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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO

DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL


2013.1

MÓDULO: DIREITOS REAIS E ASPECTOS


DO PROCESSO CAUTELAR E DIREITO DE
FAMILIA E SUCESSÕES E ASPECTOS
PROCESSUAIS
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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU – DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL
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MÓDULO: Direitos Reais e Aspectos do Processo Cautelar

TEMAS: 1. Relações Jurídicas Patrimoniais. 1.1. Relações Obrigacionais e Reais. Relações Híbridas.
Dicotomia Clássica e teoria unitarista. 2. Direito das Coisas: abrangência da expressão (posse,
direitos de vizinhança e direito reais). 2.1. Propriedade intelectual. 2.2. Classificação dos direitos
reais. 3. Posse. 3.1. Teorias e caracterização do fenômeno possessório. 3.2. Natureza Jurídica. 3.3.
Classificação da posse. 3.4. Aquisição e Perda da Posse. 3.5. Transmissão da Posse. 3.6. Efeitos da
Posse. 4. Propriedade. 4.1. Conceito e função social como conteúdo de seu conceito. Faculdades
proprietárias. 4.2. Caracterização e tratamento civil-constitucional da propriedade urbana e rural. 4.3.
Abuso do Direito de Propriedade. 4.4. Multiplicidade Dominial. 4.5. Propriedade resolúvel, revogável e
fiduciária. 4.6. Aquisição e perda da propriedade. 4.7. Descoberta. 5. Direitos de Vizinhança: 5.1. Uso
anormal da propriedade; 5.2. Árvores limítrofes; 5.3. Passagem forçada; 5.4. Passagem de cabos e
tubulações; 5.5. Das águas; 5.6. Limites entre prédios e direito de tapagem; 5.7. Direito de construir.
6. Direitos Reais Limitados de Fruição: 6.1. Superfície; 6.2. Servidão; 6.3. Usufruto; 6.4. Uso; 6.5.
Habitação; 6.6. Direito do promitente comprador do imóvel; 2.7. Concessão de uso especial para fins
de moradia; 2.8. Concessão de direito real de uso; 2.9. Enfiteuse. 2.10. Rendas Constituídas sobre
imóveis (referências). 3. Direitos Reais Limitados de Garantia: 3.1. Penhor; 3.2. Hipoteca; 3.3.
Anticrese.

CASOS CONCRETOS:

1) João celebrou contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel em 23/08/2002 com
José, tendo por objeto um apartamento, não tendo sido a referida escritura registrada no cartório
imobiliário. Diante da inadimplência desde agosto de 2006, o condomínio ajuíza a ação de cobrança
de cotas condominiais em face do promitente vendedor que alega ilegitimidade passiva, pois entende
que pela promessa já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento da cota condominial ao
promitente comprador. Decida a questão.

2) A viúva Berenice Gonçalves caiu em desgraça no dia 10/08/2006 quando o seu filho, em razão de
uma desilusão amorosa, atirou-se do nono andar do apartamento em que moravam em Botafogo.
Não tendo mais condições psicológicas para continuar residindo no indigitado imóvel tenta vendê-lo e
descobre que o bem está gravado com a cláusula de inalienabilidade por conta de ter sido
beneficiada na sucessão de seu genitor falecido em 10/03/2003, sendo certo que o de cujus fez o
testamento seis meses antes de falecer. Queira responder o que pode fazer a pobre mulher,
apontando as circunstâncias jurídicas que envolvem o caso concreto.

3) O caseiro Joaquim Nabuco, desde o falecimento de seu patrão Manoel Pereira em 10 de fevereiro
de 1971, não recebe salário, passando a residir no imóvel de seu ex-patrão a partir de 1978, ocasião
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em que cedeu a casa de caseiro para a sua filha que se casara, tendo ainda feito modesta acessão
no terreno para outro filho. A despeito de alegar o desconhecimento da situação fática do imóvel, o
fato é que Felix Pereira, munido de Carta de Adjudicação registrada no cartório imobiliário ajuíza ação
reivindicatória com o fito de imitir-se na propriedade do imóvel que julga lhe pertencer. Pergunta-se: O
que pode ser deduzido em defesa de Joaquim e você, Juiz, como decidiria.

4) João Pereira celebrou contrato escrito de depósito com José da Silva, tendo por objeto bens
móveis que foram guardados na casa deste. Dias após a celebração do contrato, a sua vizinha Marli
Souza, ex-noiva do depositante, subtrai os mesmos na calada da noite, sob a alegação de que os
bens eram seus. Admitindo-se como provado que o depositante se encontrava em viagem para o
exterior, ao depositário assiste o direito de intentar alguma ação?

5) Prova específica para a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro:

Caio vendeu à Tício um terreno de sua propriedade, mas que há cinco anos é ocupado por Mévio,
que ali instalou sua residência, julgando-o abandonado. No corpo da escritura pública de compra e
venda o alienante transferiu ao adquirente o domínio, posse, direito e ação, em virtude da cláusula
“constitui”, ali expressamente referida. De que ação dispõe Tício, e em face de quem, para obter ou
recuperar a posse do imóvel? Justificar a resposta, inclusive examinando se persiste em nosso direito
o constituto possessório, tendo em vista a redação dos artigos 1.205 e 1.223 do NCC, em
comparação com a dos artigos 494 e 520 do Código anterior.

6) Em contrato de locação de imóvel para fins residenciais em que figurava como locador José e
como locatário Manoel, aconteceu de o inquilino parar de pagar o aluguel e abandonar o imóvel seis
meses antes do seu término, estando o imóvel ocupado por João que alega ser seu companheiro em
união estável. Ajuizada a ação de reintegração de posse por José em face de João, este alega que a
via eleita é incorreta, pois à luz do que prescrevem os artigos 5º e II, I, da lei do inquilinato deveria ter
sido proposta a ação de despejo, possibilitando ao réu a emenda da mora. Decida a questão,
fundamentadamente.

7) O Município do Rio de Janeiro ajuizou no dia 20 de maio de 2002 ação reivindicatória em face de
considerável número de pessoas de baixa renda que ocupavam área de terras registradas em nome
do referido ente público. Em sede de contestação, os réus alegam e provam que se encontram há
mais de cinco anos no imóvel e que o utilizam para fins de moradia, requerendo que o Juiz arbitre
uma indenização, pois pretendem adquiri-lo forçadamente... É cabível a pretensão dos réus?

8) Paulo era locatário de um imóvel desde o ano de 1971. Com o falecimento do locador José,
ocorrido em 1975 não mais pagou aluguel, sendo certo que eventuais herdeiros do locador não o
procuraram para continuar de fato a relação ex locato. Em 2002 após ter construído duas acessões
no imóvel, Paulo ajuíza a ação de usucapião pleiteando o reconhecimento da propriedade do referido
bem. Citado o espólio de José por Edital, assim como após o preenchimento de todos os requisitos
formais da referida ação, o órgão do Ministério Público opina desfavoravelmente, tendo em vista que
ninguém pode modificar unilateralmente o título de sua apropriação e, desta forma, o locatário não
ostenta o requisito subjetivo do animus domini. Você, Juiz, como decidiria a questão, admitindo-se
que todos os outros requisitos estavam provados.

9) O Estado do Rio de Janeiro impugna o reconhecimento da propriedade pela usucapião, sob o


argumento de que por não ter registro o imóvel, este seria público e, portanto, não poderia ser
usucapido. Diante dessa alegação, decida a questão, dando a melhor solução para o caso.

10) Maria das Dores preenche todos os requisitos da usucapião especial urbana, exercendo posse
sobre imóvel de propriedade da Companhia Estadual de Habitação que abandonou um
empreendimento para a construção de 100 casas populares. A ré contesta o pedido de
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reconhecimento de usucapião, sob o argumento da imprescritibilidade do bem público. Decida a
questão.

11) As instituições financeiras Bradesco e Itaú discutem nos autos de um processo de execução
acerca de quem teria a prioridade no recebimento de uma dívida. O primeiro banco alega que tem a
prioridade, pois registrou primeiro, enquanto que o segundo sustenta que o seu título foi prenotado
antes. A quem assiste razão?

12) João levantou de boa-fé uma casa de três pavimentos no interior de um terreno pertencente a
José, cujo valor era extremamente menor em relação ao valor da acessão. Proposta a ação
reivindicatória, a mesma é julgada procedente com o reconhecimento da boa-fé do construtor que
pleiteia o direito de retenção deduzido na contestação e o arbitramento de um valor indenizatório para
o terreno, pois pretender adjudiciar para si o imóvel. Decida a questão.

13) Poderá um fazendeiro que possua um caminho inadequado e muito dificultoso para chegar a via
publica e necessite do mesmo para escoar a sua produção, ter êxito numa pretensão de passagem
forçada por dentro da propriedade vizinha à luz do que prescreve artigo 1285 do Código Civil?

14) Na comarca de Vassouras foi proposta ação de demarcação de terras pelo usufrutuário do Sitio
Nova Esperança em face do legitimo proprietário do Sitio Rio Feliz, tendo em vista conflito acerca do
real limite divisório das terras possuídas pelo autor e pelo réu. O réu alega que o autor e’ parte
ilegítima por não ser o proprietário, na forma prescrita no artigo 1.298 do Código Civil. Decida a
questão.

15) Em ação de cobrança de cotas condominiais promovida pelo Condomínio do Edifício Juliana, o
réu requer a exclusão de acréscimos decorrentes de aparentes descontos e que segundo ele
embutiam multas penitenciais acima da permitida por lei. Desta forma, se o condômino pagasse até o
dia 5 o valor seria de R$ 300,00; se pagasse até o dia 10 o valor seria de R$ 450,00 e após essa data
a cota condominial alcançaria o valor de R$ 600,00. O autor sustenta que essa possibilidade foi
aprovada em convenção e que, portanto, o condômino estaria obrigado a arcar com todos os valores.
Você, magistrado, como resolveria a questão.

16) Como se verifica a extinção do usufruto simultâneo decorrente de ato entre vivos e mortis causa,
apontando a distinção do instituto para o fideicomisso.

17) José, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de Joaquim
Pereira, tendo em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer a extinção do
feito sem julgamento do mérito, sob o argumento de que não há a necessidade do provimento
jurisdicional para extinguir usufruto por morte do usufrutuário. Decida a questão.

18) José prometeu comprar de João um imóvel não loteado em 60 prestações de R$ 3.000,00, tendo
quitado a obrigação em 10 de fevereiro de 2004. Diante da recusa do promitente vendedor em
outorgar voluntariamente a escritura definitiva, viu-se na contingência de ajuizar ação de adjudicação
compulsória em face de João que citado alega que não está obrigado a fazer a escritura, pois o
compromisso não se encontra devidamente registrado, nos termos do artigo 1.418 do Código Civil e
do entendimento do Supremo Tribunal Federal. Diante da alegação do réu, como deverá decidir o
juiz.

19) O Condomínio do Edifício Anette ajuizou ação de reintegração de posse em face de Adílson.
Requer a retirada de divisória obstativa do uso de aréa destinada a corredor. Aduz que não houve
permissão de uso e sim concessão por Assembléia extraordinária, a título precário e restrito,
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mediante condições resolúveis, a todos os comunheiros ocupantes das unidades existentes nas
colunas dos corredores, que assim concordaram. Mas que foi votado na última assembléia a
retomada da área por haver risco à segurança por impedir o acesso à única janela de escape frontal.
Adílson, em contestação, alega que utiliza a área, que é inferior a 10m, por mais de 30 anos, de
forma exclusiva. Alega que instalou seu escritório de advocacia na área, e aproveitou o final livre do
corredor, tudo em consonância com o próprio condomínio e com a construtora. Em outubro de 1974
houve assembléia extraordinária confirmando a permissão, embora de caráter precário, desde que
sem prejuízo da ventilação e luz. Afirma que a divisória foi erguida com orientação técnica da
construtora, vazada na parte superior, preservando a claridade e a ventilação, o que não prejudica a
circulação das pessoas. Mas que recentemente, em julho de 2005, foi notificado para retirar a
divisória no prazo de quinze dias, sob pena de multa, efetivamente cobrada junto com o condomínio.
Alega má-fé do condomínio, em razão de não ter notificado os outros condôminos que se encontram
na mesma situação, e demanda a consignação do valor das cotas condominiais.
Pergunta-se:
20) Sabendo-se que o procedimento especial das ações possessórias tem natureza dúplice, analise a
possibilidade do pedido consignatório?
21) Como você decidiria o pedido reintegratório e com qual fundamento?

22) Sandro propõe ação de reintegração de posse em face de Carlos. Alega, em síntese, que, sem
justo motivo, o demandado ocupa um terreno de sua propriedade há mais de três anos. Afirma que,
nos últimos seis meses, Carlos começou a dilapidar as benfeitorias e acessões realizadas no
terreno. Pleiteia, com fulcro no artigo 928 do CPC, medida liminar de
reintegração de posse e, ao final, que a demanda seja julgada precedente.
Pergunta-se: è possível o deferimento de liminar na forma requerida? Em casa
negativo, poderia o Magistrado se valer do artigo 273 do CPC e antecipar a tutela
pretendida?
Responda, fundamentadamente, a questão.

23)
As instituições financeiras X e Y discutem nos autos de um processo de execução acerca de quem
teria a prioridade no recebimento de uma dívida. O primeiro banco alega que tem a prioridade, pois
registrou primeiro, enquanto que o segundo sustenta que o seu título foiprenotado antes. A quem
assiste razão? Justifique sua resposta, inclusive com os dispositivos legais cabíveis.

24)

Em 2003 a associação de moradores de Nova Jersey, um lote particular ocupado por 36 famílias,
ingressou com pedido de reconhecimento da aquisição do lote em favor dos ocupantes, alegando a
ocorrência da usucapião especial urbana coletiva, prevista no Estatuto da cidade (Lei 10.257 de
2001).
Na condição de julgador, você julgaria o pleito procedente? Justifique sua resposta, inclusive com os
dispositivo legais cabíveis.

25)

José ajuizou ação de manutenção de posse em face de Manoel, que está turbando a posse de José.
Em contestação, Manoel não alega que o terreno que ele utiliza é posse dele, e não de José. O juiz
segue a corrente majoritária, no tocante ao conceito de ação dúplice. Ele julgará a favor de Manoel,
se o terreno turbado não for posse de José?

TEMA: DIREITO DE FAMILIA E SUCESSÕES E ASPECTOS PROCESSUAIS:

- Conceito de Direito das Famílias. Princípios constitucionais e materiais do Direito de Família. A Família e
a Constituição Federal; - Capacidade matrimonial, impedimentos do casamento e causas suspensivas do
casamento. Efeitos práticos - - Invalidade do casamento. Casamento inexistente, casamento nulo e

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casamento anulável. Hipóteses, efeitos e procedimentos. Celebração, prova e efeitos do casamento. Os
deveres do casamento. - Regime de Bens I. Conceito, princípios, regras gerais quanto a regime de bens
e pacto antenupcial.  A ação para mudança de regime de bens. - Dissolução do casamento e da
sociedade conjugal.  Aspectos Materiais. As alterações na Lei do Divórcio – Emenda Constitucional
66/2010. Aspectos processuais. A prática das ações de dissolução da sociedade conjugal. Inovações dos
procedimentos. Ocorreu revogação da separação judicial?
- União estável. Aspectos materiais. Conceito, requisitos, efeitos pessoais e patrimoniais. Diferenças
entre união estável e concubinato. - União estável. Aspectos processuais da ação de reconhecimento e
dissolução da união estável.
- Mediação no Direito de Família. Conceito, técnicas e prática da mediação e propostas legislativas.
- Parentesco e Filiação. Regras gerais e contagem de graus de parentesco. Aspectos materiais.
- Poder Familiar, guarda e direito de visitas. As formas de guarda. Aspectos materiais. - Alienação
parental- dogmas e conseqüências.
- Ações para atribuição da guarda. Ações de suspensão e destituição do poder familiar.
- Reconhecimento de filhos I. Aspectos materiais. Reconhecimento voluntário e reconhecimento judicial.
- Reconhecimento de filhos II. Aspectos práticos processuais. Questões controvertidas quanto à ação de
investigação de paternidade. A relativização da coisa julgada. A obrigatoriedade do exame de DNA e a
Presunção de Paternidade- Súmula 301 do STJ.
- Adoção I. Adoção nacional. Análise das regras do Código Civil e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Alterações introduzidas pela Lei nº 12010/2009.
- Adoção II. Adoção internacional. Questões de Direito Internacional Privado.
- A colocação em família substituta. - Alimentos. Conceito, pressupostos, classificações e características
da obrigação alimentar. A renúncia aos alimentos por um dos cônjuges na separação consensual.
- Alimentos Aspectos processuais. Análise da Lei n. 5.474/1968 e dos problemas práticos dela
decorrentes. Alimentos gravídicos. - Tutela e Curatela. Análise das regras do Código Civil. A Guarda no
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990). - Responsabilidade civil e Direito de Família. -
Parentalidade socioafetiva. Conceito, hipóteses e casos práticos. A visão jurisprudencial atual. - Ações
para colocação em família substituta. Aspectos processuais.
- Homossexualidade e Direito de Família. Aspectos Teóricos e Práticos. Família e casamento homoafetivo.
- Biodireito: questões constitucionais e princípios envolvidos na problemática da inseminação. - Direito
das Sucessões: sucessão em geral; sucessão legítima.
- A sucessão do pai em relação ao filho concebido posteriormente ao seu falecimento.
- Hipóteses de deserdação e de exclusão por indignidade: uma análise jurídico-criminal.
- Direito das Sucessões: sucessão testamentária.
- Direito das Sucessões e processo civil: inventário e partilha. Novos procedimentos.
- Sucessão entre conviventes;
- Planejamento sucessório;

26) Antonia, viúva de Manoel, contrai segundas núpcias com Joaquim, no dia 31 de outubro de 2009,
após regular procedimento de habilitação. Do casamento entre Antonia e Manoel nasceram Manoel
Júnior e Antonieta. Ocorre que Antonia, quando casou com Joaquim, ainda não havia realizado o
inventário dos bens de Manoel. Considerando apenas os fatos narrados, pergunta-se:
Todas as respostas deverão ser justificadas e fundamentadas, inclusive indicando-se os respectivos
artigos:
a. O casamento de Antonia e Joaquim é válido? Justifique.
b. Incide sobre o caso, nos termos do Código Civil de 2002, algum impedimento
matrimonial (dirimente)?
c. Qual o regime de bens aplicável, como regra, a casos como o narrado acima? Haveria
alguma possibilidade do casal poder optar por outro regime de bens? Explique.

27) Caroline (solteira, 18 anos) e Thiago (solteira, 22 anos) são namorados há um ano. Em maio
deste ano Caroline descobriu estar grávida de Thiago que se negou a assumir a paternidade da
criança. Deixada ao desamparo, Caroline informou seu pai Augusto sobre a situação. Indignado,
Augusto de arma em punho procura Thiago e sob graves ameaças, obriga-o a se casar com a filha.
Thiago, temendo mal a si ou a parentes próximos, comparece no dia seguinte ao cartório, junto com
Caroline, para iniciar o procedimento de habilitação. A ameaça, desconhecida do Oficial do Cartório,
perdurou até o momento da celebração do casamento que ocorreu em junho deste ano. Pergunta-se:
este casamento é existente, válido e eficaz? Fundamente sua resposta indicando qual seria o prazo
para requerer sua anulação.

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28) Sandro faleceu em outubro de 2002 sem deixar descendentes nem ascendentes. Em seu
testamento, dispôs de todo o seu patrimônio em favor de uma instituição de caridade, o que foi objeto
de protesto de sua esposa sobrevivente. Segundo ela, tem o direito de receber metade da herança.

Isto posto, resolva o caso apontando quem deverá suceder, apresentando as justificativas jurídicas
que amparem sua resposta.

29) Maria é casada com João, que é usuário de crack. João vem agredindo Maria verbal e
fisicamente, inclusive na frente dos filhos do casal, por diversas vezes já violentou a esposa
sexualmente. Qual a medida processual cabível para resguardar os direitos de Maria, antes do
ajuizamento da Ação de Divórcio. Responda de forma fundamentada.

30) Joana é casada com Celso e diante do comportamento reprovável dele, que não sustenta a
família, agride a ela, esposa, bem como, aos filhos do casal e que com ela não mantém relações
conjugais, procura o Dr. Manoel Flores e requer a dissolução da sociedade conjugal; o referido
profissional ajuíza Ação de Separação Judicial, tendo como causa de pedir a culpa do marido por
violação dos deveres assumidos por ocasição do casamento. O Juiz da 2ª Vara de Família, para
onde o feito foi distribuído, requereu a emenda da petição inicial, alertando o profissional para o teor
da Emenda Constitucional nº 66, sendo que o mesmo restou silente. Como juiz daquela serventia,
decida.

31) Zenaide, casada com Antero, que padece de azoospermia, foi autorizada pelo marido a
inseminar-se com sêmen de doador estranho, através de técnica de reprodução assistida
hetoróloga. Ao nascer a criança, o marido nega a paternidade em razão de não haver
identidade biológica entre ele e a criança. Pode recusar-se a esta paternidade? Justifique com
o dispositivo legal pertinente.

32) Severina aforou em desfavor de Severiano, ação visando anular o seu casamento, sob alegação
de que  após o matrimônio descobriu ser ele ébrio habitual e toxicômano, não trabalhando, não
contribuindo para o sustento da família. Aduzindo, ainda, que seis meses após o casamento, ele
abandonou o lar conjugal, desaparecendo da pequena cidade em que viviam desde criança, fato que
ensejou sua citação por edital, havendo, todavia, posteriormente sido feita sua citação pessoal, com a
obtenção de seu endereço. Severiano apesar de citado, não contestou o feito, tendo sido decretado a
sua revelia. Vale ressaltar que o réu frequentava o mesmo meio social da autora e ali todos sabiam
de seu comportamento censurável. Diante do caso concreto, decida considerando-se a revelia do réu.

33) Francisco faleceu ab intestato em maio passado, deixando para ser partilhado um patrimônio
constituído por: uma casa recebida em herança do seu tio, onde a família tinha residência, um
apartamento, que ganhou de seu pai, o qual gerava renda de aluguel, um automóvel de luxo,
comprado durante a união estável mantida com Helena, um terreno recém-adquirido através de um
financiamento já quitado. A título de parentes sucessíveis, somente havia os filhos dos seus
sobrinhos, com quem mantinha pouco contato, seus tios e alguns primos, além da companheira. Isto
posto, quem terá direito de sucedê-lo e como será efetuada a partilha entre os herdeiros,
considerando o fato de João ter falecido ab intestato ? Justifique.

34) Armando é supervisor de vendas de um laboratório de produtos veterinários e viaja


constantemente em razão de suas atividades profissionais. Na cidade em que reside, vive com
Márcia há 12 anos, sem ter se casado. Desta união nasceu sua filha Natália, hoje com 6 anos. Em
Vitória da Conquista, sem que Márcia desconfie, Armando mantém, há 8 anos, união com Flávia, com
quem tem uma filha de 3 anos de idade, também sem ter se casado.
Após séria briga, Flávia propõe ação requerendo a extinção da união estável, com estipulação de
pensão alimentícia a seu favor (independentemente da pensão para a filha comum) e pedido de
partilha de todos os bens adquiridos por Armando na constância da união.
Analisando a questão com base nos atuais posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais,
responda, fundamentadamente, se o pleito de Flávia poderia ser considerado procedente.

35) Tomem-se as duas situações abaixo:


I. menor com 17 anos que casa autorizado pelos pais;
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II. menor de 15 anos que casa com a aquiescência dos pais.
Pergunta-se:
a) incide nas duas hipóteses apresentadas a regra do artigo 1641, inciso III do Código Civil, que
impõe o regime da separação de bens no casamento?
b) é possível em alguma ou em ambas as situações propostas a realização de pacto antenupcial
válido?

36) Após dez anos de convivência e dois filhos comuns, Aspásia  e Theobaldo desejam romper a
entidade familiar. No entanto, Aspásia percebe que Theobaldo possuía um segundo relacionamento
amoroso com Lupércia há dois anos, tendo utilizado parte do patrimônio comum para a compra de
presentes. Temendo a dilapidação do patrimônio comum restante (três apartamentos), Aspásia lhe
procura como advogado indagando acerca de alguma medida judicial a ser ajuizada. Indaga-se: a)
qual medida seria por você manejada? b) Na hipótese de exclusivo manejo de demanda cautelar, a
não observância do prazo do art. 806, CPC acarretaria a cessação dos efeitos de eventual liminar
concedida? c) Teria Lupércia alguma direito sobre o  patrimônio em tela, alegando uniões estáveis
concomitantes? Responda fundamentadamente, indicando os dispositivos legais pertinentes.

37) Existe a possibilidade de distribuição de ação de adoção de menores para Varas de Família ou
juízos que possuam a aludida competência? A resposta seria a mesma se a ação versasse sobre
adoção de maiores? Qual é o critério de competência (de foro e de matéria) para as ações
concernentes à guarda e à destituição de poder familiar? Responda fundamentadamente, indicando
os dispositivos legais pertinentes.

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