A autora relata suas memórias literárias desde a infância, quando ganhou um livro de contos de fadas aos 4 anos. Seu pai também contribuiu lendo histórias para ela antes de dormir. Sua mãe a levava para a escola onde trabalhava para que pudesse aprender a ler. Atualmente é professora e incentiva a leitura em suas alunas, assim como sua filha de 14 anos é uma leitora assídua.
A autora relata suas memórias literárias desde a infância, quando ganhou um livro de contos de fadas aos 4 anos. Seu pai também contribuiu lendo histórias para ela antes de dormir. Sua mãe a levava para a escola onde trabalhava para que pudesse aprender a ler. Atualmente é professora e incentiva a leitura em suas alunas, assim como sua filha de 14 anos é uma leitora assídua.
A autora relata suas memórias literárias desde a infância, quando ganhou um livro de contos de fadas aos 4 anos. Seu pai também contribuiu lendo histórias para ela antes de dormir. Sua mãe a levava para a escola onde trabalhava para que pudesse aprender a ler. Atualmente é professora e incentiva a leitura em suas alunas, assim como sua filha de 14 anos é uma leitora assídua.
Ao relatar minhas memórias literárias, me reporto ao ano de 1978,
quando eu tinha 04 anos de idade e minha mãe me presenteou com uma coleção de Clássicos dos Contos de Fadas. Quatro livros contendo duas histórias em cada um, os quais contém ilustrações coloridas, lindas e que chamam bastante minha atenção e ativam minha criatividade e imaginação até hoje, pois os guardo com muito cuidado e carinho. Sou filha de uma professora aposentada da rede pública estadual e de um vigilante também aposentado, que cursou até a 4ª Série do Ensino Fundamental, mas apesar do pouco estudo ele teve um papel fundamental em meu gosto pela leitura. Eu lembro perfeitamente que na noite que meu pai estava de folga, ele me contava histórias na hora de dormir e por muitas vezes, ele adormecia primeiro do que eu e quando isso acontecia eu o chamava e pedia para ele continuar a história até o fim. O mesmo, despertava e apesar do cansaço, eu relembrava o trecho da história onde havia parado e ele dava continuidade até o fim, e aí eu adormecia satisfeita. Esse ritual se repetiu por longos anos e eu trago vivo em minha memória. Eu fui alfabetizada com a ajuda da minha mãe e das suas colegas professoras, pois muitas vezes minha mãe me levava de manhã para a Escola Imperial Marinheiro, onde ela trabalhava na época, já que não tinha condições de pagar a alguém para cuidar de mim, enquanto ela trabalhava. Algumas vezes eu ficava em casa dos meus avós paternos, que moravam perto da minha casa, outras vezes acompanhava minha mãe até o seu trabalho e ao chegar lá, participava como ouvinte das aulas das turmas das séries iniciais. E assim, fui me familiarizando com o mundo das letras. Aos 6 anos de idade, fui matriculada na escola já citada e aprendi a ler, a escrever e eu também gostava muito de desenhar. Nesse período, eu passei a ler sozinha meus contos de fadas e viajava pelo mundo da imaginação. Nos anos seguintes, meu pai me apresentou as histórias em quadrinhos. Ao sair do trabalho, ele passava em um sebo e comprava as historinhas da Turma da Mônica para mim e para ele, as da Turma do Zero. Eu passava horas praticando a leitura e me divertindo com as histórias em quadrinhos, as quais gosto de ler até hoje. Devido à minha rotina de trabalho e de dona de casa, não sou uma leitora tão assídua, mas gosto de ler e estudar. Eu sou Licenciada em Letras e em Pedagogia, duas formações as quais me proporcionaram bastante conhecimento e ampliaram meus horizontes, mas é no trabalho, na prática, no chão da escola, que me realizo enquanto profissional, humana, leitora e eterna estudante, pois aprendo a cada dia mais com os colegas de trabalho e com as crianças. Além disso, na escola onde trabalho há um acervo riquíssimo de livros de literatura infantil e juvenil, a qual sou apresentada cada vez que entro na sala de leitura e corro meus olhos pelas estantes. Fico encantada com tantas histórias lindas e as leio sempre que possível. Hoje, tenho 47 anos, sou mãe de uma linda jovem de 14 anos de idade, que se chama Carol, e que para minha alegria e gratidão a Deus é uma garota extremamente inteligente, dedicada, responsável e uma leitora assídua e de um potencial de interpretação e de criticidade incríveis, o que me causa bastante orgulho e satisfação. Ela costuma ler algumas obras, sentar ao meu lado, as apresenta, comenta, discute e pergunta minha opinião sobre os temas abordados e me deixa muitas vezes curiosa para conhecer tais obras. Diante disso, eu reflito que esse é meu papel enquanto educadora: ler, incentivar, apresentar bons livros às crianças e assim despertar o interesse delas pela leitura para que futuramente possam ter ótimas e inesquecíveis memórias literárias.
Jardênia de Araújo e Silva, coordenadora da Escola Municipal Profª