Você está na página 1de 6

www.medresumos.com.

br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● HISTOLOGIA

HISTOLOGIA 2016
Arlindo Ugulino Netto.

APARELHO RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório, constituído pelos pulmões e uma série de


vias aéreas, funciona fornecendo O2 para as células do corpo e eliminando
CO2 derivado do metabolismo dessas células. Anatomicamente, podemos
dividir o sistema respiratório em duas porções:
 Porção condutora: transporta o ar desde o meio externo até os
pulmões ou vice-versa. Cavidade Nasal, Boca, Nasofaringe, Faringe,
Laringe, Traqueia, Brônquios (divididos em brônquios primários,
secundários ou lobares, e terciários), Bronquíolos, Bronquíolos
Terminais.
 Porção respiratória: realiza, de fato, as trocas gasosas.
Bronquíolos Respiratórios, Ductos Alveolares, Alvéolos Pulmonares
e Sacos Alveolares.

OBS: Membrana respiratória: é o conjunto de paredes que separa a luz do


alvéolo da luz dos capilares pulmonares pelas quais os gases devem
ultrapassar para serem trocados. Ela é constituída pela parede do capilar, a
membrana basal e a parede do alvéolo (constituída pelos pneumócitos do
tipo I, cuja função é aderir e sustentas os vasos sanguíneos aos alvéolos).
OBS²: Os pneumócitos tipo II produzem o surfactante pulmonar, que
impedem o colabamento natural dos alvéolos durante a expiração.

EVENTOS RESPIRATÓRIOS
 Respiração (ventilação): movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões. Para evitar infecções nas vias
aéreas, o ar deve passar por processos de umidificação, filtragem e aquecimento (para evitar o fechamento dos
alvéolos, manter a temperatura corpórea e favorecer as trocas gasosas) pelos plexos venosos da cavidade
nasal.
 Respiração externa: troca de O2 do ar inspirado pelo dióxido de carbono do sangue.
 Transporte de gases: transporte de O2 e CO2 para e das células.
 Respiração interna: troca de CO2 por O2 na proximidade das células.

CAVIDADE NASAL
O septo nasal, cartilaginoso e ósseo, divide a cavidade nasal nas metades direita e esquerda. Lateralmente,
cada metade da cavidade nasal é limitada por uma parede óssea e pela ala (asa), cartilaginosa, do nariz.
A cavidade nasal se comunica com o exterior, anteriormente, através das narinas, e com a nasofaringe,
posteriormente, através das cóanas. Da parede óssea lateral projetam-se três prateleiras ósseas delgadas, curvadas
para baixo, situadas uma acima da outra: as conchas nasais (cornetos) superior, média e inferior, que aumentam a
área de contato da mucosa nasal com o ar a ser filtrado e aquecido.

1
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● HISTOLOGIA

VESTÍBULO
O vestíbulo nasal corresponde pela porção inicial
da cavidade nasal, que não é recoberta por tecido
respiratório, mas sim, por tecido epitelial estratificado
pavimentoso. Além disso, estão localizadas, nessa região,
as vibrissas, pelos rígidos e curtos, que impedem a
entrada das partículas maiores de poeira na cavidade
nasal.
Na submucosa, há a presença das glândulas
sebáceas e sudoríparas.

PORÇÃO RESPIRATÓRIA
Com exceção do vestíbulo e da região olfativa, é
marcante a existência do tecido respiratório característico:
tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado
colunar com células caliciformes e cílios.
O tecido conjuntivo subepitelial (lâmina própria) é
ricamente vascularizado, especialmente na região das
conchas e no aspecto anterior do septo nasal, contendo
grandes plexos arteriais e seios venosos (região em que há
o processo de aquecimento do ar).
A lâmina própria tem muitas glândulas seromucosas (responsáveis, também, por favorecer a fixação das
moléculas aromáticas na região olfativa) e abundantes elementos linfoides (BALT), incluindo linfonodos ocasionais,
mastócitos e plasmócitos (imunoglobulinas IgA, IgE e IgG) que protegem a mucosa nasal contra antígenos inspirados,
bem como contra a invasão de micróbios.
Em resumo, podemos citar, como principais células (6) da porção respiratória:
 Células basais: células menores do epitélio pseudoestratificado, que dá origem as demais células desse tecido.
 Célula colunares de revestimento ciliadas: dotadas de cílios.
 Células caliciformes: produtoras de muco ou mucina (muncinógeno hidratado).
 Células serosas: células colunares com microvilosidades apicais e grânulos contendo uma solução eletrodensa,
um fluido seroso de composição desconhecida.
 Células escova: células caliciformes que eliminaram o muco ou células ciliadas que perderam os cílios.
 Células DNES: produtoras de hormônios que atuam no processo de amadurecimento das células basais.
3
OBS : O tecido respiratório é um dos tecidos que mais estão propensos à metaplasia, que consiste na mudança
reversível do epitélio. No caso do epitélio respiratório, há a produção de um epitélio de revestimento estratificado sem
cílios e com uma grande concentração de células caliciformes (que produzem muco em excesso – o pigarro).

REGIÃO OLFATIVA DA CAVIDADE NASAL


O teto da cavidade nasal, constituído
pelo aspecto superior do septo nasal e a concha
nasal superior são revestidos por epitélio
olfativo. A lâmina própria subjacente contém as
glândulas de Bowman (que secretam fluido),
um rico plexo vascular e conjuntos de axônios
provenientes das células olfativas do epitélio
olfativo. Este epitélio é constituído por três tipos
de células (3):
 Células olfativas: são neurônios
bipolares (do corpo celular saem duas
ramificações: uma constitui o axônio e
outra que dará origem aos dendritos)
cujo aspecto apical é modificado,
formando a vesícula olfativa (que se
projeta sobre a superfície das células de
sustentação) e os cílios olfativos (captam
os cheiros). Cada axônio, apesar de ser
amielínico, tem uma bainha composta por células de Schwann. As fibras nervosas cruzam a placa cribriforme no
teto da cavidade nasal estabelecendo sinapses com neurônios secundários no bulbo olfativo. Esses neurônios
olfativos mudam a cada 3 semanas, representando as únicas células nervosas capazes de renovação e
possuem cerca de 1000 receptores diferentes de aromas.

2
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● HISTOLOGIA

 Células de sustentação: são células colunares com bordas apicais estriadas constituídas por microvilosidades.
Acredita-se que essas células deem sustentação física, nutrição e isolamento elétrico para os neurônios
olfativos.
 Células basais: células basófilas, baixas e piramidais cujo aspecto apical não alcança a superfície epitelial.
Possuem uma considerável capacidade proliferativa e podem substituir tanto as células de sustentação quanto
as células olfativas.

A lâmina própria da mucosa olfativa é constituída por tecido frouxo a denso, não modelado, ricamente
vascularizado e firmemente aderido ao periósteo. Contém inúmeros filamentos linfoides e as glândulas de Bowman, que
produzem uma secreção serosa que retém moléculas aromáticas oriundas do ar inspirado.

HISTOFISIOLOGIA DA CAVIDADE NASAL


A mucosa nasal, úmida, filtra o ar inspirado. Partículas de poeira são presas pelo muco produzido pelas células
caliciformes do epitélio e pelas glândulas seromucosas da lâmina própria. Desta maneira, os cílios do epitélio respiratório
levam as partículas presas no muco para a faringe onde são deglutidas ou expectoradas.
Além do filtrado, o ar também é aquecido e umedecido ao passar sobre a mucosa, que é mantida quente e
úmida por uma rica vascularização derivada de uma extensa rede de fileiras de vasos arqueados e agrupados, de modo
que o ar entre com sentido antiparalelo ao fluxo de sangue. Assim, o calor é transferido continuamente para o ar
inspirado por um mecanismo contracorrente.
O epitélio olfativo é responsável pela percepção de odores e também dá uma contribuição importante ao paladar.
Sabe-se que os cílios olfativos de uma determinada célula olfativa têm numerosas cópias de uma determinada molécula
receptora de odor. As moléculas odoríferas dissolvidas no fluido seroso ligam-se a seu receptor específico. Quando o
número limiar de receptores para odor é ocupado, a célula é estimulada gerando um potencial de ação, passando a
informação para o bulbo olfativo, uma projeção do SNC, onde ela é processada. Os axônios das células olfativas fazem
sinapse com células mitrais situadas em pequenas regiões esféricas do bulbo olfativo denominadas glomérulos. O córtex
olfativo pode distinguir cerca de 10.000 aromas diferentes. A fim de impedir que um único estímulo produza respostas
repetidas, o fluxo continuado de fluido seroso das glândulas do Bowman limpa constantemente os cílios olfativos.

SEIOS PARANASAIS
Alguns ossos do crânio como o etmoide, esfenoide, frontal e maxilar contém grandes
espaços forrados com mucoperiósteo, os seios paranasais, que se comunicam com a
cavidade nasal. O ar também tem acesso a esses seios para um aquecimento adequado. A
mucosa de cada seio é constituída por uma lâmina própria de tecido conjuntivo fundida com o
periósteo. Esta delgada lâmina, semelhante à da cavidade nasal, contem glândulas
seromucosas (em processos infecciosos, há uma excessiva produção de muco,
desencadeando as sinusites) assim como elementos linfoides.

NASOFARINGE
É a porção mais superior da faringe, que começa na coana e se estende até o nível do istmo das fauces
(garganta). A nasofaringe está revestida por epitélio respiratório, enquanto as regiões oral e laríngea estão revestidas
por epitélio pavimentoso estratificado.
A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo variando de frouxo a denso não modelado, vascularizado,
contendo glândulas seromucosas e elementos linfoides. Há a presença das tonsilas faríngeas.
4
OBS : Essa porção da faringe se comunica com o ouvido médio por meio das tubas de Eustáquio.
5
OBS : Flora normal orofaringe e da nasofaringe: há uma cultura de bactérias mutualistas na região da faringe, que em
exames laboratoriais, seriam designadas como negativas (quando o resultado é positivo, é sinal que há a presença de
bactérias estranhas e patogênicas na faringe). São elas:
 Bactérias anaeróbicas (mais comuns): Peptostreptococcus, Fusobacterium, Porphyromonas, Bacteroides,
Actinomyces.
 Bactérias aeróbicas: Streptococcus - grupo viridans; Staphylococcus (coagulase-negativos); Neisseria não
patogênicas, Haemophilus ssp (não do grupo B).

LARINGE
Órgão responsável pela fonação e passagem do ar para a traqueia, impedindo, também, a passagem de comida
ou líquidos para o sistema respiratório durante a deglutição.

3
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● HISTOLOGIA

A laringe, situada entre a faringe e a traqueia, é um tubo cilíndrico e rígido. A parede da laringe é reforçada por
cartilagens hialinas (tireoide, cricoides, aritenoides) e cartilagens elásticas (epiglote, cartilagens corniculadas e
cuneiformes).
Durante a respiração, a epiglote fica em posição vertical permitindo a abertura do adito (abertura) da laringe e a
passagem do fluxo de ar para as vias respiratórias. Mas, durante a deglutição de comida ou fluidos (até mesmo a saliva),
ela assume uma posição horizontal fechando esse ádito.
O tecido epitelial respiratório característico prevalece em toda laringe, com exceção da parte relacionada com a
laringofaringe. A camada submucosa possui glândulas mucosas e seromucosas.
A luz da laringe se caracteriza pela presença de duas pregas semelhantes a prateleiras, as pregas vestibulares
e as pregas vocais (reforçada por tecido conjuntivo denso modelado e por tecido elástico).

TRAQUEIA
A traqueia é um tubo com 12cm de comprimento que começa na cartilagem cricoide da laringe e termina ao se
bifurcar formando os brônquios primários. A parede de traqueia é reforçada por 10 a 12 anéis de cartilagem hialina
(anéis traqueais) em forma de C que mantém constante a luz do tubo para a passagem do ar. As extremidades abertas
desses anéis, voltam-se posteriormente para se ligarem a uma parede membranácea de músculo liso – o músculo
traqueal.
A traqueia é composta de três camadas: mucosa, submucosa e adventícia.

MUCOSA DA TRAQUEIA
Constituída por tecido epitelial respiratório colunar, pseudoestratificado ciliado, tecido conjuntivo subepitelial
(lâmina própria) e um feixe relativamente espesso de fibras elásticas, que separam a mucosa da submucosa.
6
OBS : O epitélio respiratório é um epitélio colunar pseudoestratificado compostos por seis tipos de celulares (cilíndrica
ciliada - 30%; caliciformes - 30%; basais - 30%; células em escova - 3%; células serosas - 3%; células do DNES - 4%).
Todas essas células estão em contato com a membrana basal, mas nem todas chegam à luz.

SUBMUCOSA
É constituída por tecido conjuntivo denso não modelado fibroelástico, contendo numerosas glândulas mucosas e
seromucosas. Possui um rico suprimento vascular, sanguíneo e linfático.

ADVENTÍCIA
A adventícia da traqueia contém os anéis de cartilagem hialina em forma de C. Essa camada é responsável pela
ancoragem da traqueia às estruturas adjacentes: esôfago e tecido conjuntivo do pescoço.

ÁRVORE BRÔNQUICA
Começa na bifurcação da traqueia, com a formação dos
brônquios primários, direito e esquerdo, que se arborizam, terminando
nos bronquíolos terminais, região menor e mais distal da porção
condutora do sistema respiratório.
7
OBS : Bronquíolos não apresentam cartilagem hialina, havendo apenas
músculo liso, que sofre broncoconstricção ou broncodilatação. Esse
efeito não acontece nos brônquios maiores devido a existência dos
anéis de hialina.

BRONQUIOS PRIMÁRIOS (EXTRAPULMONARES)


A estrutura dos brônquios primários é idêntica à da traqueia,
exceto que o diâmetro dos brônquios é menor e sua parede é mais
delgada.

BRONQUIOS SECUNDÁRIOS (LOBARES / INTRAPULMONARES) E BRONQUIOS TERCIÁRIOS


(INTRAPULMONARES)
São brônquios que se dividem para suprir cada lobo do pulmão. A cartilagem hialina é gradativamente
substituída por músculo liso. Ainda são presentes: glândulas seromucosas, T.E. respiratório (Basais, caliciformes,
ciliadas, em escova e DNES) e placas de cartilagem hialina.

BRONQUÍOLOS
A cartilagem hialina é completamente substituída por músculo liso. As células do tecido epitelial, antes colunares,
vão diminuindo para apresentar-se cúbicas e simples (muitas com cílios), com a presença de células de Clara (que

4
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● HISTOLOGIA

produzem um muco que degrada toxinas por meio de enzimas P-450) que substituem gradativamente a presença das
células caliciformes.
A camada muscular tende a desaparecer à medida que se aproxima dos alvéolos.

BRONQUÍOLOS TERMINAIS
Os bronquíolos terminais formam a região menor e mais distal da porção condutora do sistema respiratório. O
epitélio desse brônquios é constituído por células de Clara e células cuboides, algumas com cílios. A delgada lâmina
própria é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico e está envolvida por uma ou duas camadas de células
musculares lisas sem glândulas.

PORÇÃO RESPIRATÓRIA
A porção respiratória do sistema respiratório é composta por bronquíolos respiratórios, dutos alveolares, sacos
alveolares e alvéolos.

BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS
São a primeira região do sistema respiratório em que já pode ocorrer trocas gasosas, e se comunica diretamente
com os alvéolos. Está constituído por músculo liso, que é substituído gradativamente por fibras colágenas (que nos
alvéolos, formará a membrana basal, que une o epitélio do vaso com o alvéolo). O T.E.R. simples cuboide é substituído
por pavimentoso, com a presença de células ciliadas, células de Clara e pneumócitos tipo I (estruturais) e II (produtoras
de surfactantes). Não há a presença de glândulas.
8
OBS : O sistema nervoso simpático causa broncodilatação e vasoconstricção, enquanto o parassimpático causa
broncoconstricção (broncoespasmo) e vasodilatação.
9
OBS : No pulmão, há um maior número de pneumócitos tipo II, mas em área de revestimento, os pneumócitos tipo I são
mais expressivos (destruídos na enfisema pulmonar).
10
OBS : Os ductos alveolares são a continuação dos bronquíolos respiratórios, e não possuem paredes próprias. Eles
são simplesmente arranjos lineares de alvéolos. Um ducto alveolar termina em uma bolsa de fundo cego com dois ou
mais grupos de alvéolos, denominados sacos alveolares. Estes sacos abrem-se, portanto, em um espaço comum
denominado de átrio.

ALVÉOLOS
São pequenos sacos aéreos constituídos por pneumócitos tipo I, altamente
adelgaçados, e pneumócitos tipo II, maiores.
Aproximadamente, 95% da superfície alveolar é composta por epitélio
pavimentoso simples, cujas células são denominadas pneumócitos tipo I, que formam
junções de oclusão uns com os outros que impedem, desta maneira, o
extravasamento de fluido extracelular para a luz do alvéolo.
Os pneumócitos tipo II, mesmo sendo mais numerosos que o tipo I,
correspondem apenas à 5% da superfície alveolar. Os pneumócitos tipo II produzem
o surfactante pulmonar, substância que permite a manutenção da luz do alvéolo,
sendo armazenado nos corpos lamelares.
11
OBS : Surfactante: fosfolipídios (dipalmitoil, fosfatidilcolina e fosfatidilglicerol) e
proteínas surfactantes (A, B, C e D).

Há também a presença dos macrófagos alveolares (células de poeira) que


fagocitam partículas presentes na luz dos alvéolos assim como nos espaços
interalveolares.
O septo interalveolar é a parte que separa um alvéolo do outro, sendo
composto por fibras colágenas, elásticas, macrófagos, fibroblastos, mastócitos
(relacionados com processos alérgicos) e elementos linfoides. Há a presença de
plasmócitos que produzem IgA e IgE.

BARREIRA HEMATOAÉREA E HEMATOSE


É a barreia que separa o compartimento dos alvéolos da luz do capilar, sendo representada pela própria
membrana respiratória: pneumócito tipo I, membrana basal e células endoteliais do capilar. Na hematose, ela é cruzada
pelo O2 e CO2.
A troca de gases em nível dos alvéolos deve-se ao gradiente de pressão entre eles.

5
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● HISTOLOGIA

 O oxigênio chega aos alvéolos com uma pressão parcial maior do que na corrente sanguínea, difundindo-se
nesse sentido. Na luz do capilar, se liga à porção heme da hemoglobina das hemácias, formando a
oxiemoglobina.
 O CO2 deixa o sangue, difunde-se pela barreia hematoaérea e vai para a luz dos alvéolos e sai dos espaços
alveolares com a expiração do ar.

TRANSPORTE DE GASES PELO SANGUE


 A maior parte do CO2 dissolvido no plasma é transportada na forma de íons bicarbonato (formado a partir da
anidrase carbônica, que forma o ácido carbônico, e que se dissocia naturalmente: H 2CO3  H + HCO3 ). Uma
+ -

pequena parte liga-se a globina da hemoglobina, formando a carboemoglobina.


 A maior parte do O2 é transportada pelo grupo heme da hemoglobina, formando a oxiemoglobina.

CAVIDADES PLEURAIS
 Pleura visceral: membrana fixada à parede do pulmão.
 Espaço pleural: espaço entre as pleuras compreendido por uma pressão subatmosférica que faz com
que o pulmão se expanda na inspiração.
 Pleura parietal: reveste a caixa torácica internamente.

IRRIGAÇÃO VASCULAR E LINFÁTICA E INERVAÇÃO DOS PULMÕES

VASOS SANGUÍNEOS
As artérias e veias pulmonares constituem a circulação funcional do pulmão, em que há trocas gasosas nos
alvéolos. As artérias e veias brônquicas constituem a circulação nutridora do pulmão: aquelas são ramos da a. aorta
torácica, e estas são tributárias do sistema de veias ázigos.

DRENAGEM LINFÀTICA
Os pulmões tem um sistema duplo de drenagem linfática:
 Rede profunda: chegam até os alvéolos.
 Rede superficial: não chegam ao nível de alvéolos.

INERVAÇÂO PULMONAR
Os gânglios simpáticos enviam fibras simpáticas para o pulmão e o nervo vago envia fibras parassimpáticas para
os músculos lisos da árvore brônquica.
 Fibras simpáticas: induzem o relaxamento dos músculos lisos, realizando broncodilatação (mas causam
constrição dos vasos sanguíneos).
 Fibras parassimpáticas: induzem a contração dos músculos lisos causando broncoconstricção.

Você também pode gostar