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Apresentação
Há clamores que por sua justiça sempre acabam sendo ouvidos pelas pessoas sensíveis, especialmente quando
referem-se a questões de cunho social.
É o caso presente! Sindicalistas representando trabalhadores de várias categorias clamando por justiça, por seus
direitos, cobrando seriedade no tratamento do bem maior desta nação, de um bem que, como pequenos tijolos
constituem o alicerce e sustentáculo deste País: OS TRABALHADORES!
Na luta pela subsistência e pelo desenvolvimento do Brasil, o trabalhador inúmeras vezes via-se, de repente
acidentado ou, quando não, sua família o recebia morto.
Começava aí o verdadeiro calvário do trabalhador ou de sua família. Recorrer aos Sindicatos às vezes surtia efeitos,
mas mesmo com sua ajuda, era penoso, demorado e quase sempre os resultados não eram satisfatórios. Era preciso
fazer algo mais. Era preciso impedir ou diminuir drasticamente os acidentes e as mortes destes homens.
Daí o clamor! A quem procurar? Como fazer? Em quanto tempo poder-se-ia obter resultados? Seria possível
encontrar seriedade?
Tiveram então os Sindicatos a feliz idéia de procurar a pessoa certa: Dr. Luiz Paulo Braga Braun, Delegado Geral de
Polícia do Estado de São Paulo. Homem sensível, de imediato compreendeu a gravidade da situação e que esta
exigia providências imediatas.
Bem pensou, melhor agiu. De inicio determinou ao Dr. Hélio Narvaez, um de seus assistentes, que colhesse o
material que traziam os Sindicatos e que os organizasse para uma rodada de discussões. Isto em agosto de 1997.
Naquela segunda rodada, compareceram mais, pela Polícia, o Dr. José Francisco Leigo, Diretor do Departamento de
Comunicação Social e este que vos escreve, Delegado Divisionário da Divisão de Comunicação Comunitária a qual
está subordinada a "Delegacia de Acidentes do Trabalho".
Fui honrado então por aquelas duas autoridades máximas da Polícia Civil para realizar um trabalho que orientasse
trabalhadores e Sindicatos sobre o exercício de seus direitos em casos de acidentes.
Neste mesmo trabalho, deveríamos passar orientações e um "modus operandi" para os senhores delegados de policia
enfocando estes casos específicos.
Duas novas reuniões foram agendadas. As sugestões dos trabalhadores foram sendo apresentadas por seus
respectivos Sindicatos, e debatidas democraticamente com a participação de vários segmentos ligados aos interesses
dos trabalhadores, entre os quais Sindicatos, D.R.T. ,Cerest, Fundamento, Ministério Público, S.E.R.T., Secretaria
da Saúde, Polícia e outros órgãos. Todos apresentaram sugestões.
Um mês após, o primeiro esboço da assim democraticamente chamada "cartilha" foi apresentada. Novos debates e,
no mês de outubro, os trabalhos foram concluídos com a participação de todos.
Em 24 de novembro, S. Exa. o Sr. Delegado Geral de Polícia, pela portaria n.º 31/97, regulamentou a Delegacia de
Acidentes do Trabalho, cumprindo a palavra empenhada de que haveria solução para os reclamos dos trabalhadores.
(D.O. de 25 de novembro de 1997, Poder Executivo, Seção 1, pg. 55)
Estamos com a consciência tranqüila de termos cumprido nosso dever e determinação de nossos superiores. Nosso
trabalho irá mostrar com certeza que Acidente do Trabalho é "caso de polícia" e que vale mais a pena investir em
Medicina e Segurança do Trabalho.
Além das pessoas já mencionadas gostaria de expressar meus agradecimentos sinceros ao Sr. Jorge Nazareno
Rodrigues (Jorginho) e ao Sr. Carlos Aparício Clemente (Clemente) respectivamente Presidente e 1º Secretário do
Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco que puderam testemunhar a estruturação de uma polícia voltada para a
proteção dos cidadãos. É a policia social com que todos sonhamos e que se torna realidade sem demagogias.
Agradeço também à Dra. Juliana Pereira Ribeiro Godoy Rodrigues, incansável colaboradora na execução deste
trabalho e sem cujo auxilio não teríamos chegado ao fim.
Termino desejando que com este trabalho consigamos lançar a semente fértil e fazê-la germinar na consciência
daqueles que tem o dever e a obrigação de cuidar dos direitos mínimos de nossos sofridos trabalhadores e, se uma só
amputação for evitada, se uma única vida for salva, terá valido a pena cada segundo gasto neste trabalho.
Eis a Cartilha! Façam bom uso dela!
Nelson Silveira Guimarães
Delegado de Polícia Divisionário da Divisão Policial de Comunicação Comunitária - D.C.S.
Apresentação
A iniciativa conjunta da Delegacia Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Fundacentro,
organizações sindicais, entre elas, o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e outras instituições da sociedade civil,
na elaboração desta cartilha que visa orientar delegados e policiais em situações relacionadas com saúde e segurança
no trabalho, representa um importante marco no combate aos acidentes de trabalho no Estado de São Paulo.
Além de cursos, treinamentos, reuniões, orientação didática junto o empresários e trabalhadores na busca da
melhoria da qualidade e segurança dos ambientes profissionais - atividades que a Fundacentro e os sindicatos,
centrais sindicais, federações e confederações empresariais vêem desenvolvendo ao longo desses anos - o Estado de
São Paulo, que tem registrado altos índices de acidentes de trabalho, ressentia-se de uma outra iniciativa que
impactasse os agentes responsáveis pela segurança nos ambientes de trabalha: o enquadramento dos acidentes
profissionais como coso de policia.
Trata-se, portanto, de uma medida que merece todo o apoio da sociedade civil, pois a atuação da policia cumprirá
importante função preventiva. Além do poder de apuração e punição dos responsáveis pela ocorrência do acidente, a
polícia poderá agir diante da simples existência do risco, antes que o acidente ocorra, através do uso do artigo 132
do Código Penal.
Assim, mais uma vez, comprovamos que é através da participação, cooperação e parceria entre os diferentes
organismos e segmentos da sociedade que se promovem e compartilham os benefícios do avanço da melhoria da
qualidade de vida de todos.
Humberto Carlos Parro José Gaspar Ferraz de Campos
Presidente do Fundacentro Diretor Executivo do Fundacentro
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Presidente do Sindicato
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