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APOSTILA PREPARATÓRIA

PARA O EXAME DE

MESTRE-AMADOR
MESTRE AMADOR.
OBTENÇÃO DA HABILITAÇÃO
PARA CONDUZIR
EMBARCAÇÕES NA
ATIVIDADE DE ESPORTE E
RECREIO, NOS LIMITES DA
NAVEGAÇÃO COSTEIRA.
1ª Edição – Abril 2014

COMUNICADO

Esta edição da apostila de Mestre-Amador está de acordo


com a Norma da Autoridade Marítima – NORMAM-03/DPC,
atualizada pela Portaria nº 48, de 20 de fevereiro de 2014,
decorre do que estabelece a Lei nº 9.537, de 11 de dezembro
de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário
– LESTA, e do Decreto nº 2.596 de 18 de maio de 1998 –
RLESTA, que a regulamenta.
www.portaldoamador.com.br

ÍNDICE

 Unidade 1 - Fundamentos da Navegação 01

 Unidade 2 - Cartas Náuticas 08

 Unidade 3 - Publicações de Auxílio à Navegação 20

 Unidade 4 - Instrumentos de Auxílio à Navegação 31

 Unidade 5 - Radar e GPS 43

 Unidade 6 - Noções de Funcionamento da EPIRB 59

 Unidade 7 - Noções de Estabilidade 63

 Unidade 8 - Meteorologia 70

 Unidade 9 - Navegação e Balizamento (RIPEAM) 87

 Unidade 10 - Sobrevivência no Mar 102

 Unidade 11 - Navegando com Agulhas Magnéticas 113

 Unidade 12 - Rumos e Marcações 120

 Unidade 13 - Posição no Mar 128

Carta Especial para Instrução 13006:


↘ Disponível em: http://www.portaldoamador.com.br/paginas/downloads.html
www.portaldoamador.com.br [FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO]

Unidade 1:
Nesta unidade, você terá uma visão geral dos diferentes tipos e métodos de navegação; conhecerá as
principais linhas, pontos e planos do globo terrestre; aprenderá sobre o sistema de coordenadas
geográficas; verá as unidades de medidas usadas na navegação, e entenderá sobre as diferenças
entre Loxodromia e Ortodromia, suas vantagens e desvantagens.

Navegação Que navegar, alem de ciência, é uma arte, todos os bons


navegantes já sabem. Eis aqui a definição universal de
navegação: “Navegação é a ciência e a arte de conduzir uma
embarcação de um ponto a outro da superfície da Terra com
segurança”. Para tal o navegante considera informações sobre
cartografia, meteorologia, auxílios à navegação, sistemas de
posicionamento, perigos existentes e outros.

Tipos e Métodos de Basicamente, quanto à distância em que se navega da costa


ou obstáculos mais próximos, a navegação pode ser de três
Navegação tipos principais:
≈ Navegação em Águas Restritas – também denominada
Navegação Interior é aquela que se pratica em águas
consideradas abrigadas, tais como no interior de portos,
baías, canais, rios, lagos e lagoas. É, também a navegação
utilizada próximo à costa (ou perigo mais próximo) menores
que 3 milhas náuticas de terra. É o tipo de navegação que
exige maior precisão. (Arrais-Amador, Veleiro e Motonauta).
≈ Navegação Costeira – é a navegação que se faz ao longo da
costa, entre portos nacionais e estrangeiros, dentro dos
limites de visibilidade da costa, à vista de terra, não
excedendo a 20 milhas náuticas. Na navegação costeira a
posição da embarcação é determinada visualmente,
tomando-se por referências, pontos notáveis em terra, tais
como: pontas, ilhas, faróis, torres, edificações etc. (Mestre-
Amador).
≈ Navegação Oceânica – também definida como sem
restrições, isto é, aquela realizada fora dos limites de
visibilidade da costa, além das 20 milhas náuticas, e sem
outros limites estabelecidos. É caracterizada quando a
embarcação navega suficientemente afastada de terra e
áreas de tráfego nas quais os perigos de águas rasas e de
Observação: abalroamento são relativamente pequenos. (Capitão-
- Os valores e definições apresentados para Amador).
águas restritas, costeira e oceânica, tem
como referência a Norma para o navegante
amador (NORMAM-03/DPC). Em qualquer um dos tipos de navegação, o nauta poderá se
valer de um ou mais métodos para determinar a posição da
embarcação no mar. Os principais são:
Pontos Notáveis
≈ Navegação Astronômica – método em que o navegante
- São normalmente pontos conhecidos
devidamente representados nas Cartas determina a posição da embarcação pela observação dos
Náuticas. São exemplos de pontos notáveis: astros (Sol, Lua, planetas e estrelas). Normalmente, só é
montanhas, pontas, cabos, ilhas, faróis, utilizada em alto-mar (navegação oceânica).
torres, edifícios, faroletes, igrejas e outros,
≈ Navegação Visual – método que tem por princípio
existentes ou dispostos, em terra, para
determinar a posição da embarcação no determinar o rumo ou rota da embarcação com base em
mar. pontos notáveis em terra ou na costa (visual), valendo-se de

Mestre-Amador 1
www.portaldoamador.com.br [CARTAS NÁUTICAS]

Unidade 2
Nesta unidade, você conhecerá as cartas náuticas e as suas múltiplas informações; terá uma visão
geral dos sistemas de projeção, escalas, informações contidas na carta, cores e manuseio, com
ênfase à carta náutica na projeção de Mercator.

Cartas Náuticas Uma carta náutica é na realidade um mapa que tem como
propósito servir de ferramenta à navegação em meio aquático.
Suas informações compreendem levantamentos de áreas
oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer
outra massa d’água navegável; representam ainda os acidentes
terrestres e submarinos, fornecendo informações sobre
profundidades, perigos à navegação (bancos, pedras
submersas, cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à
navegação), e ainda, natureza do fundo, fundeadouros, áreas
de fundeio, auxílios à navegação (faróis, faroletes, boias,
balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis etc.), altitudes e
pontos notáveis aos navegantes, linha da costa e de contorno
de ilhas, elementos de marés, correntes e magnetismo e outras
indicações necessárias à segurança da navegação. As cartas
náuticas estão associadas a um sistema de coordenadas
(latitude e longitude) que permite a obtenção da localização de
A navegação considerada em nosso estudo é
qualquer ponto que represente. Além das cartas convencionais
aquela realizada em meio aquático, seja ela (em papel), existem as cartas náuticas digitais, que podem ser
marítima, fluvial ou lacustre. Para tanto, de dois tipos: eletrônica (vetorial) e RASTER, as quais podem,
utiliza-se o termo “carta náutica”, que é o em certas condições, substituir as cartas convencionais.
documento cartográfico resultante de
Para melhor compreender a cartografia náutica é
levantamentos de áreas navegáveis por
embarcações. fundamental iniciarmos o estudo descrevendo a necessidade de
representar a terra num plano e das técnicas de projeção, pois
assim você estará mais contextualizado.

Necessidade de O globo terrestre é a representação mais fiel do planeta,


mas é difícil de ser manuseado. Entre suas limitações, podemos
Representar a Terra num citar duas principais:
Plano  O globo impossibilita a visão de toda a Terra
simultaneamente.
 A curvatura acaba dificultando possíveis medições de
distâncias.
Assim, apesar da semelhança de forma, o globo não é
funcional para muitas finalidades, em especial, para a
navegação aquaviária e precisa ser substituído pelas cartas
náuticas.
As cartas, por sua vez, constituem uma representação plana
reduzida – total ou parcial – da superfície terrestre. No entanto,
a construção de uma carta apresenta dois grandes desafios:
 Representar a curvatura do geoide (formato da Terra),
num plano; e
Navegação Aquaviária  Representar as dimensões da superfície terrestre numa
- É a navegação realizada por barcos, navios folha de papel, que é muito menor.
e outros meios aquáticos, utilizando um
corpo de água, tais como oceanos, mares,
Para solucionar esse problema, a cartografia desenvolveu
lagos, lagoas, rios, ou outros canais um método para representar a superfície terrestre numa
navegáveis. superfície plana (na carta) chamada de projeção.

Mestre-Amador 8
www.portaldoamador.com.br [PUBLICAÇÕES DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO]

Unidade 3:
Nesta unidade, você vai conhecer as principais publicações de auxílio à navegação, que são de
interesse dos navegantes das embarcações de esporte e recreio, exceto as miúdas, cujas informações
complementam e ampliam os elementos fornecidos pelas Cartas Náuticas Brasileiras.

Publicações de Auxílio à Na unidade 2, você aprendeu que a carta náutica é o


principal documento de auxílio à navegação aquaviária,
Navegação oferecendo o posicionamento geográfico da embarcação,
delimitando áreas que devam ser evitadas e determinando a
derrota com segurança. No entanto, ela não suporta sozinha a
totalidade das informações necessárias ao navegante. Assim, a
Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), edita outros
documentos cartográficos auxiliares, que tem como principal
objetivo oferecer informações complementares as cartas
náuticas, referentes à navegação aquaviária, publicações essas,
que devemos ter a bordo, devidamente atualizadas, para serem
consultadas, sempre que for necessário. Vejamos algumas
dessas publicações:

Catálogo de Cartas e Consiste de um catálogo que relaciona todas as cartas


náuticas, publicações e impressos em geral editados pela DHN.
Publicações As informações contidas no catálogo dividem-se em quatro
partes:
Parte 1 – traz a relação de todas as cartas publicadas
(Marítimas, Fluviais, Lacustres, Especiais e Meteorológicas).
Parte 2 – apresenta os vinte (20) índices em que as cartas
são distribuídas. Cada índice contém uma relação detalhada das
cartas do trecho representado, com área de abrangência, título,
escala e o ano da primeira e da última edição, a fim de dar ao
navegante ciência do estado de atualização das cartas, que
devem ser constantemente revistas. Foram incluídas nesta
parte as cartas do II Plano Cartográfico Náutico Brasileiro.
Fonte:
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/publicacao/cata Parte 3 – relaciona todas as publicações e impressos
logo/ editados pela DHN, de interesse exclusivo à navegação.
Parte 4 – relaciona todas as Cartas Eletrônicas da DHN
disponíveis para aquisição junto ao Centro Internacional de
Na Internet
- O Catálogo de Cartas e Publicações você Cartas Náuticas Eletrônicas – IC-ENC (www.ic-enc.org) ou
encontra disponível para download gratuito Primar (www.primar.no).
no endereço:
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/publicacao Quando usar?
/catalogo/catalogo.htm
Acesso em: 19/02/2014
Na prática, o Catálogo de Cartas e Publicações é para ser
consultado sempre antes de adquirir uma carta ou publicação, e
por ocasião do planejamento de uma viagem, pois ele nos ajuda
a selecionar as cartas e publicações náuticas necessárias para
execução de uma determinada derrota a ser percorrida por
uma embarcação.

Roteiro O Roteiro complementa as cartas náuticas brasileiras,


oferecendo subsídios para melhor avaliar as informações das
cartas na navegação ao longo da costa ou dos canais e nas
aterragens, assim como conhecer os regulamentos, recursos e

Mestre-Amador 20
www.portaldoamador.com.br [INSTRUMENTOS NÁUTICOS DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO]

Unidade 4:
Nesta unidade, você terá uma visão geral dos principais instrumentos de auxílio à navegação;
entenderá como funcionam as agulhas (magnética e giroscópica); odômetro (de fundo e de
superfície); ecobatímetro e prumo de mão; alidade e outros de fundamental importância para uma
navegação segura.

Instrumentos de Auxílio à A escolha dos instrumentos que se deve ter a bordo


depende de alguns fatores, dentre os quais se destacam o
Navegação tamanho da embarcação, a singradura que irá empreender e
os recursos disponíveis a bordo. Aqui vamos conhecer, sem
Singradura entrar em detalhes técnicos, alguns dos equipamentos de
- Caminho, rota que uma embarcação
percorre em determinado tempo. auxílio à navegação comumentes encontrados na maioria das
embarcações de esporte e recreio (lazer) utilizadas na
Dotação de Equipamentos de Navegação navegação costeira, estimada e em águas restritas.
- É responsabilidade do Comandante, dotar Os instrumentos náuticos são utilizados basicamente para
a sua embarcação com equipamentos de
navegação compatíveis com a singradura
se obter as direções no mar (rumos e marcações), medir e
que irá empreender. (NORMAM-03/DPC). determinar a velocidade e a distância percorrida por uma
embarcação, medir as distâncias no mar, medir
profundidades, desenho e plotagem, ampliação do poder de
visão do navegante, entre outros. Vejamos alguns desses
instrumentos:

Instrumentos para Medidas de Direções no Mar

Agulhas Náuticas Um dos problemas principais da navegação é determinar a


direção no mar (rumos e marcações) a seguir para ir de um
(Bússolas) ponto a outro na superfície terrestre, bem como determinar a
posição da embarcação em função de pontos de terra quando
dentro do alcance visual. A solução de ambos exige que se
conheça uma orientação e esta é obtida pelas Agulhas
Náuticas.
As agulhas náuticas podem ser Magnéticas e Giroscópicas.

Vejamos cada uma delas:

Agulha Magnética
A bússola, mais conhecida pelos Marinheiros como Agulha
é o instrumento de navegação mais importante a bordo ainda
hoje. O seu princípio de funcionamento é, um ferro natural ou
artificialmente magnetizado tem em se orientar segundo a
direção do campo magnético da Terra. A agulha magnética é
constituída de um grupo aglutinado de leves barras
magnetizadas e paralelas que se fixam na parte inferior de um
disco graduado de 000° a 360° (rosa dos ventos).
Agulha Magnética Independente de onde se pretende navegar, todas as
embarcações, com exceção das miúdas devem ser equipadas
A Agulha Magnética pode ser:
- Eletrônica: baseia seu funcionamento na com agulha magnética de governo. As embarcações com
medida do campo magnético terrestre - comprimento igual ou maior que 24 metros deverão possuir,
apresentação digital de rumos. também, certificado de compensação ou curva de desvio da
- Giromagnética: combina os efeitos do agulha atualizada a cada dois (2) anos.
magnetismo e do giroscópio.

Mestre-Amador 31
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE RADAR E GPS]

Unidade 5
Esta unidade tem como propósito, apresentar noções de navegação radar e operação dos sistemas
de navegação por satélite (GPS e DGPS).

Radar O termo “Radar” deriva da expressão inglesa “Radio


Detecting And Ranging“ (Radio Detecção e Medição de
Alcance), o que significa: Detecção e determinação da distância
por intermédio das ondas de rádio do espectro
eletromagnético.
As principais informações fornecidas pelo radar são a
distância, a direção (marcação), a altitude e a velocidade de
alvos acima d’água, no ar e em terra, ou até mesmo no espaço,
caso o radar seja adequado. Seu funcionamento baseia-se na
medição do tempo necessário para que a onda eletromagnética
Antena radar por sua antena ao encontrar um alvo regresse à mesma antena
sob a forma de um eco. Além disso, sendo sua antena
direcional, a direção de onde provém, o eco, que nada mais é
do que a marcação do alvo pode ser também determinada. Na
prática, o radar usa a reflexão de ondas-rádio para detectar
objetos que não são visíveis normalmente, por estarem na
escuridão, ocultos por nevoeiros ou por estarem a grandes
distâncias.
A antena do radar gira para que seja possível determinar a
marcação do alvo, ou seja, sua direção. No instante em que a
antena alinha-se com esse alvo, ela pode percebê-lo pela
recepção do eco do pulso de ondas eletromagnéticas emitidas
originalmente pelo radar.
A Imagem radar necessita ser interpretada, pois nem
sempre coincide com a visão real. Observe a figura (ao lado),
que representa a tela do radar que detectou a linha da costa e a
imagem real correspondente.
Podemos verificar que o radar fornece ao navegante,
distâncias e posições reais de objetos (linha da costa, ilhas,
outras embarcações etc.) em uma determinada escala. Logo,
com o radar é possível executar uma navegação costeira, isto
Principais funções do Radar é, fazer marcações e obter distâncias de ponto notáveis que
- Marcação e distância que determinado estejam identificados pelas cartas náuticas, principalmente
alvo se encontra da nossa embarcação.
quando existirem dificuldades de executar uma navegação
visual, como, por exemplo, quando se está navegando muito
RADAR, significa Radio Detection And distante da costa, quando se está navegando à noite ou em
Ranging . condições adversas de tempo, tais como, em temporais e
nevoeiros.
Uso do Radar
Além disso, o radar é muito útil para a segurança da
- O radar é usado para detectar e
acompanhar todos os tipos de objetos – navegação na entrada e saída de portos, navegação fluvial e
alvos de superfície, aeronaves ou mísseis lacustre e para o controle do tráfego adjacente, ou seja, o
numa área muito grande ao redor da controle das embarcações que estejam navegando próximo, a
instalação do radar. fim de identificar se existem riscos de abalroamento.

Mestre-Amador 43
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE FUNCIONAMENTO DA EPIRB]

Unidade 6
Nesta unidade, você vai conhecer algumas noções básicas de funcionamento da EPIRB.

EPIRB O que é EPIRB?


É uma Radiobaliza Indicadora de Posição em Emergência,
(acrônimo do inglês Emergency Position Indicating Radio
Beacon) destinada a transmitir um sinal que identifique uma
embarcação ou aeronave em perigo e determine sua
localização, facilitando os trabalhos de busca e resgate, através
do Sistema Marítimo Global de Socorro e Segurança (GMDSS).

GMDSS
Iniciado pela Organização Marítima Internacional (IMO),
em 1988, é um sistema internacional que utiliza tecnologia
terrestre e satelital com sistemas de rádio a bordo dos navios
Fonte: http://pt.wikipedia.org
para assegurar um rápido e automático envio de um sinal de
socorro a uma central de comunicações em terra e às
autoridades de resgate, em adição aos navios e estações que se
encontram nas proximidades de um incidente.
Basicamente, este sistema tem a finalidade de automatizar
as comunicações de socorro entre os navios e os Centros de
Coordenação de Salvamento (RCC) e Subcentros de
Coordenação de Salvamento (RSC) distribuídos ao longo do
litoral marítimo e fluvial, fazendo conhecer a situação de
emergência a toda embarcação próxima a um sinistro a fim de
que coopere nas tarefas de salvamento.
Aplicável a todos os navios de passageiros carregando
mais de doze (12) passageiros em viagens internacionais ou em
mar aberto e de carga de 300 toneladas e acima, quando
navegando em viagens internacionais ou em mar aberto, o
GMDSS exige que os navios recebam transmissões de
informações de segurança marítima, e levem uma radiobaliza
satelital (EPIRB) de 406 MHz.

Satélites do Sistema
COSPAS – Satélites Russos ≈ COSPAS-SARSAT – é um sistema de satélites desenvolvido
SARSAT – Satélites Americanos. para fornecer alertas de perigo e dados de localização em
coordenadas geográficas aos RCC para auxiliar nas
SAR
- Sigla do Inglês “Search and Rescue”,
operações do Serviço de Busca e Salvamento (sigla SAR),
significa Busca e Salvamento. No Brasil designado para detectar e localizar sinais de balizas de
todos os órgãos componentes de um Serviço emergência (EPIRB) que transmitam durante situações de
de Busca e Salvamento Marítimo, a exceção perigo na frequência de 406 MHz.
do Sistema de Alerta, estão estruturados nas
≈ INMARSAT – é um sistema que emprega quatro satélites
Organizações Militares da Marinha do Brasil,
sendo, portanto, designado como Serviço de geoestacionários, situados a cerca de 36000 km acima do
Busca e Salvamento da Marinha – Equador, voltados para prover aos navios com estações
SALVAMAR BRASIL. terrenas de navio (SES), com recursos de alerta e socorro e
capacidade de comunicações ponto a ponto utilizando
Na Internet
- Saiba mais sobre o SALVAMAR BRASIL,
correio eletrônico, fac-símile, transmissão de dados e
acessando o endereço: radiotelefonia. Tem a limitação de não oferecer cobertura
https://www.mar.mil.br/salvamarbrasil/ além dos paralelos 70⁰ Norte e Sul.

Mestre-Amador 59
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE ESTABILIDADE DE UMA EMBARCAÇÃO]

Unidade 7:
Nesta unidade, você vai conhecer algumas noções básicas e recomendações sobre estabilidade de
uma embarcação. Matéria básica para realização do Exame de Mestre-Amador.

Contribuições de Vamos começar com uma pergunta: POR QUE OS BARCOS


FLUTUAM?
Arquimedes
Embora esse não fosse o questionamento de Arquimedes,
contam os livros, que esse sábio descobriu, enquanto tomava
banho, que um corpo imerso na água se torna mais leve devido
a uma força, exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para
cima, que alivia o peso do corpo. Força essa, denominada
empuxo.
O Princípio de Arquimedes é fundamental para
entendermos porque um navio flutua e pode assim ser
enunciado:
Arquimedes (282-212 a.C.)
“Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte
Inventor e matemático grego.
do fluido, uma força vertical para cima, chamada empuxo, cuja
intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo”.

Então, quando um objeto está na água (que é um fluído)


duas forças atuam sobre ele, o peso (P) do corpo, agindo
verticalmente para baixo (devido à influência do campo
gravitacional da terra), e a força de empuxo (E) exercida pela
água, verticalmente para cima. Assim, podemos afirmar que, é
a existência do empuxo que faz com que os corpos
mergulhados em um fluido pareçam pesar menos do que
realmente pesam. É o que chamamos de peso aparente,
expresso pela diferença entre o peso real e o empuxo.

Características Lineares de Para compreender melhor o que será apresentado nesta


unidade, vamos recapitular algumas características lineares de
uma Embarcação uma embarcação:
A medida longitudinal da embarcação é chamada
comprimento; e a sua medida transversal, é chamada boca,
medido de borda a borda. O calado é a medida da altura, desde
a quilha (fundo da embarcação) até a linha d´água (superfície
da água), quando a embarcação está flutuando. O calado é
marcado em escalas a vante, a ré e a meio navio. A linha
d’água ou linha de flutuação é a interseção da superfície da
água com o costado da embarcação. É também chamada de
linha d’água a faixa pintada no casco entre os calados máximo
(a plena carga) e leve (embarcação vazia). O pontal ou pontal
moldado é a medida vertical entre o convés principal e a
quilha. A borda Livre é a distância vertical entre a linha de
flutuação (superfície da água) até o convés principal, medido a
meio navio. A superfície do casco que fica mergulhada na água
é chamada obras vivas ou carena; e a parte que fica acima da
linha d’água, é chamada obras mortas.

Mestre-Amador 63
www.portaldoamador.com.br [METEOROLOGIA]

Unidade 08:
Nesta unidade, você vai estudar Meteorologia: Interpretação de Cartas Sinóticas; Boletins
Meteorológicos; imagens satélite e avisos de mau tempo; características das frentes, nevoeiros,
nuvens e ciclones extratropicais; principais instrumentos meteorológicos e noções dos ventos
predominantes na costa do Brasil.

Meteorologia Ciência da atmosfera.


Segundo a Organização Meteorológica Mundial,
Competências Meteorologia é o estudo de todos os fenômenos diferentes de
- O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), uma nuvem. É a parte da física que estuda os fenômenos
coordenado pela Diretoria de Hidrografia e
Navegação (DHN) é por lei o órgão,
atmosféricos, também chamados de meteoros. A meteorologia
responsável pela operação do serviço tem como atividades básicas a pesquisa, a análise e o registro
meteorológico marinho. Pela legislação dos dados meteorológicos, atividades essas que, no seu
brasileira a Marinha tem responsabilidade conjunto recebem o nome de observação meteorológica. Entre
pela meteorologia marinha. Toda a área suas principais atividades, cabe determinar as condições do
oceânica adjacente ao nosso litoral é de
responsabilidade da Marinha do Brasil. tempo presente em uma determinada localidade ou região,
bem como suas probabilidades de evolução futura, resultando
em um conjunto de informações prováveis denominadas
previsão do tempo.

Atmosfera Massa gasosa que acompanha os movimentos da Terra


(rotação e translação). O Ar atmosférico é composto por uma
Atmosfera
mistura de gases. Os gases mais importantes são o Nitrogênio e
- A massa de ar que envolve a Terra. o Oxigênio, que representam 78% e 20,95% do volume total,
respectivamente, e o restante, 0,97% de outros gases nobres.
Além disso, compõem o ar atmosférico: vapor d’água; e
impurezas (poeira, fumaça, sal etc.), sendo estes os mais
importantes na formação dos fenômenos meteorológicos, que
ocorrem principalmente na Troposfera.

Camadas da Atmosfera Em razão de suas características, diretamente associadas


aos eventos meteorológicos que produzem, as seguintes
camadas atmosféricas são consideradas principais ou mais
importantes no estudo dos fenômenos meteorológicos:
≈ Troposfera – também denominada baixa atmosfera é a
camada da atmosfera em que vivemos e respiramos. É a
primeira camada e a mais importante para a vida na Terra,
pois é onde ocorre a maioria dos fenômenos
meteorológicos (chuvas, formação de nuvens, relâmpagos).
A temperatura do ar varia verticalmente na atmosfera,
diminuindo com a altitude, ao longo da troposfera, ou seja,
à medida que vamos subindo a temperatura vai caindo.
≈ Estratosfera – camada situada logo acima da troposfera.
Nessa camada a temperatura é praticamente constante. É
onde se localiza a camada de ozônio, que funciona como
uma espécie de filtro natural do planeta Terra, protegendo-
a dos raios ultravioletas do Sol.
Fonte: www.mundoeducacao.com
≈ Mesosfera - camada localizada imediatamente acima da
estratosfera. Nessa camada o comportamento da
temperatura é irregular, aumentando, de maneira geral com
a altitude. É onde ocorre o fenômeno da

Mestre-Amador 70
www.portaldoamador.com.br [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO]

Unidade 09:
Nesta unidade, você verá Noções Básicas de Luzes de Navegação, Luzes Especiais e Regras de
Governo; Sistema de Balizamento Marítimo da IALA B; Sinais de Perigo e Sinais Diversos.

RIPEAM A “Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar


Abalroamento no Mar” (COLREG), conhecida no Brasil como
RIPEAM, foi adotada pela Organização Marítima Internacional
(IMO), no ano de 1972 e entrou em vigor, internacionalmente,
em 1977. O RIPEAM apresenta medidas para evitar
abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de
navegação, luzes e marcas e ainda sinais sonoros,
convencionadas pelos países membros da IMO e que
padronizam as ações e manobras, a fim de evitar acidentes
envolvendo mais de uma embarcação. O RIPEAM é composto
de 38 regras, 4 anexos e incorpora as emendas de 1981, 1987,
1989, 1993 e 2001.

Palavras e Termos utilizados pelo RIPEAM:


 A palavra “embarcação” designa qualquer engenho ou
aparelho, inclusive veículos sem calado (sobre colchões de
ar) e hidroviários, usado ou capaz de ser usado como meio
RIPEAM de transporte sobre a água.
Entrada em vigor: 15/julho/1977  O termo “embarcação de propulsão mecânica” designa
Resumo: qualquer embarcação movimentada por meio de máquinas
Esse regulamento tem sua primeira
versão em 1889 e vem sendo
ou motores.
aprimorado ao longo dos anos sempre  O termo “embarcação à vela” designa qualquer
com o objetivo de estabelecer e embarcação sob vela, ou seja, com a máquina de propulsão,
padronizar as luzes, marcas e sinais se houver, não esteja em uso.
(sonoros e luminosos) de navegação,
assim como os procedimentos para
 O termo “embarcação engajada na pesca” designa
manobra, de forma a constituir um qualquer embarcação pescando com redes, linhas, redes de
tráfego marítimo internacional arrasto ou qualquer outro equipamento que restringe sua
organizado e seguro. manobrabilidade. A pesca de anzol não se inclui nesta
definição.
Finalidade do RIPEAM  O termo “embarcação sem governo” designa uma
- Evitar abalroamento no mar, embarcação que se encontra incapaz de manobrar.
utilizando-se regras internacionais de  O termo “em movimento” se aplica a todas as embarcações
navegação, luzes, marcas e sinais.
que não se encontram fundeadas, amarradas a terra ou
Aplicação do RIPEAM
encalhadas.
- As regras do RIPEAM se aplicam a  O termo “embarcação com capacidade de manobra
todas as embarcações em mar aberto restrita” designa uma embarcação que devido a natureza
e em todas as águas a este ligadas, de seus serviços, se encontra restrita em sua capacidade de
navegáveis por navios de alto mar, e
manobrar.
para embarcações em águas
interiores.  O termo “embarcação restrita devido ao seu calado”
designa uma embarcação que, devido ao seu calado em
Hidroavião relação à profundidade e largura de um canal, está com
- A palavra “hidroavião” designa
severas restrições de manobra.
qualquer aeronave projetada para
manobrar na água.  O termo “no visual” significa que uma embarcação observa
a outra visualmente.
 O termo “visibilidade restrita” se aplica a qualquer
condição na qual a visibilidade é prejudicada por nevoeiro,
névoa, chuva, tempestade ou qualquer causa semelhante.
Mestre-Amador 87
www.portaldoamador.com.br [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM]

Unidade 10:
Nesta unidade, você terá uma visão geral sobre o material de salvatagem previstos para
embarcações de esporte e/ou recreio; e terá uma noção sobre Sobrevivência no Mar.

Salvatagem Desde que o homem lançou-se ao mar, passou a conviver


com sinistros envolvendo suas embarcações. Por mais
modernos que sejam os sistemas de prevenção, por mais que
se observem as medidas de segurança, em tempo algum será
possível eliminar definitivamente o risco de acidentes no mar.
Por isso, torna-se necessário, que todo o pessoal embarcado
saiba utilizar os equipamentos de salvatagem disponíveis para
uma eventual faina de abandono e conheça os procedimentos
básicos de Busca e Resgate (Search And Rescue) - SAR.

Os recursos de salvatagem normalmente encontrados nas


embarcações são os coletes salva-vidas, boias circulares, balsas
salva-vidas e os equipamentos de sinalização de emergência.

Material de Salvatagem As Normas marítimas brasileiras determinam que todas as


embarcações devam ter a bordo equipamentos de salvatagem.
Esses equipamentos é que vão facilitar os procedimentos de
Homologação emergência para garantir a sobrevivência das pessoas caso
- Cabe a Diretoria de Portos e Costas
ocorra um naufrágio. Existem dois tipos de equipamentos de
(DPC), a emissão do certificado de
homologação de todo componente, salvatagem: Os equipamentos individuais e os coletivos.
acessório, dispositivo, equipamento ou
outro produto cuja homologação pelo São exemplos de equipamentos individuais de salvatagem
Governo Brasileiro, seja requerida por os coletes salva-vidas e a boias circulares.
regulamentos nacionais e
internacionais, para aplicações em
embarcações, plataformas e atividades São exemplos de equipamentos coletivos de salvatagem as
náuticas esportivas. balsas infláveis e baleeiras.

Coletes Salva-Vidas É o principal e mais comum equipamento de salvatagem a


bordo de uma embarcação. Podem ser infláveis ou rígidos
(conhecidos como coletes de paina, estes são normalmente
Coletes Infláveis
- Devem ser inflados quando já estiver utilizados nas embarcações de esporte e/ou recreio).
dentro da água. São normalmente fabricados em cinco tamanhos básicos:
Uso do Colete extragrande, para adultos acima de 110kg, grande, para adultos
- O colete deve ser amarrado ao corpo, de 55 a 110kg, médio, para pessoas de 35 a 55kg, pequeno,
com a parte flutuante para frente.
- É conveniente que antes de uma para crianças de 25 a 35kg, e pequeno para crianças de 25kg.
viagem se faça uma demonstração Podem ser do tipo canga (de vestir pela cabeça) ou do tipo
para todos embarcados, da forma de jaqueta ou jaleco (de vestir como paletó). Normalmente
uso dos coletes salva-vidas. Saber possuem os seguintes acessórios: apito, lanterna, bateria e
vestir o colete corretamente já salvou
muitas vidas nos casos de abandono
faixas adesivas refletoras. Os coletes infláveis contem ainda:
de uma embarcação. ampola de CO2, alça de pick-up e linha de agregação (utilizado
para manter os náufragos reunidos), e pó marcador.
Uso de roupas protetoras (Neoprene): É importante que todos os tripulantes saibam vestir os
- Nas motos aquáticas, trajes normais coletes, para que eles sejam utilizados adequadamente quando
de banho não oferecem a proteção
adequada contra fortes jatos de água se fizerem necessários.
como, por exemplo, os da saída da Todos os ocupantes de moto aquática devem utilizar
turbina. Além disso, é recomendado coletes salva-vidas classe V ou superior, homologados pela
usar calçados, luvas e óculos de Marinha do Brasil. Os condutores, tripulantes e passageiros das
proteção.

Mestre-Amador 102
www.portaldoamador.com.br [NAVEGANDO COM AGULHAS MAGNÉTICAS]

Unidade 11:
Nesta unidade, você estudará o magnetismo terrestre; princípio de funcionamento das agulhas
magnéticas; declinação magnética; desvio da agulha; curva de desvios da agulha; compensação da
agulha e variação total da agulha magnética.

Magnetismo Terrestre O fenômeno do magnetismo terrestre é o resultado de a


Terra ser cortada por diversas linhas magnéticas, se
comportando como um enorme imã. Estas linhas tem
características que possibilitou a construção do primeiro grande
recurso de navegação, que em virtude da sua simplicidade, logo
se universalizou, a agulha magnética.
Antes de você saber como ela funciona, é preciso que
compreenda que na Terra existem dois pontos de concentração
magnética, uma ao Norte (N), com polaridade negativa, o polo
norte magnético (-) e outra ao Sul (S), com polaridade positiva,
o polo sul magnético (+). As linhas de força tendem a se
dirigirem de um ao outro polo. Entretanto estas linhas de força
sofrem interferências, entre outras coisas, em razão da
concentração desuniforme dos materiais magnéticos existentes
na Terra, principalmente o ferro no subsolo, provocando
desvios nestas linhas.
O campo magnético terrestre exerce uma atração sobre
Norte da Agulha materiais magnetizados, é por isso que, qualquer barra
- Por convenção, denomina-se norte da imantada livremente suspensa se orientará na direção dos
agulha o lado que aponta para o polo norte
magnético terrestre e sul da agulha, o que
polos magnéticos, ou seja, o polo norte magnético (-) atrairá o
aponta para o polo sul magnético terrestre. polo positivo da barra, bem como o polo sul magnético (+)
atrairá o polo negativo da barra. É exatamente essa a
propriedade em que se baseiam as agulhas magnéticas (por
serem imantadas, são atraídas sempre na direção do norte
Bússola ou Agulha? magnético da Terra).
- A bússola, mais conhecida pelos
navegantes como agulha é um instrumento
com uma agulha magnética que é atraída
para o polo magnético terrestre. É importante que você entenda que a Terra possui um campo
magnético que atua como referência para o funcionamento da
agulha magnética. Como a Terra é um imã e a agulha também,
surge uma atração magnética. Assim, não importa o lugar,
uma agulha magnética vai apontar sempre na direção do polo
Norte Magnético, isto porque o campo magnético da Terra faz
com que o ponteiro aponte nessa direção.

Vale lembrar, que em determinado ponto do planeta


existem dois pontos que chamamos de Norte. Um deles é
chamado de Norte geográfico ou verdadeiro (Nv) e está
localizado no encontro da latitude 90°N com a longitude 000°.
E, outro localizado próximo a este, que funciona como um
grande centro de atração magnética, chamado de Norte
magnético (Nmg). O norte magnético geralmente não coincide
com o norte geográfico, ficando um pouco mais a esquerda ou
a direita deste. A essa distância ou ângulo formado entre os
dois nortes chamamos de declinação magnética (Dmg).

Mestre-Amador 113
www.portaldoamador.com.br [ RUMOS E MACAÇÕES]

Unidade 12:
Nesta unidade, você identificará os diversos tipos de rumos e marcações e aprenderá a fazer
conversão de rumos e marcações resolvendo exercícios.

Rumos e Marcações a Um navio para ir de um ponto a outro da superfície da Terra


deve seguir um Rumo. Esse rumo deve ser traçado na carta
Bordo náutica, com direção e sentido definidos.
Ademais, quando se navega próximo da costa ou em águas
Direção restritas, para determinar a posição de uma embarcação,
- é, na superfície da Terra, a linha que liga
dois pontos. normalmente, o navegante observa Marcações de pontos
notáveis em Terra ou auxílios à navegação.
Exemplos de pontos notáveis: A bordo para obtermos os Rumos e as Marcações,
- Igrejas, faróis, ilhas, torres etc. normalmente, utilizamos Agulhas Náuticas, que podem ser
Magnética e Giroscópica.

Direção Direção é, na superfície terrestre, a linha que liga dois


pontos. O desenho ao lado apresenta as direções cardeais,
laterais e colaterais, comumente referidas em navegação. Vale
lembrar, que todas as direções mostradas são direções
verdadeiras, ou seja, tem como referência o Norte verdadeiro
da Terra.

Cardeais N, S, L e W
Laterais NE, SE, SW e NW
Colaterais NNE, ENE, ESE, SSE, SSW, WSW, WNW e NNW

Como já estudado, o instrumento de bordo que fornece as


direções da proa, são as agulhas náuticas, que nem sempre
apontam para o Norte verdadeiro.

Rumo Rumo é o ângulo horizontal formado entre uma direção de


referência e a direção para a qual aponta a proa da nossa
embarcação, quando navegando.
Os rumos são medidos de 000° a 360° graus, no sentido dos
ponteiros de um relógio, a partir da direção de referência
Proa adotada para indicar o rumo.
- É a direção para a qual a embarcação está
apontando num determinado momento.
Parte da frente da embarcação.
As direções de referência utilizadas em navegação para
indicar rumos são:

 Norte verdadeiro ou geográfico (Nv);


 Norte magnético (Nmg); e
 Norte da agulha (Nag).

Assim, conforme o Norte utilizado como referência


(origem), os rumos podem ser:
Relembrando:
- Em navegação, o Norte que interessa ao  Rumo verdadeiro (Rv) – é o ângulo formado entre o Norte
navegante é o verdadeiro (Nv), ou seja,
aquele onde se inicia a contagem da rosa
verdadeiro (Rv) e linha de proa da embarcação, medido a
dos ventos (000°). partir do Norte verdadeiro (Nv).

Mestre-Amador 120
www.portaldoamador.com.br [ POSIÇÃO NO MAR]

Unidade 13:
Nesta unidade, você aprenderá sobre as linhas de posição (LDP), os processos para a determinação
da posição no mar, as técnicas e regras da navegação estimada e costeira, os efeitos da corrente
sobre a trajetória da embarcação e como determinar distâncias no mar.

Posição No Mar Uma posição no mar é definida por um paralelo e um


meridiano que passa no ponto, ou seja, por suas coordenadas
geográficas de latitude e longitude como referências.
Conhecendo nossa posição, podemos determinar a direção
a seguir e corrigi-la sempre que necessário; saber a que
distância está nossa embarcação; quanto tempo levará para
Derrota: alcançar o destino, e também, evitar perigos eventuais em
- Linha traçada na carta náutica que uma nossa derrota (viagem).
embarcação deve seguir numa viagem para Se a “derrota”, do ponto de partida até o destino, é feita
se deslocar de um lugar para outro. em um único rumo, dizemos que a embarcação segue uma
derrota simples ou singradura única. Se, para alcançar o
destino, for necessário usar mais de um rumo, dizemos que a
Singradura embarcação segue uma derrota composta, ou em singraduras
- caminho percorrido num único rumo. múltiplas.
Ponto de chegada (ou final) – Chamamos de ponto de
chegada ou final a um ponto nas proximidades do porto de
Rumos práticos destino, arbitrariamente determinado pelo navegador, a partir
- Quando se navega em águas restritas, do qual se navega em “rumos práticos”, com o prático do porto
tais como, em lagos, lagoas, baías, rios e a bordo ou não. É preciso notar que nessas ocasiões, mesmo
canais, é comum orientar-se por
referências em Terra (pontos notáveis)
navegando em “rumos práticos”, fazem-se ainda as marcações
para se obter o posicionamento da julgadas necessárias para conhecer, a curtos intervalos de
embarcação, e não por rumos da agulha. tempo, a posição da embarcação e verificar se ela vai bem ou
A essa referência denominados Rumos mal navegada, adotando-se de pronto os cuidados e medidas
Práticos. necessárias a uma navegação segura e precisa.
Durante a execução da derrota, o navegante está
constantemente fazendo-se as seguintes perguntas: “qual é
minha posição atual? Para onde estou indo? Qual será minha
Plotagem posição num determinado tempo futuro?”.
- Localizar, no mar, a posição da embarcação A determinação de sua posição e a plotagem na carta
ou de um objeto (alvo), numa carta náutica.
náutica constituem, normalmente, os principais problemas do
navegante, advindo daí uma série de raciocínios e cálculos, que
dizem respeito ao caminho percorrido ou a percorrer pela
embarcação e à decisão sobre os rumos e velocidades a adotar.
Para determinar a sua posição, o navegante recorre ao
emprego das Linhas de Posição (LDP).

Linhas de Posição (LDP) Linha de Posição (LDP) - Chama-se linha de posição ao lugar
geométrico de todas as posições possíveis que o barco pode
Linha de Posição (LDP)
ocupar, tendo efetuado certa observação, em um determinado
- É o lugar geométrico de todas as posições instante.
que a embarcação pode ocupar. Ou seja, é a Sempre que em navegação costeira olhamos um
linha, sobre a qual, se encontra a determinado alvo (objeto), podemos dizer que a linha de
embarcação. visada ligando observador e alvo determina uma linha de
posição (LDP).
As LDP possuem formas geométricas diferentes, de acordo
com as observações que lhes deram origem.

Mestre-Amador 128

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