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A. Primeiro Ponto - Proteção Ao Trabalho Da Mulher
A. Primeiro Ponto - Proteção Ao Trabalho Da Mulher
CURSO DE DIREITO
AGOSTO DE 2021
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Silvana Bitencourt
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Foi assim que os muitos ofícios se desfilaram diante dos olhos, dos
carpinteiros lapidando a madeira secular, testemunha de tantas histórias
secretas, às parteiras que arrancam vida das vísceras, entregando gente
ao mundo para seguir roteiros incertos. Os pescadores que enfrentam a
fúria do mar, confiantes na generosidade das profundezas, os garimpeiros
que violentam a terra, os escritores que sofrem em busca das palavras até
que elas ganham vida própria e disparam sem rédeas, livres, tomando
caminhos inesperados. Os médicos, senhores de uma ciência misteriosa
que investiga as peças de uma engrenagem enigmática, consertando ali,
emendando lá, até que o mecanismo se torna irreparável.
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...
O trabalho remoto criou uma nova dinâmica para uma força de trabalho que
viu sua rotina e seu bem-estar serem profundamente impactados por um
modelo operacional distinto. Esses impactos se traduzem em uma maior
valorização do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
...
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DIREITO DO TRABALHO II
5. AVISO PRÉVIO.
7. SEGURO DESEMPREGO.
14. GREVE.
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Direito do Trabalho 2.
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Artigo 7º...
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limites legais, bem como pode ser prorrogada até o limite de 2 horas
diárias com percepção das horas acrescidas do adicional de no mínimo
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é de 25%.
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TRABALHO NOTURNO
QUADRO RESUMO
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As normas sobre creche estão previstas nos artigos 389, § 1º, 397,
399 e 400 da CLT.
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Dispõe o artigo 9º, § 2º, inciso II, desse Estatuto Protetivo da Mulher:
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Desta forma, mesmo não tendo o chamado “lugar de fala”, pois sou
homem, e mesmo em virtude disso, sendo filho, marido e pai, entendo que
temos de enfrentar esta cultura machista e patriarcal, sendo necessárias
políticas públicas transversais que atuem modificando a discriminação e a
incompreensão de que os Direitos das Mulheres são também Direitos
Humanos.
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TARSILA DO AMARAL
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FREI CONFALONI
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LÉIA LEAL
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Artigo 10 - ADCT - CF / 88
a - ...
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A QUESTÃO DA MATERNIDADE
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* Que pode ser anulado por ter sido desenvolvido contra aquilo que
está regulamentado por direito; que não ocasiona efeito jurídico
e/ou pode ser anulado.
Este entendimento tem uma única EXCEÇÃO. O TST tem entendido
que as gestantes que firmam contratos temporários regulamentados
pela Lei 6.019/1974, a condução é outra vez que em 18 de novembro
de 2019, o Tribunal Pleno do TST no julgamento do Incidente de
Assunção de Competência - IAC 5639 – 31.2013.5.12.0051, fixou a
tese de que “é inaplicável ao regime de trabalho temporário,
disciplinado pela Lei 6.019/1974, a garantia de estabilidade
provisória, à empregada gestante, prevista no artigo 10, inciso II,
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ASPECTOS HISTÓRICOS
A VISÃO DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO -
OIT SOBRE A PROTEÇÃO À MATERNIDADE
de apenas 84 dias.
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A PROTEÇÃO À MATERNIDADE
ASPECTOS IMPORTANTES
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velhice;
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A PROTEÇÃO À MATERNIDADE NA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
CLT
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A FINALIDADE DA ESTABILIDADE
PROVISÓRIA DA GESTANTE
que durante toda a gestação e por mais 5 meses após o parto, a mãe e a
criança poderão contar com conforto e tranquilidade, pois a genitora
continuará auferindo renda mesmo tendo que estar integralmente dedicada
ao seu filho.
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ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL – OJ
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* Erigida – elevada
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Em casos como este, o mais apropriado, para que não haja prejuízo,
é conceder as férias anuais remuneradas antes do início da licença
maternidade, e se o parto ocorrer durante as férias, o gozo deverá ser
interrompido para que seja dado início à licença maternidade e após o
término do afastamento, seja retomado o gozo do restante dos dias de
férias.
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A REMUNERAÇÃO DA GESTANTE
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A CLT no artigo 395 diz que “Em caso de aborto não criminoso,
comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso
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Parágrafo único. São sujeitos ativos dos crimes a que se refere este
artigo:
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A Súmula 244 foi alterada e o item III passou a ter a seguinte redação:
Com base nos artigos 7º, XVIII e 10, II, alínea “b” do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT , ambos da Constituição
Federal / 1988, bem como o reforço jurisprudencial exarado pela Súmula
244 do Colendo TST, o novo entendimento é no sentido de que a
estabilidade provisória no emprego e o salário - maternidade possibilitam
à empregada gestante, tranquilidade para a vivência de seus períodos
gravídico e de aleitamento, bem como tempo disponível para cuidar do
recém nato, sem a perspectiva sombria do desemprego.
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Ressalte-se que nos casos previstos pela Lei 9.876 / 1999, há uma
carência de 10 contribuições mensais para a contribuinte individual
autônoma, eventual, empresária, segurada especial e segurada facultativa
(rever estes conceitos, constantes deste material de apoio). Portanto,
estas seguradas para terem direito ao benefício do salário-maternidade tem
que estar contribuindo para a Previdência Social, por no mínimo 10 meses.
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ADOÇÃO
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obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança de até 12 anos pelo
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AMAMENTAÇÃO
O artigo 396 da CLT prevê que para amamentar o próprio filho, até
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180 dias, o empregador arca com o pagamento dos 2 meses que foram
acrescidos, sem possibilidade de reembolso pelo INSS. Portanto, trata-se
de uma hipótese de interrupção do contrato individual de trabalho.
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LICENÇA – PATERNIDADE
é de apenas 5 dias.
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O artigo 473, III da CLT previa 1 dia útil para registro do filho.
úteis ou corridos.
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paternidade é de 5 dias úteis, face ao teor do artigo 473 da CLT que prevê
que “O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo
do salário.”
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A AMPLIAÇÃO DA LICENÇA-PATERNIDADE DE
5 PARA 20 DIAS
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1. O conteúdo da Lei.
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O artigo 2º, por sua vez, dispõe apenas sobre a vigência da Lei,
prevendo que “Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.”
2. A destinatária da norma.
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Por ora, contudo, seja (i) por conta da previsão do artigo 1º da Lei
nº 14.141/2021, seja pela regra prevista no artigo 195, §4°, da CRFB / 88,
seja ainda (iii) pela impossibilidade, no nosso entender, de aplicação
analógica do artigo 394-A, §3° , da CLT, haja vista o fato de a COVID-19 não
tornar o ambiente de trabalho insalubre, o pagamento da remuneração
deverá, sim, ser efetuado pelo próprio empregador.
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Essa é uma questão delicada, pois não se pode dizer que a gestante
não possa ir ao mercado, à farmácia ou ao médico durante o período em
que esteja a prestar trabalho não presencial, mas o seu comportamento
durante o período deve ser de reserva social, justamente porque de nada
adiantará dar-lhe trabalho não presencial e ela, contraditoriamente, se
envolver com multidões.
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10. Conclusões
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g) não será surpresa se, nos próximos dias, seja editada uma
Medida Provisória com o objetivo de aparar arestas e prever, por exemplo,
que as gestantes afastadas sem possibilidade de prestação de serviços
remotos poderão ser também titulares do direito ao recebimento Benefício
Emergencial e de eventual ajuda compensatória mensal de caráter
completivo.
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3. Rodolfo Pamplona Filho é Juiz do Trabalho desde 1995. Professor Associado III da
Universidade Federal da Bahia e Professor Titular da UNIFACS - Universidade Salvador.
Mestre e Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Site:
www.rodolfopamplonafilho.com.br. Instagram: @rpamplonafilho
4. Artigo 195, § 4º, da CRFB/88: “A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir
a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no artigo 154, I.”
5. Artigo 394-A, § 3”, da CLT: “Quando não for possível que a gestante ou a lactante
afastada nos termos do caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na
empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de
salário-maternidade, nos termos da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o
período de afastamento.”
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I- fará jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados; e
II- ficará autorizado a recolher para o Regime Geral de Previdência Social na qualidade
de segurado facultativo.§ 4º- O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois
dias corridos, contado da:
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§ 6º. A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta superior a R$
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) somente poderá suspender o contrato
de trabalho de seus empregados mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal
no valor de trinta por cento do valor do salário do empregado, durante o período de
suspensão temporária do contrato de trabalho pactuado, observado o disposto neste
artigo e no artigo 9º.
8. Artigo 394-A, § 3º, da CLT: “Quando não for possível que a gestante ou a lactante
afastada nos termos do caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na
empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de
salário-maternidade, nos termos da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o
período de afastamento.”
http://trabaIhoemdebate.com.br/coIunista/detalhe/trabalho- em-debates
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