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Relatório 3 - Espectro Eletrônico Do Iodo
Relatório 3 - Espectro Eletrônico Do Iodo
Físico-Química Experimental
Ribeirão Preto/SP
18/09/2020
1. Objetivos
2. Descrição do experimento
Δ̃ ̃ ̃ (Equação 1)
̃
(Equação 2)
̃
A partir dos parâmetros obtidos, também é possível calcular constante de força de ligação
( ) de acordo com a equação [3]:
̃ (Equação 3)
Onde μ é a massa reduzida da molécula de I2, que possui valor de 1,055.10-25 kg [3]
. Já a
energia de excitação eletrônica ̃ pode ser calculada a partir dos parâmetros obtidos para os
estados fundamental e excitado, de acordo com a expressão [4]:
̃ ̃ ̃ ̃ (Equação 4)
Por fim, os parâmetros obtidos permitem a construção de uma curva de potencial (U) em
função da distância interatômica , de acordo com a expressão proposta por Morse [3]:
[ ]
(Equação 5)
Onde é a distância de equilíbrio de valor 2,67 Å e β (em Å-1) equivale à expressão [3]:
√ (Equação 6)
3. Resultados e Discussão
Para obtenção dos parâmetros desejados para a molécula de I2, utilizaram-se dados
apresentados na literatura para construir uma tabela de Deslandres (Tabela 1). A partir desta
tabela, os valores foram convertidos de cm-1 para nm (Tabela 2), e algumas atribuições foram
efetuadas no espectro obtido experimentalmente (Figura 1).
Os dados da literatura foram utilizados para a obtenção dos parâmetros desejados, uma vez
que o espectro obtido experimentalmente não apresentou boa linearidade na regressão linear,
sendo possível realizar apenas a atribuição de alguns picos no espectro. A atribuição foi
realizada indicando o valor de v’ no espectro, considerando a transição 0v’.
Tabela 1. Tabela de Deslandres com valores do número de onda (cm-1) e sua atribuição
100
y = -2,03x + 131,68
90
R² = 0,9916
80
Δ ̃ (cm–1 )
70
60
50
40
30
20
15 20 25 30 35 40 45 50 55
v+1
Foi aplicada uma linha de tendência no gráfico construído, de modo a obter uma
equação da reta com boa linearidade (r² = 0,9916). Tendo em vista que a curva de Birge-Sponer
está associada à equação 1, comparando com a equação da reta obtida, verifica-se que o
coeficiente linear está relacionado à constante vibracional harmônica do estado excitado ( ̃ , e
o coeficiente angular corresponde a ( ̃ ). Sendo assim, determina-se que:
̃
̃ ̃
A partir da equação 2, calculou-se a energia de dissociação no estado excitado:
[ ]
Tabela 4. Parâmetros do estado excitado obtidos e comparação com os valores da literatura [3]
Parâmetro Calculado Literatura Desvio
̃ (cm-1) 131,68 133 -0,992%
̃ (cm-1) 1,01 1,03 -1,94%
(cm-1) 4292 4293 -0,0233%
(N.m-1) 64,91 66,0 -1,65%
̃ (cm-1) 15602,2 15663,3 -0,390%
Nota-se que todos os valores calculados são muito próximos aos indicados na literatura,
com desvios menores que 2%. Estes desvios ocorrem porque os dados são calculados a partir de
dois roteiros experimentais semelhantes, porém distintos.
Para calcular os parâmetros do estado fundamental, utilizou-se o valor da constante de
força da ligação ( registrado na literatura de 174 N.m-1, bem como o valor da energia de
dissociação ( de 13722 cm-1 [3]
. A partir da equação 3, foi possível calcular a constante
vibracional harmônica ( ̃ :
[ ̃ ]
̃
̃
* ( ) +
( )
Sendo assim, o segundo ajuste, no eixo x, consistiu em somar todos os valores de
distância internuclear (r) por 0,30 de modo a ajustar o valor de (r) correspondente à transição
026 de 2,37 Å para 2,67 Å. Estas correções também foram registradas na tabela 5.
A partir dos valores desta tabela, construiu-se a curva de potencial de Morse (Figura 3).
Na figura, destaca-se a transição 026 em 2,67 Å que é a mais intensa observada no espectro.
25000,00
20000,00
(cm-1)
15000,00
-1)
e) (cm
U (r-re)
Estado Excitado
10000,00
U (r-r
Estado Fundamental
5000,00
0,00
2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5
rr-re
(Å)
A curva obtida apresentou perfil semelhante ao registrado na literatura [3]. Através desta
figura, foi possível observar o efeito de anarmonicidade, bem como verificar que os valores de
energia de dissociação ( = 13722 cm-1 e = 4292 cm-1) calculados no experimento estão
coerentes com a representação gráfica, pois coincidem os o valor do eixo y para o final da
curva, onde se observa uma tendência a um patamar horizontal (para o estado excitado é
necessário somar com ̃ , obtendo 19894,2 cm-1). Os demais parâmetros calculados também
estão coerentes com a escala de valores do gráfico.
4. Conclusão
5. Referências
[3] SALA, O. I2 - Uma molécula didática. Quim. Nova, v. 31, n. 4, 2008, p. 914-920.