibidos de


realizarem doação direta a partido político, todavia, o artigo 38 da Lei
9.096/95 permite que tais pessoas e entes doem ou realizem depósitos no
chamado FUNDO PARTIDÁRIO, repasse este permitido, haja vista beneficiar
TODAS AS AGREMIAÇÕES PARTIDÁRIAS, nas proporções previstas pela Lei
9.096/95 (artigo 41-A), a qual encontra autorização constitucional para
tanto (artigo 17, §3º da Constituição Federal).
Art. 38. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos
Partidos Políticos (Fundo Partidário) é constituído por:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do
Código Eleitoral e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em
caráter permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por
intermédio de depósitos bancários diretamente na conta do
Fundo Partidário;
IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior,
cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro
do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por
trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995.

Recursos financeiros destinados por


Multas e penalidades pecuniárias
lei em caráter permanente ou
aplicadas conforme o Código Eleitoral eventual
COMPOSIÇÃO DO
FUNDO PARTIDÁRIO
doações de pessoa física ou jurídica dotações orçamentárias da União (nº
depositadas diretamente na conta de eleitores incsrcitos em 31/12 do
do fundo ano anterior x R$0,35)

A distribuição do fundo partidário deve obedecer aos percentuais


previstos no artigo 41-A da Lei 9.096/95, o qual veio substituir tanto a
redação do artigo 41, declarado inconstitucional pelas Ações Diretas de
Inconstitucionalidade nºs 1.351-3 e 1.354-8, quanto a redação original do
próprio artigo 41-A, declarada inconstitucional pela Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 5105.
Art. 41-A. Do total do Fundo Partidário:
I - 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, em
partes iguais, a todos os partidos que atendam aos requisitos
constitucionais de acesso aos recursos do Fundo Partidário;
II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos
partidos na proporção dos votos obtidos na última eleição geral
para a Câmara dos Deputados.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão
desconsideradas as mudanças de filiação partidária em
quaisquer hipóteses.
Distribuição do Fundo Partidário

95

Ao receber recursos do Fundo Partidário, as agremiações políticas


poderão utilizá-lo para suportar as despesas previstas no artigo 44 da Lei
9.096/95.
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Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão


aplicados:
I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o
pagamento de pessoal, a qualquer título, observado, do total
recebido, os seguintes limites:
a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional;
b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e
municipal;
II - na propaganda doutrinária e política;
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de
pesquisa e de doutrinação e educação política, sendo esta
aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total recebido.
V - na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres, criados e
mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido
político ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação
de pesquisa e de doutrinação e educação política de que trata o
inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão
nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5%
(cinco por cento) do total; 
VI - no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres
devidos a organismos partidários internacionais que se
destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação
política, aos quais seja o partido político regularmente filiado;
VII - no pagamento de despesas com alimentação, incluindo
restaurantes e lanchonetes.

A prestação de contas anuais deve ser apresentada ao Juízo


competente no prazo previsto em lei (até o dia 30 de abril do ano posterior
ao das contas). Os balanços a serem apresentados devem conter a
discriminação dos valores e destinação dos recursos oriundos do fundo
partidário, bem como a origem e valores das contribuições e doações
(artigo 33 da Lei 9.096/95).
No tocante à vedação de recebimento de doações de pessoas
jurídicas, vale lembrar o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
nº 4650, proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, a qual fez
com que o Supremo Tribunal Federal entendesse inconstitucionais o art. 23,
§1º, I e II; o art. 24; e o art. 81, “caput” e § 1º, todos da Lei nº 9.504/97
(Lei das Eleições), que tratam de doações a campanhas eleitorais por
pessoas físicas e jurídicas, no ponto em que cuidam de doações por pessoas
jurídicas.
Esta mesma ADI julgou inconstitucional, ainda, o art. 31; o art. 38,
III; o art. 39, “caput” e § 5º, da Lei nº 9.096/95 (Lei Orgânica dos Partidos
Políticos), que regulam a forma e os limites em que serão efetivadas as
doações aos partidos políticos, também exclusivamente no que diz respeito
às doações feitas por pessoas jurídicas.
Assim, não é permitido o recebimento de doação de pessoa jurídica
pelos partidos políticos, excepcionado o repasse de fundo partidário e de
doações feitas diretamente a este fundo. Tal vedação se deu porque a Corte
Suprema entendeu que doações efetuadas por pessoas jurídicas
desequilibravam a competição no pleito e violava, também, o princípio da
igualdade, eis que mais chances de ganhar o pleito teria aquele que
recebesse mais doações de pessoas jurídicas.
Além das prestações de contas anuais, o artigo 34, inciso V da Lei
9.096/95, determina a obrigatoriedade de apresentação de contas no
encerramento da campanha eleitoral – é a chamada PRESTAÇÃO DE
CONTAS DE CAMPANHA.
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a
prestação de contas do partido e das despesas de campanha
eleitoral, devendo atestar se elas refletem adequadamente a
real movimentação financeira, os dispêndios e os recursos
aplicados nas campanhas eleitorais, exigindo a observação das
seguintes normas:
(...)
IV - obrigatoriedade de ser conservada pelo partido, por prazo
não inferior a cinco anos, a documentação comprobatória de
suas prestações de contas;
V - obrigatoriedade de prestação de contas pelo partido político
e por seus candidatos no encerramento da campanha eleitoral,
com o recolhimento imediato à tesouraria do partido dos saldos
financeiros eventualmente apurados.
§ 1º A fiscalização de que trata o caput tem por escopo
identificar a origem das receitas e a destinação das despesas
com as atividades partidárias e eleitorais, mediante o exame
formal dos documentos fiscais apresentados pelos partidos
políticos e candidatos, sendo vedada a análise das atividades
político-partidárias ou qualquer interferência em sua
autonomia.
§ 2º Para efetuar os exames necessários ao atendimento do
disposto no caput, a Justiça Eleitoral pode requisitar técnicos
do Tribunal de Contas da União ou dos Estados, pelo tempo
que for necessário.

A Justiça Eleitoral pode, para melhor efetuar a fiscalização sobre as


prestações de contas partidárias, requisitar técnicos do Tribunal de Contas
da União e dos Estados. Saliente-se que as agremiações partidárias têm a
obrigação de manter a documentação comprobatória de suas prestações de
contas por prazo NÃO INFERIOR A CINCO ANOS.
O TSE e os TRE’s, à vista de denúncia fundamentada de filiada ou de
delegado de partido, ou, ainda, de representação do Procurador-Geral ou
Regional, ou ainda, por iniciativa do Corregedor, determinarão o exame da
escrituração do partido, podendo, inclusive, determinar a quebra de sigilo
bancário para o esclarecimento de fatos vinculados à denúncia.
Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais
Eleitorais, à vista de denúncia fundamentada de filiado ou
delegado de partido, de representação do Procurador-Geral ou
Regional ou de iniciativa do Corregedor, determinarão o exame
da escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que
viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria
financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos, podendo,
inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas
dos partidos para o esclarecimento ou apuração de fatos
vinculados à denúncia.
Parágrafo único. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral,
as prestações de contas mensais ou anuais dos demais
partidos, quinze dias após a publicação dos balanços
financeiros, aberto o prazo de cinco dias para impugná-las,
podendo, ainda, relatar fatos, indicar provas e pedir abertura
de investigação para apurar qualquer ato que viole as
prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira,
os partidos e seus filiados estejam sujeitos.

Caso haja desaprovação das contas, aplicar-se-á a sanção de


devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de
até 20%, EXCLUSIVAMENTE NA ESFERA QUE PRESTOU AS CONTAS
DESAPROVADAS.
Da decisão que desaprovar as contas, caberá recurso ao TRE ou ao
TSE, conforme o caso e será recebido com efeito suspensivo. Os partidos
podem, ainda, apresentar documentos hábeis para esclarecer
questionamentos da Justiça Eleitoral até antes do trânsito em julgado.
É muito importante destacar que as prestações de contas têm caráter
JURISDICIONAL, ou seja, necessitam de indicação de um advogado a fim de
preencherem a capacidade postulatória necessária ao processamento das
prestações de contas.
Os dirigentes partidários apenas serão responsabilizados civil e
penalmente pela desaprovação das contas quando os atos ilícitos que lhes
forem atribuídos gerem grave e insanável irregularidade e sejam, ainda,
resultantes de condutas dolosas.

Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará


exclusivamente a sanção de devolução da importância
apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte
por cento).
§ 1º. A Justiça Eleitoral pode determinar diligências necessárias
à complementação de informações ou ao saneamento de
irregularidades encontradas nas contas dos órgãos de direção
partidária ou de candidatos.
§ 2º A sanção a que se refere o caput será aplicada
exclusivamente à esfera partidária responsável pela
irregularidade, não suspendendo o registro ou a anotação de
seus órgãos de direção partidária nem tornando devedores ou
inadimplentes os respectivos responsáveis partidários.
§ 3º A sanção a que se refere o caput deverá ser aplicada de
forma proporcional e razoável, pelo período de um a doze
meses, e o pagamento deverá ser feito por meio de desconto
nos futuros repasses de cotas do Fundo Partidário, desde que a
prestação de contas seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, em até cinco anos de sua apresentação. 
§ 4º Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a
prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso para
os Tribunais Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior
Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser recebido com
efeito suspensivo.
§ 5º As prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais
Regionais e pelo Tribunal Superior poderão ser revistas para
fins de aplicação proporcional da sanção aplicada, mediante
requerimento ofertado nos autos da prestação de contas.
§ 6º O exame da prestação de contas dos órgãos partidários
tem caráter jurisdicional
§ 11. Os órgãos partidários poderão apresentar documentos
hábeis para esclarecer questionamentos da Justiça Eleitoral ou
para sanear irregularidades a qualquer tempo, enquanto não
transitada em julgado a decisão que julgar a prestação de
contas.
§ 12. Erros formais ou materiais que no conjunto da prestação
de contas não comprometam o conhecimento da origem das
receitas e a destinação das despesas não acarretarão a
desaprovação das contas.
§ 13.  A responsabilização pessoal civil e criminal dos
dirigentes partidários decorrente da desaprovação das contas
partidárias e de atos ilícitos atribuídos ao partido político
somente ocorrerá se verificada irregularidade grave e insanável
resultante de conduta dolosa que importe enriquecimento ilícito
e lesão ao patrimônio do partido.
Além das sanções relativas à desaprovação das contas, há outras
elencadas no artigo 36 da Lei 9.096/95 e dizem respeito às seguintes
situações: a) Recebimento de recursos de origem não identificada e b)
Recebimento de recursos de origem vedada. No primeiro caso, suspende-se
o recebimento das quotas do fundo partidário até que o esclarecimento seja
aceito pela Justiça Eleitoral. No segundo caso, suspende-se o repasso das
quotas pelo prazo de UM ANO.
Finalmente, caso a agremiação partidária não apresente suas contas,
suspende-se o repasse de quotas do fundo partidário até que estas sejam
apresentadas (artigo 37 da Lei 9.096/95).
Art. 36. Constatada a violação de normas legais ou
estatutárias, ficará o partido sujeito às seguintes sanções:
I - no caso de recursos de origem não mencionada ou
esclarecida, fica suspenso o recebimento das quotas do fundo
partidário até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça
Eleitoral;
II - no caso de recebimento de recursos mencionados no art.
31, fica suspensa a participação no fundo partidário por um
ano;
Art. 37-A. A falta de prestação de contas implicará a
suspensão de novas cotas do Fundo Partidário enquanto
perdurar a inadimplência e sujeitará os responsáveis às penas
da lei.
Destaque-se que os recursos do fundo partidário são impenhoráveis,
conforme estipulação contida no artigo 833, XI do Novo Código de Processo
Civil.
Art. 833. São impenhoráveis:
(...)
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por
partido político, nos termos da lei;
Devolução da importância
DESAPROVAÇÃO tida por irregular + multa
de até 20%

suspende-se o repasse das


RECEBIMENTO DE
quotas do fundo até que o
RECURSOS DE ORIGEM
esclarecimento seja aceito
NÃO IDENTIFICADA
pela Justiça Eleitoral
HIPÓTESES DE
IRREGULARIDADES

RECEBIMENTO DE supende-se a participação


RECURSOS DE ORIGEM do fundo partidário por
VEDADA um ano

suspende-se o repasse do
NÃO PRESTAÇÃO DE
fundo enquanto perdurar
CONTAS
a inadimplência

A Súmula-TSE nº 51 dita que “O processo de registro de candidatura


não é o meio adequado para se afastarem os eventuais vícios apurados no
processo de prestação de contas de campanha ou partidárias”. Logo,
quaisquer questionamentos necessários à prestação de contas partidárias
(sejam anuais ou de campanha), ou prestação de contas de candidatos,
devem ser feitos no bojo do próprio processo de prestação de contas, não
se devendo levar tais questionamentos em sede de registros de
candidaturas.

6. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-PE, 2017,


CESPE). Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas
partidária.
A) A desaprovação de suas contas sujeita o partido à suspensão do
repasse de novas quotas do Fundo Partidário.
B) A obrigação de prestar contas à justiça eleitoral atinge todos os
órgãos partidários municipais, inclusive aqueles que não hajam
movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens estimáveis em
dinheiro.
C) A desaprovação das contas do partido impede sua participação no
processo eleitoral subsequente.
D) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não
mencionada, o partido ficará sujeito à suspensão do repasse de novas
quotas do Fundo Partidário. 
E) Partidos políticos podem receber recursos provenientes de entidades
sindicais.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois, de acordo com o artigo 37, caput da Lei
9.096/95: “Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada como
irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte por cento).”
A alternativa “B” está errada pois o artigo 32, §4° da Lei 9.096/95, aos
órgãos que não tiveram movimentação financeira basta a apresentação da
declaração de ausência de movimentação (“Art. 32, (...) § 4º Os órgãos
partidários municipais que não hajam movimentado recursos financeiros ou
arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar
contas à Justiça Eleitoral, exigindo-se do responsável partidário, no prazo
estipulado no caput, a apresentação de declaração da ausência de
movimentação de recursos nesse período”).
A alternativa “C” está errada pois, conforme o artigo 32, §5º, da Lei
9.096/95 “Art. 32. (...) § 5º A desaprovação da prestação de contas do
partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito
eleitoral”.
A alternativa “D” está correta e corresponde ao artigo 36, I da Lei
9.096/95: “Art. 36. Constatada a violação de normas legais ou estatutárias,
ficará o partido sujeito às seguintes sanções: I - no caso de recursos de
origem não mencionada ou esclarecida, fica suspenso o recebimento das
quotas do fundo partidário até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça
Eleitoral;”.
A alternativa “E” está errada, conforme estipula a vedação do artigo 31, IV
da Lei 9.096/95: “Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou
indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio
pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de
qualquer espécie, procedente de: (...) IV - entidade de classe ou sindical.”
Gabarito 6: D
7. (Juiz, TJ-MT, 2009, VUNESP). Partido político não apresentou
contas relativas ao exercício financeiro de 2008, até 30.04.2009. Essa
conduta é reiterada, pois também não prestou contas do exercício
financeiro de 2005. Diante desses fatos,
A) da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação de
contas dos órgãos partidários caberá recurso para o Tribunal Superior
Eleitoral, que poderá ser recebido com efeito suspensivo.
B) como o exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem
caráter jurisdicional, as prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais
Regionais e pelo Tribunal Superior não poderão ser revistas para fins de
aplicação proporcional da sanção aplicada.
C) a pedido do representante do Ministério Público, a Justiça Eleitoral
poderá determinar diligências necessárias à complementação de
informações ou ao saneamento de irregularidades encontradas nas contas
dos órgãos de direção partidária ou de candidatos.
D) nenhuma sanção poderá ser aplicada, pois a prestação de contas não
foi julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de sua
apresentação.
E) a Justiça Eleitoral poderá aplicar a sanção de suspensão de novas
cotas do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário).
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois o recurso pode caber, inicialmente ao
TRE e, ainda, DEVERÁ recebido com efeito suspensivo (“Art. 37, (...) § 4º
Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação de contas dos
órgãos partidários caberá recurso para os Tribunais Regionais Eleitorais ou
para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser
recebido com efeito suspensivo”).
A alternativa “B” está errada pois as prestações de contas PODERÃO SER
REVISTAS (Art. 37, §5° da Lei 9.096/95: “Art. 37 § 5º As prestações de
contas desaprovadas pelos Tribunais Regionais e pelo Tribunal Superior
poderão ser revistas para fins de aplicação proporcional da sanção aplicada,
mediante requerimento ofertado nos autos da prestação de contas”).
A alternativa “C” está errada pois a Justiça Eleitoral pode determinar
diligências de ofício e não mediante pedido do MPE (Art. 37 § 1º da Lei
9.096/95: “Art. 37. §1º. A Justiça Eleitoral pode determinar diligências
necessárias à complementação de informações ou ao saneamento de
irregularidades encontradas nas contas dos órgãos de direção partidária ou
de candidatos”).
A alternativa “D” está errada pois a sanção prevista para o caso de não
prestação de contas é a suspensão do repasse enquanto permanecer a
omissão (Art. 37-A da Lei 9.096/95: “Art. 37-A. A falta de prestação de
contas implicará a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário enquanto
perdurar a inadimplência e sujeitará os responsáveis às penas da lei”).
A alternativa “E” está correta e corresponde ao mencionado artigo 37-A da
lei 9.096/95.
Gabarito 7: E

8. (Promotor de Justiça, MPE-ES, 2010, CESPE). Assinale a opção


correta a respeito de partidos políticos.
A) O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter
jurisdicional.
B) Do total do fundo partidário, 1% é destinado, em partes iguais, a
todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal
Superior Eleitoral e 99% são distribuídos aos partidos na proporção dos
votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
C) A responsabilidade, incluindo a civil e a trabalhista, entre qualquer
órgão partidário municipal, estadual ou nacional, é solidária ante o caráter
nacional dos partidos políticos.
D) Os recursos do fundo partidário recebidos por partido político, nos
termos da lei, são créditos penhoráveis para pagamento de débitos de
natureza trabalhista.
E) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do fundo
partidário, devido à desaprovação total ou parcial da prestação de contas de
partido, deve ser aplicada necessariamente pelo período de doze meses.
Caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, após cinco anos de sua apresentação, a sanção de suspensão
não poderá ser aplicada.
Comentários:
A alternativa “A” está correta e corresponde ao artigo art. 37, § 6º da Lei
9.06/95 (“Art. 37, (...) §6º O exame da prestação de contas dos órgãos
partidários tem caráter jurisdicional”).
A alternativa “B” está errada pois os percentuais corretos estão no artigo
41-A da lei 9.096/95: “Art. 41-A. Do total do Fundo Partidário: I - 5%
(cinco por cento) serão destacados para entrega, em partes iguais, a todos
os partidos que atendam aos requisitos constitucionais de acesso aos
recursos do Fundo Partidário; e II - 95% (noventa e cinco por cento) serão
distribuídos aos partidos na proporção dos votos obtidos na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados”.
A alternativa “C” está errada pois, de acordo com o caput do artigo 15-A
da lei 9.096/95: “Art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista,
cabe exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional
que tiver dado causa ao não cumprimento da obrigação, à violação de
direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade
de outros órgãos de direção partidária”.
A alternativa “D” está errada pois, conforme o artigo 833, XI do Novo
Código de Processo Civil: “Art. 833. São impenhoráveis: (...) XI - os
recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos
termos da lei”;
A alternativa “E” está errada pois a sanção deverá ser aplicada de forma
proporcional e razoável, pelo período de um mês a um ano, conforme artigo
37, §3° da Lei 9.096/95 (Art. 37, §3°: “§ 3º A sanção a que se refere o
caput deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de
um a doze meses, e o pagamento deverá ser feito por meio de desconto
nos futuros repasses de cotas do Fundo Partidário, desde que a prestação
de contas seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, em até cinco
anos de sua apresentação”).
Gabarito 8: A

2- GARANTIAS ELEITORAIS

Tendo em vista que o direito ao sufrágio e, portanto, ao voto, é


universal e se trata de um direito constitucionalmente previsto, fazem-se
necessárias algumas GARANTIAS para seu exercício, de modo que não se
criem intencionalmente situações que possam lhe extirpar ou lhe limitar. O
Código Eleitoral traz as garantias em seus artigos 234 a 239.
Ademais, impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio recebe
proteção da esfera penal, sendo tipificado como crime no artigo 297 do
Código Eleitoral, podendo seu perpetrador sofrer a pena de detenção de até
seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa.
Vejamos, doravante o tratamento dispensado a estas garantias e no
que elas consistem.
2.1- Liberdade de escolha

O eleitor deve ser livre para escolher seus candidatos, não podendo
ser impedido ou embaraçado em seu direito.
Caso alguém incorra em conduta que impeça ou embarace o exercício
do voto, poderá incorrer nas penas do artigo 297 do Código Eleitoral, já
mencionado.
Esta liberdade de escolha ainda se reflete na certeza do anonimato do
voto, vez que o eleitor pode livremente escolher seu candidato na certeza
de que tanto o sistema utilizado, quanto os procedimentos adotados pela
Justiça Eleitoral, vão lhe assegurar o segredo de seu voto.
Caso alguma formalidade essencial da integridade e do sigilo do voto
seja preterida, a votação será declarada nula, conforme expõe do artigo
220, inciso IV do Código Eleitoral.
Art. 220. É nula a votação:
(...)
IV – quando preterida formalidade essencial do sigilo dos
sufrágios;

Ainda para resguardar esta garantia eleitoral de liberdade de escolha,


o artigo 91-A da Lei das Eleições (Lei n° 9.504/97) vedou que o eleitor
entre na cabina de votação portando aparelhos de telefonia celular,
máquinas fotográficas e filmadoras, evitando-se, portanto, a quebra de seu
sigilo do voto, o que poderia favorecer coações no sentido de que este
mesmo eleitor comprovasse o voto em determinado candidato.

Art. 91-A. No momento da votação, além da exibição do


respectivo título, o eleitor deverá apresentar documento de
identificação com fotografia.
Parágrafo único. Fica vedado portar aparelho de telefonia
celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina
de votação. 

Outra forma de garantir a liberdade de escolha recai no fato de que


se assegura aos partidos políticos a prioridade postal, fazendo com que os
materiais de propaganda realmente cheguem aos seus destinatários. Esta
garantia está insculpida no artigo 239 do Código Eleitoral.
Art. 239. Aos partidos políticos é assegurada a prioridade
postal durante os 60 (sessenta) dias anteriores à realização
das eleições, para remessa de material de propaganda de seus
candidatos registrados.
Caso esta prioridade postal não seja observada intencionalmente,
pode o funcionário postal incorrer no delito tipificado no artigo 338 do
Código Eleitoral.
Art. 338. Não assegurar o funcionário postal a prioridade
prevista no art. 239:
Pena – pagamento de 30 a 60 dias-multa.
2.2- Proteção jurisdicional contra a violência atentatória à liberdade
de voto

Além da garantia à liberdade de escolha, protege-se, também, contra


eventual violência que se aplique contra o eleitor e sua liberdade de voto,
antes ou após este ter votado.
O artigo 235 do Código Eleitoral prevê a possibilidade de expedição
de salvo-conduto, seja pelo juiz eleitoral, seja pelo presidente da mesa
receptora e, em caso de descumprimento deste salvo-conduto, pode-se
cominar prisão por desobediência de até cinco dias, em favor do eleitor que
sofrer violência MORAL ou FÍSICA, seja na sua liberdade de ir votar ou por
ter votado.
Art. 235. O juiz eleitoral, ou o presidente da mesa receptora,
pode expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por
desobediência até 5 (cinco) dias, em favor do eleitor que sofrer
violência, moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo
fato de haver votado.
Parágrafo único. A medida será válida para o período
compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes até 48
(quarenta e oito) horas depois do pleito.

Atente-se, apenas, ao fato de que este salvo-conduto será válido pelo


período compreendido entre 72 horas antes e até 48h após o pleito.

PERÍODO DE VALIDADE DO SALVO-CONDUTO

72 horas DIA 48 horas


antes DO depois
PLEITO

Além da possibilidade de salvo-conduto, o Código Eleitoral resguarda,


desde CINCO dias antes até QUARENTA E OITO horas depois do
encerramento do pleito o direito que o cidadão tem em somente poder ser
preso em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória
por crime inafiançável ou, ainda, por despeito a salvo-conduto.
Os MEMBROS DAS MESAS RECEPTORAS e os FISCAIS DE PARTIDO,
durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou presos,
salvo em flagrante delito. Já os CANDIDATOS gozam deste direito QUINZE
dias antes da eleição.
Caso a prisão seja considerada ilegal pelo juiz competente, ele a
relaxará e promoverá a responsabilidade do coator.
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias
antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento
da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em
flagrante delito ou em virtude de sentença criminal
condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito
a salvo-conduto.
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido,
durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos
ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia
gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição.
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente
conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a
ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a
responsabilidade do coator.

SALVO-CONDUTO
Para qualquer pessoa
72h antes do pleito até 48h após este

PRISÃO
Apenas em flagrante delito ou sentença cirminal condenatória por crime
inafiançável
5 dias nates até 48h antes do pleito

MEMBROS DAS MESAS RECEPTORAS E FISCAIS DE PARTIDO


Durante o exercício das funções não podem ser presos ou detidos, exceto em
flagrante delito

CANDIDATOS
Não podem ser detidos ou presos salvo em flagrante delito desde 15 dias antes do
pleito
Além das vedações já mencionadas, há a proibição de, durante o ato
eleitoral, haver força pública no edifício em que funcionar mesa receptora
de votos, ou em suas imediações. A força armada deve manter-se a cem
metros da seção e somente poderá aproximar-se do lugar de votação ou
nele adentrar por ordem do presidente de mesa.
Art. 238. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de
força pública no edifício em que funcionar mesa receptora, ou
nas imediações, observado o disposto no art. 141.
Art. 141.A força armada conservar-se-á a cem metros da seção
eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação, ou
nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.

2.3- Contenção ao poder econômico e ao desvio e abuso do poder


político

Outra garantia de suma importância é a que resguarda o eleitor dos


abusos do poder econômico e político. O Código Eleitoral, em seu artigo
237, coíbe esta prática, permitindo que o eleitor ou partido político se dirija
ao corregedor geral ou regional, relatando fatos e indicando provas,
pedindo, assim, a abertura de investigação para apurar uso indevido do
poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, seja em
benefício de candidato ou de partido político.

Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou


abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do
voto, serão coibidos e punidos.
§ 1º O eleitor é parte legítima para denunciar os culpados e
promover-lhes a responsabilidade, e a nenhum servidor
público, inclusive de autarquia, de entidade paraestatal e de
sociedade de economia mista, será lícito negar ou retardar ato
de ofício tendente a esse fim.
§ 2º Qualquer eleitor ou partido político poderá se dirigir ao
corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando
provas, e pedir abertura de investigação para apurar uso
indevido do poder econômico, desvio ou abuso do poder de
autoridade, em benefício de candidato ou de partido político.
§ 3º O corregedor, verificada a seriedade da denúncia
procederá ou mandará proceder a investigações, regendo-se
estas, no que lhes for aplicável, pela Lei nº 1.579 de 18 de
março de 1952.
O rito a ser observado é o do artigo 22 e seguintes da Lei
Complementar 64/90. Por sua vez, as condutas tidas por abusivas, seja de
poder econômico, seja de poder político, estão descritas nos artigos 73, 74,
75 e 77 da Lei das Eleições (Lei n° 9.504/97). Acerca delas nos
debruçaremos em momento oportuno.
Além de poder se ajuizar uma representação, há outra possibilidade
que recai na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo – AIME, de previsão
constitucional (artigo 14, §10 da CF/88), em se falando, igualmente, de
abuso de poder econômico e/ou político, sobre esta ação, de igual modo,
dedicaremos linhas próprias em momento oportuno.
Com relação à legitimidade do eleitor ajuizar de per si uma
representação por abuso de poder econômico ou político, o TSE, em sua
jurisprudência, não vem acatando esta possibilidade (Ac.-TSE, de 9.8.2011,
nos ED-Rp nº 317632 e, de 21.9.2006, no AgR-Rp nº 963) vez que para
esta corte “o mero eleitor não é parte legítima para ajuizar pedido de
abertura de investigação judicial, considerados os limites impostos pelo art.
22 da LC nº 64/1990”.
A mencionada Lei nº 1.579/1952, no artigo 237 do Código Eleitoral,
"dispõe sobre as comissões parlamentares de inquérito", trata do
cumprimento de diligências, convocações, tomada de depoimentos,
inquirição de testemunhas, requisições e apresentação de conclusões,
podendo ser aplicada, no que couber, às representações por abuso de poder
econômico e político.

2.4- Transporte de eleitores das zonas rurais.

A Lei nº 6.091/74 e a Resolução do TSE nº 9.641/74 tratam do


transporte de eleitores das Zonas Rurais. Conforme vimos, o voto é um
direito que deve ser assegurado, todavia, caso o eleitor resida em zona
rural, seu exercício pode restar comprometido caso não consiga se deslocar
para área em que haja local de votação, nem sempre encontradiça na zona
rural.
Deste modo, o artigo 1º da Lei 6.091/74 permite que a Justiça
Eleitoral requisite veículos e embarcações da União, Estados, Territórios e
Municípios, bem como de suas respectivas autarquias e sociedades de
economia mista (excluídos os de uso militar), os quais ficarão à disposição
desta justiça para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em
dias de eleição.
Art. 1º Os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e
tripulados, pertencentes à União, Estados, Territórios e
Municípios e suas respectivas autarquias e sociedades de
economia mista, excluídos os de uso militar, ficarão à
disposição da Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de
eleitores em zonas rurais, em dias de eleição.
§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo os veículos e
embarcações em número justificadamente indispensável ao
funcionamento de serviço público insusceptível de interrupção.
§ 2º Até quinze dias antes das eleições, a Justiça Eleitoral
requisitará dos órgãos da administração direta ou indireta da
União, dos Estados, Territórios, Distrito Federal e Municípios os
funcionários e as instalações de que necessitar para possibilitar
a execução dos serviços de transporte e alimentação de
eleitores previstos nesta Lei.

Caso o quantitativo de veículos obtidos dos órgãos públicos não seja


em quantitativo suficiente, poderá a Justiça Eleitoral requisitar veículos e
embarcações particulares, de preferência, os de aluguel.
Art. 2º Se a utilização de veículos pertencentes às entidades
previstas no art. 1º não for suficiente para atender ao disposto
nesta Lei, a Justiça Eleitoral requisitará veículos e embarcações
a particulares, de preferência os de aluguel.

Os responsáveis pela repartição deverão informar o número, espécie


e lotação dos veículos e embarcações CINQUENTA DIAS ANTES DO PLEITO.
Art. 3º Até cinquenta dias antes da data do pleito, os
responsáveis por todas as repartições, órgãos e unidades do
serviço público federal, estadual e municipal oficiarão à Justiça
Eleitoral, informando o número, a espécie e lotação dos
veículos e embarcações de sua propriedade, e justificando, se
for o caso, a ocorrência da exceção prevista no parágrafo 1º do
art. 1º desta Lei.
§ 1º Os veículos e embarcações à disposição da Justiça
Eleitoral deverão, mediante comunicação expressa de seus
proprietários, estar em condições de ser utilizados, pelo
menos, vinte e quatro horas antes das eleições e circularão
exibindo de modo bem visível, dístico em letras garrafais, com
a frase: "A serviço da Justiça Eleitoral."
§ 2º A Justiça Eleitoral, à vista das informações recebidas,
planejará a execução do serviço de transporte de eleitores e
requisitará aos responsáveis pelas repartições, órgãos ou
unidades, até trinta dias antes do pleito, os veículos e
embarcações necessários.
Com base nas informações repassadas, a Justiça Eleitoral deve
requisitar ATÉ TRINTA DIAS ANTES DO PLEITO os veículos e embarcações
necessários.
A Justiça Eleitoral, QUINZE DIAS ANTES DO PLEITO divulgará o
quadro geral de percursos e horários programados para o transporte de
eleitores. Tal transporte somente será feito caso a zona rural distar, pelo
menos, DOIS QUILÔMETROS das mesas receptoras.
Art. 4º Quinze dias antes do pleito, a Justiça Eleitoral
divulgará, pelo órgão competente, o quadro geral de percursos
e horários programados para o transporte de eleitores, dele
fornecendo cópias aos partidos políticos.
§ 1º O transporte de eleitores somente será feito dentro dos
limites territoriais do respectivo município e quando das zonas
rurais para as mesas receptoras distar pelo menos dois
quilômetros.
§ 2º Os partidos políticos, os candidatos, ou eleitores em
número de vinte, pelo menos, poderão oferecer reclamações
em três dias contados da divulgação do quadro.
§ 3º As reclamações serão apreciadas nos três dias
subsequentes, delas cabendo recurso sem efeito suspensivo.
§ 4º Decididas as reclamações, a Justiça Eleitoral divulgará,
pelos meios disponíveis, o quadro definitivo.

Após a divulgação do quadro de transportes, partidos políticos,


candidatos ou eleitores poderão oferecer reclamação em TRÊS DIAS. O juízo
aprecia as reclamações nos três dias subsequentes, divulgando, logo após,
o quadro definitivo.
Apenas os veículos arrolados nos incisos do artigo 5º da Lei 6.091/74
podem realizar o transporte de eleitores, desde o dia do pleito, até o dia
posterior a este.
Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte
de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição,
salvo:
I - a serviço da Justiça Eleitoral;
II - coletivos de linhas regulares e não fretados;
III - de uso individual do proprietário, para o exercício do
próprio voto e dos membros da sua família;
IV - o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de
aluguel não atingidos pela requisição de que trata o art. 2º.
Para o fiel cumprimento da lei, a Justiça Eleitoral instalará, TRINTA
DIAS ANTES DO PLEITO, na sede de cada Município, Comissão Especial de
Transporte e Alimentação, composta por pessoas indicadas pelos Diretórios
Regionais dos partidos políticos.
Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito,
na sede de cada Município, Comissão Especial de Transporte e
Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios
Regionais dos Partidos Políticos Nacionais, com a finalidade de
colaborar na execução desta lei.
§ 1º Para compor a Comissão, cada Partido indicará três
pessoas, que não disputem cargo eletivo.
§ 2º É facultado a candidato, em Município de sua notória
influência política, indicar ao Diretório do seu Partido, pessoa
de sua confiança para integrar a Comissão.

Finalmente, é importante destacar que, mesmo havendo


indisponibilidade ou deficiência do transporte de eleitores, estes não se
eximem da responsabilidade de votar, podendo, caso não consiga promover
seu voto, justifica-lo no prazo de sessenta dias a fim de afastar a incidência
de multa ante o não comparecimento às urnas.
Art. 6º A indisponibilidade ou as deficiências do transporte de
que trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar.
Parágrafo único. Verificada a inexistência ou deficiência de
embarcações e veículos, poderão os órgãos partidários ou os
candidatos indicar à Justiça Eleitoral onde há disponibilidade
para que seja feita a competente requisição.
3 dias após a divulgação
3 dias após prazo de
50 dias antes os órgãos podem oferecer
reclamações, decidem-se
públicos comunicam os reclamação (eleitores,
estas (cabe recurso sem
veículos disponíveis MPE, candidatos e
efeito suspensivo)
partidos)

30 dias antes do pleito a 15 dias antes do pleito


JE requisita veículos e divulga quadro geral de Divulga quadro definitivo
embarcações transportes

30 dias antes do pleito 15 dias antes do pleito a


No dia do Pleito e
instala a Comissão JE requisita funcionários e
posterior veda-se o
Especial de Transporte e instalações para
transporte de eleitores
Alimentação possibilitar o transporte

Caso se promova o transporte irregular de eleitores, fora das


estipulações previstas pela legislação de regência, a pessoa poderá incorrer
em crime eleitoral, previsto no artigo 11 da Lei nº 6.091/74.
Art. 11. Constitui crime eleitoral:
I - descumprir, o responsável por órgão, repartição ou unidade
do serviço público, o dever imposto no art. 3º, ou prestar,
informação inexata que vise a elidir, total ou parcialmente, a
contribuição de que ele trata:
Pena - detenção de quinze dias a seis meses e pagamento de
60 a 100 dias - multa;
II - desatender à requisição de que trata o art. 2º:
Pena - pagamento de 200 a 300 dias-multa, além da
apreensão do veículo para o fim previsto;
III - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e 10º;
Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a
300 dias-multa (art. 302 do Código Eleitoral);
IV - obstar, por qualquer forma, a prestação dos serviços
previstos nos arts. 4º e 8º desta Lei, atribuídos à Justiça
Eleitoral:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos;
V - utilizar em campanha eleitoral, no decurso dos 90
(noventa) dias que antecedem o pleito, veículos e embarcações
pertencentes à União, Estados, Territórios, Municípios e
respectivas autarquias e sociedades de economia mista:
Pena - cancelamento do registro do candidato ou de seu
diploma, se já houver sido proclamado eleito.
Parágrafo único. O responsável, pela guarda do veículo ou da
embarcação, será punido com a pena de detenção, de 15
(quinze) dias a 6 (seis) meses, e pagamento de 60 (sessenta)
a 100 (cem) dias-multa.

9. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PR, 2017, FCC).


Laura é eleitora de determinada zona rural no Município X, distante tal zona
quase 2 quilômetros do local de votação, situado no mesmo Município. Ela
tem conhecimento de que, em um Município rural vizinho, houve o
transporte gratuito de eleitores, no dia da eleição, por veículos e
embarcações pertencentes à União. Imaginando que a mesma situação
pudesse acontecer no seu Município, ficou com receio de que a utilização de
veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e Municípios não seja
suficiente para atender a todos e que ela e outros eleitores corram o risco
de não conseguir votar. No Município de Laura, de acordo com a Lei n°
6.091/1974,
A) não poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia
das eleições pelos veículos e embarcações pertencentes apenas à União,
podendo ser utilizados os veículos e embarcações pertencentes aos Estados
e Municípios e, se não forem suficientes para atender a todos os eleitores,
estes eximem-se do dever de votar.
B) poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia das
eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista e,
se não forem suficientes para atender a todos os eleitores, a Justiça
Eleitoral requisitará veículos e embarcações a particulares, de preferência
de aluguel.
C) não poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia
das eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista.
D) poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia das
eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista e,
se não forem suficientes para atender a todos os eleitores, a Justiça
Eleitoral, excepcionalmente, requisitará veículos e embarcações de uso
militar.
E) poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia das
eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista e,
se não forem suficientes para atender a todos os eleitores, poderá haver o
oferecimento de transporte, gratuitamente, por candidatos e partidos
políticos.
Comentários:
Esta questão é uma típica pegadinha, veja que o enunciado fala “distante
tal zona QUASE 2 quilômetros do local de votação, situado no mesmo
Município”, todavia, a legislação de regência determina que a distância da
zona rural do local de votação seja de PELO MENOS DOIS QUILÔMETROS
(artigo 4º, §1º da Lei 6.091/74: Art. 4º (...) § 1º O transporte de eleitores
somente será feito dentro dos limites territoriais do respectivo município e
quando das zonas rurais para as mesas receptoras distar pelo menos dois
quilômetros), ou seja, o enunciado não cumpriu com esta exigência legal
para haver o transporte de eleitores, de modo que este resta vedado,
havendo como única alternativa que contempla esta resposta a de letra “C”.
Gabarito 9: C

10. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-PR, 2017, FCC).


Visando possibilitar que os eleitores de determinada zona rural do Município
P, que estão distantes três quilômetros do local de votação, situado no
mesmo Município, exerçam seu direito ao voto, o partido político K quer
disponibilizar a eles, gratuitamente, no dia do pleito, veículos e
embarcações devidamente abastecidos e tripulados. De acordo com a Lei n°
6.091/1974, o partido político K
A) não poderá fazer o transporte desses eleitores, sendo que a
inexistência ou deficiência de transporte exime o eleitor do dever de votar.
B) poderá fazer o transporte desses eleitores se inexistirem outros
meios de locomoção que possibilitem o eleitor de chegar ao local de
votação.
C) não poderá fazer o transporte desses eleitores, sendo que a
inexistência ou deficiência de transporte não exime o eleitor do dever de
votar.
D) não poderá fazer o transporte desses eleitores, uma vez que a
distância da zona rural do local de votação é inferior a cinco quilômetros.
E) poderá fazer o transporte desses eleitores desde que não contenha,
nos veículos, qualquer alusão ao partido político ou a candidato, sendo que
a inexistência ou deficiência de transporte exime o eleitor do dever de
votar.
Comentários:
As alternativas “A” e “E” estão erradas pois a inexistência ou deficiência de
transporte NÃO eximem os eleitores de votar (Lei 6.091/74: “Art. 6º A
indisponibilidade ou as deficiências do transporte de que trata esta Lei não
eximem o eleitor do dever de votar”).
A alternativa “B” está errada pois é vedado a partido político o transporte
de eleitores, podendo, com isto, até mesmo, incorrer em crime eleitoral (Lei
6.091/74: “Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte
de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo: I – a
serviço da Justiça Eleitoral; II – coletivos de linhas regulares e não fretados;
III – de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e
dos membros da sua família; IV – o serviço normal, sem finalidade eleitoral,
de veículos de aluguel não atingidos pela requisição de que trata o art. 2º”)
A alternativa “D” está errada pois o motivo avocado acerca da distância
está errado, vez que esta deve ser de, pelo menos, DOIS quilômetros para
haver transporte de eleitores (muito embora este não seja efetuado por
partidos políticos), conforme dita o artigo 4º da Lei 6.091/74 (Art. 4°, § 1º
O transporte de eleitores somente será feito dentro dos limites territoriais
do respectivo Município e quando das zonas rurais para as Mesas
Receptoras distar pelo menos dois quilômetros).
A alternativa “C” está correta, pois agrupa a vedação do já mencionado
artigo 5º, com a incidência da obrigatoriedade do voto, disposto no
igualmente mencionado artigo 6°, ambos da Lei 6.091/74.
Gabarito 10:C

3- QUESTÕES COMENTADAS

11. (Promotor de Justiça, MPE-MT, 2008, FMP Concursos). Sobre os


partidos políticos, assinale a alternativa correta.
A) Não possuem personalidade jurídica, sendo entes despersonalizados.
B) Somente adquirem personalidade jurídica com o registro de seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
C) Têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio
e à televisão, na forma da lei.
D) Têm assegurada autonomia para definir sua estrutura interna, mas
deve obedecer às normas de disciplina e fidelidade partidária impostas por
lei.
E) O funcionamento parlamentar será estabelecido nos respectivos
estatutos.
Comentários:
A alternativa “A” está errada eis que, conforme o artigo 1º da Lei
9.096/95: “Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PRIVADO, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal”.
A alternativa “B” está errada pois ele adquire a personalidade jurídica no
Cartório de Registro Civil do DF e, após, adquire representatividade política
no registro do TSE (Art. 7º da LPP – “Art. 7º. O partido político, após
adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no
TSE”).
A alternativa “C” está correta e corresponde ao artigo Art. 7º, § 2º da LPP:
“Art. 7º (...) §2°. Só o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE
pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e
ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei”
A alternativa “D” está errada pois tais regras também são definidas em seu
estatuto (LPP: “Art. 23. A responsabilidade por violação dos deveres
partidários deve ser apurada e punida pelo competente órgão, na
conformidade do que disponha o estatuto de cada partido”).
A alternativa “E” está errada pois tal funcionamento NÃO é previsto nos
estatutos, mas, sim, nos regimentos internos das casas legislativas.
Gabarito 11:C

12. (Analista Judiciário - Judiciária - Prova Anulada, TRE-RS,


2008, CONSULPLAN). Sobre os partidos políticos, é INCORRETO afirmar
que:
A) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
B) O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.
C) O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
civil, registra seu estatuto no Tribunal Regional Eleitoral do Estado-Membro
onde foi criado.
D) Os filiados de um mesmo partido político têm iguais direitos e
deveres.
E) Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha
caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove o apoio de
eleitores correspondente a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os
votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja
votado em cada um deles.
Comentários:
A alternativa “A” está correta e corresponde ao caput do artigo 17 da
CF/88: “Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana”.
A alternativa “B” está correta e corresponde ao artigo 1º da Lei 9.096/95 –
LPP: “Art. 1º. O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-
se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do
sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal”.
A alternativa “C” está errada pois o registro é feito no TSE (Art. 17, §2º, da
Constituição Federal: “Art. 17 (...) §2°. O partido político, após adquirir
personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral”).
A alternativa “D” está correta e corresponde à redação do artigo 4° da LPP:
“Art. 4º. Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres”.
A alternativa “E” está correta e corresponde ao artigo 7° da LPP: “Art. 7º.
Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de
dois anos, o apoiamento de eleitores não filiados a partido político,
correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos
dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do
eleitorado que haja votado em cada um deles”.
Gabarito 12:C

13. (Analista Judiciário - Administrativa - Prova Anulada, TRE-RS,


2008, CONSULPLAN). É INCORRETO afirmar que:
A) Os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e tripulados,
pertencentes à União, Estados, Territórios e Municípios e suas respectivas
autarquias e sociedades de economia mista, inclusive os de uso militar,
ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de
eleitores em zonas rurais e urbanas, em dias de eleição.
B) Quinze dias antes do pleito, a Justiça Eleitoral divulgará, pelo órgão
competente, o quadro geral de percursos e horários programados para o
transporte de eleitores, dele fornecendo cópias aos partidos políticos.
C) A indisponibilidade ou as deficiências do transporte não eximem o
eleitor do dever de votar.
D) Verificada a inexistência ou deficiência de embarcações e veículos,
poderão os órgãos partidários ou os candidatos indicar à Justiça Eleitoral
onde há disponibilidade para que seja feita a competente requisição.
E) Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível, em face
da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes
refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas por conta do Fundo
Partidário.
Comentários:

A alternativa “A” está errada pois EXCLUEM-SE os veículos de uso militar


(Art. 1º, caput da Lei 6.091/74: “Art. 1º Os veículos e embarcações,
devidamente abastecidos e tripulados, pertencentes à União, Estados,
Territórios e Municípios e suas respectivas autarquias e sociedades de
economia mista, excluídos os de uso militar, ficarão à disposição da Justiça
Eleitoral para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em dias de
eleição”).
A alternativa “B” está certa e corresponde ao caput do artigo 4º da Lei
6.091/74: “Art. 4º Quinze dias antes do pleito, a Justiça Eleitoral divulgará,
pelo órgão competente, o quadro geral de percursos e horários
programados para o transporte de eleitores, dele fornecendo cópias aos
partidos políticos”.
A alternativa “C” está certa e corresponde à redação do caput do artigo 6º
da Lei 6.091/74: “Art. 6º A indisponibilidade ou as deficiências do
transporte de que trata esta Lei não eximem o eleitor do dever de votar”.
A alternativa “D” está certa e corresponde à redação do parágrafo único do
artigo 6º da Lei 6.091/74: “Parágrafo único. Verificada a inexistência ou
deficiência de embarcações e veículos, poderão os órgãos partidários ou os
candidatos indicar à Justiça Eleitoral onde há disponibilidade para que seja
feita a competente requisição”.
A alternativa “E” está correta e corresponde à redação do artigo 8º da Lei
6.091/74: “Art. 8º Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando
imprescindível, em face da absoluta carência de recursos de eleitores da
zona rural, fornecer-lhes refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas
por conta do Fundo Partidário”.
Gabarito 13:A

14. (Analista Judiciário - Administrativa - Prova Anulada, TRE-RS,


2008, CONSULPLAN). Sobre coligações é correto afirmar que, EXCETO:
A) É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição,
celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas,
podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a
eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o
pleito majoritário.
B) A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de
todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as
prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo
eleitoral, e devendo funcionar como um só partido no relacionamento com a
Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
C) Na propaganda para eleição proporcional, a coligação usará,
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos
que a integram; na propaganda para eleição majoritária, cada partido usará
apenas sua legenda sob o nome da coligação.
D) Na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a
qualquer partido político dela integrante;
E) Os partidos integrantes da coligação devem designar um
representante, que terá atribuições equivalentes às de Presidente de partido
político, no trato dos interesses e na representação da coligação, no que se
refere ao processo eleitoral.
Comentários:
A alternativa “A” está correta e corresponde ao caput do artigo 6º da Lei
9.504/97: “Art. 6º. É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma
circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou
para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação
para a eleição proporcionalmente os partidos que integram a coligação para
o pleito majoritário”.
A alternativa “B” está correta e corresponde ao §1° do artigo 6º da Lei
9.504/97: “§1º. A coligação terá denominação própria, que poderá ser a
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela
atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere
ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido no
relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses
interpartidários”.
A alternativa “C” está errada pois trocou-se, vez que nas coligações
MAJORITÁRIAS usará obrigatoriamente a legenda de todos os partidos que
a compõe e nas coligações PROPORCIONAIS usará apenas a legenda do
partido sob o nome da coligação (Art. 6º. (...) § 2º Na propaganda para
eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua
denominação, as legendas de todos os partidos que a integram; na
propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua
legenda sob o nome da coligação da Lei 9.504/97).
A alternativa “D” está correta e corresponde ao artigo 6º, I, da Lei
9.504/97 (”Art 6º. Na formação de coligações, devem ser observadas,
ainda, as seguintes normas: I – na chapa da coligação, podem inscrever-se
candidatos filiados a qualquer partido político dela integrante”).
A alternativa “E” está correta e corresponde ao Art. 6º - § 3º, III da Lei
9.504/97 (Art. 6º, §3°, III: “os partidos integrantes da coligação devem
designar um representante, que terá atribuições equivalentes às de
Presidente de partido político, no trato dos interesses e na representação da
coligação, no que se refere ao processo eleitoral”).
Gabarito 14:C

15. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-GO, 2009, CESPE).


Tendo em vista a disciplina constitucional sobre elegibilidade e partidos
políticos, assinale a opção correta.
A) Se o indivíduo possuir capacidade eleitoral ativa (ser eleitor),
automaticamente possuirá a capacidade eleitoral passiva (poder ser eleito).
B) Como pessoas jurídicas de direito privado, os partidos políticos estão
dispensados de prestar contas, à justiça eleitoral, dos recursos que
movimentam.
C) Para a configuração de domicílio eleitoral, não basta que o
interessado mantenha vínculos políticos, comunitários ou familiares com o
local pelo qual será candidato, sendo necessário que nele resida com
animus definitivo.
D) Ninguém pode concorrer como candidato avulso, sem partido político,
pois a capacidade eleitoral passiva exige prévia filiação partidária.
Comentários:
A alternativa “A” está errada, vez que possuir capacidade eleitoral ativa
não implica em possuir a passiva, como ocorre, por exemplo com o eleitor
analfabeto, que pode votar, mas é inelegível.
A alternativa “B” está errada, vez que um dos preceitos que os partidos
políticos devem se submeter é, exatamente, o de prestar contas à Justiça
Eleitoral (art. 17, III da CF/88: “Art. 17. É livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: (...)
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral”).
A alternativa “C” está errada pois para configurar o domicílio eleitoral não
se exige animus definitivo de residência, tanto que pode haver a
transferência deste.
A alternativa “D” está correta pois a filiação partidária é uma condição de
elegibilidade (Art. 14, §3°, V da CF/88: “Art. 14. A soberania popular será
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termos da lei, mediante: (...)§ 3º São condições de
elegibilidade, na forma da lei: (...)V - a filiação partidária”).
Gabarito 15:D
16. (Procurador Jurídico, Câmara Municipal de Poá – SP, 2016,
VUNESP). Quando o filiado pretende desligar-se do partido político, é
necessário
A) comunicar ao partido a falta de interesse na filiação, sem demais
formalidades.
B) deixar de pagar sua contribuição partidária por três meses
consecutivos, independentemente de outras formalidades.
C) deixar de comparecer a três assembleias ordinárias ou
extraordinárias, o que acarreta sua desfiliação tácita.
D) comunicar por escrito ao órgão de direção municipal e ao Juiz
Eleitoral da Zona em que for inscrito.
E) protocolizar pedido de desfiliação partidária junto ao órgão estadual
de direção.
Comentários:
A Lei 9.096 (Lei dos Partidos Políticos), em seu artigo 21, caput, dita que
“Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de
direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito”. Logo, a
única alternativa que contempla este dispositivo legal é a de letra “D”.
Gabarito 16:D

17. (Procurador Jurídico, Câmara de Marília – SP, 2016, VUNESP-


ADAPTADA). Com relação aos partidos políticos, é correto afirmar que
A) a fusão ou incorporação de partidos políticos é admitida àqueles que
obtiveram o registro provisório perante o Tribunal Superior Eleitoral há pelo
menos dois anos.
B) a desaprovação da prestação de contas do partido ensejará no
impedimento de participação do pleito eleitoral naquele período respectivo à
eleição próxima a ser realizada.
C) é vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer
forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em
dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente
de entidade de classe ou sindical.
D) o Tribunal Superior Eleitoral dará prioridade ao partido político que
possuir registro mais antigo de sua criação, na hipótese de coincidência de
data de formação de cadeia de transmissão de propaganda partidária.
Comentários:

A alternativa “A” está errada pois este prazo é de CINCO anos, conforme
disposto no artigo 29, §9° da LPP (lei 9.096/95) (“Art. 29, § 9º Somente
será admitida a fusão ou incorporação de partidos políticos que hajam
obtido o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5
(cinco) anos”).
A alternativa “B” está errada pois a desaprovação NÃO gera esta vedação,
conforme discipli9na o artigo 32, §5° da LPP (“Art. 32, (...) § 5º A
desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção
alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral”).
A alternativa “C” está correta e corresponde ao previsto no artigo 31, IV,
da LPP (“Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob
qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável
em dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie,
procedente de: (...) IV - entidade de classe ou sindical”).
A alternativa “D” está errada pois a prioridade será dada ao partido que
apresentou primeiramente o requerimento (Art. 46, (...) § 4º da LPP: “O
Tribunal Superior Eleitoral, independentemente do âmbito nacional ou
estadual da transmissão, havendo coincidência de data, dará prioridade ao
partido que apresentou o requerimento em primeiro lugar”).
Gabarito 17:C

18. (Procurador, Câmara Municipal de Bertolínia - PI, 2016,


Instituto Legatus). A Lei nº 13.165/2015, conhecida como Reforma
Eleitoral 2015, promoveu importantes alterações nas regras das eleições
deste ano, dentre elas podemos assinalar, exceto:
A) As campanhas serão financiadas exclusivamente por doações de
pessoas físicas.
B) O cidadão precisava estar filiado a um partido político seis meses
antes do pleito para disputar a eleição.
C) As convenções partidárias para escolha de candidatos devem
acontecer de 20 de julho a 5 de agosto.
D) Redução do tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias.
E) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois não serão financiadas apenas por
doações de pessoas físicas, mas, também, por recursos próprios e do fundo
partidário (Art. 20 da Lei das Eleições – LE – nº 9.504/97: “Art. 20. O
candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por
ele designada, a administração financeira de sua campanha usando
recursos repassados pelo partido, inclusive os relativos à cota do Fundo
Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas, na forma
estabelecida nesta Lei”).
A alternativa “B” está certa e corresponde à inovação trazida pelo artigo
9º, caput da LE (“Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis
meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo”).
A alternativa “C” está certa e corresponde ao disposto no artigo 8º, caput
da LE (Art. 8º. A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação
sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto
do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em
livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em vinte e quatro
horas em qualquer meio de comunicação”).
A alternativa “D” está certa e corresponde à inovação trazida pelo artigo
36, caput da LE, o qual traz como marco inicial o dia 16 de agosto para
início de campanha (“Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida
após o dia 15 de agosto do ano da eleição”).
A alternativa “E” serve apenas para confundir o candidato, vez que ela está
errada ao dizer que todas as anteriores estão certas, porém, o enunciado
pede a exceção das inovações, e esta alternativa não trata, propriamente
de inovação nenhuma, logo, não é a alternativa a ser marcada.
Gabarito 18:A

19. (Promotor de Justiça, MPE-RN, 2009, CESPE). Os partidos


políticos, no sistema constitucional brasileiro e nos termos da Lei dos
Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/1995) e da Lei Eleitoral (Lei n.º
9.504/1997), constituem pessoa jurídica de direito privado e são elementos
fundamentais da democracia brasileira. Com relação à disciplina do
funcionamento dessas organizações, assinale a opção correta.
A) Conforme imposição da Lei dos Partidos, o diretório nacional de
partido político é composto por 101 pessoas.
B) Não se permitem coligações partidárias na eleição majoritária para
senador.
C) Na mesma eleição, pode um partido fazer coligações distintas para
governador e para deputado estadual.
D) A verticalização é imposta pela lei partidária e se aplica, no que
couber, às eleições municipais.
E) Compete aos partidos políticos organizar estrutura paramilitar para a
proteção de seus candidatos.
Comentários:

A alternativa “A” está errada pois a lei dos partidos políticos – LPP (Lei
9.096/95) não determina a quantidade de pessoas que devem compor o
diretório nacional, mas, sim, a quantidade mínima de fundadores para
promoção de seu registro no TSE (Art. 8°, caput da LE: “Art. 8º O
requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente
do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser
subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um,
com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será
acompanhado de:”).
A alternativa “B” está errada pois PERMITEM-SE coligações para eleições
majoritárias (a EC 97/2017 vedou para as eleições proporcionais). Na época
deste certame aplicava-se in totum o artigo 6º, caput, da LPP (“Art. 6º É
facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar
coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo,
neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição
proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário”).
A alternativa “C” está correta e seu fundamento legal é o já mencionado
caput do artigo 6º da LPP.
A alternativa “D” está errada pois a verticalização é VEDADA (A EC
97/2017 manteve a vedação à verticalização na nova redação do §1° do
artigo 17 da CF/88: “§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha,
formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade
partidária”).
A alternativa “E” está errada pois é vedada a estrutura paramilitar aos
partidos políticos (Artigo 28, IV da LPP: “Art. 28. O Tribunal Superior
Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o cancelamento do
registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado: IV - que
mantém organização paramilitar”).
Gabarito 19:C

20. (Juiz, TJ-PA, 2009, FGV). O pedido de abertura de investigação


judicial para apurar o uso indevido, desvio ou abuso de poder econômico,
através de representação à Justiça Eleitoral, poderá ser feito apenas:
A) pelo Ministério Público Eleitoral, após recebimento de denúncia de
candidatos.
B) por qualquer partido político, coligação, candidato ou pelo Ministério
Público Eleitoral.
C) por membro do diretório regional de partido político, candidatos,
partidos políticos ou coligação.
D) pelo Corregedor-Geral ou Regional da Justiça Eleitoral ou pelo
Ministério Público Eleitoral.
E) por candidato, membro do diretório regional de partido político ou
partido político.
Comentários:
O artigo 22 da Lei Complementar 64/90 estabelece que: “Art. 22. Qualquer
partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá
representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou
Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e
pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou
abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização
indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de
candidato ou de partido político”. Logo, a única alternativa que contempla
os legitimados apontados pelo mencionado artigo é a de letra “B”.
Gabarito 20:B

21. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-PI, 2009, FCC). O


partido político:
A) pode ter caráter estadual ou municipal, desde que exerça suas
atividades de acordo com seu estatuto e seu programa.
B) adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no
Tribunal Superior Eleitoral.
C) tem direito à exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos,
independentemente do registro no Tribunal Superior Eleitoral.
D) tem autonomia para definir sua estrutura interna, mas a sua
organização é regulamentada pela Justiça Eleitoral.
E) é pessoa jurídica de direito privado e as pessoas a ele filiadas têm
iguais direitos e deveres.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois partidos políticos somente podem ter
caráter NACIONAL (Artigo 17, I da CF/88: “Art. 17. É livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I -
caráter nacional”).
A alternativa “B” está errada pois o partido político adquire personalidade
jurídica com seu registro no Cartório do Registro Civil do DF e, após, com o
registro do estatuto no TSE, adquire capacidade política (Art. 7º da LPP:
“Art. 7° O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da
lei civil”).
A alternativa “C” está errada pois tal exclusividade apenas é adquirida com
o registro do estatuto no TSE (Art. 7º, § 3º da LPP: “Art. 7° (...)§ 3º
Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral
assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a
utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou
confusão”).
A alternativa “D” está errada pois os partidos políticos têm autonomia para
definir sua organização (Art. 3º da LPP: “Art. 3°. É assegurada, ao partido
político, autonomia para definir sua: estrutura interna, organização e
funcionamento”).
A alternativa “E” está correta e corresponde à redação dos artigos 1°,
caput e 4° da LPP (Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito
privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal e Art. 4º Os filiados de um
partido político têm iguais direitos e deveres”).
Gabarito 21:E

22. (Técnico Judiciário, TRE-SC, 2009, MS CONCURSOS). Em relação


ao partido político, assinale a alternativa INCORRETA.
A) É pessoa jurídica de direito privado.
B) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção, cujos programas
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e
os direitos fundamentais da pessoa humana.
C) É assegurada autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade
partidária.
D) É vedado ministrar instrução militar ou paramilitar, podendo adotar
uniforme para seus membros.
Comentários:
A alternativa “A” está correta (Art. 1º, caput da LPP – Lei 9.096/95: “Art.
1°. O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal”).
A alternativa “B” está correta (Art. 2° da LPP. “Art. 2º É livre a criação,
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e
os direitos fundamentais da pessoa humana”).
A alternativa “C” está correta (Art. 17, §1° da CF/88: “Art. 17. (...) § 1º É
assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento
e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais,
sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária”).
A alternativa “D” está errada pois é vedada a adoção de uniforme para
membros de partidos políticos (Art. 6º da LPP: “Art. 6°. É vedado ao partido
político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização
da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros”).
Gabarito 22:D

23. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-AM, 2010, FCC). A


respeito do Fundo Partidário, é correto afirmar que
A) a Justiça Eleitoral não pode investigar a aplicação dos recursos
oriundos do Fundo Partidário, em razão da autonomia administrativa dos
partidos políticos.
B) os partidos políticos não necessitam prestar contas à Justiça Eleitoral
das despesas realizadas com o Fundo Partidário.
C) serão destinados pelos partidos políticos, no mínimo 20% do total
recebido, para a criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa
e de doutrinação e educação política.
D) os recursos dele oriundos, até 80%, podem ser aplicados no
pagamento de pessoal.
E) não pode ser constituído por doações de pessoas físicas ou jurídicas,
mas somente por dotações orçamentárias da União.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois, conforme dispõe o § 2.º do art. 44 da
Lei n.º 9.096/95: “A Justiça Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar
sobre a aplicação de recursos oriundos do Fundo Partidário”.
A alternativa “B” está errada haja vista o partido ser OBRIGADO a prestar
contas das despesas custeadas pelo Fundo Partidário (§ 1.º do art. 44 da
Lei n.º 9.096/95: “Na prestação de contas dos órgãos de direção partidária
de qualquer nível devem ser discriminadas as despesas realizadas com
recursos do Fundo Partidário, de modo a permitir o controle da Justiça
Eleitoral”).
A alternativa “C” está correta e corresponde à redação do artigo 44, IV da
Lei 9.096/95 (“Art. 44, (...) IV - na criação e manutenção de instituto ou
fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, sendo esta
aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total recebido”).
A alternativa “D” está errada pois estes percentuais são de 50% para os
diretórios nacionais e 60% para os regionais e zonais (Art. 44, I da Lei
9.06/95: “I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o
pagamento de pessoal, a qualquer título, observado, do total recebido, os
seguintes limites: a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional; b)
60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e municipal;”).
A alternativa “E” está errada pois PODE ser constituída por doações de
pessoas físicas e jurídicas (Lei n.º 9.096/95, art. 38, inc. III: “Art. 38 (…)
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de
depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário;”).
Gabarito 23:C

24. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AM, 2010, FCC). A


respeito da criação e do registro dos Partidos Políticos, considere:
I. O partido político que já tenha adquirido personalidade jurídica através do
registro no cartório competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas da
Capital Federal poderá participar do processo eleitoral, ter acesso gratuito
ao rádio e à televisão, mas não receberá recursos do Fundo Partidário.
II. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional.
III. O registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos.
IV. O requerimento de registro de partido político, dirigido ao cartório
competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal,
deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento
e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados.
Está correto o que se afirmar APENAS em:
A) I, II e IV.
B) I, II e III.
C) I e IV.
D) II e III.
E) II, III e IV.
Comentários:
A assertiva “I” está errada pois somente com o registro do estatuto no TSE
é que poderá participar do processo eleitoral, ter acesso gratuito ao rádio e
à televisão (§ 2º do Art. 7º da Lei 9.096/1995 – “Só o partido que tenha
registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do
processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei”).
A assertiva “II” está correta e corresponde ao §1° do artigo 7º da Lei
9.096/1995 – “Só é admitido o registro do Estatuto de Partido Político que
tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove o
apoiamento de eleitores correspondente a, pelo menos, meio por cento dos
votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles”.
A assertiva “III” está correta e se trata da redação do § 3º do Art. 7º da
Lei 9.096/1995 – “Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e
símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que
venham a induzir a erro ou confusão”.
A assertiva “IV” está correta e está contido no Art. 8º da Lei 9.096/1995
(“O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório
competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve
ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e
um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será
acompanhado de: I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do
partido; II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o
programa e o estatuto; III - relação de todos os fundadores com o nome
completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção,
Município e Estado, profissão e endereço da residência”).
Logo, a única alternativa que contempla a combinação correta das
assertivas é a letra “E”.
Gabarito 24:E

25. (Promotor de Justiça, MPE-ES, 2010, CESPE). Assinale a opção


correta a respeito de partidos políticos.
A) O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter
jurisdicional.
B) Do total do fundo partidário, 1% é destinado, em partes iguais, a
todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal
Superior Eleitoral e 99% são distribuídos aos partidos na proporção dos
votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
C) A responsabilidade, incluindo a civil e a trabalhista, entre qualquer
órgão partidário municipal, estadual ou nacional, é solidária ante o caráter
nacional dos partidos políticos.
D) Os recursos do fundo partidário recebidos por partido político, nos
termos da lei, são créditos penhoráveis para pagamento de débitos de
natureza trabalhista.
E) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do fundo
partidário, devido à desaprovação total ou parcial da prestação de contas de
partido, deve ser aplicada necessariamente pelo período de doze meses.
Caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, após cinco anos de sua apresentação, a sanção de suspensão
não poderá ser aplicada.
Comentários:
A alternativa “A” está correta e corresponde ao disposto no artigo art. 37, §
6º da Lei 9.096/95 (“§ 6º O exame da prestação de contas dos órgãos
partidários tem caráter jurisdicional”).
A alternativa “B” está errada eis que 5% (cinco por cento) do total do
Fundo Partidário serão destacados para entrega, em partes iguais, a todos
os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior
Eleitoral e 95% (noventa e cinco por cento) do total do Fundo Partidário
serão distribuídos a eles na proporção dos votos obtidos na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados (art. 41-A, da Lei n.º 9.096/95: “Art.
41-A. Do total do Fundo Partidário: I - 5% (cinco por cento) serão
destacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos que
atendam aos requisitos constitucionais de acesso aos recursos do Fundo
Partidário; e II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos
partidos na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a
Câmara dos Deputados”).
A alternativa “C” está errada pois tais responsabilidades se restringem à
esfera que lhes deu causa (Lei n.º 9.096/95, art. 15-A, caput, “Art. 15-A. A
responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe exclusivamente ao órgão
partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao não
cumprimento da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a
qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção
partidária”).
A alternativa “D” está errada pois, conforme o artigo 833, XI do Código de
Processo Civil de 2015: “Art. 833. São impenhoráveis: (...) XI - os recursos
públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da
lei;”. No mesmo era o antigo CPC em seu artigo 649, inciso XI.
A alternativa “E” está errada pois, à época desta questão (2010) a
penalidade prevista, antes da minirreforma de 2015, devia ser aplicada de
forma proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze)
meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repassado, da importância
apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão,
caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação (Lei n.º 9.096/95,
art. 37, § 3º, incluído pela Lei n.º 12.034/09). Com a minirreforma
introduzida pela Lei 1.165/2015, a penalidade mudou para uma multa de
20% do valor recebido irregularmente.
Gabarito 25:A

26. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-ES, 2010, FCC). No


que concerne às finanças e à contabilidade dos partidos políticos, quanto à
prestação de contas, é certo que:
A) Em razão do sigilo, a Justiça Eleitoral não poderá determinar
diligências necessárias à complementação de informações relativas às
contas dos órgãos de direção partidária ou de candidatos.
B) A falta de prestação de contas não implica em suspensão de novas
cotas do Fundo Partidário.
C) Os partidos políticos são obrigados a conservar a documentação
comprobatória de suas prestações de contas por prazo não inferior a cinco
anos.
D) Um partido político não pode examinar, nem impugnar, na Justiça
Eleitoral, as prestações de contas mensais ou anuais de outros partidos.
E) Os balanços não precisarão, por tratar-se de questão interna, indicar
a origem e o valor das contribuições e doações.
Comentários:
A alternativa “A” está errada, vez que a Justiça Eleitoral PODE promover
diligências (Lei 9.096/95: Art. 37, § 1º. A Justiça Eleitoral pode determinar
diligências necessárias à complementação de informações ou ao
saneamento de irregularidades encontradas nas contas dos órgãos de
direção partidária ou de candidatos).
A alternativa “B” está errada pois a falta de prestação de contas IMPLICA
na suspensão de repasse de novas quotas do Fundo Partidário (Lei
9.096/95: Art. 36, inc. I - no caso de recursos de origem não mencionada
ou esclarecida, fica suspenso o recebimento das quotas do fundo partidário
até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça Eleitoral;).
A alternativa “C” está certa e corresponde ao artigo 34, IV da Lei 9.096/95
(“IV - obrigatoriedade de ser conservada pelo partido, por prazo não inferior
a cinco anos, a documentação comprobatória de suas prestações de contas;
“).
A alternativa “D” está errada pois os partidos políticos são partes legítimas
a promover tais impugnações (Lei 9.06/95: Art. 35, parágrafo único. O
partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, as prestações de contas
mensais ou anuais dos demais partidos).
A alternativa “E” está errada pois, conforme o artigo 33, II, da Lei
9.0196/95: “Art. 33. Os balanços devem conter, entre outros, os seguintes
itens: (...) II - origem e valor das contribuições e doações;”).
Gabarito 26:C

27. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-RS, 2010, FCC). A


respeito da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos, é
INCORRETO afirmar:
A) No caso de incorporação, observada a lei civil, caberá ao partido
incorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu órgão
nacional de deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra
agremiação.
B) Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início
com o registro do estatuto e do programa no Tribunal Superior Eleitoral,
através de requerimento acompanhado das atas das decisões dos órgãos
competentes.
C) No caso de incorporação, adotados o estatuto e o programa do
partido incorporador, realizar-se-á, em reunião conjunta dos órgãos
nacionais de deliberação, a eleição do novo órgão de direção nacional.
D) Os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em processo de
fusão votarão em reunião conjunta, por maioria absoluta, os projetos, e
elegerão o órgão de direção nacional que promoverá o registro do novo
partido.
E) No caso de fusão de dois ou mais partidos políticos, os órgãos de
direção dos partidos em processo de fusão elaborarão projetos comuns de
estatuto e programa.
Comentários:
A alternativa “A” está correta (Lei 9.096/95: Art. 29, § 2º, da Lei dos
Partidos Políticos: §2º No caso de incorporação, observada a lei civil, caberá
ao partido incorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu
órgão nacional de deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa
de outra agremiação”).
A alternativa “B” está errada pois, conforme §4º, do art. 29 da Lei
9.096/95: “§ 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido
tem início com o registro, no Ofício Civil competente da Capital Federal, do
estatuto e do programa, cujo requerimento deve ser acompanhado das atas
das decisões dos órgãos competentes”.
A alternativa “C” está correta e está contida no Art 29 , § 3º da Lei
9.096/95: “Adotados o estatuto e o programa do partido incorporador,
realizar-se-á, em reunião conjunta dos órgãos nacionais de deliberação, a
eleição do novo órgão de direção nacional”.
A alternativa “D” está correta e corresponde ao disposto no §1º, do art. 29
da Lei 9.096/95: “Art. 29. Por decisão de seus órgãos nacionais de
deliberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-
se um ao outro. § 1º No primeiro caso, observar-se-ão as seguintes
normas: I – os órgãos de direção dos partidos elaborarão projetos comuns
de estatuto e programa; II – os órgãos nacionais de deliberação dos
partidos em processo de fusão votarão em reunião conjunta, por maioria
absoluta, os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional que
promoverá o registro do novo partido”.
A alternativa “E” está correta e diz respeito ao inciso II do já mencionado
artigo 29 da Lei 9.096/95.
Gabarito 27:B

28. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AC, 2010, FCC). A


respeito da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos, considere:
I. O Tribunal Superior Eleitoral, após o trânsito em julgado de decisão,
determinará o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra
o qual fique provado estar recebendo recursos de procedência estrangeira.
II. O partido político, em nível nacional, sofrerá suspensão das cotas do
fundo partidário como consequência de atos praticados por órgãos regionais
ou municipais.
III. A falta de prestação, na forma da lei, das devidas contas à Justiça
Eleitoral não se inclui dentre as causas de cancelamento do registro e do
estatuto do partido.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) III.
Comentários:
A assertiva “I” está certa e corresponde à redação do artigo 28, I, da Lei
n.º 9.096/95. “Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em
julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto
do partido contra o qual fique provado: I - ter recebido ou estar recebendo
recursos financeiros de procedência estrangeira;”).
A assertiva “II” está errada pois as penalidade se aplicam apenas às
esferas que lhes deram causas (Lei n.º 9.096/95, art. 28, § 3º: § 3º O
partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão das cotas do
Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como consequência de atos
praticados por órgãos regionais ou municipais”).
A assertiva “III” está errada, pois, de acordo com a Lei n.º 9.096/95, art.
28, III: “Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de
decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido
contra o qual fique provado: I - ter recebido ou estar recebendo recursos
financeiros de procedência estrangeira; II - estar subordinado a entidade ou
governo estrangeiros; III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as
devidas contas à Justiça Eleitoral”.
Gabarito 28:A

29. (Técnico de Contabilidade, TRE-ES, 2011, CESPE). À luz do


disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue
os itens a seguir.
Os partidos políticos devem manter escrituração contábil sob
responsabilidade de profissionais registrados em conselho regional de
contabilidade, com obediência às normas brasileiras de contabilidade e com
base no plano de contas das agremiações partidárias.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
A assertiva está correta, vez que, conforme o artigo 30 da Lei 9096: “Art.
30. O partido político, através de seus órgãos nacionais, regionais e
municipais, deve manter escrituração contábil, de forma a permitir o
conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de suas despesas”.
Gabarito 29:A

30. (Técnico de Contabilidade, TRE-ES, 2011, CESPE). À luz do


disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue
os itens a seguir.
Os tribunais e conselhos de contas emitem pareceres sobre as prestações
de contas dos partidos políticos, nas esferas municipal, estadual e federal. A
manifestação técnica daqueles órgãos de controle instrui os respectivos
processos para fins de julgamento pelos tribunais eleitorais.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
A assertiva está errada, pois que nem os tribunais e nem os conselhos de
contas emitem parecer algum nas contas partidárias, cabendo a análise,
unicamente, à Justiça Eleitoral (Lei n.º 9.096/95, art. 34, “caput”: “Art. 34.
A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a prestação de contas do
partido e das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar se elas
refletem adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e
os recursos aplicados nas campanhas eleitorais, exigindo a observação das
seguintes normas:“).
Gabarito 30:B

31. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-PE, 2017,


CESPE). Relativamente às condições para criação, funcionamento e
financiamento dos partidos políticos, assinale a opção correta.
A) A mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário,
a ocorrência de grave discriminação política e pessoal e a filiação a um
partido recém-criado são justa causa para desfiliação dos detentores de
mandato.
B) A maior parte dos recursos do Fundo Partidário é distribuída aos
partidos políticos na proporção das cadeiras conquistadas na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados, devendo ser consideradas, em
qualquer hipótese, as mudanças de filiação partidária.
C) Ao menos 25% dos recursos do Fundo Partidário devem ser aplicados
na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política e na criação e manutenção de programas de
promoção e difusão da participação política das mulheres.
D) O tempo de acesso dos partidos políticos ao rádio e à televisão, para
propaganda partidária, é distribuído proporcionalmente ao número de votos
que cada partido tiver angariado na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados.
E) As listas de apoio à criação de um novo partido, para fins de registro
do estatuto da nova sigla no Tribunal Superior Eleitoral, deverão ser
assinadas por um percentual mínimo de eleitores já filiados a partidos
políticos.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois a filiação a um novo partido não é justa
causa (Lei 9.096/95: “Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo
eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária
somente as seguintes hipóteses: I – mudança substancial ou desvio
reiterado do programa partidário; II – grave discriminação política pessoal;
e III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que
antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição,
majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente”.
A alternativa “B” está errada pois as mudanças de filiação serão
DESCONSIDERADAS. (Lei 9.096/95: “Art. 41-A. Do total do Fundo
Partidário: I – 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, em
partes iguais, a todos os partidos que atendam aos requisitos
constitucionais de acesso aos recursos do Fundo Partidário; e II – 95%
(noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos na proporção
dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas
as mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses”).
A alternativa “C” está correta eis que somou os 20% destinados à pesquisa
aos 5% na promoção da mulher na política. (Lei 9.096/95: “Art. 44. Os
recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados: (...) IV – na criação
e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do
total recebido; V – na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres, criados e mantidos pela
secretaria da mulher do respectivo partido político ou, inexistindo a
secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será
fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5%
(cinco por cento) do total”).
A alternativa “D” está errada eis que o art. 5º da Lei nº 13.487/2017
acabou com a propaganda partidária no rádio e na televisão, revogando os
dispositivos da Lei nº 9.096/95 que tratavam sobre o tema. Destaque-se
que a propaganda eleitoral - aquela veiculada no período das eleições para
pedir votos para os candidatos – esta sim, continua existindo.
A alternativa “E” está errada pois tais listas de apoiamento deverá ser
assinadas por eleitores NÃO FILIADOS A PARTIDOS POLÍTICOS (“Art. 7°, §
1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de
dois anos, o apoiamento de eleitores não filiados a partido político,
correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos
dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do
eleitorado que haja votado em cada um deles”).
Gabarito 31:C

32. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-TO, 2011, FCC -


Adaptada). De acordo com a Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos
Políticos), é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos, cujos programas NÃO estão obrigados a respeitar
A) o pluripartidarismo.
B) a soberania nacional.
C) o regime democrático.
D) as orientações políticas do Presidente da República.
E) os direitos fundamentais da pessoa humana.
Comentários:
De acordo com o artigo 2º da Lei dos Partidos Políticos – LPP (Lei nº
9.096/95): “Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana”. Assim, a única alternativa que não contempla a previsão legal é a
letra “D”.
Gabarito 32:D

33. (Técnico de Contabilidade, TRE-ES, 2011, CESPE). À luz do


disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue
os itens a seguir.

A utilização dos recursos do Fundo Partidário oriundos de dotações


orçamentárias da União está sujeita às disposições da legislação sobre
licitações e contratos.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
De acordo com o a Lei 9096/95, em seu artigo 44, §3º: “Art. 44, § 3º Os
recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei no
8.666, de 21 de junho de 1993, tendo os partidos políticos autonomia para
contratar e realizar despesas”. Logo, a assertiva é falsa, vez que os partidos
políticos têm liberdade e autonomia para a contratação e realizar despesas.
Gabarito 33:B

34. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PA, 2011, FGV).


Todas as afirmativas contidas nas alternativas abaixo são corretas e a
segunda vincula-se à primeira, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
A) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. / Basta
a inscrição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal para
participarem do processo eleitoral.
B) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei
civil. / Mas somente o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral.
C) É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento. / Mas os filiados de um
partido político não podem possuir diferentes deveres e direitos.
D) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos. / Mas somente é admitido o registro do estatuto de partido político
que tenha caráter nacional.
E) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos. / Mas somente o partido que tenha registrado seu estatuto no
Tribunal Superior Eleitoral pode receber recursos do Fundo Partidário.
Comentários:
A alternativa “A” está errada vez que, muito embora os partidos políticos
realmente sejam pessoas jurídicas de direito privado (Art. 1º, caput da Lei
9.096/95), a inscrição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital
Federal não os autoriza a participar do processo eleitoral, pois conforme o
art.7, §2º da Lei 9096/95: “Só o partido que tenha registrado seu estatuto
do TSE pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo
Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados
nesta Lei”.
A alternativa “B” está certa haja vista que os partidos políticos adquirem
personalidade jurídica na forma da lei civil (Art. 1º, caput, Lei 9.096/95) e
somente o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior
Eleitoral pode participar do processo eleitoral, conforme exposto no já
mencionado art. 7º, §2º da Lei 9096/95).
A alternativa “C” está certa pois é assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento
(Art. 3°, caput da Lei 9.096/95: “Art. 3º É assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento”. Os filiados de um partido político não podem, de fato,
possuir diferentes deveres e direitos (art. 4º da Lei 9096/95: “Art. 4º Os
filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres.”).
A alternativa “D” está correta ao dizer que é livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos (Art. 2° da Lei 9.096/95: “Art.
2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”). Também
somente é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha
caráter nacional (art. 7º, §1º da Lei 9096/95: “§ 1º Só é admitido o registro
do estatuto de partido político que tenha caráter nacional, considerando-se
como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5%
(cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a
Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos,
distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1%
(um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.”).
A alternativa “E” também está correta pois somente o partido que tenha
registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode receber recursos
do Fundo Partidário (art. 7º, §2º da Lei 9096/95: “§ 2º Só o partido que
tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar
do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei”).
Gabarito 34:A

35. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-SC, 2011, PONTUA).


De acordo com Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9096/95), assinale a
alternativa INCORRETA:
A) Os recursos do Fundo Partidário deverão ser empregados nas
hipóteses previstas na lei, sendo vedada a partido político a livre disposição
desses recursos.
B) É vedada a fusão ou a incorporação de partidos.
C) O partido político poderá requerer perante a Justiça Eleitoral a
decretação de perda do cargo eletivo em virtude de desfiliação partidária
sem justa causa.
D) Considera-se justa causa para desfiliação a grave discriminação
pessoal.
Comentários:
A alternativa “A” está correta, conforme artigo 44 da Lei 9096: “Art. 44. Os
recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados: I - na manutenção
das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a
qualquer título, observado neste último caso o limite máximo de 50%
(cinquenta por cento) do total recebido; II - na propaganda doutrinária e
política; III - no alistamento e campanhas eleitorais; IV - na criação e
manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do
total recebido. V - na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres conforme percentual que será
fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5%
(cinco por cento) do total”.
A alternativa “B” está errada, vez que permite-se a fusão e a incorporação
de partidos, conforme admite o artigo 2º da Lei 9.096/95: “Art. 2º É livre a
criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”.
A alternativa “C” está correta e corresponde ao disposto no caput do artigo
22-A da Lei 9.096/95: “Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo
eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito”.
A alternativa “D” está correta e corresponde ao disposto no artigo 22-A,
parágrafo único, II da Lei 9.096/95 (“Art. 22-A. (...) Parágrafo único.
Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as
seguintes hipóteses: (...) II - grave discriminação política pessoal;”).
Gabarito 35:B

36. (Procurador da República, PGR, 2012, PGR). Quanto aos partidos


políticos é correto afirmar que:
A) apenas tem direito a cotas do fundo partidário e à propaganda
partidária gratuita no rádio e na televisão o partido que, em cada eleição
para a Câmara dos Deputados, obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por
cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos,
distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois
por cento do total de cada um deles;
B) não sendo os partidos pessoas jurídicas de direito público, não cabe
mandado de segurança contra os atos de seus representantes ou de seus
órgãos;
C) na propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão os partidos
poderão difundir seus programas partidários, divulgar a sua posição em
relação a temas político-comunitários, bem como divulgar a propaganda de
seus candidatos a cargos eletivos;
D) poderão estabelecer em seus estatutos, com vista a candidatura a
cargos eletivos, prazos de filiação partidária superiores aos previstos na lei.
Comentários:
A alternativa “A” está incorreta, não apenas porque a cláusula de barreira
constitucional não existia à época deste concurso, mas, também, mesmo
que considerada a EC 97/2017 para responder de modo atualizado a esta
questão, estes não são os percentuais máximos previstos pelo artigo 17,
§3°, I da CF/88 (Art. 17 (...), §3º Somente terão direito a recursos do
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente: I - obtiverem, nas eleições para a
Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas”).
A alternativa “B” está incorreta pois, de acordo com a lei 12.016, que
disciplina o mandado de segurança, o §1º de seu 1º artigo entende que:
“Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade,
seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. § 1º
Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes
ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades
autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas
naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que
disser respeito a essas atribuições”.
A alternativa “C” está errada pois a extinta propaganda partidária (pela Lei
13.478/2017) não visava a divulgação de seus candidatos a cargos eletivos,
vez que este é o objetivo da propaganda eleitoral, a qual permanece em
nosso ordenamento.
A alternativa “D” está correta e se trata da redação do artigo 20 da Lei
9.096/95: “Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu
estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos nesta Lei,
com vistas à candidatura a cargos eletivos”.
Gabarito 36:D

37. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-MG, 2013,


CONSULPLAN). Segundo o Art. 31 da Lei nº 9.096, de 1995, é vedado ao
partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,
contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de pessoas ou
entidades enumeradas em seus incisos. Assinale, dentre as hipóteses a
seguir, aquela em que a contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em
dinheiro recebido pelo partido político NÃO contraria a vedação legal
prevista no citado dispositivo legal.
A) O partido político recebe doações de um Governador de Estado, que
pretende, assim que possível, filiar-se a ele.
B) O partido político recebe contribuição estimável em dinheiro de
Concessionária de Serviços de Energia Elétrica.
C) O partido político recebe valores doados por um cidadão dos Estados
Unidos da América, que tem amigos brasileiros filiados ao partido.
D) O partido político recebe doação do governo da Alemanha para a
formação do seu fundo partidário, porque se alinha à ideologia do governo
do citado país.
E) O partido político recebe auxílio pecuniário do Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais, que entendeu por bem contribuir para a
campanha dos candidatos do partido.
Comentários:
De acordo com o artigo 31 da Lei 9.096/95: “Art.31 É vedado ao partido
receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,
contribuição ou auxilio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de: I- entidade ou
governo estrangeiros; II- autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as
dotações referidas no art.38; III autarquias, empresas públicas ou
concessionárias, de serviços públicos, sociedades de economia mista e
fundações instituídas em virtude de lei cujos recursos concorram órgãos ou
entidades governamentais. IV- entidade de classe ou sindical”. Logo, a
única alternativa que não se enquadra em nenhuma destas hipóteses é a de
letra “C” vez que cidadão estrangeiro não é o mesmo que entidade ou
governo estrangeiro e, sendo pessoa física, pode realizar a mencionada
doação.
Gabarito 37:C

38. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-MG, 2013,


CONSULPLAN). Atualmente, há cerca de 30 partidos políticos
regularmente registrados e em funcionamento no Brasil. Trata-se de
pessoas jurídicas de direito privado que desempenham importante papel no
concerto democrático. A respeito das regras aplicáveis aos partidos
políticos, assinale a alternativa correta.
A) Os recursos do Fundo Partidário são distribuídos, de forma paritária,
aos órgãos nacionais de todos os partidos.
B) É expressamente vedado ao partido político ministrar instrução militar
ou paramilitar e adotar uniforme para seus membros.
C) O partido político, após adquirir personalidade jurídica, registra seu
estatuto no Tribunal Regional Eleitoral do Estado em que funcionar sua
sede.
D) Diante do interesse público inerente a sua atuação, ao partido político
não se assegura autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento, que são inteiramente delimitados pela Justiça Eleitoral.
E) É livre a criação, fusão e incorporação de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. A extinção
de um partido, no entanto, depende de aprovação do Congresso Nacional.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois a distribuição é mista, um tanto é
distribuído paritariamente e a maioria é distribuído proporcionalmente. “Art.
41-A da Lei 9.096/95: “Art. 41-A. Do total do Fundo Partidário: I - 5%
(cinco por cento) serão destacados para entrega, em partes iguais, a todos
os partidos que atendam aos requisitos constitucionais de acesso aos
recursos do Fundo Partidário; e II - 95% (noventa e cinco por cento) serão
distribuídos aos partidos na proporção dos votos obtidos na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados”.
A alternativa “B” está correta e corresponde ao artigo 6º da Lei 9.096/95:
“Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou
paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar
uniforme para seus membros”.
A alternativa “C” está errada pois o registro do estatuto será feito no TSE
(Art. 7º, caput da Lei 9.096/95: “Art. 7º O partido político, após adquirir
personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral”).
A alternativa “D” está errada pois a autonomia É ASSEGURADA por lei (Art.
17, §1° da CF/88 – “Art. 17 (..) § 1º É assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre
escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a
sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária” e art. 3 da Lei 9.096/95: “Art. 3º É assegurada, ao
partido político, autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento”.
A alternativa “E” está errada pois a extinção independe de aprovação do
Congresso Nacional.
Gabarito 38:B

39. (Procurador da República, PGR, 2013, PGR). Com fundamento


nos dispositivos previstos na constituição, na legislação eleitoral e partidária
sobre os partidos políticos, é correto afirmar:
A) É livre a criação, a fusão, incorporação, mas as hipóteses de sua
extinção, por restringirem os direitos políticos dos seus filiados, devem
estar previstas de forma taxativa na própria Constituição.
B) É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento, e, observado o preceito do
caráter nacional, devem adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitoral, com obrigatoriedade, definidos pelos órgãos de Direção
Nacional.
C) Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
D) Os partidos políticos tem direito a recursos do fundo partidário,
administrado e gerido pelo Tesouro Nacional, o qual fará, mensalmente, a
distribuição direta dos duodécimos, em conta especial à disposição dos
órgãos nacionais dos partidos, obedecendo aos critérios definidos em lei.
Comentários
A alternativa “A” está errada pois a extinção também é livre (Art. 17, CF –
“É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados
os seguintes preceitos”).
A alternativa “B” está errada pois a verticalização (ou seja, obrigatoriedade
de os mesmos partidos das coligações de esferas superiores refletirem nas
coligações de esferas inferiores) é vedado constitucionalmente (Art. 17, §
1º, CF: “É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE
DE VINCULAÇÃO ENTRE AS CANDIDATURAS EM ÂMBITO NACIONAL,
ESTADUAL, DISTRITAL OU MUNICIPAL, devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária”).
A alternativa “C” está correta e corresponde ao disposto no art. 17, § 2º,
CF – “Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”.
A alternativa “D” está errada pois a conta fica à disposição do TSE e não
dos partidos políticos (Art. 40, §1° da Lei 9.096/95: “Art. 40. A previsão
orçamentária de recursos para o Fundo Partidário deve ser consignada, no
Anexo do Poder Judiciário, ao Tribunal Superior Eleitoral. § 1º O Tesouro
Nacional depositará, mensalmente, os duodécimos no Banco do Brasil, em
conta especial à disposição do Tribunal Superior Eleitoral”).
Gabarito 39:C

40. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AM, 2014, IBFC).


Analise as seguintes afirmativas relativas ao fornecimento de transporte
gratuito em dias de eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais, de
acordo com a disciplina da Lei Federal n° 6.091/1974:
I. Os serviços requisitados serão pagos, até trinta dias depois do pleito, a
preços que correspondam aos critérios da localidade. A despesa correrá por
conta do Fundo Partidário.
II. É vedado aos partidos fiscalizar os locais onde houver transporte e
fornecimento de refeições a eleitores.
III. O transporte de eleitores somente será feito entre Municípios vizinhos e,
quando das zonas rurais, para as mesas receptoras distar pelo menos cinco
quilômetros.
Está CORRETO o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
Comentários:
A assertiva “I” está correta e corresponde ao disposto no artigo 2°,
parágrafo único da Lei 6.091/74: “Art. 2º. Parágrafo único. Os serviços
requisitados serão pagos, até 30 dias depois do pleito, a preços que
correspondam aos critérios da localidade. A despesa correrá por conta do
Fundo Partidário”.
A assertiva “II” está errada pois É PERMITIDA a fiscalização pelos partidos
políticos. (Art. 9º da Lei 6.091/74: “Art. 9º. É facultado aos partidos exercer
fiscalização nos locais onde houver transporte e fornecimento de refeições a
eleitores).
A assertiva “III” está errada pois a distância da zona rural para a mesa
receptora deve ser de, pelo menos, DOIS quilômetros (Art. 4º § 1º da Lei
6.091/74: “Art. 4º. O transporte de eleitores somente será feito dentro dos
limites territoriais do respectivo Município e quando das zonas rurais para as
Mesas Receptoras distar pelo menos 2 QUILÔMETROS”).
Assim, a única alternativa que contempla as assertivas corretas é a de letra
“A”.
Gabarito 40:A

41. (Promotor de Justiça, MPE-PE, 2014, FCC). Considere as


seguintes afirmativas.
I. É vedada a aplicação de recursos oriundos do Fundo Partidário em
campanhas eleitorais.
II. Os partidos políticos devem aplicar, no mínimo, 5% (cinco por cento) do
total dos recursos oriundos do Fundo Partidário na criação e manutenção de
programas de promoção e difusão da participação política das mulheres.
III. A inobservância do limite de 50% (cinquenta por cento) dos recursos
oriundos do Fundo Partidário para pagamento de pessoal não implica a
rejeição das contas do partido político, caso não demonstrada a ocorrência
de má-fé, desídia ou o comprometimento da lisura e transparência na
prestação de contas. 
IV. O Fundo Partidário é distribuído aos órgãos nacionais dos partidos
políticos, sendo 1% (um por cento) do total partilhado em partes iguais a
todos os partidos e 99% (noventa e nove por cento) aos partidos que
tenham alcançado na eleição para Câmara dos Deputados, no mínimo, 5%
(cinco por cento) dos votos válidos, desde que distribuídos em, pelo menos,
um terço dos Estados, com um mínimo de 2% (dois por cento) do total de
cada um deles. 
Está correto o que se afirma em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e IV.
D) III e IV.
E) II e IV.
Comentários
A assertiva “I” está errada pois, conforme o inciso III do artigo 44 da Lei
9.096/95: “Art. 44. Os Recursos oriundos do Fundo Partidário serão
aplicados: III - no alistamento e campanhas eleitorais”.
A assertiva “II” está correta e corresponde ao inciso V do artigo 44 da Lei
9.096/95: “Art. 44. Os Recursos oriundos do Fundo Partidário serão
aplicados: V – na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres conforme percentual que será
fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5%
(cinco por cento) do total”.
A assertiva “III” está correta pois está conforme entendimento
jurisprudencial tomado pelo TSE ("[...] Prestação de contas. Partido político.
Pessoal. Gastos. Decisão regional. Aprovação com ressalvas. [...] 2. O não-
cumprimento do limite de gastos com pessoal, estabelecido no art. 44, I, da
Lei nº 9.096/95, não acarreta, por si só, a rejeição da prestação de contas
do partido. [...]”. Ac. de 28.11.2006 no AgRgREspe nº 25.762, rel. Min.
Caputo Bastos.). Quanto a este entendimento, ressalte-se que há julgados
em sentido contrário, também: “Prestação de contas. Desaprovação. Partido
político. 1. A extrapolação do limite dos gastos com pessoal definido no art.
44, I, da Lei nº 9.096/95 não pode configurar mera irregularidade em
prestação de contas, sob pena de permitir ao partido gastar excessivamente
recursos públicos, oriundos do fundo partidário, com pessoal. 2. O art. 34
da Res.-TSE nº 21.841/2004 prevê o integral recolhimento ao erário dos
valores considerados irregulares. 3. Documentos sem a indicação da
natureza das despesas se tornam inidôneos para comprovar a aplicação dos
recursos oriundos do fundo partidário. [...]" Ac. de 7.12.2011 no AI nº
16813, rel. Min. Arnaldo Versiani.)
A assertiva “IV” está errada pois, conforme o artigo 41-A da Lei 9.096/95:
“Art. 41-A. Do total do fundo partidário: I - 5% (cinco por cento) serão
destacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos que tenham
seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral; e II - 95%
(noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos na proporção
dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados”.
Logo, a única alternativa que contemplam ambas as assertivas corretas é a
de letra “B”.
Gabarito 41:B

42. (Procurador da República, PGR, 2015, PGR). O fundo partidário e


composto por
A) recursos exclusivamente públicos, vindos do Tesouro Nacional;
B) recursos públicos e privados, excluidas multas e penalidades
aplicadas pela Justiça Eleitoral;
C) doações privadas e multas e penalidades aplicadas pela Justiça
Eleitoral;
D) recursos públicos, doações privadas, multas e penalidades aplicadas
pela Justiça Eleitoral.
Comentários:
De acordo com o artigo 38 da Lei 9.096/95: “Art. 38. O Fundo Especial de
Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário) é constituído
por: I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código
Eleitoral e leis conexas; II - recursos financeiros que lhe forem destinados
por lei, em caráter permanente ou eventual; III - doações de pessoa física
ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos bancários diretamente na
conta do Fundo Partidário; IV - dotações orçamentárias da União em valor
nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de
dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por
trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995”. Logo, a
única alternativa que contempla estas possibilidades é a de letra “D”.
Gabarito 42:D

43. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-SP, 2017, FCC).


Com relação às garantias eleitorais e proibições de condutas com vistas a
impedir ou comprometer o exercício do direito de sufrágio e a sinceridade
do voto:
A) no período de 10 dias antes da eleição, os candidatos não poderão
ser presos ou detidos salvo flagrante delito. 
B) no período de 5 dias antes e até 48 horas depois do encerramento da
eleição, não é permitida a realização de prisão ou detenção de eleitores,
salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória
por crime inafiançável ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. 
C) é permitido o transporte de eleitores residentes na zona rural ou
urbana, por qualquer pessoa, mesmo que haja expresso pedido de votos,
desde que não seja feita ameaça quanto ao voto para que se realize a
locomoção. 
D) os moradores de zona rural, para os quais a Justiça Eleitoral não
fornecer transporte no dia da eleição, estarão desobrigados do dever de
votar. 
E) o abuso de poder político sobre a liberdade de escolha do voto é
coibido, não prevendo a legislação eleitoral, porém, punição para as
interferências do poder econômico nas eleições.
COMENTÁRIOS
A alternativa “A” está errado pois este prazo é de 15 dias (CE, Art. 236, §
1º “Os membros das Mesas Receptoras e os Fiscais de partido, durante o
exercício de suas funções, não poderão ser, detidos ou presos, salvo o caso
de flagrante delito; da mesma garantia gozarão os candidatos desde 15
(quinze) dias antes da eleição”).
A alternativa “B” está correta e corresponde ao disposto no artigo236 do
CE: “Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até
48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou
deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença
criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a
salvo-conduto”.
A alternativa “C” está errada pois este transporte somente pode ser
realizado por pessoas ou órgãos autorizados (Lei 6.091/74, Art. 5º Nenhum
veículo ou embarcação poderá fazer transporte de eleitores desde o dia
anterior até o posterior à eleição, salvo: I - a serviço da Justiça Eleitoral; II
- coletivos de linhas regulares e não fretados; III - de uso individual do
proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família;
IV - o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel não
atingidos pela requisição de que trata o art. 2º).
A alternativa “D” está errada pois o artigo 6º da Lei 6.091, NÃO exime o
eleitor de votar, nestas circunstâncias (Art. 6º A indisponibilidade ou as
deficiências do transporte de que trata esta Lei não eximem o eleitor do
dever de votar).
A alternativa “E” está errada pois a legislação eleitoral PREVÊ punições a
este tipo de abuso (Código Eleitoral, Art. 237. A interferência do poder
econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da
liberdade do voto, serão coibidos e punidos).
Gabarito 43:B
44. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PE, 2011, FCC).
NÃO constitui crime eleitoral:
A) fornecer qualquer candidato transporte aos eleitores da zona urbana
no dia da eleição.
B) fornecer o particular refeições a eleitores da zona rural no dia da
eleição.
C) desatender à requisição de veículos e embarcações particulares pela
Justiça Eleitoral, para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em
dias de eleição, nos casos previstos em lei.
D) fornecer qualquer pessoa refeições aos eleitores da zona urbana no
dia da eleição.
E) deixar o eleitor de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até
sessenta dias após a realização da eleição.
A alternativa “A” constitui crime (Art. 11 da Lei 6.091/74: “Art. 11.
Constitui crime eleitoral: II - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e
10º; Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-
multa” e “Art. 10. É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a
qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da
zona urbana”).
A alternativa “B” constitui crime (Art. 11 da Lei 6.091/74: “Art. 11.
Constitui crime eleitoral: II - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e
10º; Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-
multa” e “Art. 8º Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível,
em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural,
fornecer-lhes refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas por conta do
Fundo Partidário”).
A alternativa “C” constitui crime (Art. 11 da Lei 6.091/74: “Art. 11.
Constitui crime eleitoral: II - desatender à requisição de que trata o art. 2º:
Pena - pagamento de 200 a 300 dias-multa, além da apreensão do veículo
para o fim previsto” e “Art. 2º Se a utilização de veículos pertencentes às
entidades previstas no art. 1º não for suficiente para atender ao disposto
nesta Lei, a Justiça Eleitoral requisitará veículos e embarcações
a particulares, de preferência os de aluguel”).
A alternativa “D” constitui crime eleitoral (Art. 11 da Lei 6.091/74: “Art. 11.
Constitui crime eleitoral: II - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e
10º; Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-
multa” e “Art. 10. É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a
qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da
zona urbana”).
A alternativa “E” NÃO constitui crime, vez que se trata de mera
irregularidade sanável com o pagamento de multa eleitoral.
Gabarito 44:E

45. (Analista de Promotoria, MPE-SP, 2015, VUNESP). No dia do


pleito eleitoral, por vezes, verifica-se o fornecimento, a contratação ou o
oferecimento gratuito de transporte a eleitores, sendo correto afirmar que
A) é irregularidade eleitoral, inclusive capitulada como crime eleitoral,
respondendo pelo crime quem fornece o transporte.
B) é permitido ao partido político a contratação ou o oferecimento de
transporte a eleitores que residam fora da zona eleitoral.
C) é permitido ao partido político a contratação ou o oferecimento de
transporte a eleitores que residam dentro do próprio município, inclusive da
zona rural para a área urbana, sendo vedado entre municípios diferentes
com a contratação de ônibus.
D) é permitido ao partido político a contratação ou o oferecimento de
transporte a eleitores que residam em municípios limítrofes, somente da
zona rural para a área urbana.
E) é permitido, após a Constituição Federal de 1988, com fundamento
na liberdade de locomoção.
COMENTÁRIOS
De acordo com o Art. 5º, caput (Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação
poderá fazer transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à
eleição, salvo”) combinado ao art. 11, III, (“Art. 11. Constitui crime
eleitoral: (...) III - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º”) ambos da lei
6.091/1974, trata-se de CRIME ELEITORAL, sendo cabível, portanto, apenas
a alternativa “A”.
Gabarito 45:A
4- QUESTÕES

1. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-AM, 2014,


IBFC). Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior
Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos,
sendo vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a
induzir a erro ou confusão.
B) A ação do partido pode ter caráter local e ser exercida de acordo com
seu estatuto e programa, sem subordinação direta a entidades ou governos
estrangeiros.
C) O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
eleitoral, deve registrar seu estatuto no Cartório de Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.
D) O partido político, pessoa jurídica de direito público, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.

2. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-PE, 2017, CESPE).


Acerca de partidos políticos, assinale a opção correta.
A) A fusão de dois partidos não é causa para o cancelamento de seus
registros originais junto ao ofício civil e ao tribunal regional eleitoral.
B) O detentor de mandato eletivo que se desfiliar sem justa causa do
partido pelo qual foi eleito perderá o mandato.
C) A responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser
apurada e punida pelo Ministério Público.
D) Para ter acesso gratuito à televisão, o partido deve ter registrado seu
estatuto no tribunal regional eleitoral.
E) O requerimento do registro de partido deve ser dirigido a cartório do
registro civil das pessoas jurídicas da capital do estado de registro.

3. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-SP, 2017, FCC).


Ieda foi orientada a estudar a Lei n° 9.096/95 para o concurso que irá
prestar. Descobriu que, destinando-se a assegurar, no interesse do regime
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal, o partido político é
pessoa jurídica de direito
A) privado, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana.
B) público interno, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da
pessoa humana. 
C) público externo, sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da
pessoa humana. 
D) público, interno ou externo, dependendo do seu estatuto, sendo livre
a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
E) privado ou de direito público interno, dependendo do seu estatuto,
sendo livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.

4. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-SC, 2011, PONTUA).


Sobre as coligações, é INCORRETO afirmar que:
A) A verticalização obriga, no sistema partidário atual, que os partidos
políticos celebrem coligações idênticas no âmbito federal, estadual e
municipal.
B) É permitido formar-se mais de uma coligação para a eleição
proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário.
C) Na chapa da coligação podem inscrever-se candidatos filiados a
qualquer partido político dela integrante.
D) Na propaganda para eleição majoritária, a coligação deverá utilizar
sob sua denominação as legendas de todas as agremiações que a integram.

5. (Juiz Substituto, 2011, TJ-ES, CESPE). À luz da jurisprudência do


STF, assinale a opção correta a respeito de direitos políticos e partidos
políticos.
A) O reconhecimento da justa causa para transferência de partido
político afasta a perda do mandato eletivo por infidelidade partidária e
transfere ao novo partido do detentor do mandato o direito de sucessão à
vaga.
B) É válida a dispensa, por lei estadual que discipline os procedimentos
necessários à realização das eleições para implementação da justiça de paz,
de filiação partidária para os candidatos a juiz de paz.
C) A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal no curso do
mandato de determinado prefeito afasta a inelegibilidade prevista na CF
para o cônjuge de prefeito.
D) O domicílio eleitoral na respectiva circunscrição e a filiação partidária
constituem condições de elegibilidade que podem ser disciplinadas por lei
ordinária.
E) Para a aplicação das condições de elegibilidade referentes à eleição
indireta para governador e vice-governador de estado — realizada pela
assembleia legislativa em caso de dupla vacância desses cargos executivos
no último biênio do período de governo — previstas no art. 14 da CF, faz-se
necessária expressa previsão em lei estadual.

6. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-PE, 2017,


CESPE). Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas
partidária.
A) A desaprovação de suas contas sujeita o partido à suspensão do
repasse de novas quotas do Fundo Partidário.
B) A obrigação de prestar contas à justiça eleitoral atinge todos os
órgãos partidários municipais, inclusive aqueles que não hajam
movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens estimáveis em
dinheiro.
C) A desaprovação das contas do partido impede sua participação no
processo eleitoral subsequente.
D) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não
mencionada, o partido ficará sujeito à suspensão do repasse de novas
quotas do Fundo Partidário. 
E) Partidos políticos podem receber recursos provenientes de entidades
sindicais.

7. (Juiz, TJ-MT, 2009, VUNESP). Partido político não apresentou


contas relativas ao exercício financeiro de 2008, até 30.04.2009. Essa
conduta é reiterada, pois também não prestou contas do exercício
financeiro de 2005. Diante desses fatos,
A) da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação de
contas dos órgãos partidários caberá recurso para o Tribunal Superior
Eleitoral, que poderá ser recebido com efeito suspensivo.
B) como o exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem
caráter jurisdicional, as prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais
Regionais e pelo Tribunal Superior não poderão ser revistas para fins de
aplicação proporcional da sanção aplicada.
C) a pedido do representante do Ministério Público, a Justiça Eleitoral
poderá determinar diligências necessárias à complementação de
informações ou ao saneamento de irregularidades encontradas nas contas
dos órgãos de direção partidária ou de candidatos.
D) nenhuma sanção poderá ser aplicada, pois a prestação de contas não
foi julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de sua
apresentação.
E) a Justiça Eleitoral poderá aplicar a sanção de suspensão de novas
cotas do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário).
8. (Promotor de Justiça, MPE-ES, 2010, CESPE). Assinale a opção
correta a respeito de partidos políticos.
A) O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter
jurisdicional.
B) Do total do fundo partidário, 1% é destinado, em partes iguais, a
todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal
Superior Eleitoral e 99% são distribuídos aos partidos na proporção dos
votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
C) A responsabilidade, incluindo a civil e a trabalhista, entre qualquer
órgão partidário municipal, estadual ou nacional, é solidária ante o caráter
nacional dos partidos políticos.
D) Os recursos do fundo partidário recebidos por partido político, nos
termos da lei, são créditos penhoráveis para pagamento de débitos de
natureza trabalhista.
E) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do fundo
partidário, devido à desaprovação total ou parcial da prestação de contas de
partido, deve ser aplicada necessariamente pelo período de doze meses.
Caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, após cinco anos de sua apresentação, a sanção de suspensão
não poderá ser aplicada.

9. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PR, 2017, FCC).


Laura é eleitora de determinada zona rural no Município X, distante tal zona
quase 2 quilômetros do local de votação, situado no mesmo Município. Ela
tem conhecimento de que, em um Município rural vizinho, houve o
transporte gratuito de eleitores, no dia da eleição, por veículos e
embarcações pertencentes à União. Imaginando que a mesma situação
pudesse acontecer no seu Município, ficou com receio de que a utilização de
veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e Municípios não seja
suficiente para atender a todos e que ela e outros eleitores corram o risco
de não conseguir votar. No Município de Laura, de acordo com a Lei n°
6.091/1974,
A) não poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia
das eleições pelos veículos e embarcações pertencentes apenas à União,
podendo ser utilizados os veículos e embarcações pertencentes aos Estados
e Municípios e, se não forem suficientes para atender a todos os eleitores,
estes eximem-se do dever de votar.
B) poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia das
eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista e,
se não forem suficientes para atender a todos os eleitores, a Justiça
Eleitoral requisitará veículos e embarcações a particulares, de preferência
de aluguel.
C) não poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia
das eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista.
D) poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia das
eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista e,
se não forem suficientes para atender a todos os eleitores, a Justiça
Eleitoral, excepcionalmente, requisitará veículos e embarcações de uso
militar.
E) poderá haver o fornecimento de transporte de eleitores no dia das
eleições pelos veículos e embarcações pertencentes à União, Estados e
Município e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista e,
se não forem suficientes para atender a todos os eleitores, poderá haver o
oferecimento de transporte, gratuitamente, por candidatos e partidos
políticos.

10. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-PR, 2017, FCC).


Visando possibilitar que os eleitores de determinada zona rural do Município
P, que estão distantes três quilômetros do local de votação, situado no
mesmo Município, exerçam seu direito ao voto, o partido político K quer
disponibilizar a eles, gratuitamente, no dia do pleito, veículos e
embarcações devidamente abastecidos e tripulados. De acordo com a Lei n°
6.091/1974, o partido político K
A) não poderá fazer o transporte desses eleitores, sendo que a
inexistência ou deficiência de transporte exime o eleitor do dever de votar.
B) poderá fazer o transporte desses eleitores se inexistirem outros
meios de locomoção que possibilitem o eleitor de chegar ao local de
votação.
C) não poderá fazer o transporte desses eleitores, sendo que a
inexistência ou deficiência de transporte não exime o eleitor do dever de
votar.
D) não poderá fazer o transporte desses eleitores, uma vez que a
distância da zona rural do local de votação é inferior a cinco quilômetros.
E) poderá fazer o transporte desses eleitores desde que não contenha,
nos veículos, qualquer alusão ao partido político ou a candidato, sendo que
a inexistência ou deficiência de transporte exime o eleitor do dever de
votar.

11. (Promotor de Justiça, MPE-MT, 2008, FMP Concursos). Sobre


os partidos políticos, assinale a alternativa correta.
F) Não possuem personalidade jurídica, sendo entes despersonalizados.
G) Somente adquirem personalidade jurídica com o registro de seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
H) Têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio
e à televisão, na forma da lei.
I) Têm assegurada autonomia para definir sua estrutura interna, mas
deve obedecer às normas de disciplina e fidelidade partidária impostas por
lei.
J) O funcionamento parlamentar será estabelecido nos respectivos
estatutos.
12. (Analista Judiciário - Judiciária - Prova Anulada, TRE-RS,
2008, CONSULPLAN). Sobre os partidos políticos, é INCORRETO afirmar
que:
A) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos
cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
B) O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na
Constituição Federal.
C) O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
civil, registra seu estatuto no Tribunal Regional Eleitoral do Estado-Membro
onde foi criado.
D) Os filiados de um mesmo partido político têm iguais direitos e
deveres.
E) Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha
caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove o apoio de
eleitores correspondente a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os
votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja
votado em cada um deles.

13. (Analista Judiciário - Administrativa - Prova Anulada, TRE-RS,


2008, CONSULPLAN). É INCORRETO afirmar que:
A) Os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e tripulados,
pertencentes à União, Estados, Territórios e Municípios e suas respectivas
autarquias e sociedades de economia mista, inclusive os de uso militar,
ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de
eleitores em zonas rurais e urbanas, em dias de eleição.
B) Quinze dias antes do pleito, a Justiça Eleitoral divulgará, pelo órgão
competente, o quadro geral de percursos e horários programados para o
transporte de eleitores, dele fornecendo cópias aos partidos políticos.
C) A indisponibilidade ou as deficiências do transporte não eximem o
eleitor do dever de votar.
D) Verificada a inexistência ou deficiência de embarcações e veículos,
poderão os órgãos partidários ou os candidatos indicar à Justiça Eleitoral
onde há disponibilidade para que seja feita a competente requisição.
E) Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível, em face
da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural, fornecer-lhes
refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas por conta do Fundo
Partidário.

14. (Analista Judiciário - Administrativa - Prova Anulada, TRE-RS,


2008, CONSULPLAN). Sobre coligações é correto afirmar que, EXCETO:
A) É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição,
celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas,
podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a
eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o
pleito majoritário.
B) A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de
todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as
prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo
eleitoral, e devendo funcionar como um só partido no relacionamento com a
Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
C) Na propaganda para eleição proporcional, a coligação usará,
obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos
que a integram; na propaganda para eleição majoritária, cada partido usará
apenas sua legenda sob o nome da coligação.
D) Na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a
qualquer partido político dela integrante;
E) Os partidos integrantes da coligação devem designar um
representante, que terá atribuições equivalentes às de Presidente de partido
político, no trato dos interesses e na representação da coligação, no que se
refere ao processo eleitoral.
15. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-GO, 2009, CESPE).
Tendo em vista a disciplina constitucional sobre elegibilidade e partidos
políticos, assinale a opção correta.
A) Se o indivíduo possuir capacidade eleitoral ativa (ser eleitor),
automaticamente possuirá a capacidade eleitoral passiva (poder ser eleito).
B) Como pessoas jurídicas de direito privado, os partidos políticos estão
dispensados de prestar contas, à justiça eleitoral, dos recursos que
movimentam.
C) Para a configuração de domicílio eleitoral, não basta que o
interessado mantenha vínculos políticos, comunitários ou familiares com o
local pelo qual será candidato, sendo necessário que nele resida com
animus definitivo.
D) Ninguém pode concorrer como candidato avulso, sem partido político,
pois a capacidade eleitoral passiva exige prévia filiação partidária.

16. (Procurador Jurídico, Câmara Municipal de Poá – SP, 2016,


VUNESP). Quando o filiado pretende desligar-se do partido político, é
necessário
A) comunicar ao partido a falta de interesse na filiação, sem demais
formalidades.
B) deixar de pagar sua contribuição partidária por três meses
consecutivos, independentemente de outras formalidades.
C) deixar de comparecer a três assembleias ordinárias ou
extraordinárias, o que acarreta sua desfiliação tácita.
D) comunicar por escrito ao órgão de direção municipal e ao Juiz
Eleitoral da Zona em que for inscrito.
E) protocolizar pedido de desfiliação partidária junto ao órgão estadual
de direção.

17. (Procurador Jurídico, Câmara de Marília – SP, 2016, VUNESP-


ADAPTADA). Com relação aos partidos políticos, é correto afirmar que
A) a fusão ou incorporação de partidos políticos é admitida àqueles que
obtiveram o registro provisório perante o Tribunal Superior Eleitoral há pelo
menos dois anos.
B) a desaprovação da prestação de contas do partido ensejará no
impedimento de participação do pleito eleitoral naquele período respectivo à
eleição próxima a ser realizada.
C) é vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer
forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em
dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente
de entidade de classe ou sindical.
D) o Tribunal Superior Eleitoral dará prioridade ao partido político que
possuir registro mais antigo de sua criação, na hipótese de coincidência de
data de formação de cadeia de transmissão de propaganda partidária.

18. (Procurador, Câmara Municipal de Bertolínia - PI, 2016,


Instituto Legatus). A Lei nº 13.165/2015, conhecida como Reforma
Eleitoral 2015, promoveu importantes alterações nas regras das eleições
deste ano, dentre elas podemos assinalar, exceto:
A) As campanhas serão financiadas exclusivamente por doações de
pessoas físicas.
B) O cidadão precisava estar filiado a um partido político seis meses
antes do pleito para disputar a eleição.
C) As convenções partidárias para escolha de candidatos devem
acontecer de 20 de julho a 5 de agosto.
D) Redução do tempo da campanha eleitoral de 90 para 45 dias.
E) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

19. (Promotor de Justiça, MPE-RN, 2009, CESPE). Os partidos


políticos, no sistema constitucional brasileiro e nos termos da Lei dos
Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/1995) e da Lei Eleitoral (Lei n.º
9.504/1997), constituem pessoa jurídica de direito privado e são elementos
fundamentais da democracia brasileira. Com relação à disciplina do
funcionamento dessas organizações, assinale a opção correta.
A) Conforme imposição da Lei dos Partidos, o diretório nacional de
partido político é composto por 101 pessoas.
B) Não se permitem coligações partidárias na eleição majoritária para
senador.
C) Na mesma eleição, pode um partido fazer coligações distintas para
governador e para deputado estadual.
D) A verticalização é imposta pela lei partidária e se aplica, no que
couber, às eleições municipais.
E) Compete aos partidos políticos organizar estrutura paramilitar para a
proteção de seus candidatos.

20. (Juiz, TJ-PA, 2009, FGV). O pedido de abertura de investigação


judicial para apurar o uso indevido, desvio ou abuso de poder econômico,
através de representação à Justiça Eleitoral, poderá ser feito apenas:
A) pelo Ministério Público Eleitoral, após recebimento de denúncia de
candidatos.
B) por qualquer partido político, coligação, candidato ou pelo Ministério
Público Eleitoral.
C) por membro do diretório regional de partido político, candidatos,
partidos políticos ou coligação.
D) pelo Corregedor-Geral ou Regional da Justiça Eleitoral ou pelo
Ministério Público Eleitoral.
E) por candidato, membro do diretório regional de partido político ou
partido político.

21. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-PI, 2009, FCC). O


partido político:
A) pode ter caráter estadual ou municipal, desde que exerça suas
atividades de acordo com seu estatuto e seu programa.
B) adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no
Tribunal Superior Eleitoral.
C) tem direito à exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos,
independentemente do registro no Tribunal Superior Eleitoral.
D) tem autonomia para definir sua estrutura interna, mas a sua
organização é regulamentada pela Justiça Eleitoral.
E) é pessoa jurídica de direito privado e as pessoas a ele filiadas têm
iguais direitos e deveres.

22. (Técnico Judiciário, TRE-SC, 2009, MS CONCURSOS). Em relação


ao partido político, assinale a alternativa INCORRETA.
A) É pessoa jurídica de direito privado.
B) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção, cujos programas
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e
os direitos fundamentais da pessoa humana.
C) É assegurada autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade
partidária.
D) É vedado ministrar instrução militar ou paramilitar, podendo adotar
uniforme para seus membros.

23. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-AM, 2010, FCC). A


respeito do Fundo Partidário, é correto afirmar que
A) a Justiça Eleitoral não pode investigar a aplicação dos recursos
oriundos do Fundo Partidário, em razão da autonomia administrativa dos
partidos políticos.
B) os partidos políticos não necessitam prestar contas à Justiça Eleitoral
das despesas realizadas com o Fundo Partidário.
C) serão destinados pelos partidos políticos, no mínimo 20% do total
recebido, para a criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa
e de doutrinação e educação política.
D) os recursos dele oriundos, até 80%, podem ser aplicados no
pagamento de pessoal.
E) não pode ser constituído por doações de pessoas físicas ou jurídicas,
mas somente por dotações orçamentárias da União.

24. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AM, 2010, FCC). A


respeito da criação e do registro dos Partidos Políticos, considere:
I. O partido político que já tenha adquirido personalidade jurídica através do
registro no cartório competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas da
Capital Federal poderá participar do processo eleitoral, ter acesso gratuito
ao rádio e à televisão, mas não receberá recursos do Fundo Partidário.
II. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional.
III. O registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos.
IV. O requerimento de registro de partido político, dirigido ao cartório
competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal,
deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento
e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados.
Está correto o que se afirmar APENAS em:
A) I, II e IV.
B) I, II e III.
C) I e IV.
D) II e III.
E) II, III e IV.

25. (Promotor de Justiça, MPE-ES, 2010, CESPE). Assinale a opção


correta a respeito de partidos políticos.
A) O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter
jurisdicional.
B) Do total do fundo partidário, 1% é destinado, em partes iguais, a
todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal
Superior Eleitoral e 99% são distribuídos aos partidos na proporção dos
votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
C) A responsabilidade, incluindo a civil e a trabalhista, entre qualquer
órgão partidário municipal, estadual ou nacional, é solidária ante o caráter
nacional dos partidos políticos.
D) Os recursos do fundo partidário recebidos por partido político, nos
termos da lei, são créditos penhoráveis para pagamento de débitos de
natureza trabalhista.
E) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do fundo
partidário, devido à desaprovação total ou parcial da prestação de contas de
partido, deve ser aplicada necessariamente pelo período de doze meses.
Caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, após cinco anos de sua apresentação, a sanção de suspensão
não poderá ser aplicada.

26. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-ES, 2010, FCC). No


que concerne às finanças e à contabilidade dos partidos políticos, quanto à
prestação de contas, é certo que:
A) Em razão do sigilo, a Justiça Eleitoral não poderá determinar
diligências necessárias à complementação de informações relativas às
contas dos órgãos de direção partidária ou de candidatos.
B) A falta de prestação de contas não implica em suspensão de novas
cotas do Fundo Partidário.
C) Os partidos políticos são obrigados a conservar a documentação
comprobatória de suas prestações de contas por prazo não inferior a cinco
anos.
D) Um partido político não pode examinar, nem impugnar, na Justiça
Eleitoral, as prestações de contas mensais ou anuais de outros partidos.
E) Os balanços não precisarão, por tratar-se de questão interna, indicar
a origem e o valor das contribuições e doações.

27. (Analista Judiciário - Área Judiciária , TRE-RS, 2010, FCC). A


respeito da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos, é
INCORRETO afirmar:
A) No caso de incorporação, observada a lei civil, caberá ao partido
incorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu órgão
nacional de deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra
agremiação.
B) Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início
com o registro do estatuto e do programa no Tribunal Superior Eleitoral,
através de requerimento acompanhado das atas das decisões dos órgãos
competentes.
C) No caso de incorporação, adotados o estatuto e o programa do
partido incorporador, realizar-se-á, em reunião conjunta dos órgãos
nacionais de deliberação, a eleição do novo órgão de direção nacional.
D) Os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em processo de
fusão votarão em reunião conjunta, por maioria absoluta, os projetos, e
elegerão o órgão de direção nacional que promoverá o registro do novo
partido.
E) No caso de fusão de dois ou mais partidos políticos, os órgãos de
direção dos partidos em processo de fusão elaborarão projetos comuns de
estatuto e programa.

28. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AC, 2010, FCC). A


respeito da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos, considere:
I. O Tribunal Superior Eleitoral, após o trânsito em julgado de decisão,
determinará o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra
o qual fique provado estar recebendo recursos de procedência estrangeira.
II. O partido político, em nível nacional, sofrerá suspensão das cotas do
fundo partidário como consequência de atos praticados por órgãos regionais
ou municipais.
III. A falta de prestação, na forma da lei, das devidas contas à Justiça
Eleitoral não se inclui dentre as causas de cancelamento do registro e do
estatuto do partido.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) III.

29. (Técnico de Contabilidade, TRE-ES, 2011, CESPE). À luz do


disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue
os itens a seguir.
Os partidos políticos devem manter escrituração contábil sob
responsabilidade de profissionais registrados em conselho regional de
contabilidade, com obediência às normas brasileiras de contabilidade e com
base no plano de contas das agremiações partidárias.
A) Certo
B) Errado

30. (Técnico de Contabilidade, TRE-ES, 2011, CESPE). À luz do


disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue
os itens a seguir.
Os tribunais e conselhos de contas emitem pareceres sobre as prestações
de contas dos partidos políticos, nas esferas municipal, estadual e federal. A
manifestação técnica daqueles órgãos de controle instrui os respectivos
processos para fins de julgamento pelos tribunais eleitorais.
A) Certo
B) Errado

31. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-PE, 2017,


CESPE). Relativamente às condições para criação, funcionamento e
financiamento dos partidos políticos, assinale a opção correta.
A) A mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário,
a ocorrência de grave discriminação política e pessoal e a filiação a um
partido recém-criado são justa causa para desfiliação dos detentores de
mandato.
B) A maior parte dos recursos do Fundo Partidário é distribuída aos
partidos políticos na proporção das cadeiras conquistadas na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados, devendo ser consideradas, em
qualquer hipótese, as mudanças de filiação partidária.
C) Ao menos 25% dos recursos do Fundo Partidário devem ser aplicados
na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política e na criação e manutenção de programas de
promoção e difusão da participação política das mulheres.
D) O tempo de acesso dos partidos políticos ao rádio e à televisão, para
propaganda partidária, é distribuído proporcionalmente ao número de votos
que cada partido tiver angariado na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados.
E) As listas de apoio à criação de um novo partido, para fins de registro
do estatuto da nova sigla no Tribunal Superior Eleitoral, deverão ser
assinadas por um percentual mínimo de eleitores já filiados a partidos
políticos.

32. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-TO, 2011, FCC -


Adaptada). De acordo com a Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), é
livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, cujos
programas NÃO estão obrigados a respeitar
A) o pluripartidarismo.
B) a soberania nacional.
C) o regime democrático.
D) as orientações políticas do Presidente da República.
E) os direitos fundamentais da pessoa humana.

33. (Técnico de Contabilidade, TRE-ES, 2011, CESPE). À luz do


disposto na Lei n.º 9.096/1995 e na Resolução TSE n.º 21.841/2004, julgue
os itens a seguir.

A utilização dos recursos do Fundo Partidário oriundos de dotações


orçamentárias da União está sujeita às disposições da legislação sobre
licitações e contratos.
A) Certo
B) Errado

34. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PA, 2011, FGV).


Todas as afirmativas contidas nas alternativas abaixo são corretas e a
segunda vincula-se à primeira, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
A) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. / Basta
a inscrição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal para
participarem do processo eleitoral.
B) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei
civil. / Mas somente o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral.
C) É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento. / Mas os filiados de um
partido político não podem possuir diferentes deveres e direitos.
D) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos. / Mas somente é admitido o registro do estatuto de partido político
que tenha caráter nacional.
E) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos. / Mas somente o partido que tenha registrado seu estatuto no
Tribunal Superior Eleitoral pode receber recursos do Fundo Partidário.

35. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-SC, 2011, PONTUA).


De acordo com Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9096/95), assinale a
alternativa INCORRETA:
A) Os recursos do Fundo Partidário deverão ser empregados nas
hipóteses previstas na lei, sendo vedada a partido político a livre disposição
desses recursos.
B) É vedada a fusão ou a incorporação de partidos.
C) O partido político poderá requerer perante a Justiça Eleitoral a
decretação de perda do cargo eletivo em virtude de desfiliação partidária
sem justa causa.
D) Considera-se justa causa para desfiliação a grave discriminação
pessoal.

36. (Procurador da República, PGR, 2012, PGR). Quanto aos partidos


políticos é correto afirmar que:
A) apenas tem direito a cotas do fundo partidário e à propaganda
partidária gratuita no rádio e na televisão o partido que, em cada eleição
para a Câmara dos Deputados, obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por
cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos,
distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois
por cento do total de cada um deles;
B) não sendo os partidos pessoas jurídicas de direito público, não cabe
mandado de segurança contra os atos de seus representantes ou de seus
órgãos;
C) na propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão os partidos
poderão difundir seus programas partidários, divulgar a sua posição em
relação a temas político-comunitários, bem como divulgar a propaganda de
seus candidatos a cargos eletivos;
D) poderão estabelecer em seus estatutos, com vista a candidatura a
cargos eletivos, prazos de filiação partidária superiores aos previstos na lei.

37. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-MG, 2013,


CONSULPLAN). Segundo o Art. 31 da Lei nº 9.096, de 1995, é vedado ao
partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,
contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de pessoas ou
entidades enumeradas em seus incisos. Assinale, dentre as hipóteses a
seguir, aquela em que a contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em
dinheiro recebido pelo partido político NÃO contraria a vedação legal
prevista no citado dispositivo legal.
A) O partido político recebe doações de um Governador de Estado, que
pretende, assim que possível, filiar-se a ele.
B) O partido político recebe contribuição estimável em dinheiro de
Concessionária de Serviços de Energia Elétrica.
C) O partido político recebe valores doados por um cidadão dos Estados
Unidos da América, que tem amigos brasileiros filiados ao partido.
D) O partido político recebe doação do governo da Alemanha para a
formação do seu fundo partidário, porque se alinha à ideologia do governo
do citado país.
E) O partido político recebe auxílio pecuniário do Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais, que entendeu por bem contribuir para a
campanha dos candidatos do partido.

38. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-MG, 2013,


CONSULPLAN). Atualmente, há cerca de 30 partidos políticos
regularmente registrados e em funcionamento no Brasil. Trata-se de
pessoas jurídicas de direito privado que desempenham importante papel no
concerto democrático. A respeito das regras aplicáveis aos partidos
políticos, assinale a alternativa correta.
A) Os recursos do Fundo Partidário são distribuídos, de forma paritária,
aos órgãos nacionais de todos os partidos.
B) É expressamente vedado ao partido político ministrar instrução militar
ou paramilitar e adotar uniforme para seus membros.
C) O partido político, após adquirir personalidade jurídica, registra seu
estatuto no Tribunal Regional Eleitoral do Estado em que funcionar sua
sede.
D) Diante do interesse público inerente a sua atuação, ao partido político
não se assegura autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento, que são inteiramente delimitados pela Justiça Eleitoral.
E) É livre a criação, fusão e incorporação de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. A extinção
de um partido, no entanto, depende de aprovação do Congresso Nacional.

39. (Procurador da República, PGR, 2013, PGR). Com fundamento


nos dispositivos previstos na constituição, na legislação eleitoral e partidária
sobre os partidos políticos, é correto afirmar:
A) É livre a criação, a fusão, incorporação, mas as hipóteses de sua
extinção, por restringirem os direitos políticos dos seus filiados, devem
estar previstas de forma taxativa na própria Constituição.
B) É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento, e, observado o preceito do
caráter nacional, devem adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitoral, com obrigatoriedade, definidos pelos órgãos de Direção
Nacional.
C) Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
D) Os partidos políticos tem direito a recursos do fundo partidário,
administrado e gerido pelo Tesouro Nacional, o qual fará, mensalmente, a
distribuição direta dos duodécimos, em conta especial à disposição dos
órgãos nacionais dos partidos, obedecendo aos critérios definidos em lei.

40. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AM, 2014, IBFC).


Analise as seguintes afirmativas relativas ao fornecimento de transporte
gratuito em dias de eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais, de
acordo com a disciplina da Lei Federal n° 6.091/1974:
I. Os serviços requisitados serão pagos, até trinta dias depois do pleito, a
preços que correspondam aos critérios da localidade. A despesa correrá por
conta do Fundo Partidário.
II. É vedado aos partidos fiscalizar os locais onde houver transporte e
fornecimento de refeições a eleitores.
III. O transporte de eleitores somente será feito entre Municípios vizinhos e,
quando das zonas rurais, para as mesas receptoras distar pelo menos cinco
quilômetros.
Está CORRETO o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.

41. (Promotor de Justiça, MPE-PE, 2014, FCC). Considere as


seguintes afirmativas.
I. É vedada a aplicação de recursos oriundos do Fundo Partidário em
campanhas eleitorais.
II. Os partidos políticos devem aplicar, no mínimo, 5% (cinco por cento) do
total dos recursos oriundos do Fundo Partidário na criação e manutenção de
programas de promoção e difusão da participação política das mulheres.
III. A inobservância do limite de 50% (cinquenta por cento) dos recursos
oriundos do Fundo Partidário para pagamento de pessoal não implica a
rejeição das contas do partido político, caso não demonstrada a ocorrência
de má-fé, desídia ou o comprometimento da lisura e transparência na
prestação de contas. 
IV. O Fundo Partidário é distribuído aos órgãos nacionais dos partidos
políticos, sendo 1% (um por cento) do total partilhado em partes iguais a
todos os partidos e 99% (noventa e nove por cento) aos partidos que
tenham alcançado na eleição para Câmara dos Deputados, no mínimo, 5%
(cinco por cento) dos votos válidos, desde que distribuídos em, pelo menos,
um terço dos Estados, com um mínimo de 2% (dois por cento) do total de
cada um deles. 
Está correto o que se afirma em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e IV.
D) III e IV.
E) II e IV.

42. (Procurador da República, PGR, 2015, PGR). O fundo partidário e


composto por
A) recursos exclusivamente públicos, vindos do Tesouro Nacional;
B) recursos públicos e privados, excluidas multas e penalidades
aplicadas pela Justiça Eleitoral;
C) doações privadas e multas e penalidades aplicadas pela Justiça
Eleitoral;
D) recursos públicos, doações privadas, multas e penalidades aplicadas
pela Justiça Eleitoral.

43. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-SP, 2017, FCC).


Com relação às garantias eleitorais e proibições de condutas com vistas a
impedir ou comprometer o exercício do direito de sufrágio e a sinceridade
do voto:
A) no período de 10 dias antes da eleição, os candidatos não poderão
ser presos ou detidos salvo flagrante delito. 
B) no período de 5 dias antes e até 48 horas depois do encerramento da
eleição, não é permitida a realização de prisão ou detenção de eleitores,
salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória
por crime inafiançável ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. 
C) é permitido o transporte de eleitores residentes na zona rural ou
urbana, por qualquer pessoa, mesmo que haja expresso pedido de votos,
desde que não seja feita ameaça quanto ao voto para que se realize a
locomoção. 
D) os moradores de zona rural, para os quais a Justiça Eleitoral não
fornecer transporte no dia da eleição, estarão desobrigados do dever de
votar. 
E) o abuso de poder político sobre a liberdade de escolha do voto é
coibido, não prevendo a legislação eleitoral, porém, punição para as
interferências do poder econômico nas eleições.
44. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PE, 2011, FCC).
NÃO constitui crime eleitoral:
A) fornecer qualquer candidato transporte aos eleitores da zona urbana
no dia da eleição. 
B) fornecer o particular refeições a eleitores da zona rural no dia da
eleição. 
C) desatender à requisição de veículos e embarcações particulares pela
Justiça Eleitoral, para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em
dias de eleição, nos casos previstos em lei. 
D) fornecer qualquer pessoa refeições aos eleitores da zona urbana no
dia da eleição. 
E) deixar o eleitor de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até
sessenta dias após a realização da eleição.

45. (Analista de Promotoria, MPE-SP, 2015, VUNESP). No dia do


pleito eleitoral, por vezes, verifica-se o fornecimento, a contratação ou o
oferecimento gratuito de transporte a eleitores, sendo correto afirmar que
A) é irregularidade eleitoral, inclusive capitulada como crime eleitoral,
respondendo pelo crime quem fornece o transporte.
B) é permitido ao partido político a contratação ou o oferecimento de
transporte a eleitores que residam fora da zona eleitoral.
C) é permitido ao partido político a contratação ou o oferecimento de
transporte a eleitores que residam dentro do próprio município, inclusive da
zona rural para a área urbana, sendo vedado entre municípios diferentes
com a contratação de ônibus.
D) é permitido ao partido político a contratação ou o oferecimento de
transporte a eleitores que residam em municípios limítrofes, somente da
zona rural para a área urbana.
E) é permitido, após a Constituição Federal de 1988, com fundamento
na liberdade de locomoção.
5- GABARITO

Gabarito 1: A
Gabarito 2: B Gabarito 16: D
Gabarito 3: A Gabarito 17: C Gabarito 31:.................................................. C
Gabarito 4: A Gabarito 18: A Gabarito 32:................................................. D
Gabarito 5: D Gabarito 19: C Gabarito 33:.................................................. B
Gabarito 6: D Gabarito 20: B Gabarito 34:.................................................. A
Gabarito 7: E Gabarito 21: E Gabarito 35:.................................................. B
Gabarito 8: A Gabarito 22: D Gabarito 36:................................................. D
Gabarito 9: C Gabarito 23: C Gabarito 37:.................................................. C
Gabarito 10: C Gabarito 24: E Gabarito 38:.................................................. B
Gabarito 11: C Gabarito 25: A Gabarito 39:.................................................. C
Gabarito 12: C Gabarito 26: C Gabarito 40:.................................................. A
Gabarito 13: A Gabarito 27: B Gabarito 41:.................................................. B
Gabarito 14: C Gabarito 28: A Gabarito 42:................................................. D
Gabarito 15: D Gabarito 29: A Gabarito 43:.................................................. B
Gabarito 30: B Gabarito 44:.................................................. E
Gabarito 45: A
6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ALMEIDA NETO, Manoel Carlos. Direito Eleitoral Regulador. 1ª ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2014.

BAHIA, Flávia. Descomplicando Direito Constitucional. 3ª edição, Recife:


Armador, 2017.

BARREIROS NETO, Jaime. Direito Eleitoral. 8ª ed. revista e atualizada, Salvador:


Juspodivm, 2018.

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Planalto. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
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_____, Código Eleitoral. Sítio do Planalto. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4737.htm>. Acesso em Acesso em 21
de maio de 2018.

_____, Novo Código de Processo Civil. Sítio do Planalto. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>.
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DIDIER, Fred. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao direito processual


civil, parte geral e processo de conhecimento I. 17ª edição. Salvador: Ed. Jus
Podivm, 2015.

ESMERALDO, Elmana Viana Lucena. Processo Eleitoral: sistematização das


ações eleitorais. Leme: J. H. Mizuno, 2011.

FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 7ª edição,


Salvador: Juspodivm, 2015.

KERBAUY, Maria Tereza Mieli. O desenvolvimento dos sistemas partidários no


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REIS, Márlon; SAMPAIO JUNIOR, José Herval e MATEUS, Laudo Natel. Processo
eleitoral e o novo CPC – Aplicação Imediata. Salvador: Jus Podivm, 2016.
ZILIO, Rodrigo López. Direito Eleitoral. 5ª ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2016.

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