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^MESSIDOR U^Sí
Versos :
(Edições exgottadas)
GVILHERME DE ALMEI)Í)A
idor/'
NOS
A DANÇA DAS HORAS
SUAVE COLHEITA
S. PAVLO
CASA EDITORA "O LIVRO"
XXXVIII - B, RVA BÔA VISTA, XXXVIII - B
MCMXIX
\ c
FIZElElAM-SE DESTA OBRA :
JUSTIFICAÇÃO DA TIRAGEM
1068
PQ
Sob um signo propicio e um eco de bom agouro,
II
]
^U não sei quem tu és. Sonhei-te linda,
14 MESSIDOR
IV
MESSIDOR
L-como
pensar que havemos de perdel-o.
: !
Ni')S
V
Não
EM,
te
partamos, que o
assombrem as noutes
mundo nos
sem
espera
luares,
.\()S
VI
22 MESSIDOR
VII
24 ÍJESSIDOR
VIII
MESSIDOR
NÓS 29
30 MESSIDOR
,'
Vou partir. Para longe? Para perto?
^
— Não sei : longe de ti tudo é deserto
XI
32 MESSIDOR
XII
34 MESSIDOR
X(')S 35
XIII
XIV
38 M?:SS1D0R
NÓS
XV
;
Nosso mundo (fale o outro: pouco importa!)
fica todo entre o quadro de uma porta
NÓS 41
XVI
42 MESSIDOR
Si soubesse !
— pensávamos. Comtudo,
XVII
44 MESSIDOR
45
XVIII
46 MESSIDOR
XIX
48 MESSIDOR
XX
50 MESSIDOR
XúS 51
XXI
52 MESSIDOR
NÓS 53
XXII
T
de
U
um
senhora, eu senhor,
pequenino mundo.
ambos senhores
No caminho,
NÓS
XXIII
prodigamente, perdulariamente.
56 MESSIDOR
XoS 57
XXIV
58 MESSIDOR
XXV
60 MESSIDOR
62 MESSIDOR
NÓS 63
XXVII
64 MESSIDCR
^ós 6S
XXVIII
XXIX
68 MESSIDOR
XóS 69
XXX
70 MESSIDOR
NÓS 7
XXXI
F RA uma
I ,
historia simples e sombria
72 MESSIDOR
XóS 73
XXXII
74 MESSIDOR
NrtS 75
XXXIII
76 MESSIDOR
F REMITO
1 de azas, vibração ligeira
de cabello do sol,
as doze tecelãs!
o alado torvelim
vertiginosamente rodopia,
o bailado fugaz,
"ARS AMANDI"
84 MESSIDOR
II
86 MESSIDOR
III
MESSIDOR
IV
92 MESSIDOR
ao longo da alameda,
Machinalmente extendo
o olhar vadio : um turbilhão de seda
94 MESSIDOR
a sensação extranha
E, beijando-a, parece
96 MESSIDOR
FLOR DO ASPHALTO
98 MESSIDOR
AS BONECAS
ha um silencioso sobresalto
100 MESSIDOR
de um singular kaleidoscopio,
102 MESSIDOR
O IDYLLIO SUAVE
completamente em mim,
quando, toda Watteau, silenciosa, appareces,
104 MESSIDOR
e vasio o salão. .
como si eu te esperasse
e a caricia do olhar,
Q UE extranha melodia
O piano sensitivo,
e um espreguiçamento de arvoredos,
Desbotada, lá fora,
ROSA DA PÉRSIA
HARMONIA VERMELHA
110 MESSIDOR
MALMEQUER
112 MESSIDOR
114 MESSIDOR
de um sentimentalismo agudo
acostumados á caricia
intencionaes ou distrahidos,
O CIÚME
como um punhal.
1^7
A DANÇA DAS HORAS
— louco, talvez,
tenho ciúme de quem não te conhece ainda
118 MESSIDOR
FETICHISMO
imperativa de um perfume
o teu chapéo. . .
— tudo afinal
O FRASCO VASIO
os traços delicados
levemente fluctua
122 MESSIDOR
O ESPELHO
o
uma
espelho pÕe na alcova abandonada
124 MESSIDOR
126 MESSIDOR
128 MESSIDOR
OS TRÊS GESTOS
como um consentimento...
; !
130 MESSIDOR
O MOMENTO DO AMOR
132 MESSIDOR
de outrora. .
e o vestido de tufos,
para o minuete,
E do galante fidalgo
bruscamente eriçou,
tremeu, ciumento e mudo, á frente do cortejo
MESSIDOR
na saudosa attitude
no momento do amor
A DANÇA DAS HORAS 135
136 MESSIDOR
sensações de desmaio...
e o gosto de um perfume
um longo pensamento
SUAVE COLHEITA
!
POEMAS DE AÇO
PÓRTICO
II
A MELHOR CONQUISTA
144 MESSIDOR
III
CAVALLEIRO DO AMOR
r
V^AVALLEIRO do Amor, sobe a armaria e cmge
o teu saio de malha, a eril sapata e o guante
146 MESSIDOR
IV
O HERÓE
148 MESSIDOR
PERCEVAL
VI
O JOGRAL
152 MESSIDOR
VII
O FORAGIDO
154 MESSIDOR
VIII
ULTIMA CRUZADA
156 MESSIDOR
IX
CASTELLO-NO-AR
158 MESSIDOR
OS ÚLTIMOS ROMÂNTICOS
A MUSICA ETERNA
n tarde me convida.
a musica da vida.
160 MESSIDOR
Um pássaro, em surdina,
matando-a na garganta
a musica de um beijo?!
. .
II
F SSA
J , que eu hei de amar perdidamente um dia.
164 MESSIDOR
III
ESTA VIDA
166 MESSIDOR
IV
OS ÚLTIMOS ROMÂNTICOS
Ah pudessem
! fundir-se nossas vidas
170 MESSIDOR
VI
DESFOLHO A VIDA.
mulher.
qualquer. .
:; !
174 MESSIDOR
VII
MARY
V
de
IVIAMOS
um
alli como no fundo
grande sonho de felicidade
VIII
A CRUEL DELICIA
SUAVE COLHEITA
ou descobrisse um céo.
apenas na illusão
! : !
178 MESSIDOR
a delicia de amar
. .
IX
MESSIDOR
SAUDADE
5
Para além da janella,
SUAVE COLHEITA
SÓ — palavra fin";icla,
í
l palavra iniitil, pois quem sente
de um silencio, da musica de um pé
cantando pela escada;
No emtanto, no momento,
na aza do vento,
como um simples novello de fumaça...
E começa a chorar. .
: ! .
182 MESSIDOR
XI
SPLEEN
F
I , a vida continua... E continua
184 MESSIDOR
SERENIDADE
AMOR, FELICIDADE. .
Ah quanto namorado
! descontente,
II
A UM POETA
MESSIDOR
III
CUIDADO
O'
\_^ namorados que passaes, sonhando,
quando bóia, no céo, a lua cheia
190 MESSIDOR
IV
DOR OCCULTA
192 MESSIDOR
V
FELICIDADE
F LLA
I ^ veio bater á minha porta
e falou-me, a sorrir, subindo a escada
VI
ESPERANÇA
F
J___U dizia, a seguir devagarinho
SUAVK COLHEITA
196 MESSIDOR
VII
MOCIDADE
F
I ^ os meus amigos dizem sempre : "Amigo,
quanta vida esbanjada num minuto
Muitas vezes um galho, por castigo,
198 MESSIDOP
VIII
TARDE
200 MESSIDOR
IX
SILENCIO
s ILENCIO—
'
202 MESSIDOR
TRISTEZA
MESSIDOR
XI
SUAVE COLHEITA
NÓS
PAGS.
/ O pequenino livro, eut que me atrevo .... 11
II Eu não sei qwcm tu és. Sonhei-te linda... 13
III Estas e niuitaj! outras cousas, certo .... 15
IV Mas não passo f, sem nuvem de tristeza ... 17
V Vem, partamos, que o mundo nos espera . 19
VI Espero-te, pensahdo: "Ella não tarda" ... 21
VII Morre o dia. Do quadro da vidraça .... 23
VIII Lês um romance. .Eu te contemplo. Ondeia, . . 25
IX Nessa tua janella. solitário, 27
X Vou partir, vaes ficar. ''Longe da vista, ... 29
XI "Minha amiga, não sei \si me acostume ... 31
XII Espero uma resposta. O aoente ensaia .... 33
XIII Noutc. E eu sempre só, Descabelladas, só. . . 35
^XIV N^ós dous de novo jun^os\ novamente .... 37
XV Falam muito de Quanta maldade, ....
nós. 39
XVI Si gente soubesse,
esta c-u tç dizia, 41
XVII Eu em em mim,
ti, tu ....
tnvnlta querida, 43
XVIII Quando as folhas m nos caminhos,
cahire . . 45
XIX Sonhei: de
cheia figurada, ....
sol, tra.^is 47
XX Naquella grande rua socegada, 49
XXI Fico — deixas-me velho. }f/oça e bella, ... 51
210 INDEX
PAGS.
XXII Tu senhora, eu senhor, ambos senhores . 53
XXIII Eu não fui mais que um sceptico suicida 55
XXIV Que bons tempos aqueUes em que eu via 57
XXV O nosso ninho, a nossa casa, aquella . 59
XXVI "Eu te adoro!" — dizias-me, cornudo 61
XXVII Hoje voltas-7nc o rosto, si a teu Iddo . 63
XXVIII Desato a fita azul que prende o ftrlaço . 65
XXIX Nós
soubemos passar por esta estrada . 67
XXX Vamos, portanto, como dous e^:tranlios, 69
XXXI Era utna historia simples e sombria . 71
XXXII Quando achuva cessava e uwi vento fino 73
XXXIII Outomno. As folhas tombam ao sol poente 75
PAGS.
O ESPELHO 123
SUAVE COLHEITA
POEMAS DE aço:
PAGS.
I PÓRTICO 141
IX CASTELLO-NO-AR 157
OS ÚLTIMOS ROMÂNTICOS;
15"
I A MUSICA ETERNA
II ESSA QUE EU HEI DE AMAR 163
PAGS.
SERENIDADE !
PAGS.
A PROPÓSITO DO "NÓS"
"Elle compõe o soneto com uma facilidade surprehcndente. O verso, cora
todas as suas subtilezas e com todas as suas, por vezes insuperáveis, diffi-
culdades, não tem segredos para Guilherme de Almeida. E' um poeta quasi
feito, a despeito dos seus poucos annos. A
linguagem com que enroupa as
suas bellas concepções poéticas é sempre elegante e precisa."
"Estreou-se bem e, com o primeiro livro, marcou uma etapa que será
uma ascenção para o Parnaso, donde já anda muito perto e onde trium-
phará, não tarda, engrinaldado de rosas.
216 APPENDICE
"Eu tomo, por exemplo, o recente livro — "Nós" — publicado pelo sr.
Guilherme de Almeida.
Que se propoz
fazer nesse livro o joven poeta?
A ou conjectural, de um amor, como os demais amores tra-
historia real,
vados entre almas aristocráticas, com os seus lances de angustia e delicia,
com seus ancenubios de esperança e duvida.
Fel-o o sr. Guilherme de Almeida? —
Eximiamente, enternecedoramente.
—
•
218 APPENDICE
APPKNDU K 219
quasi
O seu erotismo é romântico, todo cerebral. As formas que toca são
intangíveis . .
ArPKNUKl. 221
"O livro que acabamos de lêr, sob o titulo original de "A dança das
horas" é já o segundo que o autor publica.
Tanto neste como no primeiro —
de que aliás muito disse em concei-
tuosos encómios a critica indígena —
ha o mesmo traço de originalidade
na sua maneira de poetar. São versos escriptos em boa linguagem, e o poeta
é sempre novo, inédito. As suas imagens, nem sempre justas, mas sempre
bellas, ás vezes elevadas, não pecam nunca pelo vulgar ou pelo frívolo."
E' difficil citar versos de um livro como este, em que todos são lindos."
E' o poeta do asphalto, da luz eléctrica, do velludo, das jóias, das tape-
çarias,dos crystaes, do luxo mundano, emfim, um poeta aristocrático...
E' uma poesia nova, espartilhada, de meias de seda e sapatos minúsculos,
que usa morphina e dorme, alta madrugada, entre volutas de perfumes
"
orientaes. . .
222 APPENDICE
opulento e delicios
"Realmente o novo livro de Guilherme de Almeida,
perfe"t7 confirmação dos seus f .'^
^^otes intellectuaes todí
mis "ma
:
ideou e compoz.
adamantina do cérebro privilegiado que as
de
Nuto SanfAnna, no "Correio Paulistano",
de junho de 1919.
ArPKNDlCK
"O livTo do sr. Guilherme de Almeida é todo nervos. Sua poesia é subtil,
ísguia. fu^az. E' um poeta impressionista. Seus versos lembram as telas
los discipulos de Sisley, que pintavam com pinceladas curtas e nerv.-sas.
Seu livro é um punhado de confetti multicores. O
poeta não perde em
todo elle uma feição intensamente pessoal. E' toda a vida moderna, a
rida offcRantc que nos arrasta, que elle retraça em miniatura de um admi-
rável realismo, sem pormenores. O
sr. Guilherme de Almeida .sabe ver o
ísscncial e com poucas notas compõe uma symphonia de sabor novo,
requisito, que marca.
A poesia, que deu ao livro o titulo, é uma pagina que ficará na nossa
litteratura. . .
PQ Almeida, Guilherme de
9697 Messidor
a58Mí;
1919
1 ^'^