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ATENDIMENTOS ESCOLA

 Fase pré-escolar e escolar


– Hábitos alimentares (qualidade e quantidade da alimentação oferecida)
– Atividade física curricular e extracurricular (incluir atividades dos períodos de lazer) –
Internações e doenças (infecciosas, anemia, desnutrição)
– Presença de risco familiar de desenvolvimento de doenças crônicas não
transmissíveis (obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e neoplasias, entre
outras) e)

 Adolescência
– Avaliação do estadiamento puberal
– Percepção da imagem corporal
– Comportamento: relacionamento com amigos e parentes, rendimento escolar,
atividades físicas e de lazer e frequência em fast-foods e praças de alimentação
– Hábitos alimentares
– Atividade física curricular e extracurricular
– Consumo de álcool, anabolizantes e suplementos, tabagismo e uso de drogas ilícitas

Dicas importantes:

1. Durante a anamnese nutricional, abordar também o estilo de vida. Para lactentes, em


regime de aleitamento materno, pode-se utilizar como anamnese o dia alimentar habitual. Nos
demais utilizar o recordatório de 24 horas.

2. Para pré-escolares, devido à variação do apetite e redução na velocidade de crescimento,


recomenda-se a aplicação de vários recordatórios colhidos em diferentes consultas, para
minimizar inclusive a sazonalidade, ou o registro que deve ser preenchido em pelo menos dois
dias da semana e um de fi nal de semana. Para escolares a sugestão é a utilização preferencial
do recordatório de 24 horas em entrevista direta com a criança ou o adolescente ou registro
alimentar. Pode ser necessário checar as anotações do registro com a criança ou
adolescente/mãe, uma vez que é comum o relato apenas das refeições principais e a omissão
de lanches e pequenas porções (“beliscos”). Importante reforçar que as anotações precisam
der realizadas logo após a ingestão, caso contrário o registro fi cará sujeito a um viés de
memória. Repetir a anamnese nutricional em todas as consultas pediátricas.

3. Os dados coletados na anamnese nutricional podem ser utilizados para respaldar com
segurança a intervenção nutricional ou podem ser analisados do ponto de vista quantitativo
e/ou qualitativo. Para a análise quantitativa o cálculo deve ser feito por nutricionistas em
sofware próprio. Para a análise qualitativa, sugere-se a utilização da pirâmide alimentar para
crianças e adolescentes (http://www.sbp. com.br/pdfs/provinha.pdf). Por meio desse método,
a quantidade de alimento consumido é transformada em porções (que variam segundo a faixa
etária) e comparada com as da pirâmide alimentar.

4. Anotar a quantidade de alimentos ingerida pode, além de auxiliar no diagnóstico, contribuir


para que a criança ou o adolescente conscientize-se da quantidade e qualidade de sua
alimentação.

5. A avaliação da frequência do consumo de alimentos, embora ainda não esteja


adequadamente padronizada na literatura para crianças, pode ser um instrumento
extremamente útil na prática pediátrica. O consumo de alimentos embutidos, prépreparados,
ricos em sódio (p.ex. salgadinhos, alimentos congelados pré-prontos e condimentos
industrializados), gorduras e açúcares simples (p.ex. refrigerantes, balas e doces) pode ser
avaliado por esse método. Outras situações em que é importante aplicá-la são a de risco
nutricional e a de doença já estabelecida. Por exemplo, para se ter uma noção do consumo de
alimentos ricos em ferro por lactentes (faixa etária na qual a freqüência de anemia ferropriva é
elevada) e do de leite e derivados por crianças que estão sob suspeita de comprometimento
da massa óssea. O quadro abaixo ilustra algumas orientações que podem ser fornecidas, a
partir da anamnese nutricional, em situações de risco para doenças que podem acometer
crianças e adolescentes.

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