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Direito Internacional Público

SAMARA DE OLIVEIRA PINHO


https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=395144
Direitos Humanos.
Noções introdutórias.
- São prerrogativas essenciais e fundamentais
a qualquer ser humano, sem discriminação,
para a manutenção e preservação de sua
Direitos dignidade;
Humanos
- Materialização da limitação estatal;
- Noções gerais,
fundamentos,
- Base de orientação de ações políticas e
características;
privadas;
- A irradiação dos direitos fundamentais
também deve ser compreendida no contexto
dos direitos humanos (aplicabilidade
horizontal – diagonal – vinculação –
aplicabilidade imediata);
- Observância pelo Estado e por particulares;
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Fundamentos.

- Jusnaturalista: fundamento numa ordem


superior, universal e imutável, que
independem de criação e reconhecimento
Direitos estatal. Seria inerente ao ser humano;
Humanos
- Noções gerais, “Os direitos humanos e as liberdades
fundamentos, fundamentais são direitos naturais aos
características; seres humanos; sua proteção e
promoção são responsabilidades
primordiais dos Governos” (Declaração
de Viena, 1993).

- Positivista: com base na norma posta,


aqueles direitos reconhecidos
normativamente;
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- Moralista: tem como fundamento a
consciência moral e convicção social acerca
de determinados valores;

Direitos - Dignidade da pessoa humana: base na


Humanos identificação desses direitos como inerentes
- Noções gerais,
à pessoa (igualdade);
fundamentos,
características; - Há uma tendência jusnaturalista para essa
fundamentação, mas não há consenso;
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Características (principais):

- Universalidade: para todos os seres


humanos;
Direitos - Inerência: independem da concessão pelo
Humanos Estado, sendo inerentes aos seres humanos;
- Noções gerais,
fundamentos, - Transnacionalidade: ultrapassa a
características; concepção de nacionalidade, não se
restringe a ser nacional de determinado país
ou não;

- Historicidade e proibição de retrocesso:


caráter evolutivo e progressivo, não
comporta substituições que retrocedam
negativamente;
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- Indisponibilidade, inalienabilidade e
irrenunciabilidade: não comporta disposição,
transferência ou renúncia por seu titular;
- Imprescritibilidade: não se perde a
exigibilidade com o decurso do tempo;
Direitos
Humanos Obs.: A Convenção sobre a
Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra
- Noções gerais,
e dos Crimes contra a Humanidade,
fundamentos,
1968, não foi assinada pelo BR, portanto,
características;
apesar de alguns doutrinadores
compreenderem que se trata de norma
jus cogens, no BR, STJ/STF mantém o
entendimento sobre a necessidade de
incorporação da norma internacional no
ordenamento jurídico brasileiro para sua
observância, de modo que essa
característica não é unânime;
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- Indivisibilidade, interdependência e
complementariedade: unos, dependência
entre si, e suplementares;

- Primazia da norma mais favorável: em caso


Direitos de conflito de normas dessa natureza, aplica-
Humanos se a que melhor protege a dignidade da
pessoa humana;
- Noções gerais,
fundamentos,
características; - Caráter não exaustivo das listas de fatores
de discriminação: a não discriminação não
está ligada apenas a uma ou algumas
questões, mas a todas, nenhum tipo de
discriminação seria permitido;

- Críticas ao que seriam


pseudocaracteristicas (do que não é
essência);
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Fontes.

- Formais: consagração em normas (tratados,


atos, jurisprudência, costumes, etc.), sendo
Direitos vistos como direitos de normas jus cogens;
Humanos - Materiais: fatores sociais (acontecimentos
- Noções gerais, que regem a sociedade em termos políticos,
fundamentos,
características; filosóficos, comportamentais, morais, etc.);

Evolução Histórica.

Antiguidade Magna Carta,


Cristianismo
1215

Revolução Guerras
ONU, 1945
Francesa Mundiais
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As gerações/dimensões dos Direitos Humanos.
Direitos de liberdade – direitos civis e políticos
1ª Dimensão – limitação do Estado (atuação negativa, não
intervenção) – séc. XVIII e XIX (Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, 1789);

Direitos econômicos e sociais – direitos de


Direitos igualdade – igualdade material – ação positiva
do Estado – Constituição Mexicana, 1917 e
Humanos 2ª Dimensão
Constituição Alemã, 1919 (educação, trabalho,
saúde, seguridade, etc.);
- Noções gerais,
Direitos de fraternidade – direitos de caráter
fundamentos,
difuso/coletivo – direito ao meio ambiente,
características; ao patrimônio comum, à paz, ao
3ª Dimensão
desenvolvimento;

Paulo Bonavides disserta sobre os direitos


decorrentes da globalização (direito à
informação, democracia, pluralismo, etc.),
4ª Dimensão
que estaria ligados à limitação da soberania;

Paulo Bonavides redimensiona o direito à


5ª Dimensão paz, como sendo moralmente indissociável
das civilização (punição de terroristas,
julgamento de crimes de guerra, tortura);
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Críticas ao termo “gerações”.

- Surgimento não sucessivo e não


homogêneo (implementação);
Direitos
Humanos - Indivisibilidade e interdependência dos
- Noções gerais,
DH;
fundamentos,
características; - Não há uma superação entre uma e outra
“geração”;

- Não há hierarquia;

- Indução ao erro de não


complementariedade;
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Direito Internacional dos Direitos
Humanos.

- Perspectiva externa de proteção dos


Direitos direitos humanos (internacionalização);
Humanos
- Noções gerais,
- Valores de relevância global;
fundamentos,
características; - Consagração em documentos
internacionais – integração e cooperação
entre os atores internacionais;
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- Marco mais significativo: II Guerra Mundial
(positivismo-formalismo exacerbado x
dimensão axiológica da norma);

Direitos - Pós-positivismo;
Humanos
- Noções gerais,
- Criação da Organização das Nações
fundamentos, Unidades, ONU, 1945: objetivo de promover
características; a paz, a segurança internacional e a
cooperação entre os povos para resolver
problemas da humanidade, com a proteção
dos DH;
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- 1948, Declaração Universal dos Direitos
Humanos:

Direitos
Humanos
- Noções gerais,
fundamentos,
características;
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- Soberania nacional e submissão de
Estados à atuação de órgãos internacionais
e a atos internacionais de que faça parte;

Direitos - Responsabilização dos Estados e proteção


Humanos do indivíduo – monitoramento de
- Noções gerais,
organizações internacionais;
fundamentos,
características;
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- Sistema de proteção aos DH subsidiário à
atuação estatal que deve ser primária
(garantia de eficácia das normas
internacionais de direitos humanos) –
Direitos princípio do esgotamento prévio dos
Humanos recursos domésticos para proteção dos DH;
- Noções gerais,
fundamentos, - Universalidade dos Direitos Humanos x
características; relativismo cultural (multiculturalismo);

- Eurocentrismo e colonialismo cultural;


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O que a série de filmes/quadrinhos X-MEN tem a ver
com os DH?

Direitos
Humanos
- Noções gerais,
fundamentos,
características;
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Direitos Humanos no ordenamento jurídico
brasileiro.
Direitos Primazia dos DH nas
Humanos no relações internacionais,
ordenamento art. 4º, II, CF/88
jurídico brasileiro
Repercussão na política externa
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos
Humanos; Efetivação das normas /
incorporação de tratados

Sistema de proteção /
prioridade dignidade humana

Submissão ao TPI / CIDH


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Incorporação dos tratados.
- Após fases de negociação até assinatura,
Direitos Decreto Legislativo do Congresso Nacional
Humanos no para aprovar o tratado (art. 49, I, CF/88);
- Ratificação discricionária pelo PR (art. 84,
ordenamento VIII, CF/88);
jurídico brasileiro - Promulgação do Decreto pelo PR
(incorporação);
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos
Humanos;
Obs.: Tratados de DH – art. 5º, §3º, CF/88 –
status - Os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por
três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais (EC 45/2004);
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Únicos assim incorporados: Decreto nº.
6.494/2009 – Convenção sobre os Direitos das
Direitos Pessoas com Deficiência / Decreto nº.
9.522/2018 – Tratado de Marraqueche para
Humanos no Facilitar o acesso a obras às Pessoas Cegas, com
ordenamento deficiência visual ou com outras dificuldades
jurídico brasileiro para ter acesso ao texto impresso;
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos Aplicabilidade imediata das normas de
Humanos;
direitos humanos (art. 5º, §1, CF/88).
Flávia Piovesan / Valério Mazuolli
entendem que basta a ratificação Seria a aplicação imediata
presidencial para ter validade
interna

Ou seja, a aplicação imediata


STF: Decreto de promulgação
seria após todo o processo de
presidencial
incorporação válida
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- A aplicabilidade imediata das normas de
direitos humanos quer significar
Direitos especialmente a desnecessidade de
Humanos no regulamentação por normas acessórias;
ordenamento
jurídico brasileiro
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos
Humanos;
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- O caso Lula e entendimento TSE (2018):

Direitos 1. Pedido ao Comitê de DH da ONU para permitir sua


candidatura;
Humanos no
ordenamento 2. Violações ao 1º Protocolo Facultativo e ao próprio Pacto Internacional sobre Direitos

jurídico brasileiro
Civis e Políticos (PIDCPP), 1966 - Artigo 9 (1) e (4): proteção contra a prisão ou detenção
arbitrária; Artigo 14 (1): o direito a um tribunal independente e imparcial; Artigo 14
(2): direito de ser presumido inocente até que se prove a culpa por lei; e Artigo
- Perspectiva nacional de 17: proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade;

proteção aos Direitos


Humanos; 3. O Comitê concedeu liminar a Lula. Obs.: Esse 1º Protocolo
permite que o CDH receba denúncias individuais de violações
ao Pacto em si;

4. Mas TSE negou pedido de registro da candidatura, dentre outros motivos (Lei da Ficha
Limpa), visto que o 1º Protocolo ao Pacto não estaria vigente no BR, pois não teria sido
promulgado por meio de Decreto Presidencial, tendo sido apenas ratificado (sem caráter
vinculante), impedindo a atuação do Comitê em âmbito interno;

5. Sanções ineficientes na órbita externa? Possibilidades de


desligamento da ONU e embargos econômicos;
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Supraconstitucionalidade dos tratados de
DH?
Direitos Entendimento do STF: status de norma constitucional
Humanos no seguindo o quórum qualificado;
ordenamento STF: Tratados antes da EC 45/2004: supralegaliadade
jurídico brasileiro (torna inaplicável a legislação ordinária);
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos Limitação da primazia das normas internacionais sobre
Humanos; as internas;

Tratados que não tratam de DH: status legal (lei


ordinária);

Parte da doutrina defende a supraconsticionalidade, com base no art. 5º,


2º, CF/88: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados,
ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte”;
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- Obs.: No HC 87.587/TO, em 2008, o Min.
Celso de Mello defendeu o entendimento de
Direitos que os tratados de DH deveriam ser
Humanos no considerados materialmente constitucionais,
ordenamento independentemente do processo de
aprovação;
jurídico brasileiro
- Perspectiva nacional de - O mesmo ministro também defende a
proteção aos Direitos
Humanos; aplicação da norma mais favorável ao
indivíduo, assim como boa parte da doutrina,
como melhor método de interpretação em
caso de conflitos de normas;
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Compatibilidade das leis com os tratados
de DH, com status constitucional.
Direitos
Humanos no - Controle de convencionalidade ou
ordenamento constitucionalidade?
jurídico brasileiro - No BR, seria mais um controle de
- Perspectiva nacional de constitucionalidade, porque ainda pressupõe
proteção aos Direitos
Humanos; a incorporação e o status constitucional;

- Controle difuso e concentrado;

- A “conversação” entre Cortes internacionais,


complexidade, incomensurabilidade, sistemas
sociais: Marcelo Neves;
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Uma leitura “além”:

Direitos
Humanos no
ordenamento
jurídico brasileiro
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos
Humanos;
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A denúncia de tratados internacionais de
DH.
Direitos - A denúncia é ato privativo do PR, e não
Humanos no depende de prévia autorização do Congresso;
ordenamento
jurídico brasileiro - Não há manifestação jurisprudencial firmada
sobre o assunto;
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos
Humanos; - Mas a doutrina entende que somente é
possível a denúncia se for para substituir por
outro ato internacional mais ampliativo e
favorável;

- Se já estiver incorporado no ordenamento


jurídico com status de norma constitucional,
é cláusula pétrea e não pode ser abolida;
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Execução de decisões de Tribunais
internacionais de DH.
Direitos - Homologação de decisão estrangeira, STJ x
Humanos no homologação de decisão de tribunais
ordenamento internacionais;
jurídico brasileiro
- Art. 960, CPC: homologação de decisão
- Perspectiva nacional de
proteção aos Direitos
estrangeira;
Humanos;
- Entende-se que as decisões de tribunais
internacionais devem passar pelo processo de
homologação no STJ;

- Obs.: Projeto de Lei nº. 4.038, art. 9º, define


que a cooperação com o TPI independe de
homologação;
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Incidente de deslocamento de competência
(IDC) para defesa dos DH.
Direitos
- Mecanismo processual de proteção dos DH;
Humanos no
ordenamento - Art. 109, §5º, CF:
jurídico brasileiro
Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o
- Perspectiva nacional de Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o
proteção aos Direitos cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
Humanos; internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte,
poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento
de competência para a Justiça Federal.

- Requisitos: grave violação de DH;


negligência/omissão de autoridades; risco de
responsabilização internacional do Brasil;
caráter subsidiário (excepcional);
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o-internacional-humanitario/
O Direito Internacional Humanitário.

É um ramo do Direito Internacional dos Direitos


Humanos com o objetivo de reduzir a violência
Direito inerente aos conflitos armados, limitando o
Internacional impacto das hostilidades por meio da proteção
de um mínimo de direitos em relação à pessoa
Humanitário humana e a partir da regulamentação da
- Proteção Internacional assistência às vítimas de guerras, sejam internas
da Pessoa Humana; ou externas (PORTELA, 2020).

Reduzir os danos/efeitos prejudiciais sobre a


dignidade da pessoa humana;

Direitos Humanos Efeitos conflitos


Vítimas de armados
guerra
Proteção mínima Regulamentação
https://minionupucmg.wordpress.com/2017/10/02/direit
o-internacional-humanitario/ Noções importantes do Direito de Guerra:

Jus ad bellum

Direito Direito de promover guerra (antes considerado


Internacional lícito). Agora, limita-se à Defesa do Estado em
Humanitário face de agressões externas (reação somente).
Essa noção também abrange a atuação da
- Proteção Internacional ONU, por meio de seu Conselho de segurança
da Pessoa Humana; em tomar medidas para evitar conflitos
armados;

Jus in bello

O conjunto de normas voltadas a regular o


emprego de certas armas de alto potencial
destrutivo (armas biológicas, nucleares e
químicas) por meio de tratados;
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- Origem do Direito Humanitário: impulso a
partir do séc. XIX, a partir das ideias
iluministas e uma maior preocupação dos
Direito avanços tecnológicos ligados ao armamento
Internacional pela Rev. Industrial;
Humanitário - Principais ideias: auxílio às vítimas e melhora
- Proteção Internacional de condições;
da Pessoa Humana;

- Livro: “Uma lembrança de Solferino” Henri


Dunant, 1859, em que o autor relata sobre as
atrocidades ocorridas na Batalha de Solferino
(França, Piemonte x Áustria) e a necessidade
de criação de normas internacionais para a
proteção das pessoas em período de guerra;
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- Inspiração para a criação do Comitê
Internacional e Permanente de Socorros dos
Feridos Militares, 1863, que foi precursor da
Direito “Cruz Vermelha”;
Internacional
Humanitário - 1864: Convenção para a Melhoria da Sorte
- Proteção Internacional
dos Feridos e Enfermos dos Exércitos em
da Pessoa Humana; Campanha (marco);
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- Com a II Guerra Mundial, essa necessidade
de proteção restou evidente;

- Internacionalização dos Direitos Humanos;


Direito
Internacional - Documentos importantes (todos
Humanitário promulgados pelo BR):
- Proteção Internacional
da Pessoa Humana;
Convenções de Genebra, 1949, (Decreto
nº. 42.121/1957): 1. Convenção para a
melhoria da sorte dos feridos e enfermos
dos exércitos em campanha; 2.
Convenção para a melhoria da sorte dos
feridos, enfermos e náufragos das forças
armadas do mar; 3. Convenção relativa
ao tratamento dos prisioneiros de
guerra; 4. Convenção relativa à proteção
dos civis em tempo de guerra;
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- O Direito Humanitário se aplica
estritamente em relação aos conflitos
armados, internos e externos, de guerra e
Direito não a outras situações de conflito, a
Internacional exemplo de combate ao crime organizado,
Humanitário atos de violência isolados, etc.;
- Proteção Internacional
da Pessoa Humana; - Os Direitos Humanos, em si, aplicam-se a
todas as situações;
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Princípios do Direito Humanitário.
Obs.: não é um consenso na doutrina, seguem
os mais citados:
Direito - Neutralidade: isenção de posicionamento no
Internacional conflito armado, não há intervenção no conflito;
Humanitário - Não discriminação: aplicação a todos
- Proteção Internacional envolvidos, sem distinção (pessoas, bens,
da Pessoa Humana; instalação fora de combate);
- Responsabilidade: O Estado é responsável
pela aplicação das normas;
- Humanidade: todos os conflitos, interno e/ou
externo, de qualquer lugar;
- Complementaridade: com as normas de
Direitos Humanos;
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Destinação da proteção.

Todas pessoas, militares ou civis, que não estejam


participando ou tenham cessado de participar das
Direito hostilidades;
Internacional
Exemplo: feridos, doentes, náufragos, prisioneiros de
Humanitário guerra e civis, pessoal do serviço de saúde, jornalistas,
- Proteção Internacional religiosos, etc.;
da Pessoa Humana;
Prioridade de atendimento/socorro: crianças, mulheres
grávidas;

Direitos irrenunciáveis;
https://www.youtube.com/watch?
v=GtatPdkeT4I

Animação sobre DH
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Principais normas.
Convenções de Genebra e protocolos

Direito A ideia principal é o tratamento humanitário,


Internacional mesmo que em guerra (“até a guerra tem
limites”);
Humanitário
- Proteção Internacional - Proibição de atos que atendem contra a vida
da Pessoa Humana;
e integridade física dos protegidos (fora de
combate);

- Proibição de tortura, atos degradantes,


experiências científicas e tomada de reféns;
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- Os feridos e doentes que esteja em poder
de Estado inimigo devem receber cuidados
médicos e a devida assistência;
Direito
Internacional - Os prisioneiros de guerra não podem ser
submetidos a nenhum tratamento desumano,
Humanitário devendo receber alimentação, vestimenta,
- Proteção Internacional cuidados médicos, etc.;
da Pessoa Humana;

- Seria o fair play da guerra / “Não se chuta


em cachorro morto”;

- Os Estados devem tomar todas as medidas


que facilitem a ação do pessoal sanitário;
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- As unidades sanitárias não podem servir
como cobertura de alvos militares (não
podem estar expostos);
Direito
Internacional - Deve haver identificação do pessoal, objetos
e transportes sanitários com sinais da Cruz
Humanitário Vermelha;
- Proteção Internacional
da Pessoa Humana;
- Proteção de religiosos e jornalistas contra
atos hostis;

- Mortos tratados com dignidade


(identificação e funeral adequado);

- Proibição de represálias contra feridos,


doentes, náufragos, etc.;
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- Processos judiciais devem ser conduzidos
por tribunais regulamente constituídos, com
respeito às normas de Direitos Humanos;
Direito
Internacional - Resumo das Convenções de Genebra:
https://docplayer.com.br/1852-Resumo-das-
Humanitário convencoes-de-genebra-de-12-de-agosto-
- Proteção Internacional de-1949-e-dos-seus-protocolos-
da Pessoa Humana;
adicionais.html;
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o-internacional-humanitario/
O movimento da Cruz Vermelha.

Direito
Internacional - Movimento Internacional da Cruz Vermelha
Humanitário e do Crescente Vermelho;
- Proteção Internacional
da Pessoa Humana;
- Criação em 1863, com base na ideais do
autor Henri Dunant;

- Formado por entidades nacionais e


internacionais sem fins lucrativos;

- Comitê Internacional da Cruz Vermelha +


Federação Internacional da Cruz Vermelha +
Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha;
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- Missão: velar pela aplicação do Direito
Humanitário;

Direito - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é


Internacional a instância de mais alto nível dentro do MCV,
sendo entidade sui generis, com
Humanitário personalidade jurídica de Direito
- Proteção Internacional Internacional, podendo participar de
da Pessoa Humana;
negociações sobre regras de DH, sendo
independente de qualquer Estado;

- As Sociedades Nacionais atuam num


território específico. No BR, há a sociedade
nacional da Cruz Vermelha brasileira (Decreto
nº. 8.885/2016);
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- Atividade:

a) Considerando o controle de convencionalidade,


Direitos qual a distinção com o controle de
Humanos no constitucionalidade?
ordenamento b) Na hipótese de algum dos artigos da
jurídico brasileiro Convenção Internacional sobre os Direitos das
- Perspectiva nacional de pessoas com Deficiência sejam violados no
proteção aos Direitos âmbito interno (brasileiro), um indivíduo atingido
Humanos; diretamente poderá invocar as prerrogativas
inseridas em tal documento para exigir seu
cumprimento de forma subjetiva (perante um
órgão jurisdicional brasileiro)? Justifique.

C) O julgamento do Incidente de deslocamento


de competência (IDC) para Justiça Federal é de
competência do STF: CERTO / ERRADO.
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- Atividade:

Considere que em determinado Município X, do


Estado brasileiro, esteja ocorrendo uma série de
Direito conflitos e combates armados entre a corporação
policial militar e integrantes de grupos criminosos
Internacional relacionados ao tráfico de drogas. Fulano de tal,
Humanitário suspeito de participar das atividades criminosas em
comento, foi capturado no momento de um desses
- Proteção Internacional conflitos. Ocorre que, para obter a confissão de
da Pessoa Humana; Fulano de tal sobre a atuação de determinada
organização criminosa, alguns policiais
empreenderam contra ele atos de tortura. Nesse
contexto, analise e responda: a) Fulano de tal
poderia invocar as premissas e disposições do
Direito Humanitário contra os atos promovidos
contra a si? Em sua resposta considere: o objeto do
Direito Humanitário, sua destinação quanto à
aplicabilidade, bem como sua relação com o Direito
Internacional dos Direitos Humanos.

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