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EDUCAÇÃO
CRISTÃ
Fundamentos Psicológicos
da Educação Cristã

Rev. Rogério Bernardes


A Teoria
do
Desenvolvimento
A Teoria do Desenvolvimento
INTEGRAÇÃO DA TEOLOGIA
COM A PSICOLOGIA

Diferenciada Ou
Excludente
Fragmentada

4
Integrada, Integrada
Mal Dirigida Direcionada ABORDAGENS
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO
Importantes para a Educação Cristã

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Jean Piaget Lawrence Kohlberg James Fowler

Cognitivo Moral Fé
JEAN PIAGET
1896-1980

ADAPTAÇÃO

ASSIMILAÇÃO ACOMODAÇÃO

EQUILÍBRIO

MATURAÇÃO EXPERIÊNCIA TRANSMISSÃO SOCIAL


TEORIA DE JEAN PIAGET
Sensoriomotor Pré – Operacional
(0 – 2) (2 – 7)
Egocentrismo. Há pouca sensibilidade em A linguagem substitui a atividade motora.
relação ao mundo fora delas mesmas. Não é Brincadeiras de “faz de conta” são
a hora de ensinar conteúdo, e sim permitir importantes. Monólogo coletivo. Tudo é visto
que explorem seu mundo. como se existindo para ela. Egocentrismo.
Centralização. Período de reaprender o q foi
visto antes.

Operações Concretas Operações Formais


(7 – 12) (12-15)
Habilidade lógica. Conservação. Pensamento teórico. Raciocinando com
Classificação. Serialidade lógica pura, à parte dos constrangimentos do
conteúdo. Capacidade de imaginar situações
perfeitas.
IMPLICAÇÕES
1. Ensinar é uma questão de estimular
o equilíbrio. PARA
2. Os estágios cognitivos controlam o
que a criança pode aprender.
A
3. Evitando abstrações multissimbóli-
cas para crianças menores de 12 anos
EDUCAÇÃO
4. O aprendizado concreto é necessá-
rio para um pensamento abstrato
posterior: CRISTÃ
IMPLICAÇÕES
5. Enfatizar uma interação social e um
estímulo ambiental. PARA
6. Concentrar-se em um aspecto cen-
tral da lição para crianças menores de
7 anos.
A
7. Abstração para uma criança com
menos de 12 anos deve estar sempre EDUCAÇÃO
atrelada a um referencial concreto.

8. Permita questionamentos e diálo- CRISTÃ


go para corrigir concepções erradas.
§ Seguiu a linha de Dewey e
Piaget.

§ Foi o primeiro a identificar


estágios claros no
desenvolvimento do raciocínio
moral.

§ Foi diretor do Centro para o


Desenvolvimento Moral na
Universidade de Harvard, de Lawrence Kohlberg
1968 até 1987. (1927 – 1987)
As ligações entre o SABER e o FAZER

VONTADE FORÇA

CONHECIMENTO AÇÃO
Julgamento Ação
Moral Moral

Conteúdo Estrutura
Abordagens inadequadas ao desenvolvimento moral
Educação do caráter Esclarecimento dos valores

Método de doutrinação que Relatividade moral. Todos os


procura transmitir um certo valores morais são relativos e
grupo de valores à geração que o único valor correto é a
seguinte. tolerância.

Comportamento moral Conflito moral


A moralidade é somente uma Dentro de todas as pessoas
questão de comportamento reside um conflito entre o ide e o
superego. Este conflito é
regulado pelo ego.
Orientação de punição e obediência.
Heteronômica
(Será que vou ser descoberto? Serei
Nível 6-8 punido?)

Pré-Convencional Individualismo Orientação instrumental, relativista.


(Que vantagem tem para mim?)
8 - 10

Expectativas Orientação interpessoal, de concordar.


interpessoais mútuas O que os outros esperam de mim? Como
Nível 10 -12 posso agradar os adultos como bom menino?

Convencional Sistema social e Orientação de lei e ordem.


consciência (O que diz a lei? Qual é o meu dever?)
12 -15

Contrato Social e Orientação de contrato social e consenso.


Direitos Individuais (O que o grupo concorda e qual a minha
Nível 15 para cima obrigação pessoal nesta questão?)
Pós-convencional Princípios Éticos Orientação de princípios éticos universais.
Universais (Qual o meu princípio que possui
significado universal?)
“Se atentamente ouvires a voz do Senhor (...)
Nível Bendito serás tu...”
“Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz
Pré-Convencional
do Senhor (...) Maldito serás tu...”

Nível “Porque Deus disse”, “Porque ele é Deus”,


Convencional “Está escrito”

A Escritura, no fim das contas, inclui todas as leis


Nível sob princípios.
Pós-convencional “Toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber:
Amarás o teu próximo com a ti mesmo”. Gl 5:14
Pergunte “POR QUÊ” sobre assuntos morais

Porque o conteúdo moral é apoiado pela estrutura moral, nós não


podemos nos satisfazer quando aqueles a quem ensinamos
simplesmente sabem a resposta certa.
O perigo de lidar somente com o conteúdo e não com a estrutura
é que se não há estrutura adequada, o conteúdo pode ser abandonado.
Perguntar o “por quê” permite que os pais e os educadores
explorem e estimulem a estrutura do raciocínio moral.
Entenda que os “POR QUÊS” da vida cristã são
baseados na Teologia, principalmente no caráter de
Deus

Nós nunca devemos ensinar a Teologia sem


considerar as implicações da vida e nunca fazer
exigências éticas sem base teológicas.
O propósito da profecia não é mapear o futuro de
modo cuidadoso, mas ensinar-nos como viver à luz do
retorno do Senhor.
Entenda que os “POR QUÊS” da vida cristã são
baseados na Teologia, principalmente no caráter de
Deus

Permitir o desenvolvimento moral para o cristão significa ajudar


as pessoas a fazerem conexões entre os valores éticos e a fé. Significa
ensinar as pessoas a pensar de forma cristã, ajudando-as a raciocinar
partindo da Teologia para a ética e descobrir a estrutura fundamental
para o comportamento moral. O desenvolvimento moral significará se
mover além dos interesses egocêntricos da infância para um
desenvolvimento mais abrangente a respeito da sociedade e finalmente
para os princípios éticos. A interação teológica correta sobre esses
assuntos é essencial para termos nossa mente renovada.
Reconheça que a estrutura de julgamentos das
pessoas não melhora pelo dizer ou ensinar, mas por
meio da própria experiência delas ao resolver
problemas de valor moral

Alguns grupos fecham as pessoas dentro de uma moralidade


convencional ao passar regras e regulamentos sobre várias
questões. É muito mais arriscado oferecer às pessoas um princípio
do que uma regra, mas é necessário ajudá-las para que se
desenvolvam além das regras e regulamentos do raciocínio moral.
Mas grupos cristãos que têm numerosas regas e regulamentos na
verdade impedirão que seu povo avance no sentido de um
pensamentos pós-convencional.
Ajuste os apelos morais ao nível de
desenvolvimento dos seus alunos.

As crianças podem entender melhor a linguagem


de prêmios e punições; então, ela pode ser usada
quando se está trabalhando com crianças. Mas se nós
tentarmos motivar os adolescentes adultos desta forma,
nós teremos de elevar o nível de premiações e
punições a alturas incalculáveis e inapropriadas.
Uma atmosfera de respeito mútuo pode contribuir
grandemente para o desenvolvimento moral da pessoa

Se as pessoas são tratadas com respeito, não são forçadas em


posições que elas não desejam, elas podem ter a liberdade necessária
para o desenvolvimento moral. Ouvir outras pessoas, saber de suas
perspectivas e como elas as integram nas decisões, ajuda as crianças
e os jovens a aprenderem a pensar de maneira mais madura.
Os ambientes que controlam rigidamente, somente com
autoridade e poder, inibirão o desenvolvimento moral. Uma prisão é um
ambiente rigidamente controlado que faz pouco para ajudar os presos a
crescerem.
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO
Importantes para a Educação Cristã

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Jean Piaget Lawrence Kohlberg James Fowler

Cognitivo Moral Fé
§ Amplamente considerado o
pesquisador original na
Psicologia da Religião.

§ Trabalhou para entender os


aspectos psicológicos de
como as pessoas veem
significados em suas vidas

§ Protestante liberal clássico.


Influenciado por Paul Tillich e James Fowler
Niebuhr.
Essa teoria é razoável?

A Escritura usa inúmeras metáforas para descrever como nossa


fé deveria amadurecer. Leite e comida sólida; sementes e plantas.

Precisamos diferenciar o “conteúdo” da fé com a “estrutura” da fé.


Conteúdo = “o que” a pessoa crê
Estrutura = “como” a pessoa crê

O desenvolvimento da fé considera o “como” as pessoas creem.


Essa teoria é razoável?

É importante entender que ter fé não é o mesmo que colocar


nossa fé em Cristo.

A conversão é uma mudança no conteúdo, não necessariamente na


estrutura.

A fé cristã é singular em seu conteúdo, mas porque é exercida por


seres humanos, sua estrutura seguirá os padrões do desenvolvimento
da fé.
Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
Estágio Um – Fé Intuitiva / Projetiva
(Primeira Infância)

Nesse estágio altamente imaginativo, a criança é influenciada


fortemente pelas imagens, pelas histórias e pelos símbolos e ainda não
é controlada pelo pensamento lógico.

As imagens da fé são moldadas pelos adultos importantes no mundo


das jovens crianças.

Aprendem pelas atitudes dos adultos.


Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
Estágio Dois – Fé Mítica / Literal
(Infância em Diante)

É mítica no sentido de que pode agora capturar o significado das


histórias, mas literal no sentido em que é em geral limitada ao
pensamento concreto.
É incapaz de ver realidades espirituais sem uma ideia literal e é
portanto limitada no modo como pensa sobre a verdade bíblica e como
responde a ela.
Uma tarefa importante nesse período é separar a realidade do faz-de-
conta.
O literalismo deve ser uma parada durante o caminho, não um destino.
Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
Estágio Três – Fé Sintética / Convencional
(Adolescência em Diante)

Deus é percebido como uma extensão dos relacionamentos


interpessoais e pode ser contado como um amigo pessoal muito
próximo.
Altamente comprometidas com a igreja.
Não têm problema em acreditar que ‘Deus tem um espaço perfeito para
eles estacionarem perto da loja’ porque ele os ama
Uma limitação deste estágio é a superdependência de pessoas
importantes dentro da comunidade da fé.
Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
Estágio Quatro – Fé Reflexiva / Individualizada
(Mocidade)

Possibilidade de fazer escolhas baseadas somente em si, sem os


ditames e expectativas do grupo.

Geralmente é marcada por um sentimento de culpa e perda.

A limitação desse estágio é a superconfiança em sua própria


perspectiva.
Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
Estágio Cinco – Fé Conjuntiva
(Meia idade)

Pode tonar-se ciente das limitações do eu e estar menos certa a


respeito dos julgamentos e avaliações feitas no estágio quatro.
Tornam-se cada vez mais cientes das possibilidades de idolatria
mesmo dentro de suas próprias afirmações doutrinárias, assim eles são
marcados por uma grande tolerância para com as perspectivas
externas.
Há um novo senso de humildade. Conseguem ver as múltiplas facetas
da verdade e as limitações de qualquer perspectiva humana.
Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
Estágio Seis – Fé Universalizada
(Meia idade em diante)

Descentralização radical do “eu”.

Todos os assuntos de paradoxos e polaridades são colocados de lado


por causa de uma nova identificação com a obra de Deus e seu reino.

O “eu” do estágio seis está engajado em usar e ser usado para a


transformação da realidade presente na direção da realidade
transcendente.
Fé Intuitiva /
Fé Mítica / Literal
Projetiva

Fé Sintética / Fé Reflexiva /
Convencional Individualizada

6
Fé Conjuntiva Fé
ESTÁGIOS
Universalizada
OBRIGADO!
REV. ROGÉRIO BERNARDES

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