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BIG DATA

O QUE É?

O Big Data é o termo utilizado para se referir a enorme e complexa quantidade de


dados estruturados e não estruturados gerados a cada segundo cuja finalidade é
auxiliar as empresas a tomarem melhores decisões em seus negócios.
Ao contrário das soluções de armazenamento de dados comuns, o Big Data conta
com datacenters (centros de processamento de dados, é um local onde estão
concentrados os sistemas computacionais de uma empresa ou organização, como
um sistema de armazenamento de dados) mais maleáveis. Essa qualidade é
extremamente importante, uma vez que os dados não se mantêm estáticos, mas
vão se multiplicando.
Essa ferramenta já é considerado um dos pilares fundamentais da transformação
digital das empresas, ajudando a manter e conquistar novos clientes, bem como
planejar e otimizar seus processos.

IMPORTÂNCIA

Os dados fazem parte do nosso dia a dia desde o início dos tempos, contudo, nos
dias atuais, os avanços computacionais nos permitem armazenar, organizar
e analisar dados com mais facilidade e com uma frequência superior.
Já podemos perceber uma grande evolução em comparação às décadas
anteriores: as tecnologias atuais nos permitem aumentar extraordinariamente a
quantidade de informações no mundo.
Hoje, todas as pessoas produzem uma grande quantidade de dados em muitas
situações diferentes no seu cotidiano, quando elas fazem um pagamento, geram
dados, quando pesquisam sobre algum tipo de produto na internet elas geram
dados e, dessa forma, no fim do dia o volume de informações que cada uma
fornece é gigantesca.
Em um mundo cada vez mais conectado, destacam-se as empresas que
conseguem captar os dados e ler as informações de seus consumidores com maior
agilidade, precisão e eficiência.
(HOJE, INFORMAÇÃO É PODER!)
TIPOS DE DADOS

Dados estruturados
Os dados do tipo estruturados têm um padrão pré-definido, uma estrutura bem
definida e rígida. Essa estrutura é pensada antes mesmo da existência do dado.

Um exemplo mais típico é um banco de dados, onde os dados podem ser


organizados através de linhas e colunas. Por ter essa estrutura, em um banco de
dados por exemplo, não é permitido que tipos de dados diferentes das estruturas
preestabelecidas sejam carregados. Se a coluna de uma tabela foi criada para ser
numérica, ela não aceitará dados textuais.

Dados não estruturados


São dados de vídeo, áudio, e-mails, documentos de textos em geral (posts, blogs) e
dados gerados por aplicativos de redes sociais como mensagens do WhatsApp por
exemplo, ou seja, esse tipo de dados não tem uma estrutura bem definida, não
tem um padrão pré-estabelecido. São dados flexíveis e dinâmicos, podendo ser
compostos por diversos elementos diferentes dentro um todo. Esses dados têm
uma complexidade um pouco maior para análise, já que são informações de difícil
processamento e recuperação, pois não contam com componentes necessários
para a sua identificação.

* 80% dos dados mundiais são não estruturados. As empresas estão interessadas
em desvendar os seus segredos e para tanto recorrem às tecnologias de Big Data.

OS 5 Vs
5 princípios que elucidam os desafios de lidar com o volume gigantesco dos dados
existentes e facilitam o entendimento sobre o conceito do Big Data.

Volume

Segundo dados do SBG (Social Good Brasil), o volume de dados criado nos últimos
anos é maior do que a quantidade produzida em toda a história da humanidade. A
produção de dados dobra a cada dois anos e a previsão é de que ainda neste ano
sejam gerados 35 trilhões de gigabytes de dados.
E como agora não são apenas os humanos que geram essas informações, pois
praticamente qualquer objeto conectado à internet está abastecendo o Big Data.
Ou seja, quanto mais desenvolvida for a Inteligência Artificial (AI) e outros tipos de
tecnologias, mais dados serão criados.

Variedade

Os dados provêm de diversas fontes: redes sociais, aplicativos, e-mails, gps, cookies,
IoT, bancos de dados públicos, revendedores autorizados etc. O que significa que
eles não seguem os mesmos padrões e nem fornecem os mesmos tipos de
informação, o que torna a tarefa de compilação e organização de dados bastante
desafiadora. Já existem ferramentas que são capazes de lidar com a
heterogeneidade de dados e conseguem processá-los e agrupá-los de forma
coerente.

Velocidade

Se refere à velocidade com que os dados são criados. São mensagens de redes
sociais se viralizando em segundos, transações de cartão de crédito sendo
verificadas a cada instante ou os milissegundos necessários para calcular o valor
de compra e venda de ações. O Big Data serve para analisar os dados no instante
em que são criados, sem ter de armazená-los em bancos de dados.

Veracidade

Um dos pontos mais importantes de qualquer informação é que ela seja


verdadeira. Com o Big Data não é possível controlar cada hashtag do Twitter ou
notícia falsa na internet, mas com análises e estatísticas de grandes volumes de
dados é possível compensar as informações incorretas.

Valor

O último V é o que torna Big Data relevante: tudo bem ter acesso a uma
quantidade massiva de informação a cada segundo, mas isso não adianta nada se
não puder gerar valor. É importante que empresas entrem no negócio do Big Data,
mas é sempre importante lembrar dos custos e benefícios e tentar agregar valor
ao que se está fazendo.

ALGUMAS TECNOLOGIAS RELACIONADAS:


Machine Learning – É conhecido como a base da inteligência artificial. Por
meio de algoritmos, essa tecnologia faz com que seja reduzida a necessidade de
intervenção humana. O Big Data é responsável por armazenar, categorizar e
atualizar os dados coletados. Portanto, as duas tecnologias se complementam,
pois uma serve para armazenar e a outra para fazer com que os sistemas se tornem
mais inteligentes e trabalhem as informações coletadas. Quando essas duas
tecnologias são utilizadas em conjunto, oferecem resultados ainda mais
significativos para as empresas.

Internet das Coisas - Enquanto a IoT conecta dispositivos e sistemas, o Big


Data se responsabiliza pelos cuidados com os dados gerados. O IoT facilita ainda
mais o dia a dia dos empresários e colaboradores fazendo com que os dispositivos
permaneçam conectados. Porém, a grande quantidade de dados gerados precisa
ir para algum lugar para que não seja perdida. Nesse momento, o Big Data entra
em ação ao manter as informações protegidas e à disposição dos gestores e
colaboradores.

BENEFÍCIOS:

Tomar decisões melhores

O Big Data é uma maneira muito eficaz para fundamentar as decisões que devem
ser tomadas nos negócios. E isso é possível porque, com a quantidade de dados
confiáveis que é capaz de analisar, uma empresa consegue conhecer melhor o
perfil do cliente e identificar as tendências do mercado (podendo, assim, ficar à
frente da concorrência).

Melhorar as estratégias de marketing

Com o Big Data, a empresa consegue analisar os dados do público-alvo e ter


acesso a informações importantes como comportamento, perfil de compra,
rendimento financeiro, escolaridade e, dessa forma, pode traçar estratégias de
marketing bem estruturadas e decisivas.

Oportunidades de inovação

Identificar essas oportunidades de inovação e marketing, captando flutuações do


mercado que podem ser prejudiciais aos seus negócios, preparando-se, assim, para
reverter potenciais crises (análises preditivas).
Essa análise diz menos a respeito do mercado de atuação das empresas hoje e mais
sobre como ele será no dia de amanhã, mostrando como as organizações podem se
beneficiar dessas mudanças.

Assim, as informações fornecidas pelo Big Data são usadas por várias empresas
para criar novos produtos e serviços para seus clientes. Por meio dele, elas
analisam as opiniões de diferentes clientes sobre seus produtos e como eles são
percebidos.

EXEMPLOS:
A eficácia do Big Data já pôde ser constatada por muitas empresas, se
consolidando como uma ferramenta muito interessante para aqueles que
pretendem aumentar a rentabilidade de seu negócio;

McDonald’s
O McDonald’s, maior rede de restaurantes fast food do mundo, mergulhou de
cabeça na tecnologia Big Data, com objetivo principal oferecer produtos pelo menor
preço e aumentar sua rentabilidade, a empresa precisou entender as preferências
individuais dos seus bilhões de consumidores e traduzir esses dados em novas
tendências.
Essas informações são muito importantes para o negócio, como, quando e onde os
clientes consomem seus lanches, com que frequência, se usam o drive thru e o que
consomem. Como resultado, começaram a testar mudanças importantes em seu
menu. No Canadá, os restaurantes já possuem menus digitais que podem mudar de
acordo com o clima, oferecendo comidas mais adequadas aos dias frios, por
exemplo, aumentando as vendas em cerca de 3,5%.

Nike

A Nike monitora os hábitos e comportamentos esportivos do seu público por meio


dos aplicativos e dispositivos vestíveis, conhecidos como wearables, que são
capazes de gerar informações relacionadas com a distância percorrida,
velocidades, locais preferidos para treino etc.

Com isso, a empresa segue criando produtos cada vez mais alinhados às
expectativas de seu público-alvo e conquistando cada vez mais atletas.
Grupo Pão de Açúcar

Por meio da disponibilização de programas de recompensas para os clientes dos


mercados de sua rede de varejo, o Grupo Pão de Açúcar consegue identificar os
produtos preferidos de seus consumidores e, assim, gerar ofertas personalizadas.

Além de estimular a fidelidade de seus clientes, o Big Data fornece dados


preciosos para o estoque e a logística diminuindo gastos com desperdício e
transporte de itens que não são consumidos em larga escala.

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