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Amanda Araújo de Azevedo, 2B- Unidade Marista.

Dissertação Argumentativa.
Tema: Os direitos humanos e o sistema prisional brasileiro.
A realidade carcerária

O livro “Estação Carandiru” do médico Dráuzio Varela, relata experiências pessoais do autor
em uma ação voluntária nos presídios da cidade de São Paulo. Além de retratar muitos
aspectos, é dado destaque sobre a realidade carcerária brasileira e a violação dos direitos
humanos que deveriam ser assegurados. Nesse sentido, é notório que o sistema penitenciário
do país apresenta problemas que deveriam ser resolvidos, entre eles as condições hostis em
que se encontram os presos e a inexistência do processo de reabilitação dos encarcerados,
tornando possível ainda a comparação entre os dias atuais e a versão vista pelo doutor em sua
publicação.

Inicialmente, sabe-se que o sistema prisional brasileiro fere os direitos humanos com a
situação degradante da vida dos cárceres, já que são obrigados a enfrentar dificuldades como
maus tratos, superlotação, doenças e violência sexual, retirando a garantia humana e
fundamental desses indivíduos de defender sua integridade física e moral. Segundo os dados
do estudo do Sistema Prisional em Números, o Brasil tem aproximadamente 812 mil presos,
sendo considerada a terceira maior população carcerária do mundo, onde a taxa de
superlotação corresponde a 166%. Ao se restringir esses direitos é possível observar os
fenômenos da invisibilidade pública e da humilhação moral, que negam o reconhecimento da
dignidade e os excluem da sociedade.

Vale ressaltar também que, a ineficácia da reintegração social dos presos tem feito com que
prisões se tornem locais com oportunidades de aliciamento, onde o crime organizado encontra
espaço para se desenvolver e encontrar novos membros para suas facções criminosas, não
impedindo que o crime permaneça gerenciado de dentro dos próprios presídios e o
permitindo ficar mais estruturado. De acordo com os índices divulgados pelo Fórum Brasileiro
de Segurança Pública (FBSP), evidencia se um aumento no número de pessoas assassinadas no
Brasil. Com isso mostra se que é necessário priorizar ações educativas e integradoras,
dispensando a repressão e extrema agressão.

Em decorrência disso, cabe a Receita Federal e ao Ministério da Justiça reverter esse quadro. A
Receita Federal – órgão responsável pela arrecadação e administração dos tributos federais –
destinar parte dos impostos para a reestruturação das instituições de detenção, assegurando a
qualidade mínima para a vida. Por fim, é preciso que haja um esforço do Ministério da Justiça
na intensificação e reforço nas organizações dos presídios impondo a ordem, e a segurança
sem ferir os direitos dos cidadãos, garantindo o controle e a função de ressocialização, através
de parcerias com empresas que permitam que os presos exerçam atividades voluntárias que
melhorem a vida pública, estimulando a mudança de comportamento. Com tais medidas, a
associação realizada entre a realidade e o manuscrito não passará de uma mera frivolidade.

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