Você está na página 1de 10

Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto


Departamento de Química

Físico-Química Experimental

Experimento 3 – Espectro eletrônico do iodo

Gabriel Spadotto (9787575)


Renato Alexandre Polins Junior (7148196)
Saira Vitória de Aquino Veneziani (9787512)

Ribeirão Preto/SP
18/09/2020
1. Objetivos

Analisar o espectro eletrônico da molécula de I2 e obter para o primeiro estado excitado


a constante vibracional harmônica ( ̃ , a primeira constante de anarmonicidade ( ̃ ,a
constante de força da ligação ( , a energia de dissociação ( e a energia de excitação
eletrônica ̃ .
A partir dos parâmetros fornecidos na literatura, calcular a constante vibracional
harmônica ( ̃ e a primeira constante de anarmonicidade ( ̃ para o estado
fundamental, e a partir dos dados obtidos no experimento, construir a curva de energia
potencial de Morse para a molécula de I2.

2. Descrição do experimento

Este experimento consistiu na obtenção e análise do espectro eletrônico de absorção do


I2 na região do visível. O espectro foi obtido com as moléculas no estado de vapor, com a
[1]
utilização de um espectrômetro de UV-Vis . O procedimento experimental foi realizado
previamente, e apenas o espectro foi fornecido aos estudantes para análise.
A partir de um espectro vibracional de uma molécula diatômica é possível obter
importantes parâmetros sobre a ligação química, tais como a constante vibracional harmônica
( ̃ , constante de força da ligação ( e a energia de dissociação ( ) da molécula. Entretanto,
a molécula de I2 é apolar e seu momento de dipolo não varia durante a vibração, portanto não é
ativa na espectroscopia de infravermelho. Desta maneira, a análise de um espectro eletrônico de
absorção na região UV-visível é uma alternativa para a obtenção destes mesmos parâmetros [1].
A espectroscopia eletrônica na região do UV-visível é uma técnica que mede a absorção
da radiação eletromagnética nesta região do espectro. Quando uma radiação contínua atravessa
um material transparente, uma parte da radiação pode ser absorvida, promovendo transições
entre diferentes níveis eletrônicos, vibracionais e rotacionais da molécula. Se isso ocorrer, a
radiação residual, ao atravessar um prisma em um espectrofotômetro, produzirá um espectro de
absorção [2].
As transições entre níveis rotacionais possuem valores desprezíveis nas condições deste
experimento, podendo ser desconsideradas, e os dados do espectro podem ser tratados de acordo
com a extrapolação de Birge-Sponer, que considera a expressão [1]:

Δ̃ ̃ ̃ (Equação 1)

Onde Δ ̃ é a diferença entre dois números de onda consecutivos, ̃ é a constante


vibracional harmônica e ̃ é a primeira constante de anarmonicidade.
Conforme os valores de v aumentam, os valores de Δ ̃ diminuem, evidenciando o efeito
de anarmonicidade. Desta maneira, a convergência dos níveis vibracionais provocada pela
anarmonicidade da vibração na molécula ocorre linearmente até o rompimento da ligação[1]. A
energia de dissociação vibracional da molécula ( ) pode ser calculada a partir da expressão [3]:

̃
(Equação 2)
̃

A partir dos parâmetros obtidos, também é possível calcular constante de força de ligação
( ) de acordo com a equação [3]:

̃ (Equação 3)

Onde μ é a massa reduzida da molécula de I2, que possui valor de 1,055.10-25 kg [3]
. Já a
energia de excitação eletrônica ̃ pode ser calculada a partir dos parâmetros obtidos para os
estados fundamental e excitado, de acordo com a expressão [4]:

̃ ̃ ̃ ̃ (Equação 4)

Por fim, os parâmetros obtidos permitem a construção de uma curva de potencial (U) em
função da distância interatômica , de acordo com a expressão proposta por Morse [3]:

[ ]
(Equação 5)

Onde é a distância de equilíbrio de valor 2,67 Å e β (em Å-1) equivale à expressão [3]:

√ (Equação 6)

3. Resultados e Discussão

3.1. Análise do espectro eletrônico

Para obtenção dos parâmetros desejados para a molécula de I2, utilizaram-se dados
apresentados na literatura para construir uma tabela de Deslandres (Tabela 1). A partir desta
tabela, os valores foram convertidos de cm-1 para nm (Tabela 2), e algumas atribuições foram
efetuadas no espectro obtido experimentalmente (Figura 1).
Os dados da literatura foram utilizados para a obtenção dos parâmetros desejados, uma vez
que o espectro obtido experimentalmente não apresentou boa linearidade na regressão linear,
sendo possível realizar apenas a atribuição de alguns picos no espectro. A atribuição foi
realizada indicando o valor de v’ no espectro, considerando a transição 0v’.
Tabela 1. Tabela de Deslandres com valores do número de onda (cm-1) e sua atribuição

v” → v’ ̃ (cm–1 ) v” → v’ ̃ (cm–1 ) v” → v’ ̃ (cm–1 )

018 17692,8 029 18604,6 040 19275,2


019 17784,1 030 18677,6 041 19323,7
020 17876,3 031 18744,1 042 19368,6
021 17966,2 032 18811,1 043 19413,7
022 18050,5 033 18871,5 044 19455,3
023 18135,7 034 18935,8 045 19497,0
024 18218,3 035 19000,6 046 19535,1
025 18298,3 036 19058,5 047 19569,5
026 18379,0 037 19116,8 048 19604,0
027 18457,0 038 19171,8 049 19634,8
028 18532,2 039 19227,1 050 19665,7

Tabela 2. Valores de comprimento de onda (nm) observados no espectro experimental

v’  (nm) literatura  (nm) experimental


18 565,2 564,86
19 562,3 562,12
20 559,4 559,11
21 556,6 555,96
24 548,9 548,03
27 541,8 541,18

Figura 1. Espectro eletrônico do I2 com atribuição de algumas transições


A partir dos valores da Tabela 1, construiu-se a Tabela 3, com os valores de v’+1 e ̃, para
a construção da curva de Birge-Sponer (Figura 2).

Tabela 3. Valores de v’+1 e ̃ para a construção da curva de Birge-Sponer


v’+1 Δ ̃ (cm–1 ) v'+1 Δ ̃ (cm–1 ) v'+1 Δ ̃ (cm–1 )
18 - 29 72,4 40 48,1
19 91,3 30 73,0 41 48,5
20 92,2 31 66,5 42 44,9
21 89,9 32 67,0 43 45,1
22 84,3 33 60,4 44 41,6
23 85,2 34 64,3 45 41,7
24 82,6 35 64,8 46 38,1
25 80,0 36 57,9 47 34,4
26 80,7 37 58,3 48 34,5
27 78,0 38 55,0 49 30,8
28 75,2 39 55,3 50 30,9

100
y = -2,03x + 131,68
90
R² = 0,9916
80
Δ ̃ (cm–1 )

70

60

50

40

30

20
15 20 25 30 35 40 45 50 55
v+1

Figura 2. Curva de Birge-Sponer para as transições vibracionais do I2 no espectro eletrônico

Foi aplicada uma linha de tendência no gráfico construído, de modo a obter uma
equação da reta com boa linearidade (r² = 0,9916). Tendo em vista que a curva de Birge-Sponer
está associada à equação 1, comparando com a equação da reta obtida, verifica-se que o
coeficiente linear está relacionado à constante vibracional harmônica do estado excitado ( ̃ , e
o coeficiente angular corresponde a ( ̃ ). Sendo assim, determina-se que:

̃
̃ ̃
A partir da equação 2, calculou-se a energia de dissociação no estado excitado:

A partir da equação 3, calculou-se a constante de força da ligação no estado excitado:

[ ]

A partir da equação 4, calculou-se a energia de excitação eletrônica ( ̃ ) utilizando a


energia da transição para v’ = 18 como referência:

Os parâmetros calculados foram organizados na Tabela 4 a seguir, e comparados com os


valores da literatura:

Tabela 4. Parâmetros do estado excitado obtidos e comparação com os valores da literatura [3]
Parâmetro Calculado Literatura Desvio
̃ (cm-1) 131,68 133 -0,992%
̃ (cm-1) 1,01 1,03 -1,94%
(cm-1) 4292 4293 -0,0233%
(N.m-1) 64,91 66,0 -1,65%
̃ (cm-1) 15602,2 15663,3 -0,390%

Nota-se que todos os valores calculados são muito próximos aos indicados na literatura,
com desvios menores que 2%. Estes desvios ocorrem porque os dados são calculados a partir de
dois roteiros experimentais semelhantes, porém distintos.
Para calcular os parâmetros do estado fundamental, utilizou-se o valor da constante de
força da ligação ( registrado na literatura de 174 N.m-1, bem como o valor da energia de
dissociação ( de 13722 cm-1 [3]
. A partir da equação 3, foi possível calcular a constante
vibracional harmônica ( ̃ :

[ ̃ ]

A partir da equação 2, foi possível calcular a primeira constante de anarmonicidade ( ̃ :

̃
̃

Os valores calculados coincidem exatamente com os apresentados na literatura [3].


3.2. Construção da curva de potencial de Morse

Para a construção da curva de potencial, determinou-se o valor do parâmetro β a partir


da equação 6:

Para o estado fundamental:

Para o estado excitado:

O parâmetro β foi então utilizado na equação 5 para calcular os valores de energia


potencial em função dos valores de distância interatômica, e os valores obtidos estão
apresentados na Tabela 5. Para a construção da tabela, foram utilizados diferentes valores de r,
de modo a abranger uma faixa de valores de r-re de -0,4 Å a 2,5 Å, variando cada linha em
valores de 0,05 Å [3].
Para o estado excitado, ao aplicar a equação 5, o fundo do poço de energia potencial
coincide com o do estado fundamental, sendo necessária uma correção que considera o valor de
̃ como diferença de energia entre os dois estados. De acordo com o princípio de Franck-
Condon, a transição mais intensa observada no espectro corresponde à transição “vertical” (de
mesma coordenada nuclear) que parte do estado v” = 0. No espectro fornecido pela literatura,
observa-se que a banda mais intensa corresponde à transição 026. Sendo assim, o poço do
estado excitado deve ser deslocado para o lado de maior distância interatômica, de modo a haver
recobrimento da função de onda do estado de v’ = 26 com a de v” = 0 [3].
Portanto, após a aplicação da equação 5 para o estado excitado, duas correções foram
realizadas. A primeira delas foi a soma de todos os valores de energia potencial pelo valor
15602,2 cm-1 calculado para ( ̃ ), para ajustar os valores do eixo y. A segunda delas consistiu
em localizar o valor da distância internuclear correspondente à energia da transição para v’= 26,
de modo a realizar um deslocamento no eixo x para coincidir a distância internuclear dos
estados v” = 0 e v’= 26.
De acordo com a Tabela 1, o valor de energia da transição 026 é de 18379,0 cm-1.
Descontando o valor adicionado de ̃ = 15602,2 cm-1, obtém-se o valor de 2776,8 cm-1 para a
energia da transição vibracional. Este valor foi aplicado na equação 5 para se obter o valor da
distância internuclear correspondente:

* ( ) +
( )
Sendo assim, o segundo ajuste, no eixo x, consistiu em somar todos os valores de
distância internuclear (r) por 0,30 de modo a ajustar o valor de (r) correspondente à transição
026 de 2,37 Å para 2,67 Å. Estas correções também foram registradas na tabela 5.

Tabela 5. Valores de energia potencial em função da distância interatômica


r (Å) U’ (r-re) (cm-1)
r (Å) r-re (Å) U’’ (r-re) (cm-1) U’ (r-re) (cm-1)
Corrigido Corrigido
2,27 -0,40 15020,12 5991,10 2,57 21593,30
2,32 -0,35 10411,28 4112,10 2,62 19714,30
2,37 -0,30 6934,16 2712,59 2,67 18314,79
2,42 -0,25 4371,05 1693,99 2,72 17296,19
2,47 -0,20 2542,70 976,48 2,77 16578,68
2,52 -0,15 1301,73 495,49 2,82 16097,69
2,57 -0,10 527,26 198,97 2,87 15801,17
2,62 -0,05 120,29 45,01 2,92 15647,21
2,67 0,00 0,00 0,00 2,97 15602,20
2,72 0,05 100,57 37,04 3,02 15639,24
2,77 0,10 368,59 134,72 3,07 15736,92
2,82 0,15 760,86 276,04 3,12 15878,24
2,87 0,20 1242,62 447,62 3,17 16049,82
2,92 0,25 1786,04 638,96 3,22 16241,16
2,97 0,30 2368,98 841,90 3,27 16444,10
3,02 0,35 2973,95 1050,15 3,32 16652,35
3,07 0,40 3587,27 1258,95 3,37 16861,15
3,12 0,45 4198,37 1464,71 3,42 17066,91
3,17 0,50 4799,20 1664,82 3,47 17267,02
3,22 0,55 5383,75 1857,42 3,52 17459,62
3,27 0,60 5947,65 2041,25 3,57 17643,45
3,32 0,65 6487,85 2215,50 3,62 17817,70
3,37 0,70 7002,35 2379,73 3,67 17981,93
3,42 0,75 7489,98 2533,79 3,72 18135,99
3,47 0,80 7950,23 2677,71 3,77 18279,91
3,52 0,85 8383,09 2811,71 3,82 18413,91
3,57 0,90 8788,94 2936,08 3,87 18538,28
3,62 0,95 9168,43 3051,23 3,92 18653,43
3,67 1,00 9522,46 3157,60 3,97 18759,80
3,72 1,05 9852,04 3255,66 4,02 18857,86
3,77 1,10 10158,32 3345,91 4,07 18948,11
3,82 1,15 10442,48 3428,84 4,12 19031,04
3,87 1,20 10705,74 3504,95 4,17 19107,15
3,92 1,25 10949,34 3574,71 4,22 19176,91
3,97 1,30 11174,47 3638,58 4,27 19240,78
4,02 1,35 11382,34 3697,01 4,32 19299,21
4,07 1,40 11574,09 3750,41 4,37 19352,61
4,12 1,45 11750,83 3799,19 4,42 19401,39
4,17 1,50 11913,60 3843,70 4,47 19445,90
4,22 1,55 12063,42 3884,31 4,52 19486,51
4,27 1,60 12201,24 3921,32 4,57 19523,52
4,32 1,65 12327,94 3955,05 4,62 19557,25
4,37 1,70 12444,36 3985,77 4,67 19587,97
4,42 1,75 12551,30 4013,74 4,72 19615,94
4,47 1,80 12649,48 4039,20 4,77 19641,40
4,52 1,85 12739,59 4062,36 4,82 19664,56
4,57 1,90 12822,27 4083,43 4,87 19685,63
4,62 1,95 12898,11 4102,59 4,92 19704,79
4,67 2,00 12967,64 4120,00 4,97 19722,20
4,72 2,05 13031,39 4135,83 5,02 19738,03
4,77 2,10 13089,82 4150,22 5,07 19752,42
4,82 2,15 13143,35 4163,29 5,12 19765,49
4,87 2,20 13192,41 4175,16 5,17 19777,36
4,92 2,25 13237,34 4185,95 5,22 19788,15
4,97 2,30 13278,49 4195,75 5,27 19797,95
5,02 2,35 13316,17 4204,64 5,32 19806,84
5,07 2,40 13350,68 4212,72 5,37 19814,92
5,12 2,45 13382,27 4220,05 5,42 19822,25
5,17 2,50 13411,19 4226,71 5,47 19828,91

A partir dos valores desta tabela, construiu-se a curva de potencial de Morse (Figura 3).
Na figura, destaca-se a transição 026 em 2,67 Å que é a mais intensa observada no espectro.

25000,00

20000,00
(cm-1)

15000,00
-1)
e) (cm
U (r-re)

Estado Excitado
10000,00
U (r-r

Estado Fundamental

5000,00

0,00
2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5
rr-re
(Å)

Figura 3. Curva de energia potencial em função da distância internuclear para o estado


eletrônico fundamental e excitado da molécula de I2.

A curva obtida apresentou perfil semelhante ao registrado na literatura [3]. Através desta
figura, foi possível observar o efeito de anarmonicidade, bem como verificar que os valores de
energia de dissociação ( = 13722 cm-1 e = 4292 cm-1) calculados no experimento estão
coerentes com a representação gráfica, pois coincidem os o valor do eixo y para o final da
curva, onde se observa uma tendência a um patamar horizontal (para o estado excitado é
necessário somar com ̃ , obtendo 19894,2 cm-1). Os demais parâmetros calculados também
estão coerentes com a escala de valores do gráfico.
4. Conclusão

O experimento realizado permitiu a determinação de alguns parâmetros para o estado


excitado da molécula de I2, a partir da análise de seu espectro eletrônico: a constante vibracional
harmônica ( ̃ , 131,68 cm-1, a primeira constante de anarmonicidade ( ̃ , 1,01 cm-1, a
constante de força da ligação ( , 64,91 N.m-1, a energia de dissociação ( , 4292 cm-1, e a
energia de excitação eletrônica ̃ , 15602,2 cm-1. Todos os valores apresentaram-se muito
próximos ao fornecido pela literatura, com desvios menores que 2%.
Com os dados da constante de força da ligação ( e da energia de dissociação (
do estado fundamental registrados na literatura, calculou-se para o estado fundamental a
constante vibracional harmônica ( ̃ , 216 cm-1, e a primeira constante de anarmonicidade
(̃ , 0,850 cm-1, valores que coincidiram exatamente com os da literatura.
A partir dos parâmetros calculados para o primeiro estado excitado, bem como dos
parâmetros fornecidos na literatura para o estado fundamental, calculou-se o valor do parâmetro
β para o estado fundamental (1,79 Å-1) e para o estado excitado (1,95 Å-1), a fim de construir a
curva de energia potencial de Morse para a molécula de I2. A curva obtida apresentou perfil
semelhante ao registrado na literatura, bem como apresentou uma escala de valores coerente
com os cálculos realizados neste experimento.

5. Referências

[1] SANTOS, V. P. Espectro Vibracional do Iodo na Região do Visível: Uma Alternativa ao


Uso da Espectroscopia RAMAN. Rev. Virtual Quim. v. 6, n. 4, jul-ago 2014, p. 898-910.

[2] PAVIA, D. L. et al. Introdução à Espectroscopia, trad. 4. ed. americana. Cengage


Learning, 2010, p. 365-367.

[3] SALA, O. I2 - Uma molécula didática. Quim. Nova, v. 31, n. 4, 2008, p. 914-920.

[4] GARLAND, C. W.; NIBLER, J. W.; SHOEMAKER, D. P. Experiments in physical


chemistry, 8. ed. Boston: McGraw-Hill Higher Education, 2009, p. 436-446.

Você também pode gostar