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Aprendendo a Curar com os Remédios Florais:

O Dr. Bach Descobre as Dádivas Ocultas da Natureza

Dentre os nomes associados ao uso terapêutico de essências florais, um dos mais


respeitáveis é o Dr. Bach, da Inglaterra. No início do século XX, o Dr. Bach era um
respeitável médico homeopata de Londres. A ele é creditada a descoberta dos agora
famosos Remédios Florais Bach, utilizados pelos profissionais da saúde de todo o
mundo. Essas essências florais são usadas no tratamento de vários distúrbios
emocionais e fisiológicos. Embora contenham minúsculas quantidades de substâncias
físicas, as essências florais, assim como os remédios homeopáticos, são consideradas
remédios genuinamente vibracionais. A aplicação generalizada das essências florais
abriu caminho para que essa modalidade de cura se transformasse numa forma singular
e especializada de terapia energética sutil.
O Dr. Bach foi um pioneiro que descobriu a ligação entre o stress e as doenças
várias décadas antes que a maioria dos médicos contemporâneos começasse a se
dedicar a essa questão. A partir de suas descobertas iniciais a respeito da influência dos
fatores emocionais sobre as doenças, Bach procurou encontrar uma maneira simples e
natural de fazer com que as pessoas retornassem a um nível de equilíbrio harmonioso.
Foi essa busca de uma cura na natureza que acabou levando Bach a descobrir as
propriedades curativas dos remédios homeopáticos e, em última análise, das essências
florais.
Antes de tornar-se homeopata, Bach era um médico ortodoxo especializado em
bacteriologia e trabalhava num grande hospital de Londres. Uma das suas primeiras
descobertas nessa área esteve relacionada com a presença de determinados tipos de
baterias no trato gastrointestinal de pessoas que sofriam de enfermidades crônicas. Ele
constatou a existência de diversas bactérias cuja presença no trato gastrointestinal
estava associada de forma consistente ao agravamento de enfermidades crônicas como
artrite e doenças reumáticas. Se as bactérias suspeitas estivessem de fato contribuindo
para agravar essas doenças reumáticas, então o fortalecimento da capacidade de o
corpo rejeitar imunologicamente esses micro-organismos proporcionaria uma melhora
no estado de saúde dos pacientes, aliviando os sintomas da artrite. Bach presumiu que
a inoculação dos pacientes com vacinas preparadas a partir dessas bactérias intestinais
produziria o desejado efeito de remover do sistema as toxinas bacteriais que causavam
a doença crônica. Com base nessa suposição, Bach produziu vacinas diluídas a partir de
patógenos intestinais suspeitos, os quais, como ele constatara, estavam ligados a
episódios de agravamento das doenças crônicas. Quando ministradas através de
injeções a pacientes que sofriam de diversas doenças crônicas, as vacinas produziram
significativas melhoras da artrite e de outros sintomas crônicos.
Pouco depois dessa descoberta, Bach ganhou de presente um livro chamado The
Organon of Medicine. Esse livro era o famoso tratado de Hahnemann sobre a
Homeopatia.
Bach sentiu grande simpatia pelos conceitos do sistema homeopático. Sua ideia
de ministrar doses diminutas de substâncias tóxicas para curar doenças era semelhante
à teoria homeopática de Hahnemann. Bach chegara empiricamente a essa conclusão
unicamente através de tentativas e erros. Ele também estava interessado em descobrir
um método alternativo de aplicar suas vacinas, pois frequentemente ocorriam reações
locais no local da injeção. Bach resolveu preparar concentrações homeopáticas de
bactérias intestinais associadas a doenças e ministrá-las na forma de doses sublinguais.
Ele ministrou-as por via oral em alguns pacientes, obtendo resultados muito mais
notáveis do que antes havia conseguido com suas vacinas injetáveis. Bach classificou ao
todo sete tipos de bactérias associadas a doenças crônicas, e a partir delas elaborou
preparados homeopáticos conhecidos como os Sete Nosodos de Bach (veja o Capítulo 6
para uma discussão adicional a respeito dos bionosódios).
Foi nessa época que Bach fez uma interessante descoberta. Ele observou que os
pacientes portadores de cada um dos sete tipos de bactérias intestinais patogênicos
apresentavam tipos específicos de personalidade ou temperamento. Ele achou que os
sete tipos de bactérias estavam associados a sete personalidades distintas. Com base
nessa suposição, Bach começou a tratar os pacientes com os nosódios. Ele prescrevia os
nosódios tendo por base exclusivamente o temperamento dos pacientes. Bach ignorou
os aspectos físicos das doenças que os afligiam e lidou apenas com os sintomas mentais
que havia correlacionado com determinados nosódios. Utilizando esse método, Bach
obteve resultados clínicos positivos que excederam as suas expectativas.
Depois de aprimorar um pouco suas técnicas e análises de tipos de
personalidade, Bach fez outra grande descoberta Ele chegou à conclusão de que
indivíduos pertencentes ao mesmo grupo de personalidade não seriam acometidos
necessariamente pelas mesmas doenças. Ao se defrontarem com qualquer tipo de
agente patogênico, os pacientes do mesmo grupo de personalidade provavelmente
reagiram às suas doenças de modo semelhante com os mesmos comportamentos,
disposição de ânimo e estado de espírito — independentemente da espécie de doença.
Assim, era necessário apenas classificar as características físicas e emocionais do
paciente para encontrar o remédio mais apropriado para curar suas doenças crônicas.
Bach intuíra corretamente que a predisposição geral para doenças era condicionada por
diversos fatores relacionados com a personalidade e a estrutura emocional do paciente.
Dentre esses fatores, o mais importante eram as propensões emocionais, tais como o
medo e as atitudes negativas. Somente agora a ciência médica está começando a se
interessar por estudar os notáveis relacionamentos existentes entre as doenças e as
emoções. Bach já havia feito o mesmo mais de cinquenta anos antes do surgimento de
pesquisas na área da psiconeuroimunologia.
Bach não gostava de ministrar nosódios preparados a partir de agentes
patogênicos. Ele teve o palpite de que existiam na natureza vários remédios
vibracionalmente semelhantes, os quais poderiam duplicar os efeitos de seus nosódios
e superá-los em matéria de eficácia terapêutica. Desse modo, começou a procurar
agentes naturais que tivessem a capacidade de tratar, não a doença já estabelecida, mas
seus precursores emocionais. Posteriormente, ele encontrou esses agentes em
essências de determinadas flores. Bach identificou ao todo 38 essências. A 38ª essência
era uma mistura floral conhecida familiarmente como Remédio de Salvação.
Bach percebeu acertadamente que a ligação doença-personalidade era provocada por
padrões energéticos disfuncionais nos corpos sutis. Ele teve a impressão de que as
doenças eram causadas pela desarmonia entre a personalidade física e o Eu Superior,
ou alma, a qual refletir-se-ia em determinados tipos de peculiaridades mentais e
atitudes presentes no indivíduo. Essa desarmonia mental e energética entre a
personalidade física e o Eu Superior era considerada mais importante do que o processo
patogênico propriamente dito.
Bach achou que as energias vibracionais sutis das essências florais poderiam
contribuir para realinhar os padrões emocionais de disfunção. O indivíduo poderia gozar
de mais harmonia interior através de um aumento no alinhamento da personalidade
física com as energias do Eu Superior, o que redundaria em maior paz de espírito e
expressão de alegria. Através da correção desses fatores emocionais os pacientes seriam
ajudados a aumentar a vitalidade física e mental, o que contribuiria para a cura de qual'
quer doença física. Bach estabelece uma ligação entre a personalidade física e o Eu
Superior por meio de uma filosofia reencarnacionista. Para citar as palavras do próprio
Bach:

Nunca é excessivamente firme a ideia de que toda Alma encarnada está aqui com o
propósito específico de ganhar experiência e compreensão e de aprimorar sua
personalidade no sentido daqueles ideais estabelecidos pela Alma. Lembremo-nos
todos de que a alma de cada um de nós estabeleceu para cada indivíduo uma
determinada missão e que, a menos que essa missão seja cumprida, ainda que talvez
de forma inconsciente, haverá inevitavelmente um conflito entre a Alma e a
personalidade do indivíduo, acarretando necessariamente doenças físicas...
Desde tempos imemoriais sabe-se que a Providência colocou na natureza meios
de prevenção e cura de doenças através de ervas, plantas e árvores divinamente
enriquecidas. Foi dado a esses vegetais o poder de curar todos os tipos de doenças e
padecimentos. Na terapia com esses remédios não se atenta para a natureza da
doença. Trata-se o indivíduo e, quando ele fica bom, a doença desaparece, expulsa pelo
fortalecimento da saúde. A mente, sendo a parte mais delicada e sensível do corpo,
indica o início e o curso da doença de forma muito mais clara do que o corpo, de modo
que é a observação da mente que orienta a prescrição do remédio ou dos remédios
necessários...
Está diante de nós a aurora de uma nova e mais aperfeiçoada arte de curar.
Cem anos atrás, a Homeopatia de Hahnemann foi o primeiro raio de luz matutina
depois de uma longa noite de escuridão, sendo provável que ela venha a desempenhar
um importante papel na medicina do futuro...
Quando abordarmos a questão da cura, entenderemos que ela também tem de
acompanhar o progresso e alterar os seus métodos, trocando aqueles baseados num
grosseiro materialismo por uma ciência fundamentada nas realidades da Verdade e
regida pelas mesmas leis divinas que governam a nossa natureza...
Os materialistas se esquecem de que há um fator situado acima do plano físico que, ao
longo do curso normal da vida, protege ou deixa suscetível a doenças — sejam elas de
que natureza forem — qualquer indivíduo específico. O sentimento do medo, através
de seu efeito depressor sobre a nossa atividade mental, provoca desarmonia nos
nossos corpos físico e magnético e abre caminho para a invasão bacteriana. A
verdadeira causo da doença está na nossa própria personalidade...
[No futuro], a arte de curar abandonará métodos de tratamento do corpo físico em
favor das curas espirituais e mentais. Essas modalidades de tratamento produzindo
harmonia entre a Alma e a mente, erradicarão a causa básica das doenças e, a seguir,
permitirão o uso desses meios físicos à medida que forem necessários para completar a
cura do corpo.

Bach compreendeu o relacionamento energético que existe entre a mente


superior e as qualidades magnéticas dos corpos sutis superiores. Conforme discutimos
nos capítulos anteriores, as faculdades mentais e emocionais que se manifestam através
do cérebro e do sistema nervoso físico são produto dos inputs energéticos provenientes
dos corpos etérico, astral e mental. Graças à capacidade de as essências florais atuarem
energeticamente sobre esses corpos superiores, seus efeitos acabam se insinuando até
o corpo físico.
Bach descobriu os efeitos das várias flores através da observação do modo como
elas o afetavam. O próprio Bach era um "médium sensitivo". Ele era tão sensível que de
tempos em tempos tinha de se afastar do caos e das apressadas multidões de Londres,
pois a vida na cidade era demasiado agitada e extenuante para ele. Tendo se mu-dado
para a zona rural inglesa, depois de uma doença aguda que quase custou-lhe vida, Bach
entregava-se a longas caminhadas à procura de remédios existentes na natureza. A
sensibilidade de Bach às energias sutis era tamanha que ele conseguia avaliar os efeitos
terapêuticos potenciais de uma planta levando ao lábio o orvalho matinal que recobria
a sua flor. Bach era tão sensível que, exposto a uma determinada flor, sentia todos os
sintomas físicos e estados emocionais para os quais a essência da flor servia de antídoto.
O processo de identificação de todos os 38 remédios florais representou um esforço tão
violento para a natureza física e emocional de Bach que ele morreu em 1936, com a
idade relativamente prematura de 56 anos.
Bach também procurou encontrar uma forma de preparar essas essências
vibracionais sem ter de pulverizar a planta e potencializá-la segundo o trabalhoso
método homeopático. (Veja o Capítulo 2 para obter maiores informações a respeito do
processo de preparação dos remédios homeopáticos.) Ele coletou amostras do orvalho
matinal de certo número de flores que estavam ao sol, e de outras que ainda
permaneciam na sombra, e examinou-as em busca de diferenças na capacidade de
afetarem os corpos de energia sutil do próprio Bach. Comparando os dois grupos de
soluções, ele verificou que a água das flores expostas à luz do sol produziam os efeitos
mais pronunciados. Para sua alegria, ele descobriu que poderia colocar flores de uma
determinada espécie sobre a superfície de uma vasilha com água e deixá-la durante
várias horas sob a luz do sol a fim de obter poderosas tinturas vibracionais. Os efeitos
sutis da luz solar eram fundamentais para carregar a água com uma marca energética
da assinatura vibracional das flores. Este fenômeno talvez esteja relacionado com as
propriedades energéticas sutis da luz solar que os hindus chamam de "prana".
Os remédios florais de Bach foram usados para tratar não apenas as reações
emocionais às doenças como também os temperamentos que favorecem o eventual
surgimento de patologias celulares no corpo. Se um paciente apresenta uma
determinada fobia, por exemplo, lhe é prescrita a essência de Mimulus. Indivíduos que
sofrem de qualquer espécie de choque recebem uma tintura preparada a partir da flor
da Star of Beth-lehem, os que vivem à voltas com uma constante indecisão encontram
alívio numa essência preparada a partir da flor do Scleranthus. Os pensamentos de
natureza obsessiva parecem acalmar-se quando os pacientes são tratados com
essências florais preparadas a partir do White Chestnut.
Muitos terapeutas obtiveram sucesso no tratamento de padrões crônicos de
perturbação emocional e distúrbios de personalidade utilizando os remédios florais do
Dr. Bach. Ao contrário das terapias farmacológicas convencionais, que atuam apenas no
nível da patologia física celular, os padrões energéticos contidos nas essências florais
operam no nível dos veículos emocional, mental e espiritual. Os corpos sutis influenciam
o corpo físico, alterando a suscetibilidade deste último a qualquer agente nocivo interno
ou externo. Bach procurou usar suas essências vibracionais para aumentar a resistência
dos seus pacientes através da criação de uma harmonia interior e da ampliação dos
sistemas energéticos superiores, que ligam os seres humanos ao seu Eu Superior. Os
remédios florais de Bach não produziam um grande efeito direto sobre os sistemas
celulares do corpo físico. Existem, todavia, outros tipos de essências florais que, por
intermédio de suas interações com os diversos níveis da anatomia energética sutil
humana, podem atuar diretamente sobre os desequilíbrios celulares do corpo físico.
Depois da morte de Bach, ocorrida em 1936, o Centro de Cura Dr. Edward Bach,
na Inglaterra, continuou a preparar essências florais de acordo com o singular sistema
descoberto por esse inovador. Em várias escolas naturopáticas da Europa e dos Estados
Unidos os Remédios florais do Dr. Bach foram usados de acordo com os critérios mentais
e emocionais estabelecidos por Edward Bach. Embora tenham sido feitos vários tipos de
experimentos utilizando diferentes flores encontradas na natureza, somente na década
de setenta é que uma série inteiramente nova de essências florais curativas foi
desenvolvida.
Em 1979, Richard Katz fundou a Flower Essence Society (FES). A Sociedade
proporcionou uma estrutura para que pesquisadores e terapeutas da área das essências
florais pudessem trocar informações a respeito do uso desses remédios. Além disso,
foram também introduzidas diversas novas essências preparadas à partir de flores
nativas dos Estados Unidos (especialmente da Califórnia, onde estava sediada a SEF). Os
pesquisadores da FES publicaram dados a respeito dos diferentes métodos de utilização
dos Remédios Florais de Bach e das novas essências, que ficaram conhecidas como
Essências FES.
As Essências FES foram desenvolvidas por Richard Katz, o fundador da empresa.
Katz realizou intuitivamente a seleção e a formulação de cada uma das flores, processo
que foi modificado pela troca de experiências com um pequeno grupo de terapeutas
locais. Os resultados clínicos obtidos por Katz indicaram que as novas essências foram
particularmente eficazes nos processos de crescimento interior e de despertar
espiritual. Elas pareciam atuar como catalisadores para a transmutação de bloqueios
psicoenergéticos específicos, tais como o medo relacionado com a sexualidade e
questões relativas ao ato sexual, à sensitividade e ao desenvolvimento psíquico e
espiritual. Boa parte dos novos conhecimentos a respeito das essências individuais
foram obtidas intuitivamente ou através de diversas fontes psíquicas, bem como por
meio do uso, com a ajuda de um pêndulo, da faculdade radiestésica do terapeuta.
Através dessa forma de coleta intuitiva de informações acumularam-se muitos
conhecimentos sobre a aplicação das essências florais. Embora fragmentos dispersos de
informações acerca das essências florais tenham sido publicados de forma intermitente
no Flower Essence Journal, foi apenas em 1983 que surgiu uma obra de fôlego a respeito
dos aspectos terapêuticos energéticos sutis das essências florais, escrita e compilada
por Gurudas, um pesquisador de Boulder, Colorado.
Uma Revolução na Cura pelas Essências Florais: A Contribuição de Gurudas com
vistas a uma Síntese da Medicina Vibracional.
No início de 1983, uma companhia chamada Pegasus Products, Inc., distribuiu
diversas essências florais entre os centros de cura esotérica. Essas novas essências
foram dispostas num arranjo especial, lado a lado com um segundo grupo de remédios
vibracionais chamados elixires de pedras preciosas. Acompanhando este singular estojo
de apresentação, havia uma nota de uma só página relacionando os usos terapêuticos
e energéticos das essências florais e dos elixires de pedras preciosas. Na parte de cima
do papel havia uma referência a diversos livros que proporcionariam informações
vibracionais mais detalhadas. Dentre todas essas referências, o trabalho mais destacado
era um compêndio de medicina vibracional intitulado Flower Essences and Vibrational
Healing [Essências florais e cura vibracional], de Gurudas.
Vários meses depois, foi distribuído pelas livrarias um livro que continha uma
grande variedade de guias de medicina holística já publicados anteriormente. Entre os
seus tópicos mais incomuns, havia descrições técnicas cientificamente detalhadas das
propriedades físicas e energéticas sutis de 108 novas essências florais. Embora algumas
dessas formas já estivessem entre as Essências SEF, elas jamais haviam sido descritas
com tanta riqueza de detalhes. Além do mais, o livro continha também descrições
técnicas dos relacionamentos energéticos entre as essências florais e os remédios
homeopáticos. Nesse compêndio extraordinariamente autorizado a respeito da
medicina vibracional, Gurudas compilou e comentou informações adquiridas em
palestras de Kevin Ryerson, um notável médium na área das informações técnicas de
natureza psíquica com atuação semelhante à de Edgar Cayce. Uma porção significativa
do material contido no Flower Essences and Vibrational Healing fora obtido por Gurudas
em 1980, na cidade de São Francisco, ao assistir a uma série de conferências de Ryerson
proferidas junto a um grupo de pesquisas psíquicas. O grupo reunira-se com Ryerson
para obter informações técnicas transmitidas por via mediúnica a respeito das
aplicações clínicas de diversas essências florais. Entre as pessoas presentes a essa
notável reunião estavam Gurudas e Richard Katz, fundador da Sociedade de Essências
Florais. Além dessas sessões ocorridas em 1980, Gurudas continuou a coletar junto a
Ryerson mais informações psíquicas a respeito de essências florais e a acrescentar
detalhes aos dados de natureza psíquica que já haviam sido estudados em reuniões
anteriores.
E preciso deixar claro aqui que o material obtido por via mediúnica fornece
informações inéditas a respeito do que hoje pode ser considerada uma nova tecnologia
de cura, embora as origens desses métodos possam efetivamente ser bastante antigas.
Os primeiros avanços feitos no século XX no sentido de transformar as essências florais
num método sistemático de cura foram proporcionados pelas pesquisas do próprio Dr.
Edward Bach, tanto na condição de sensitivo como na de clínico. As informações
mediúnicas obtidas por Kevin Ryerson sugerem não só mecanismos de ação bioquímicos
e energéticos sutis das essências florais, e suas aplicações na cura de doenças, como
também orientações relativas a pesquisas científicas adicionais necessárias para
confirmar as informações que já foram dadas. Sob essa óptica, os efeitos dessas novas
essências florais devem ser considerados uma forma experimental de terapia.
O livro Flower Essences and Vibrational Healing é uma notável realização no
sentido de reunir uma grande variedade de informações de caráter técnico a respeito
das aplicações terapêuticas das essências florais e de terapias vibracionais semelhantes.
O emprego das essências florais ao longo da história é resumido num capítulo descritivo
que relata as descobertas e a inspiração do Dr. Bach. Nesse capítulo, Gurudas chega a
interessante conclusão de que Bach pode ter sido inspirado por Rudolph Steiner a
investigar as propriedades de cura das flores. Steiner, um famoso metafísico, fizera
diversas preleções médicas na Inglaterra, as quais podem ter sido assistidas por Bach na
época em que ele estava começando a clinicar.
Discussões adicionais sobre as origens do uso terapêutico das essências florais
abordam com grande profundeza de detalhes o seu uso em civilizações antigas descritas
cm textos esotéricos, tais como Auânuda e Lemúria. Na primeira parte do Livro, Gurudas
descreve diversas técnicas de preparação e amplificação das essências florais e também
os intrincados mecanismos através dos quais elas influenciam o sistema energético
humano. A segunda parte do livro aborda detalhadamente cada essência. O livro
transcreve discussões que especificam os níveis energéticos sutis em .que cada essência
atua e há também listas de doenças que podem ser tratadas de forma mais adequada
por uma determinada essência No final dessa sessão, Gurudas organizou
convenientemente os dados em tabelas de relevância clínica relacionando as aplicações
terapêuticas das várias essências e os sistemas energéticos com os quais cada essência
interage.
Ao contrário de qualquer texto anterior sobre medicina vibracional, foi dada uma
grande atenção aos mecanismos fisiológicos e energéticos sutis através dos quais os
remédios vibracionais atuam sobre o organismo humano. As informações mencionadas
nesse livro raras vezes foram publicadas ou descritas de forma tão detalhada. Sempre
que possível, são fornecidas referências a textos esotéricos que confirmam as
informações obtidas por via mediúnica Os mecanismos através dos quais as energias das
flores são transferidas da água para o sistema humano são descritos com elegância e
simplicidade. Para citar o texto:
Nesse plano evolutivo, as flores foram e são a própria essência e a maior concentração
de força vital contida numa planta. Elas são a experiência que remata o crescimento da
planta. As flores são uma combinação de propriedades etéricas (da planta) e possuem o
máximo de força vital, de modo que frequentemente são usadas nas porções férteis do
vegetal.
A verdadeira essência, naturalmente, é o padrão eletromagnético da forma da
planta. Assim como há em várias plantas elementos que fazem parte do corpo físico,
também existem numerosos parâmetros de energias biomagnéticas descarregadas
pelas flores e por diversas outras partes das plantas. E a intensidade da força vital
aumenta nas proximidades do local de florescimento...
[As essências preparadas a partir de flores são] meramente uma impressão etérica;
nenhuma molécula da matéria física é transferida. Nesse trabalho, você lida
exclusivamente com a vibração etérica da planta, com a sua inteligência. Ao iluminar a
água, o sol matura a ela a força vital da flor, a qual é transferida às pessoas quando elas
assimilam essas essências vibracionais.
Além do carregamento da água com a marca vibracional das flores, Gurudas menciona
o uso de exilires de pedras preciosas, os quais são preparados de forma semelhante,
usando a luz do sol para energizar a água com as extraordinárias propriedades cristalinas
de varias gemas e minerais. Ainda mais fascinante do que a lógica energética que está
por trás do método solar de preparação de essências florais é a descrição que Gurudas
nos dá sobre o modo como as essências produzem seus efeitos sobre os corpos físicos e
sutis das pessoas. A parte que descreve a anatomia sutil incorpora muito do que já foi
discutido nos capítulos anteriores deste livro e traz novas informações ainda por serem
estudadas. Os padrões energéticos das essências florais dão origem a interações
terapêuticas entre o corpo físico e o corpo etérico e os veículos de frequências
superiores. De grande interesse aqui é a descrição de determinadas propriedades
cristalinas ou quartziformes do corpo físico e o papel que elas desempenham na
formação de um sistema energético sutil especial no nível das estruturas físico-celulares.
Em capítulos posteriores, examinaremos com mais detalhes as propriedades
energéticas e curativas do quartzo e de outros cristais. Esta descrição das propriedades
cristalinas do corpo humano será particularmente pertinente quando estivermos
tratando da cura pelos cristais.
As essências florais, remédios homeopáticos e elixires de pedras preciosas,
quando ingeridos ou usados como unguento, percorrem um caminho específico através
dos corpos físico e sutil. Inicialmente, eles passam pelo sistema circulatório (a corrente
sanguínea). Em seguida, o remédio deposita-se a meio caminho entre os sistemas
nervoso e circulatório. Nesse ponto, a polaridade entre os dois sistemas gera uma
corrente eletromagnética. Existe na verdade uma estreita ligação entre esses dois
sistemas e a força vital e a consciência, ligação essa que a ciência moderna ainda não
compreende. A força vital atua mais através do sangue, enquanto a consciência atua
através do cérebro e do sistema nervoso. Esses dois sistemas apresentam propriedades
quartziformes e uma corrente eletromagnética. As células do sangue, especialmente os
glóbulos brancos e vermelhos, apresentam propriedades quartziformes mais
destacadas, enquanto o sistema nervoso apresenta uma corrente magnética mais
intensa. A força vital e a consciência utilizam estas propriedades para penetrar no corpo
físico e estimulá-lo.
A partir da metade do caminho entre os sistemas nervoso e circulatório, o
remédio em geral desloca-se diretamente para os meridianos. Saindo dos meridianos, a
força vital penetra nos diversos corpos sutis e chakras ou retorna diretamente para o
corpo físico, no nível celular, através de vários portais situados a meio caminho entre os
sistemas nervoso e circulatório. Seu percurso é determinado pelo tipo do remédio e pelo
temperamento da pessoa.
As três principais vias através das quais a força vital do remédio pode reentrar
no corpo físico são o corpo e o fluido etéricos, os chakras e a pele, com suas
propriedades silícicas ou cristalinas. O fluido etérico é a parte do corpo etérico que leva
a força vital para as células do indivíduo. O cabelo, com suas propriedades cristalinas,
transporta a força da vida; ele não é um portal. Determinadas partes do corpo físico
atuam como portais para as forças vitais de um remédio vibracional apenas porque
estão associadas a diferentes chakras ou meridianos. A força vital de um remédio
vibracional geralmente tende a dirigir-se para um portal, embora possa reentrar no
corpo físico através de diversos portais.
Depois de atravessar um dos portais que acabamos de descrever, a força vital passa a
meio caminho entre os sistemas nervoso e circulatório, antes de atingir o nível celular e
as áreas desequilibradas do corpo físico. Embora esse processo todo aconteça de forma
instantânea, geralmente leva algum tempo para que se possa sentir os resultados.
Segundo esta interpretação, as energias sutis das essências florais passam pelo
sistema circulatório e pelos nervos antes de alcançar os meridianos. Uma das
interconexões mencionadas parece ser uma espécie de rede eletromagnética de fluxo
de energia que existe entre a corrente sanguínea e o sistema nervoso. Essa rede de
energia específica era desconhecida pela maioria dos fisiologistas esotéricos.
Determinados pesquisadores, como Itzhak Bentov, observaram a existência de vias
especializadas de ressonância magnética que ligam o sistema circulatório ao sistema
nervoso durante a meditação. O modelo de Bentov será discutido com mais detalhes
num capítulo posterior a respeito da meditação. A partir dessa via eletromagnética, as
energias vitais fluem para os meridianos. Conforme vimos nos capítulos anteriores, os
meridianos constituem um mecanismo fundamental da interface energética entre os
veículos de frequências superiores e o corpo físico.
A partir dos meridianos, as energias alcançam os chakras e os diversos corpos
sutis. O fluxo ascendente inicial das energias vitais das essências de flores rumo aos
níveis energéticos progressivamente mais elevados é oposto ao fluxo descendente usual
de energias superiores em direção ao corpo físico. É como se a energia estivesse, por
assim dizer, voltando sobre os seus passos e deslocando-se em direção a níveis
progressivamente mais sutis para ser reintegrada aos domínios de frequência superior
apropriados. É como se a força vital das essências e remédios precisasse ser amplificada
e processada em pontos especiais de retransmissão, tais como os chakras, para que as
energias pudessem ser utilizadas de forma apropriada petos sistemas celulares do corpo
físico.
No nível celular, existem outras estações de retransmissão e processamento de
energias sutis relacionadas com a rede cristalina mencionada na última citação. A
questão das estruturas cristalinas existentes no interior do corpo humano não foi hem
estudada ou compreendida pela maioria dos físicos modernos. Teóricos da área da
bioeletrônica, tais como Becker e Szent-Gyorgi, tentaram compreender e interagir
terapeuticamente com os sistemas de amplificação energéticos inerentes as redes
celulares do corpo através da aplicação de teorias relativas aos sistemas eletrônicos e
semicondutores.
Recentemente, os cientistas começaram igualmente a reconhecer a existência
de tipos especiais de cristais fluidos ou, como também são chamados, cristais líquidos.
Esses cristais líquidos talvez possuam algumas das propriedades energéticas do quartzo
sólido, mas ao contrário dos minerais encontrados na natureza, muitos são de origem
inorgânica. Parece haver uma rede energética sutil através do corpo que utiliza essas
estruturas biocristalinas. Essa rede cristalina está envolvida na assimilação e no
processamento das energias sutis dos remédios vibracionais. Na citação que se segue,
extraída da obra de Gurudas (que se baseou em material psicografado por Kevin
Ryerson), o princípio da ressonância bioenergética é mais uma vez mencionado em
relação aos componentes cristalinos dos sistemas energéticos sutis que constituem uma
parte essencial do corpo humano.
No corpo físico e nos corpos sutis, existem várias estruturas quartziformes que
intensificam os efeitos dos remédios vibracionais. No corpo físico, essas áreas incluem:
sais celulares, tecidos gordurosos, glóbulos brancos e vermelhos, linfa e glândula pineal.
Embora essas estruturas cristalinas formem um sistema completo dentro do
corpo, ele ainda não foi isolado e compreendido apropriadamente pela medicina
moderna. As estruturas cristalinas operam em ressonância simpática.
Existe uma sintonia entre as propriedades cristalinas dos corpos físicos e sutis,
dos éteres e de muitos remédios vibracionais, especialmente essências florais e elixires
de pedras preciosas. Essas propriedades do corpo intensificam a força vital dos remédios
vibracionais para que eles atinjam um nível de intensidade em que possam ser
assimilados. Na verdade, essas propriedades cristalinas são pontos de retransmissão
para as energias mais etéricas penetrarem no corpo físico. Isto permite uma distribuição
equilibrada das diversas energias na frequência correta, o que estimula a eliminação da
toxicidade para dar lugar à saúde. Isso assemelha-se ao que acontece quando vibrações
na frequência das ondas de rádio atingem um crista] num aparelho radiorreceptor. O
cristal vibra ao absorver as ondas de alta frequência e produz frequências audíveis que
são percebidas pelo corpo.
Quando os remédios vibracionais são intensificados, a força vital neles contida
chega até as partes desequilibradas do corpo mais rapidamente e numa forma mais
estável. Os remédios podem purificar a aura e os corpos sutis, de modo que esses
desequilíbrios não irão mais contribuir para a má saúde. Se isso lhe parece estranho,
lembre-se de que os cientistas demonstraram várias vezes que energias sutis como
ultra-sons e micro-ondas podem provocar doenças. Por que outras formas de energia
sutil não poderiam produzir saúde?
Quanto à questão das energias sutis de frequências específicas induzirem o
corpo a eliminar a toxicidade das doenças, devemos nos lembrar das explicações
contidas nos capítulos anteriores deste livro, nos quais foram descritos os mecanismos
através dos quais os remédios homeopáticos produzem seus efeitos sobre os seres
humanos. A rede cristalina do corpo humano contribui para a transdução e a distribuição
das energias sutis dos remédios homeopáticos e das essências florais entre os
mecanismos de ação apropriados.
A influência terapêutica final de um remédio ou essência floral depende do nível
energético em que ele produz seus principais efeitos. Embora os remédios
homeopáticos pareçam produzir um maior efeito energético sobre o corpo físico, alguns
estudos clínicos sugerem que os remédios homeopáticos também têm a capacidade de
atuar sobre níveis superiores, tais como os chakras e o corpo astral/emocional. Certos
casos de psicose maníaco-depressiva e esquizofrenia, por exemplo, melhoraram
dramaticamente com um tratamento à base de remédios homeopáticos. Esses efeitos
podem ter sido produzidas pela correção não só dos desequilíbrios neuroquímicos
associados a doenças como também de perturbações mórbidas de natureza energética
eminentemente sutil.
Embora as essências florais pareçam ser especialmente potentes quando se trata
de induzir alterações nos chakras e nos corpos sutis, determinadas essências também
curam atuando diretamente no nível do corpo físico. Os remédios homeopáticos
emitem quanta vibracionais de frequências específicas que parecem ressoar mais
intensamente com a estrutura físico/molecular do corpo físico, embora as Homeopatias
também afetem os chakras e os corpos sutis. As essências florais contêm uma alta
concentração de força vital e possuem qualidades semelhantes à de uma espécie de
tintura de energia de pura consciência. Em virtude desta propriedade vibracional sutil,
determinadas essências florais talvez tenham efetivamente a capacidade de interagir
com os corpos sutis e com os chakras a fim de aumentar a sua coordenação com o corpo
físico por ocasião da ocorrência de um padrão disfuncional.
Os remédios homeopáticos geralmente são preparados a partir de material inorgânico
mais denso, ao passo que as essências florais apresentam uma concentração muito mais
elevada de força vital. Os remédios homeopáticos muitas vezes reproduzem
vibracionalmente a doença física numa pessoa a fim de expulsar esse desequilíbrio para
fora do corpo. A Homeopatia unifica os corpos sutis, mas também atua no nível
vibracional da estrutura molecular. Ela representa uma ponte entre a medicina
tradicional e a medicina vibracional.
Em contraste, as essências florais regulam o fluxo de consciência e karma que
gera o estado de doença. Eles atuam sobre os corpos sutis e sobre as propriedades
etéricas da anatomia e, depois, influenciam gradualmente o corpo físico. O fato de essas
essências serem provenientes das flores — que são as áreas de maior concentração de
força vital nas plantas — é uma das principais razões da presença de maior quantidade
de forças vitais nas essências extraídas de flores do que em outras formas de remédios
vibracionais.

Fonte: Gerber, Richard. Medicina Vibracional. São Paulo: Editora Cultrix, 1988.

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