06 - Fundamentos de Modelagem Computacional

Prof.
Idalmir de Souza - UFERSA
Fundamentos de Modelagem
Computacional
PROF. IDALMIR
Prof. Idalmir de Souza - UFERSA
Problematização Inicial
2
 Um cabo de densidade constante e comprimento L é

preso a dois pontos formando uma catenária.
x
L = 2a cosh 
a
 Para determinar o fator “a” precisamos encontrar a
raiz de uma equação:
x
L − 2a cosh  = 0
a
 O cálculo envolve a pesquisa de raízes, neste caso,
de uma equação transcendental.
Problematização Inicial
3
 Como pode ser observado é um problema

complicado analiticamente, assim são as equações
transcendentais.
 Este é um dos problemas mais comuns em qualquer
área das ciências exatas ou tecnológicas, a
determinação de raízes de equações.
 Exemplos de problemas estão em todas as áreas,
mecânica, termodinâmica, eletromagnetismo,
hidrostática, etc.
 A seguir veremos como determinar numericamente
raízes de equações transcendentais, ou polinomiais.
Equações Polinomiais x Transcendentais

4
 Uma função é transcendental quando ela não é

algébrica, ou seja, não satisfaz a forma de uma
equação polinomial.
 As funções logarítmica, exponencial e
trigonométricas e hiperbólicas são exemplos de
funções transcendentais.
 Nestas funções dificilmente se consegue isolar
alguma variável para se encontrar suas raízes. As
funções polinomiais, ao contrário, possuem técnicas
para a determinação de suas raízes, como o método
de Briot-Ruffini.
Raízes de Funções
5
 Achar a raiz de uma função f(x) significa achar um

número x = ξ, tal que, f(ξ) = 0. Vários problemas
necessitam do conhecimento de raízes de funções,
por isso, precisamos de métodos que determinem
estas raízes.
 Entre os métodos de determinação de raízes temos:
 Método Gráfico
 Método polinomial
 Método baseado em subintervalos da função
 Métodos baseados em aproximação linear
 Método baseado em tangente

Método Gráfico
6
 Para tanto se traça o gráfico da função estudada,

podendo-se fazer uso de programas de computador.
 O zero da função corresponde ao ponto de contato
do gráfico da função com o eixo das abscissas.
 O intervalo de observação pode ser refinado até se
atingir a precisão desejada.
 Por exemplo, a função
f (x ) = cos(x ⋅ cos(x ) − sin (x ))
 Usando o Maple para traçar o gráfico entre [-5, 5],
temos:
Método Gráfico
7
 Podemos refinar o gráfico até chegar na raiz

desejada.
x ≈ 1.9
Método Gráfico
8
Método polinomial
9
 Polinômios de grau n (n≥1), tem a seguinte forma:

f(x) = a n .x n + a n -1.x n -1 + ... + a1.x + a 0 = 0
 ai pertence aos números reais, com an ≠ 0.
 Existem inumeros teoremas e regras para
determinar o número de raizes, para saber se elas
são reais ou complexas, sua multiplicidade.
 Além disso, existem métodos para reduzir o número
de operações para o cálculo de função:
 Briot-Ruffini
 Horner
Isolamento de Raízes
10
 Vários métodos precisam do isolamento de raízes.

O isolamento da raiz significa encontrar um intervalo
[a,b] que contenha uma, e somente uma, raiz.
 Uma das maneiras de isolar raízes é o método
gráfico, outra maneira é fazer uso do seguinte
teorema algébrico:
 Se uma função contínua f(x) assume valores opostos nos
pontos extremos de um intervalo [a,b], isto é, f(a).f(b) < 0,
então este intervalo contém no mínimo uma raiz.
 Se dentro do intervalo [a,b] a derivada f'(x) mantiver o sinal,
ou seja, se f'(x) > 0 ou f’(x) < 0 para a<x<b, então a raiz
contida dentro deste intervalo será única.
Isolamento de Raízes
11
Convergência de Raízes
12
 Após o isolamento da raiz em um intervalo [a,b],

consiste em gerar uma sequência de valores que
convirja para a raiz de f(x)=0.
 O cálculo desta sequência de valores exige que se
tenha um critério de parada para que possamos
interromper os cálculos quando atingirmos o valor
da raiz com a precisão desejada.
 Podemos usar um dos três critérios a seguir:
x i − x i −1 b−a
xi − xi < ε <ε f (x i ) < ε <ε
xi 2
Método baseado em subintervalos
Método da Bisseção
13
 Considere uma função contínua, f(x), em um

intervalo [a,b], sendo ξ a única raiz neste intervalo.
 O método da bisseção consiste em subdividir o
intervalo ao meio a cada iteração e manter o
subintervalo que contém a raiz.
 Uma das grandes vantagens deste método é que
ele tem convergência garantida se a função for
contínua no intervalo, permitindo conhecer o número
de iterações necessárias para calcular a raiz com
tolerância ε: b−a
k = log 2  
 ε 
14
 Ao definir os limites [a, b], se f(a).f(b) < 0, existe ao

menos uma raiz no intervalo:
 Divide-se o intervalo ao meio, pega-se este ponto “c”.
 Verifica-se se f(a).f(c) < 0, se for o intervalo passa a ser [a, c]
 Caso não seja, então verifica-se se f(c).f(b) < 0, se for o
intervalo passa a ser [c, b]
15
 Este método é normalmente utilizado para diminuir o

intervalo que contém o zero da função, para a
aplicação de outro método mais preciso.
 É exigido um esforço computacional muito grande
quando se aumenta a precisão exigida, por isso,
normalmente fazemos o seguinte:
 Usamos algum método para garantir a existência de uma
única raiz no intervalo
 A seguir usamos o método da bisseção para refinar este
intervalo
 Por fim, usamos um método mais preciso para chegar à raiz
com mais precisão e menos esforço computacional
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 Algoritmo:
entre com o intervalo [a, b], a precisão (ε) e o nº máximo de iterações (itmax)
se f(a).f(b) <0 então
faça i = 0
enquanto (|b - a| > ε) e (i < itmax) repita
i=i+1
calcule raiz = (a + b) / 2
se f(a).f(raiz) < 0 então
b = raiz
senão se f(b).f(raiz) < 0 então
a = raiz
fim se
fim do enquanto
fim do se
Métodos baseados em aproximação linear
Método do Ponto Fixo
21
 Neste método a seqüência de aproximações do zero

de uma função (f(ξ) = 0) é obtida através de uma
relação de recorrência da forma:
x i +1 = φ(x i ), i = 1,2,
 O ponto x0 será considerado uma aproximação
inicial do zero da função e φ(x) é uma função que
tem ξ como ponto fixo, ou seja, ξ = φ(ξ).
Método do Ponto Fixo ou Iteração Linear
22
 O sucesso de sua aplicação depende da obtenção

da função de iteração, F(x). Uma boa função de
iteração possui a propriedade |F'(x)| < 1, para que
possa haver convergência.
 A função f(x) = x2 – sen(x) = 0, por exemplo, gera as
seguintes funções de iteração:
 Somando x à função
 x = x2 – sen(x) + x  F1(x)= x2 – sen(x) + x
 Subtraindo x2 e calculando o arco-seno
 -x2 = x2 – sen(x) - x2  x2 = sen(x)  F2(x) = sen-1(x2)
 Somando sen(x) e extraindo a raiz quadrada
 sen(x) = x2 – sen(x) + sen(x)  sen(x) = x2  F3(x) = (sen(x))1/2
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 Algoritmo:
entre com a aproximação inicial (x0)

entre com a precisão (ε)
entre com o nº máximo de iterações (itmax)
faça i = 0
enquanto (precisão > ε) e (i < itmax) repita
i=i+1
calcule raiz = F(x0)
precisão = |raiz – x0|
x0 = raiz
fim do enquanto
Método das Cordas
29
 É semelhante ao método da bisseção, a derivada segunda

do método deve ser constante no intervalo.
 O intervalo [a,b] não é dividido ao meio, mas sim em partes
proporcionais a razão – f(a)/f(b).
 O intervalo é atualizado da mesma maneira que no método
da bisseção.
Método das Cordas ou da Régula Falsi
30
 Podemos simplificar usando a equação:

f ( xn )
xn +1 = xn − ( xn − c )
f ( xn ) − f ( c )
 onde c é um ponto da função onde esta tem o mesmo sinal
de sua derivada segunda f(c) f''(c) > 0.
 O método das cordas fundamenta-se no fato de que,
geralmente, o zero da função vai estar localizado o mais
próximo do extremo do intervalo onde a função apresenta
o menor valor em módulo.
 A estimativa do zero da função é feita a partir da reta
secante que une os pares extremos (a,f(a)) e (b,f(b)) do
intervalo analisado.
31
 O ponto em que a reta secante intercepta o eixo x

corresponde à estimativa do zero da função.
 Uma evolução deste método é chamado de Régula
Falsi, ele fixa um dos pontos e varia somente o
outro, procurando desta forma manter a raiz dentro
do intervalo.
 Uma alteração do método das cordas, para agilizá-
lo, é chamado de método Pégaso, devido a
utilização dele em um computador Pégaso.
f (x n )
x n +1 = x n − ( x n − x n −1 )
f ( x n ) − f ( x n −1 )
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 Algoritmo:
entre com o intervalo [a, b], a precisão (ε) e o nº máximo de iterações (itmax)
se f(a).f(b) <0 então
faça i = 0
i=i+1
calcule raiz = (a.f(b) - b.f(a)) / (f(b) – f(a))
se f(a).f(raiz) < 0 então
b = raiz
senão se f(b).f(raiz) < 0 então
a = raiz
fim se
fim do enquanto
fim do se
Método baseado em Tangente
Método de Newton-Raphson
37
 Diferentemente dos métodos anteriores, este

método utiliza uma aproximação dos valores de x
através de tangentes, ao invés de polinômios
lineares.
 A desvantagem deste método é que ele exige que
se conheça f'(x) e f''(x).
 O ponto inicial a ser escolhido será os limites do
intervalo “a” ou “b”, dependendo da seguinte
condição:
 Se f(a).f''(a) > 0, então x0=a
 Se f(b).f''(b) > 0, então x0=b

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f (x n )
 Sua fórmula de recorrência é: x n +1 = x n −
f ′( x n )
39
a
40
a
b
41
a c
b
42
 Algoritmo:
entre com a aproximação inicial x0

faça i = 0
enquanto (precisão > ε) e (i < itmax) repita
i=i+1
calcule raiz = x0 – f(x0) / f'(x0)
precisão = |raiz – x0|
x0 = raiz
fim do enquanto
Método da Secante
43
 É um método derivado do método de Newton, que

substitui a derivada da função pela equação
f ( x i −1 ) − f ( x i )
f ′( x i ) =
x i −1 − x i
 Este método consiste em criar uma secante entre os
pontos a e b do intervalo [a,b]. A equação para
cálculo do ponto x é:
x n − x n −1
x n +1 = x n − .f ( x n )
f ( x n ) − f ( x n −1 )
 Na região da raiz a função deve ser
aproximadamente linear, senão o método falhará.
Método da Secante
44
Método da Secante
45
Método da Secante
46
Método da Secante
47
Método da Secante
48
 Algoritmo:
entre com o intervalo [a, b]

faça i = 0
i=i+1
calcule raiz = b - f(b) . (b - a) / (f(b) – f(a))
a=b
b = raiz
fim do enquanto
Comparação entre os Métodos

49
 O método da bisseção é muito simples não exige o

conhecimento da derivada da equação, possui uma
convergência certa, porém lenta.
 O método da iteração linear tem uma grande

dificuldade, a de encontrar a função de iteração para
satisfazer a condição de convergência.
 O método das cordas exige que o sinal da derivada

segunda permaneça constante no intervalo, nem
sempre garante a convergência.

50
 O método pégaso não exige o conhecimento da

derivada analítica da função e tem uma boa
convergência.
 O método de Newton apresenta a convergência

mais rápida, porém exige o conhecimento da
derivada analítica da função em questão.
 O método da Secante é menos rápido que o de

Newton, porém não exige o conhecimento da
derivada analítica da função.

51
 Neste exemplo pesquisou raízes na função:

 f(x) = sen(x)
 limites: [-5, 5]
 precisão: 10-3
Bisseção Ponto fixo Cordas Pégaso Secante Newton

-4,711720 1,570796 -1,570571 -4,712389 -4,712389 -4,712389
-1,571094 1,570796 -1,571072 -1,570796 -1,570797 -1,570796
1,571094 1,570796 1,570796 1,570796 1,570796 1,570796
4,711719 1,570796 4,713021 4,712389 4,712389 4,712389
Atividade – Não vale nota

(Mas aconselho fortemente que todos façam SEM COPIAR DE NINGUÉM)
52
 Com o método gráfico determine uma raiz da função

abaixo. Selecione um intervalo para uma raiz.
 Escreva um programa em que seja solicitado um
intervalo, a precisão e a quantidade máxima de
iterações. Calcule, através do método da bisseção a
raiz da função abaixo.
 Escreva um programa em que seja solicitado um
valor inicial, a precisão e a quantidade máxima de
iterações. Calcule, através do método da secante a
raiz da função abaixo.
 f(x) = sin(x * cos(x) – sin(x)).

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 Um cabo de densidade constante e comprimento L é

 Como pode ser observado é um problema

Equações Polinomiais x Transcendentais

 Uma função é transcendental quando ela não é

 Achar a raiz de uma função f(x) significa achar um

 Método baseado em subintervalos da função

 Métodos baseados em aproximação linear

 Método baseado em tangente

 Para tanto se traça o gráfico da função estudada,

 Podemos refinar o gráfico até chegar na raiz

 Polinômios de grau n (n≥1), tem a seguinte forma:

 Vários métodos precisam do isolamento de raízes.

 Após o isolamento da raiz em um intervalo [a,b],

 Considere uma função contínua, f(x), em um

 Ao definir os limites [a, b], se f(a).f(b) < 0, existe ao

 Este método é normalmente utilizado para diminuir o

 Neste método a seqüência de aproximações do zero

 O sucesso de sua aplicação depende da obtenção

entre com a aproximação inicial (x0)

 É semelhante ao método da bisseção, a derivada segunda

 Podemos simplificar usando a equação:

 O ponto em que a reta secante intercepta o eixo x

 Diferentemente dos métodos anteriores, este

 Se f(b).f''(b) > 0, então x0=b

entre com a aproximação inicial x0

 É um método derivado do método de Newton, que

entre com o intervalo [a, b]

Comparação entre os Métodos

 O método da bisseção é muito simples não exige o

 O método da iteração linear tem uma grande

 O método das cordas exige que o sinal da derivada

Comparação entre os Métodos

 O método pégaso não exige o conhecimento da

 O método de Newton apresenta a convergência

 O método da Secante é menos rápido que o de

Comparação entre os Métodos

 Neste exemplo pesquisou raízes na função:

Bisseção Ponto fixo Cordas Pégaso Secante Newton

Atividade – Não vale nota

 Com o método gráfico determine uma raiz da função

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