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MODOS GREGOS

jônio (Relativo Maior)

G||-----------------|-----------------|-----------------|--4----5----7----||
D||-----------------|-----------------|--4----5----7----|-----------------||
A||-----------------|--3----5----7----|-----------------|-----------------||
E||--3----5----7----|-----------------|-----------------|-----------------||

Dórico

G||-----------------|-----------------|-----------------|--5----7----9----||
D||-----------------|-----------------|--5----7----9----|-----------------||
A||-----------------|--5----7----9----|-----------------|-----------------||
E||--5----7----8----|-----------------|-----------------|-----------------||

Frígio

G||-----------------|-----------------|-----------------|--7----9----11---||
D||-----------------|-----------------|--7----9----10---|-----------------||
A||-----------------|--7----9----10---|-----------------|-----------------||
E||--7----8----10---|-----------------|-----------------|-----------------||

Lídio

G||-----------------|-----------------|-----------------|--9----10----12--||
D||-----------------|-----------------|--9----10----12--|-----------------||
A||-----------------|--9----10----12--|-----------------|-----------------||
E||--8----10----12--|-----------------|-----------------|-----------------||

Mixolídio

G||-----------------|-----------------|-----------------|--11----12----14-||
D||-----------------|-----------------|--10----12----14-|-----------------||
A||-----------------|--10----12----14-|-----------------|-----------------||
E||--10----12----14-|-----------------|-----------------|-----------------||

Eólio (Relativo Menor)

G||-----------------|-----------------|-----------------|--12----14----16-||
D||-----------------|-----------------|--12----14----16-|-----------------||
A||-----------------|--12----14----15-|-----------------|-----------------||
E||--12----14----15-|-----------------|-----------------|-----------------||

Lócrio

G||-----------------|-----------------|-----------------|--14----16----17-||
D||-----------------|-----------------|--14----16----17-|-----------------||
A||-----------------|--14----15----17-|-----------------|-----------------||
E||--14----15----17-|-----------------|-----------------|-----------------||
A fórmula usada nas escalas maiores e menores é a mesma e isso faz com que
sejam relativas. A utilização dessa mesma fórmula pode gerar ainda sete escalas
diferentes, que são chamados de módulos (por serem meras modificações de uma
única escala).
Exemplificando:

Escala maior: TOM TOM ST TOM TOM TOM ST

Para encontrarmos a escala menor, usamos os mesmos intervalos na mesma


ordem, porém mudamos a posição:

TOM ST TOM TOM ST TOM TOM

Repare que, exatamente da mesma forma como foi feito na escala maior, logo após
o intervalo de Semitom existem dois intervalos de Tom. Após o outro intervalo de
semitom, existem três intervalos de tom (são dois e mais um quando se continua a
escala prosseguindo da tônica para a segunda da oitava superior). Dessa forma,
usamos a mesma fórmula, mas partindo de posições diferentes.
Como essa fórmula possui sete notas, podemos começar de sete pontos diferentes.
A isso, são chamados graus.

1o grau: Jônio T 2 3 4 5 6 7+
2o grau: Dórico T 2 3b 4 5 6 7b
3o grau: Frígio T 2b 3b 4 5 6b 7b
4o grau: Lídio T 2 3 4+ 5 6 7+
5o grau: Mixolídio T 2 3 4 5 6 7b
6o grau: Eólio T 2 3 4 5 6b 7b
7o grau: Lócrio T 2b 3b 4 5b 6b 7b

Desmistificando os módulos gregorianos:

Para tirar a dúvida, é só usar todas as notas da escala de C Maior. Para obter os
intervalos do 2o grau, é só começar pela 2a nota da escala (D). Assim, teremos a
fórmula do eólio (nesse caso será o D eólio). Ao fazer o mesmo partindo da 3a nota
(E), teremos os intervalos do frígio (3o grau) que estarão nesse caso partindo do E,
e assim por diante.

O que inicialmente podem parecer escalas complexas e difíceis de decorar na


verdade não o são quando damos uma olhada mais apurada:

1o grau (maior): Jônio T 2 3 4 5 6 7+ (T T ST T T T ST)


É a escala maior - referência

2o grau (menor): Dórico T 2 3b 4 5 6 7b (T ST T T T ST T)


É a escala menor com 6a maior.

3o grau (menor): Frígio T 2b 3b 4 5 6b 7b (ST T T T ST T T)


É a escala menor com 2a bemol. Muito usada em flamenco.

4o grau (maior): Lídio T 2 3 4+ 5 6 7+ (T T T ST T T ST)


É a escala maior com a 4a aumentada.

5o grau (maior): Mixolídio T 2 3 4 5 6 7b (T T ST T T ST T)


É a escala maior com 7a menor. Típica escala de blues.
6o grau (menor): Eólio T 2 3b 4 5 6b 7b (T ST T T ST T T)
É a escala menor - referência.

7o grau (menor): Lócrio T 2b 3b 4 5dim 6b 7b (ST T T ST T T T)

Este é o grau mais exótico. Ele é ideal para ser utilizado em improvisos em acordes
semidiminutos, por possuir 5b e 7b. Repare que ele não tem 7a diminuta, por isso,
quando for um acorde diminuto com sétima diminuta esse módulo não pode ser
utilizado.

MODO é a *maneira* como uma escala varia. Você pode encontrar a *maneira*
como os modos variam a partir de cada grau da escala de C.

C - D - E - F - G - A - B - C eh um EXEMPLO de modo jonio

D - E - F - G - A - B - C - D eh um EXEMPLO de modo dorico.. e assim vai indo

O importante é saber a 'fórmula' de cada modo. olhando os intervalos você poderá


ver que o modo Dórico por exemplo, tem a seguinte 'formula' :

T - 2M - 3m - 4J - 5J - 6M - 7m - 8

Ele é um modo menor (o que caracteriza isso é a 3m) porém tem a 6 aumentada em
meio tom
(6M ao inves de 6m). É assim que devemos estudar os outros modos.

Se for maior compare com a escala maior padrão (modo Jônio) e veja o que muda.
Se for menor compare com a escala menor padrão (modo Eólio)

Apenas para reforçar, devemos entender como são gerados os modos de uma
escala, por exemplo, vamos analisar os modos partindo da tonalidade de C maior
para um melhor entendimento.

Exemplo: C modo jônio

T - 2M - 3M - 4J - 5J - 6M - 7M - 8J

CDEFGABC

Para formarmos o modo seguinte devemos, sobrepor a seqüência de notas só que


partindo da nota seguinte a qual deu inicio a escala, neste caso D(ré), assim
montaremos o modo dórico.

Exemplo: D modo dórico

T - 2M - 3m - 4J - 5J - 6M - 7m - 8J

DEFGABCD

Obs: perceba que a seqüência das notas é a mesma do modo jônio, porém os
intervalos devem ser analisados em particular pelo fato de termos adotado uma
nova tônica, assim poderemos analisar se a escala gerada é maior ou menor,
através da sua tríade, montar seu arpejo e os acordes q o mesmo pode gerar...
Vamos a analise:

Modo Jônio -> Maior por possuir intervalo de terça maior.


Arpejo gerado: T 3M 5J 7M ou C E G B
Acordes formados: C, C7M, C7M (9), C6, C6(9), C7M (6), C7M (6,9), C(add9)
etc...

Modo Dórico -> Menor por possuir intervalo de terça menor.


Arpejo gerado: T 3m 5J 7m ou D F A C
Acorde formados: Dm, Dm6, Dm6(9), Dm7, Dm7(9), Dm7(9,11), Dm7(9,11,13),
Dm(add9).

Na prática:

Os modos nada mais são do que 7 formas prontas pra se executar uma escala,
sempre levando em consideração o grau da escala. Exemplo:

Vamos fazer a escala de G, se começarmos ela em G, estaremos executando G


Jônio, ou seja, tocando a escala de G a partir do 1º grau.

Se vamos ainda fazer a escala de G, mas começando em A, estaremos executando


A Dórico, ou seja tocando a escala de G a partir do 2º grau.

Se vamos ainda fazer a escala de G, mas começando em B, estaremos executando B


Frígio, ou seja tocando a escala de G a partir do 3º grau. E assim vai ate
chegarmos em G Jônio novamente.

Cada modo se tem um shappe (forma), você aprendendo a fazer os 7 modos, ai é só


aplicar em cada grau de cada escala. Com isso você fará escalas naturais em todos
os 12 tons.

gutojaco@hotmail.com

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