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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET


MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

ANTONIO JOSÉ PORTELA DE JESUS SANTOS – 2016012919

EXPERIMENTO 5:
MEDIDOR DE ENERGIA DO TIPO INDUÇÃO

SÃO LUÍS
2021
1 INTRODUÇÃO
A medição de energia elétrica é utilizada largamente pelas
concessionárias de energia elétrica para faturar a energia utilizada pelos seus
clientes, de acordo com as tarifas existentes.
O entendimento deste instrumento de medição é de fundamental
importância para compreender os problemas que acontecem no campo da
concessionária, como fraudes, desvios de energia e erros de faturamento.
Os medidores do tipo indução são simples, robustos e possuem
alta exatidão, sendo ainda referência para o estudo de medição de energia
elétrica mesmo com o surgimento dos medidores digitais.
Neste experimento realizaremos ensaios em um medidor de
energia elétrica do tipo indução.
2. OBJETIVOS

• Aprender como ligamos o medidor em um circuito monofásico;

• Verificar se o medidor possui arrastamento;

• Verificar o valor da constante do disco “kd” do medidor;

• Verificar as condições de atrito no medidor.


3. MATERIAIS UTILIZADOS

• 01 Varivolt trifásico;

• 01 medidor indutivo monofásico;

• 01 voltímetro;

• 01 amperímetro;

• 01 wattímetro;

• Carga resistiva de 1kW;

• Resistência de 1,5kΩ.
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS

Primeiramente montou-se o circuito com o varivolt alimentando a


carga resistiva com tensão nominal, logo após isso inseriu-se o medidor de
energia elétrica da marca Actaris(Figura 01) no circuito, com a intenção de
verificar se o instrumento estava funcionando corretamente, observando o
padrão de conexão LINHA-CARGA do medidor.

Figura 01 – Medidor
Actaris

Logo após isso aplicamos tensão nominal na entrada do medidor


com a saída em vazio, para verificar se o medidor possui arrastamento, isto é,
se o medidor gira sem carga conectada. O medidor, da marca Actaris, não
possui arrastamento, o disco não se moveu durante o teste.

Na sequência conectou-se uma carga resistiva de 2,09 kΩ na


saída do medidor de energia e o varivolt foi ajustado para 250,8 V, de modo a
observar se o disco do medidor giraria para uma corrente de 120 mA. Neste
ensaio o disco não girou para o valor de corrente citado. Sendo assim, o disco
possui alto coeficiente de atrito, podendo ser um indicativo de problema de
fabricação do medidor da marca Actaris.

O medidor da marca Schlumberger(Figura 02) para o mesmo


ensaio de atrito partiu para uma corrente de 100 mA. Isso indica que este
medidor está em conformidade para o ensaio de atrito
Figura 02 – Medidor Schlumberger

Logo após isso, realizou-se o ensaio para calcular a constante de


disco do medidor. Neste ensaio, 1 medidor é conectado a uma carga e seu
discos é alinhado e cronometra-se o tempo de volta do disco, de forma a
verificar a constante de disco Kd. A Equação 01 mostra como Kd deve ser
calculado.

P∗t
Kd =
3600∗N m (Equação 01)

Para o medidor Actaris, P=500 W, t = 56 s e Nm = 2, e aplicando


estes valores na Equação 01, obtem-se Kd = 3,888 Wh/rot. Como o Kd deste
medidor é de 3,6 Wh/rot, o medidor está com um erro percentual de -7,7 %,
bem maior que a classe de exatidão do instrumento, que é de ± 2 %. Isso
indica que este instrumento deve ser calibrado.
5. PERGUNTAS

1. Quais as influências do arrastamento no erro do medidor?

O arrastamento do medidor faz com que o disco do mesmo gire


quando está operando em vazio, isto influência diretamente o erro relativo do
equipamento, pois:
Ns−N
ε=
N
Onde:
 Ns = número de rotações do medidor padrão.
 N = número de rotações do medidor sob teste.
Assim, o processo de arrastamento causa um acréscimo no valor
da quantidade de giros do medidor, logo teremos N > Ns , que determinará um
valor positivo para o ε (adiantado). Desta forma, há um registro maior de
energia do que o que realmente está sendo solicitado.

2. Quais as influências do arrastamento nas relações consumidor-


empresa?

Como o arrastamento do medidor causa um acréscimo no registro


de energia elétrica, haverá insatisfação do consumidor com a concessionária
de energia, pois o consumidor é prejudicado pois paga por uma energia que
não consumiu.

3. Caso haja atrito no medidor, o que devemos fazer para compensá-lo?

Pode-se regular a ‘espira G’ que provoca o giro do disco do


medidor para pequenas cargas, compensando assim a influência do atrito na
medida de cargas leves.

4. Existe alguma diferença entre o valor de Kd calculado e o valor de Kd


na placa do medidor? O que poderá ter acarretado essa diferença?
Sim. Erro na utilização do cronômetro para levantar o tempo t
para realizar o cálculo de Kd, o instrumento pode estar com uma diferença leve
na calibração ou pode ter ocorrido erro no momento do cálculo de Kd.
6. CONCLUSÃO

Neste experimento, foi possível compreender o funcionamento


dos medidores de energia elétrica do tipo indução e observar que fatores como
arrastamento, atrito e posição de instalação do medidor podem influenciar no
registro de consumo de energia elétrica. Além disso, observou-se que a forma
de ligação deve respeitar o que é indicado no medidor, pois uma ligação
invertida pode resultar em prejuízos no faturamento da concessionária de
energia elétrica.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Guia de experimento 5 – Prof. Antônio Dantas Maniçoba – Disciplina de


Medição de Energia Elétrica – DEE/UFMA.

• de Medeiros Filho, SOLON. Medições de Energia Elétrica – Editora


Guanabara 2.

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