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PROGRAMA DE CONTROLE DA

ESQUISTOSSOMOSE - PCE

Salvador, julho 2017


Diretriz da Organização Mundial de Saúde -OMS

Objetivos:
•Controle da Morbidade até 2020.
•Eliminação como Problema de Saúde Pública até 2025.
Classificação das áreas de transmissão

• Área Endêmica - corresponde a um conjunto de


localidades contínuas ou contíguas em que a transmissão
da esquistossomose está estabelecida.

• Área de Foco - é uma área endêmica circunscrita dentro


de uma área até então indene, em geral, como
consequência de alterações ambientais ou
socioeconômicas que tornaram possível o estabelecimento
da transmissão da doença.

• Área Indene - é aquela que não há registro de


transmissão da esquistossomose.
Distribuição dos municípios segundo grau de risco
para transmissão da Esquistossomose, Bahia.

Endêmico :
128 municípios
(30,7%)
Focal: 123
municípios
(29.5%)
Indene: 166
municípios
(39.8%)
Total do Estado:
417 municípios

FONTE: PCE / SESAB


Definição de caso de esquistossomose
Caso Suspeito- Individuo residente em (e/ou procedente de) área
endêmica com quadro clínico sugestivo das formas graves aguda, crônica
ou assintomática, com história de contato com as coleções de águas onde
existam caramujos eliminando cercárias. Todo caso suspeito deve ser
submetido a exame parasitológico de fezes.

Caso confirmado – Critério Clínico laboratorial - todo indivíduo que


apresente ovos de S. mansoni em amostra de fezes, tecidos ou outros
materiais orgânicos e/ou formas graves de esquistossomose aguda,
hepatoesplênica, abscesso hepático, enterobacteriose associada,
neurológica (mielorradiculopatia esquistossomática), nefropática,
vasculopulmonar, ginecológica, pseudotumoral instestional e outras formas
ectópicas.

Caso descartado - Caso suspeito ou notificado sem confirmação


laboratorial.
Notificação
• Portarias MS nº 204 de 17/02/2016 e da SESAB nº 1.411 de 03/11/2016 – a
Esquistossomose é considerada uma doença de notificação compulsória.

Municípios endêmicos e focais- a notificação deverá ser no Sistema de


Informação do Programa de Controle de Esquistossomose- SISPCE através
dos Formulários PCE 101- Diário de Croposcopia e Tratamento e PCR 108 –
Casos notificados na Rede Básica.

Os casos graves (hepatoesplênica, heptointestinal, aguda e outras como:


abscesso hepático, enterobacteriose associada, mielorradiculopatia
esquistossomática, nefropática, vasculopulmonar, ginecológica,
pseudotumoral instestional e outras formas ectópicas) deverão ser notificados
no SINAN utilizando a Ficha de notificação/investigação .

Municípios indenes (sem transmissão) - todos os casos (incluindo os


graves) deverão ser notificados utilizando a Ficha de investigação no SINAN.
PCE 101- Busca Ativa (SISPCE)
PCE 108 – Rede Básica (SISPCE)
Fluxograma dos dados do SISPCE
até 5º dia útil

até 10º dia útil

até 15º dia útil


Ficha SINAN

Casos graves
e notificação
de municípios
Indenes.
Investigação
• Todos os casos em municípios indenes após notificados devem ser
investigados utilizando a Ficha de investigação no SINAN.
Esquistossomose & Atenção Básica

• É prioridade do Ministério da Saúde, que os


profissionais da Atenção Básica/Saúde da Família e
Vigilância em Saúde, atuem no controle da
esquistossomose, de forma integrada respeitando
as especificidades de cada profissional,
especialmente do ACS e do ACE.

• Os procedimentos de tratamento e controle de


cura devem ser realizados pela Rede de Atenção
Primária ou outras unidades de atenção, de acordo
com estrutura local.
Praziquantel
Tratamento
• O medicamento utilizado é o Praziquantel 600mg por via oral, em dose
única supervisionada por profissional da unidade de saúde;
• Dosagem: 50mg/kg de peso para adulto e 60mg/kg de peso para
criança (maior de 2 anos com peso superior a 10kg, até 15 anos com
peso maior que 30kg);
• Nos pacientes com forma hepatoesplênica ou com outras doenças
graves associadas, o tratamento deverá ser realizado sob supervisão
médica.
• É fabricado pelo laboratório de Farmanguinhos/Fiocruz e distribuído
gratuitamente pelo Ministério da Saúde às Secretarias Estaduais de
Saúde;
• O medicamento só será dispensado mediante a notificação e o registro
nos sistema de informação (SISPCE/ SINAN);
• Avaliação da cura - realizar três exames de fezes sequenciais no quarto
mês após o tratamento.
Fluxo para dispensação do Praziquantel
Medidas de Saneamento Ambiental
Educação em Saúde e Mobilização
Comunitária
Cenário Atual da
Esquistossomose
Brasil
População examinada e proporção de
positividade para esquistossomose, Bahia
2004-2017*.
700.000 7,0

600.000 6,0

500.000 5,0

400.000 4,0

300.000 3,0

200.000 2,0

100.000 1,0

0 0,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*
Negativos 569951 427035 389674 376992 287844 290084 251790 208683 143457 113164 89276 66186 30339 6776
Positivos 39.033 24.745 21.192 17.039 11.135 11.102 10.828 7.266 5.915 3.727 3.181 1.944 840 308
% pos. 6,4 5,5 5,2 4,3 3,7 3,7 4,1 3,4 4,0 3,2 3,4 2,9 2,7 4,3

Fonte: SISPCE
* Dados atualizados até 12/07/2017
Casos notificados de Esquistossomose no
SINAN, Bahia 2004-2017.
20000
18381
18000

16000

14000

12000

10000

8000

6000

4000
2242
2000 1290
749 735 719 614 685 840 729 609
16 37 237
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

*222 casos em 2016 notificados indevidamente


e 124 casos sem definição de forma clínica

Fonte: SINAN
* Dados atualizados até 10/07/2017
Número de casos positivos para
Esquistossomose, Bahia 2004-2017*
40.000
Rede Básica
(SISPCE)
35.000

Busca Ativa
30.000
(SISPCE)

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*
Rede Básica (SISPCE) 1 1409 32 835 7932 7813 9900 11.994 10.938 10.343 11.102 8.202 5.636 1.476
Busca Ativa (SISPCE) 39.033 24.745 21.192 17.039 11.135 11.102 10.828 7.266 5.915 3.727 3.181 1.944 840 308

Fonte: SISPCE até 12/07/2017


Número e proporção de tratados, Bahia
2004-2017*
45.000 100,0

90,9 89,9 90,0


40.000 88,5
86,3 84,7
83,9 82,8
80,6 81,6 80,2 80,0
35.000 77,7 76,7
73,5
70,0
30.000

60,0
58,4
25.000
50,0 Positivos
20.000 % tratados
40,0

15.000
30,0

10.000
20,0

5.000 10,0

0 0,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017*

Fonte: SISPCE
* Dados atualizados até 12/07/2017
Número e proporção de óbitos de
Esquistossomose, Bahia 2004-2017*
80 1,00
73
0,90
70
66
64
62 61 62 0,80
60 60
60 57
0,70
52
50
0,60
42 43

40 0,50 Óbitos_Esquistossomose
34 % obitos
0,40
30

0,30
20
20
0,20

10
0,10

0 0,00
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: SISPCE/ SINAN/ DIVEP


* Dados até 22/06/2017
Número de óbitos de Esquistossomose por município de residência,
Bahia 2017*
NRS Município Número de óbitos Endemicidade
1
Cachoeira Endêmico
Candeias 2 Endêmico
Leste Dias D’avila 1 Endêmico
Milagres 1 Focal
Salvador 2 Focal
Santo Antônio de Jesus 1 Endêmico
Feira de Santana 1 Endêmico
Irará 1 Endêmico
Centro Leste Monte Santo 1 Indene
Tucano 1 Endêmico
Santa Bárbara 1 Endêmico
Seabra 1 Endêmico
Utinga 1 Endêmico
Itabuna 1 Focal
Sul Itagibá 1 Endêmico
Maracás 1 Endêmico
Oeste Bom Jesus da Lapa 1 Indene
Norte Paulo Afonso 1 Indene
Centro Norte Miguel Calmon 2 Endêmico
Extremo Sul Eunápolis 1 Focal
Vitória da Conquista 2 Endêmico
Sudoeste Caculé 1 Focal
Nova Soure 1 Focal
Fonte: SIM
Nordeste Endêmico
* Dados atualizados até 03/08/2017
Acajutiba 1
Inquérito Nacional de Prevalência da
Esquistossomose Mansoni e Geo-helmitoses
(INPEG 2010-2015)
• Objetivo: Conhecer a prevalência da esquistossomose e das
geo helmitoses no Brasil.
• Brasil: 542 municípios foram sorteados, 521 participaram do
INPEG.
• Bahia: 47 municípios foram sorteados e 100% participaram.
• Recomendação: em alguns estados brasileiros, como a
Bahia, a taxa de positividade para esquistossomose ainda
está alta, indicando a necessidade de intervenção com
medidas de controle mais efetivas.
Bahia: 2,19%
Complementação da Carta Planorbídica
Brasileira nos Estados do Paraná, Minas Gerais,
Bahia, Pernambuco e Rio Grande Do Norte

• Na Bahia participaram 82 municípios e foram encontradas


18 exemplares de Biomphalaria glabrata positivos para S.
Manosni nos municípios de Itororó (oito), Arataca (um) e
Teolândia (nove).
Mapa de distribuição dos hospedeiros
intermediários da esquistossomose na Bahia
Situação Atual

• Atualização no SISPCE para técnicos de referência dos NRS;

• Tutorial para instalação da Máquina Virtual (SISPCE);


• Monitoramento do SINAN 2016 – enviados os Ofícios DIVEP
nº 39 e 40/2017;
• Enviado via email para os NRS o Relatório Final do Inquérito
Nacional de Prevalência da Esquistossomos, resultado da
Carta Planorbídica e Nota Informativa nº 11/ 2017 –
Diagnóstico e Tratamento da Esquistossomose;
• Ofício enviado para o LACEN solicitando a manutenção da
disponibilização do Kato Katz;
Situação Atual

• Reunião para apresentação e pactuação da proposta de


Atualização em Reconhecimento Geográfico (RG) elaborada
pelo técnico do Núcleo Regional Centro-Leste – Seabra;
•Apresentação da proposta de Atualização em
Reconhecimento Geográfico (RG) nas reuniões da Comissões
Intergestores Regionais do Núcleo Regional Centro-Leste;
• Monitoramento dos dados do SISPCE;
• Suporte técnico e operacional das ações desenvolvidas no
município de Lençóis pelos técnicos do Núcleo Centro-Leste /
DIVEP/ SUVISA;
Atividades a serem realizadas
• Realizar atualização dos profissionais da Atenção Básica
(Webpalestra Manejo Clínico da Esquistossomose dia 27/07/17);
• Atualização em Reconhecimento Geográfico (RG) para os
municípios;
• Nota Técnica nº 08/2017 GT-PCE/DIVEP/LACEN/SUVISA/SESAB
• Ofício DIVEP nº 783/ 2017 para os NRS / Secretarias Municipais
de Saúde solicitando aos gestores a manutenção das ações do
PCE;
• Retroalimentação mensal dos dados do SISPCE / SINAN / SIM
para os NRS (por município);
• Oficinas por Núcleos Regionais sobre as doenças de eliminação
(Esquistossomose, Chagas, Leishmaniose).
MARIA APARECIDA ARÚJO FIGUEREIDO
DIRETORA

MÁRCIA SÃO PEDRO


COORDENADORA

MARTA LIMA
MARILENE MIRANDA
PEDRO PAULO MARTINS
DHARA TEIXEIRA

Tel./fax.: (0xx71) - 3116-0058


Email: gtpcedivep@yahoo.com.br

CODTV / DIVEP/ SUVISA / SESAB

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