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ESCOLA DAS ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS – EECE

TURMA: 2ª SÉRIE – 2NA – PERÍODO: 2016.2


CURSOS: ENGENHARIA CIVIL; ENGENHARIA DE PRODUÇÃO; ENGENHARIA MECÂNICA;
ENGENHARIA ELÉTRICA
PROFESSOR: Me. Miguel Aquino de Lacerda Neto

1
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO DE UMA VARIÁVEL

UNIDADE 1. O ESTUDO DO CÁLCULO DE UMA VARIÁVEL

É de extremada importância para os estudos da disciplina de Cálculo. A derivada de uma função é utilizada
para diversas finalidades, algumas das quais iremos explorar neste material, porém não é possível generalizar as
aplicações que podemos atribuir às derivadas e limites, muitos recursos podem ser criados a partir dos seus conceitos,
bastando para isto, a criatividade de cada mente a se manifestar.

A derivada é a medida da declividade de uma reta tangente a cada ponto da função de onde surgiu, ela
também é uma função que fornece valores relativos de muita utilidade, podemos ainda lembrar que o ângulo da reta
tangente ao ponto da curva inicial pode ser encontrado através da derivada, pois a derivada fornece o valor da
tangente deste ângulo.

Enfim, temos muito o que extrair das derivadas, elas nos fornecem vários artifícios para manipular os números
em uma função, possibilitando diversas maneiras de extrair informações. Trazem um novo meio, capaz de nos elucidar
novas formas de analisar dados numéricos.

O conceito de limite é fundamental em todo o Cálculo diferencial, um campo da matemática que iniciou no
século XVII com os trabalhos de Newton e Leibnitz que visava resolver problemas de mecânica e Geometria.

O cálculo diferencial é aplicado em vários campos do conhecimento, como em Física, Engenharia, Economia,
Geologia, Astronomia, Biologia, etc.

1. LIMITES

Para encontrar as tangentes a uma curva ou a velocidade de um objeto, vamos voltar nossa atenção para os
limites em geral e para os métodos de calculá-los.
Vamos analisar o comportamento da função f definida por f (x) = x2 – x + 2 para valores de x próximos de 2.
A tabela a seguir fornece os valores de f (x) para valores de x próximos de 2, mas não iguais a 2.

Da tabela e do gráfico de f (uma parábola) mostrado na Figura 1, vemos que quando x está próximo de 2 (em
qualquer lado de 2), f (x) tenderá a 4.

2
De fato, parece que podemos tornar os valores de f (x) tão próximos de 4, quanto quisermos, ao tornar x
suficientemente próximo de 2. Expressamos isso dizendo que “o limite da função f (x) = x2 – x + 2 quando x tende a 2 é
igual a 4.”
A notação para isso é:

2.DEFINIÇÃO DE LIMITE.

Se os valores de f(x) podem ser definidos tão perto de L quanto possível ao tomarmos x arbitrariamente próximos de
, dizemos que: , onde lemos: „limite de f(x) quando x tende a x inicial‟

Grosso modo, isso significa que os valores de f (x) tendem a L quando x tende a. Em outras palavras, os
valores de f (x) tendem a ficar cada vez mais próximos do número L à medida que x tende ao número a (por qualquer
lado de a), mas x a.
Observe a frase “mas x a” na definição de limite. Isso significa que ao procurar o limite de f (x) quando x
tende a a ou a x0, nunca consideramos x = a. Na verdade, f (x) não precisas sequer estar definida quando x = a. A
única coisa que importa é como f está definida próximo de a.Onde lemos: „limite de f(x) quando x tende a x inicial‟

3. DEFINIÇÃO RIGOROSA DE LIMITE


TEOREMA:
Seja I um intervalo aberto ao qual pertence um número real a. Seja f uma função definida para { }. Dizemos
que o limite de , quando x tende a a, é L e escrevemos , se para todo , existir
tal que se | | então | | Ou seja:
| | | |

•Onde (épsilon) e ( delta minúsculo) são valores arbitrários dados.

3
Exemplos:
1). Seja f uma função tal que Se , encontre um para tal que
| | | |
Resp. .

2). Dado ,determinar um valor positivo tal que | | sempre que | | .


Resp. .

3). Dada a função f tal que Determine um número para de modo que satisfaça
| | | | , sabendo que
Resp.

4). Usando a definição, demonstre que: .

4. PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DOS LIMITES.

Vamos usar a definição de limite para provar que um dado número era limite de uma função. É um processo
relativamente simples para funções lineares. A seguir introduziremos propriedades que podem ser usadas para achar
muitos limites sem apelar para a pesquisa do número que aparece na definição do item anterior.

1.Se f é a função definida por f(x)=C onde C ,para todo x real,então, .

2.Se e então , [ ]

3. Se e ,então, =

4. Se e ,então,

5. Se então, ,

6. Se e ,então, ()

7. Se então, √ √ ,com e ou e n é ímpar.

Vejamos alguns exemplos:


Calcular os limites a seguir, usando as propriedades justificando cada passagem:
a) b) [ ] c) ( )


g) h) √

4
5. LIMITE DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL
Em primeiro lugar, devemos verificar se existe indeterminação no limite, . Caso exista a indeterminação dizemos
que o limite não satisfaz sua existência ou simplesmente sem solução .

Exemplo: Verifique se cada limite a seguir possui indeterminação


a) b) c) d) e)

Para se resolver alguns limites de uma função polinomial, usaremos algumas técnicas de fatoração e alguns
artifícios. Veja:

PRODUTOS NOTÁVEIS – FATORAÇÃO

1).Fator comum:

2).Diferença de quadrados:

3).Soma e Produto:

4).Quadrado da soma e Quadrado da diferença: e

5). Cubo e Quarta Potência

Exemplos: Calcular os seguintes limites:


a)

b)

6. POLINÔMIOS DE GRAU 3 E MAIOR QUE 3.

Para resolver este tipo de limite, usaremos um dispositivo prático chamado de BRIOT RUFFINI e o TEOREMA
D’ALEMBERT. Vejamos:

1. Dispositivo prático de BRIOT RUFFINI:


Consiste em dividir uma equação polinomial de grau maior ou igual a 3,da seguinte forma:

, por ,obtemos um quociente


e resto r.

2. Teorema D’ALEMBERT:
Um polinômio P(x) é divisível por se, e somente se, P(x)=0.

5
→ Exemplos: Calcular os limites usando o dispositivo prático.

a) b) c)

→Exemplos: Calcular os seguintes limites usando a fatoração:


a) b) c)

3.Calculando limites usando o conjugado.


→Exemplos: Calcular os limites usando o conjugado.
√ √
a) b)

7. LIMITES LATERAIS.

Observando o gráfico:

• , é chamado de limite lateral à direita da a.

• , é chamado de limite lateral à esquerda de a.

→Exemplo 1: É dada a função definida por { ,calcular se existir:

a) b)

| |
→Exemplo 2: Dada a função definida por , para todo , calcule ,se existir:

a) b) c)

►OBS.:
Lembramos a definição de função modular:

| | {

6
→EXEMPLOS
►Calcular os limites laterais, caso existam em cada situação dada:
| |
1. Dada definida em { }.Calcular :

a) b) c)

| |
2.Dada definida em { }.Calcular:

a) b) c)

3.Dada definida em { }. Calcular:


| |

a) b) c)

4.Dada definida em { }.Calcular:


| |

a) b) c)

5.Dada a função ,definida por:

Determine a para que exista .

EXEMPLO:
1. Seja f(x) a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


(a ) (b) (c)

(d) (e) (f)

GABARITO: (a)-1 (b)3 (c) (d) -1 (e)3 (f) 3


7
2. Seja a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


(a) (b) (c)

(d) (f)

GABARITO: (a)0 (b)0 (c) (d) (e)1

EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
1. Seja a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


(a) (b) (c) (d)

2. Seja a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:

(a) (b) (c) (d) (e) (f)

8
3. Seja a função definida pelo gráfico:

Intuitivamente, encontre se existir:


(a) (b) (c) (d) (e)

GABARITO:
1.
(a)0 (b)0 (c)0 (d)
2.
(a)0 (b)0 (c)0 (d) (e) (f)4
3.
(a) (b)1/2 (c) (d)1/2 (e)

8. LIMITES INFINITOS

•TEOREMA
Sejam f e g funções tais que . Então:
I) quando x está próximo de a.

II) quando x está próximo de a.

•NOTAS:
→ INEQUAÇÕES NA FORMA DE POTÊNCIA.
Considerando as seguintes funções:
a) Possui raiz igual a 3,então:

+
3
Como n é impar (n=5), segue o sinal.

b) Possui raiz igual a – 1, então:

-1

9
Como n é par (n =4), os sinais nunca são negativos.

c) Possui raiz igual a 6, então:

6
Como n é par (n = 8), os sinais nunca são negativos.

→EXEMPLOS:
a) RESP: b) RESP:

c) RESP: d) RESP:

e)Mostre pela definição que

►LIMITES ENVOLVENDO O INFINITO.

TEOREMA
Se n é um número inteiro e positivo, então:
(i)
(ii) {

TEOREMA
Se n é um número inteiro positivo, então:
(i)
(ii)

→EXEMPLOS:
Encontre:
a)

b)

c)

d)

e)

10
f)

g)

√ √
c)

►Alguns limites envolvendo infinito:

1. =0 2. =0 3. = 4. =

►Limites de uma função polinomial para .

* *

NOTA 1: Quando o polinômio de maior grau ficar no denominador, o limite é zero.


a)

NOTA 2: Quando os polinômios do numerador e denominador, têm o mesmo grau, o resultado é uma constante não
nula.
b)

NOTA 3: Quando um polinômio de maior grau fica no numerador, o limite é infinito.



c)

d)

9. CÁLCULO DE UM LIMITE USANDO A REGRA DE L’HOSPITAL

Sejam f e g funções contínuas e deriváveis em um intervalo contendo a, tais que, f(a) = g(a) = 0 e g‟(x)  0, x  I .
f ' ( x) f ( x) f ( x) f ' ( x)
Se existe lim , então existe lim e lim  lim .
x a g ' ( x) x a g ( x ) x a g ( x) x a g ' ( x )

Exemplos: Calcular os seguintes limites usando a regra de L‟Hospital.

a) b)

c) d)

e) f)

11
10. LIMITES TRIGONOMÉTRICOS.

O que já devemos saber sobre trigonometria:

1). Relação Fundamental da Trigonometria:

1. 6.

2. 7.

3. 8.

4. 9.

5. 10.

2). Ciclo trigonométrico:

Para se calcular os limites trigonométricos, devemos calcular no sentido horário e ou anti-horário. Vejamos o ciclo:

Limite trigonométrico fundamental:

Visualizando o gráfico:

12
Vejamos alguns exemplos de limites trigonométricos:
Calcular os limites trigonométricos:

a) b)

Vejamos alguns exemplos:

►Com o auxílio das fórmulas complementares da trigonometria, calcular os seguintes limites:

UNIDADE 2. O ESTUDO DAS DERIVADAS

INTRODUÇÃO

Se uma função é representada graficamente por uma reta (função afim) facilmente sabemos com que velocidade
varia essa função. Corresponde, é claro, ao declive da reta representativa da função.

E se o gráfico da função não for uma reta? Com que velocidade (rapidez) varia essa função?
O que os Matemáticos se lembraram, foi de “substituir localmente” a curva por uma reta e calcular o declive
dessa(s) reta(s) e… o resto é História e o estudo das Derivadas…

Frisemos que a derivada de f no ponto pode ser indicada das seguintes formas:
13
1.

2.

3.

TAXA DE VARIAÇÃO MÉDIA:

ACRÉSCIMOS E RAZÃO ENTRE ACRÉSCIMOS DE VARIÁVEIS

Numa função do tipo y = f(x), y é chamado de variável dependente da função e x de variável independente. Veja
a função abaixo.

variável independente ou variável livre

y = 2x + 5

variável dependente ou valor da função

•Quando a variável independente x assume os valores x = x 1 e x = x2 , o acréscimo de x é obtido pela expressão:


x = x2 – x1

•Da mesma forma, a variável dependente y, assume valores y = y 1 e y = y2 , cujo acréscimo de y é calculado por
y = y2 – y1 onde y é chamado de Acréscimo da Variável Dependente ou Taxa de Variação da Função.

►Exemplo. Calcule:

a)O acréscimo da variável independente x , quando ela passa de x1 = 3 para o valor x2 = 8.

Solução:

x = x2 – x1  x = 8 – 3  x = 5

b)O acréscimo da variável dependente ( y ), correspondente ao acréscimo da variável independente ( x ), quando x


passa de x1 = 3 para x2 = 8.

Solução:

se x1 = 3  y1 = 2.3 + 5  y1 = 11

se x2 = 8  y2 = 2.8 + 5  y2 = 21

y = y2 – y1  21 – 11  y = 10

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A DERIVADA USANDO A RETA TANGENTE

O problema de encontrar a reta tangente a uma curva e o problema para encontrar a velocidade de um objeto
envolvem determinar o mesmo tipo de limite. Este tipo especial de limite é chamado derivada e veremos que pode ser
interpretado como uma taxa de variação tanto nas ciências quanto na engenharia.
Se uma curva C tiver uma equação y = f (x) e quisermos encontrar a reta tangente a C em um ponto P (a, f (a)),
consideramos um ponto próximo Q (x, f (x)), onde x ≠ a, e calculamos a inclinação da reta secante PQ:

Então fazemos Q aproximar-se de P ao longo da curva C ao obrigar x tender a a.


Se tender a um número m, então definimos a tangente t como a reta que passa por P e tem inclinação m.
(Isso implica dizer que a reta tangente é a posição-limite da reta secante PQ quando Q tende a P. Ver figura)

Exemplos:

1. Qual é a equação da reta tangente à curva no seu ponto de abscissa 4 ?

2. Encontre uma equação da reta tangente à parábola y = x2 no ponto que P(1, 1).

DERIVADAS DAS FUNÇÕES ELEMENTARES:

a)Derivada da função constante:

b)Derivada da função potência:

c)Derivada da função seno:

d)Derivada da função cosseno:

e)Derivada da função exponencial:

No caso particular da função exponencial de base e, ,temos o resultado notável:


15
, logo:

f)Derivada da função logarítmica natural (base e):f(x)=ln x ou

REGRAS DE DERIVAÇÃO

I. Derivada da soma ou da diferença:

II. Derivada do produto:

III. Derivada do quociente: [ ]

IV. Regra da Cadeia:

V. Derivada de uma função composta: ( ) ( )

VI. Derivada da função arc sen:


VII. Derivada da função arc cos:


VIII. Derivada da função tangente:

EXEMPLOS:
1. Calcule as seguintes derivadas usando as derivadas elementares.
a) b) c)

d) e) f)

g) h) i)

j) l) m) √ n) √

2. Usando a definição , calcular a derivada em cada ponto dado.


a) b)

c) d)

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3. Calcule o acréscimo parcial usando a definição para cada função a seguir.

a) b) c) d)

APLICAÇÕES DAS DERIVADAS


1. Um ponto material em movimento sobre uma reta tem velocidade √ no instante . Calcule a aceleração do
ponto no instante . (Unidades SI).

2. Um móvel desloca-se sobre um segmento de reta obedecendo à equação horária (Unidades SI).
Determine:
a) sua velocidade no instante
b) sua aceleração no instante

3. Um móvel desloca-se sobre uma reta obedecendo à equação horária (Unidades SI). Determine:
a) sua velocidade no instante 2s,
b) sua aceleração no instante 3s,
c) em que instante sua velocidade é de 108 m/s,
d) em que instante sua aceleração é de 48 m/s2.

4. Sabemos que a área de um quadrado é função de seu lado. Determinar:


a) a taxa de variação média da área de um quadrado em relação ao lado quando este varia de 2,5m a 3m;
b) a taxa de variação da área em relação ao lado quando este mede 4m.

5. Uma cidade X é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores de saúde calculam que o número de pessoas
atingidas pela moléstia depois de um tempo (medido em dias a partir do primeiro dia da epidemia) é,
aproximadamente dado por:
.
a) Qual a razão da expansão da epidemia no tempo ?
b) Qual a razão da expansão da epidemia no tempo ?
c) Quantas pessoas serão atingidas pela epidemia no 5º dia ?

6. Analistas de produção verificam que, em uma montadora , o número de peças produzidas nas primeiras horas
diárias de trabalho é dado por:
{ .
a) Qual a razão de produção (em unidades por hora) após 3 horas de trabalho?
b) Qual a razão de produção (em unidades por hora) após 7 horas de trabalho?
c) Quantas peças são produzidas na 8º hora de trabalho?

7. Um reservatório de água está sendo esvaziado para a limpeza. A quantidade de água no reservatório, em litros, t
horas após o escoamento ter começado é dada por: . Determinar:
a) A taxa de variação média do volume de água no reservatório durante as 10 primeiras horas de escoamento.
b) A taxa de variação do volume de água no reservatório após 8 horas de escoamento.
c) A taxa de variação de água que sai do reservatório nas 5 primeiras horas de escoamento.
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8. Seja o custo de produção de x unidades de um determinado artigo. Em economia,
custo marginal é a taxa de variação de em relação a x, ou seja, a derivada . Qual o custo marginal para a
produção de 30 unidades.

9. Uma partícula se move sobre uma trajetória segundo a equação abaixo onde S é dado em metros e t em segundos.
Determine a velocidade e aceleração nos valores indicados:
a) Determine a velocidade no instante t = 3 s.
b) . Determine a velocidade no instante t = 2 s.
c) . Determine a velocidade no instante t = 1 s e aceleração em t = 2 s.

10. O movimento de um objeto ocorre ao longo de uma reta horizontal, de acordo com a função horária:
sabendo-se que a unidade de comprimento é o metro e de tempo, o segundo, calcule a
velocidade no instante t0 = 2 s.

11. A taxa de variação da velocidade de um móvel em relação ao tempo é a sua aceleração. Se a velocidade do objeto
é no instante t, sua aceleração, no instante , é dada por . Com base
no que foi exposto, calcule a aceleração de subida (no SI) de um projétil que é lançado para o ar no instante
com velocidade

12. A fim de estudar a forma como o organismo humano metaboliza o cálcio, um médico injetou no sangue de um
paciente voluntário uma amostra de cálcio quimicamente marcado com o intuito de medir a rapidez com que tal produto
é removido do sangue. Admitindo que a função Q(t) = 2 – 0,06t + 0,03t2 – 0,01t3 forneça a quantidade de cálcio (em
mg) que permanece na corrente sanguínea após t horas. Calcular a taxa de variação segundo a qual o cálcio está
sendo eliminado da corrente sanguínea, 2 horas após ter sido ministrado.

13. A função posição que modela a queda de um vaso de flores de uma janela situada a 30,6 metros do solo é s(t) =
4,9t2 + 30,6; em que s é a altura em relação ao solo (medida em metros) e t é o tempo, medido em segundos (0 ≤ t ≤
2,5). Nessas condições, determine o módulo da velocidade do vaso de flores quando este atinge o solo e marque a
alternativa correspondente.
a) 14,7 m/s
b) 19,6 m/s
c) 24,5 m/s
d) 29,4 m/s
e) 49,0 m/s

14. O número de litros de gasolina em um reservatório, t horas depois de iniciar seu esvaziamento é dado pela
equação horária V(t) = 200(30 – t)2. A taxa segundo a qual a gasolina está saindo ao fim de 10 horas e a taxa média de
escoamento durante as 10 primeiras horas são, respectivamente:
a) –8 000 litros/hora e –10 000 litros/hora.
b) –9 000 litros/hora e –10 000 litros/hora.
c) –10 000 litros/hora e –8 000 litros/hora.
d) –10 000 litros/hora e –9 000 litros/hora.
e) –10 000 litros/hora e 9 000 litros/hora.

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15. Uma maionese mal conservada em uma casa, constituiu ambiente ideal para a proliferação de certo tipo de
bactéria. Estima-se que o número de bactérias, t horas a partir da contaminação, pode ser calculado pela função
( ) Marque a alternativa correspondente à taxa de variação da população de bactérias 2
horas após ter ocorrido a contaminação.
a) Aproximadamente 25 bactérias/hora.
b) Aproximadamente 32 bactérias/hora.
c) Aproximadamente 39 bactérias/hora.
d) Aproximadamente 43 bactérias/hora.
e) Aproximadamente 51 bactérias/hora

O CÁLCULO DAS INTEGRAIS INTEGRAIS

INTEGRAL INDEFINIDA
A operação que envolve uma integral indefinida consiste em achar sua primitiva, ou seja, é a mesma operação
que consiste em achar uma antiderivação. O que muda então? A notação!
Para denotar a integral de uma função passaremos a utilizar a seguinte notação: Se . Sua primitiva é:
.

PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS INDEFINIDAS

a)∫[ ] ∫ ∫

b)∫ ∫

Exemplos:
Calcular:
a)∫ resp.:

b)∫ ( √ ) resp.: √

c)∫ resp.:

d)∫ ( ) resp.: | |

O CÁLCULO DE ÁREAS ENVOLVENDO AS INTEGRAIS


Seja uma função f(x) definida e contínua num intervalo real [ ]. A integral definida de f(x), de a até b, é um
número real, e é indicada pelo símbolo: ∫
Onde:

• a é o limite inferior de integração;


• b é o limite superior de integração;
19
• f(x) é o integrando.

►CÁLCULO DA INTEGRAL DEFINIDA:

Na prática, a integral de f sobre [ ] não é avaliada empregando-se a definição, pois, a não ser em casos
particulares, a determinação do limite da soma de Riemann de f é bastante difícil.
Felizmente, o Cálculo da integral de f sobre [ ] pode ser facilmente realizado quando conhecemos uma primitiva
P de f, pois, neste caso, o valor da integral é dado simplesmente por: Precisamente, é possível
demostrar o seguinte Teorema:
Se f é uma função contínua em [ ] e se P é uma primitiva de f, então:

𝑏
∫𝑎 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 𝐹 𝑏 𝐹 𝑎

•OBS: A diferença: poderá ser indicada pela notação

No gráfico, podemos observar que:

a b

O cálculo de área de figuras planas pode ser feito por integração.

Exemplo 1: Encontre a área limitada pela curva e os eixos dos x.


SOLUÇÃO:
A curva intercepta o eixo x nos pontos de abscissa – 2 e 2. Veja a figura:

20
Logo, a área da integral é: ∫ ( )

Exemplo 2:Encontre a área limitada pela curva e o eixo dos x.


Resp. 32/3 u.a.

EXEMPLOS:
1. Encontre a área limitada por
Resp.: A = 9/2 u.a.

2. Encontre a área limitada pelas curvas .


Resp.: A = 0,5 u.a. A = ½ u.a.

3. Encontre a área da região limitada pelas curvas


Resp.: A = - 9/2 u.a.

4. Encontre a área da região S limitada pelas curvas


Resp.: A = 22u.a.

5. Encontre a área da região S, limitada pela curva e pelo eixo dos x de 0 até como mostra a figura.

Resp.: A = 4u.a.

APLICAÇÃO
1.O custo fixo de produção da empresa “SORRISO E ESPERANÇA”, é de R$ 8.000,00 . O custo marginal é dado pela
função . Determinar a função custo total.

2.O custo marginal para a produção de determinado bem, é dado pela função √ Se o custo fixo é
de R$ 50,00, escreva a função custo total.

21
TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO

1. INTEGRAIS POR SUBSTITUIÇÃO.


Seja a expressão ∫ [ ] . Através da substituição por ou , ou ainda,
, vem:

∫ 𝑔[𝑓 𝑥 ] 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∫ 𝑔 𝑢 𝑑𝑢 ℎ 𝑢 𝐶 ℎ[𝑓 𝑥 ] 𝐶

Admitindo que se conheça ∫ .


O método da substituição de variável exige a identificação de e ou e na integral dada.

EXEMPLOS: Calcular as integrais indefinidas por substituição:

a)∫ resp. | |

b)∫ √ resp. √

c)∫ resp.

d)∫ resp.

e)∫ resp.

f)∫ resp.

g)∫ resp.
( )
h)∫ resp.

2. INTEGRAIS POR PARTES.

Sabemos que para a derivada de um produto vale a igualdade:

Então:
∫ ∫ FÓRMULA

22
Vejamos alguns exemplos:

•Calcular as integrais usando o método da integração por partes.

a) ∫ resp.

b) ∫ resp.

c) ∫ resp.

d) ∫ resp.

e) ∫ resp.

ANEXOS:

TABELA DAS INTEGRAIS ELEMENTARES:

1. ∫ ∫

2. ∫

3. ∫

4. ∫

5. ∫

6. ∫

7. ∫

8. ∫

9. ∫

10. ∫

11. ∫

12. ∫
23
13. ∫

14. ∫ √

15. ∫ √

16. ∫ √ | √ |

17. ∫ | |

18. ∫

19. ∫

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
•IEZZI, Gelson, 1939-
Fundamentos de Matemática Elementar, 8: limites, derivadas, noções de integral-6.ed.-São Paulo: Atual, 2005.

•GUIDORIZZI, Hamilton Luiz,


Um curso de Cálculo, vol. 1 / Hamilton Luiz Guidorizzi. – 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

•Flemming, Diva Marília


Cálculo A: funções, limites, derivação, integração / Diva Marília Flemming, Miriam Buss Gonçalves. – São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.

OBS. Este material faz parte da aula. Estudar também pelos livros indicados

▶LISTA DE EXERCÍCIOS N1
1. No seguinte problema, para dado, determinar um
positivo tal que | | e sempre que
| | .

2. Mostre usando a definição de limite que:

3. Nos problemas 1 a 7, para o dado, determine um positivo tal que | | e sempre que | | .

a).

b).

c).

d).

24
e).

f)

g).

4. Demonstre, usando a definição, que:

a) b) c)

5. Nos problemas a seguir, verifique se cada limite está correto, pelo o uso direto da definição. Isto é, para ache
de tal maneira que | | válido sempre que | | .

a).

b).

6. Usando os artifícios estudados e discutidos em sala de aula, calcule cada limite eliminando sua indeterminação.
•BRIOT RUFINNI
a) lim 2 x3  x2  4 x  1
3 2

x 1 x  3 x  5 x  3

b) lim x 3 3x 2 x  3
3 2

x 1 x x 2

x 3  3x 2  6 x  4
c) lim
x 1 x 3  4 x 2  8x  5

3x 3  4 x 2  x  2
d) lim
x 1 2 x 3  3x 2  1

•FATORAÇÃO
a) e)

b) f)

x2  a2
c) g) lim
x a x  a

a2  x2
d) h) lim 3
x  a a  x 3

•CONJUGADO
√ √ √ √
a) d) g)

√ √ √ √
b) e) h)

√ √ √ √
c) f) i)

7. Seja a função f definida por:


25
{ , calcule .

8. Para cada uma das seguintes funções, calcule o valor de para cada situação pedida.
a)

b)

c)

d)

e)

9. Calcule os seguintes limites:



a) b) c) d) e)

√ √
f) g) h) i)
√ √

10. Determine L para que a função dada seja contínua no ponto dado.

a) {

√ √
b) {

√ √
c) {√ √

▶QUESTÕES EXTRAS:

11. Seja a função f definida por:

{ , calcule .

12. Seja a função:

{ . Mostre que o .

13. Calcule os seguintes limites:

a) e) i)

b) f) j)

26
c) g) k)

d) h) l)

14. Usando o dispositivo prático, calcular os seguintes limites:

a) c) e) g)

b) d) f) h)

15. Usando o conjugado, calcular os seguintes limites:

√ √ √ √
a) d) g) j)
√ √

√ √ √ √ √
b) e) h) k)

√ √ √ √ √ √
c) f) i) l)

16. Calcular os limites a seguir, usando as propriedades justificando cada passagem:

a) b) c) [ ]

d) [ ] e) f) ( )


g) h) √ i) √

▶LISTA DE EXERCÍCIOS N2

1. Dada a função f definida por: { . Calcule:

a)

2. Seja h definida por: ℎ {

(a) Esboce o gráfico de h;

(b) Calcule; se existir: ℎ ℎ ℎ .

3. É dada a função f definida por | |


. Calcule se existir:

a)

| |
4. Dada definida em { }.Calcular :

a) b) c)
27
| |
5. Dada definida em { }.Calcular:

a) b) c)

6. Dada definida em { }. Calcular:


| |

a) b) c)

7. Dada definida em { }.Calcular:


| |

a) b) c)

8. Dada a função ,definida por: { .Determine a para que exista .

| |
9. Dada a função definida por definida em { } Calcular se existir os limites laterais a
seguir: ; e .

▶LISTA DE EXERCÍCIOS N3
1. Se { , calcule:

(a)

2. Se { , calcule:

(a)

| |
3. Seja { .

Achar, se existirem

4. Seja | |. Calcule os limites indicados se existirem:

(b) (c)

5. Seja | |.Calcule os limites indicados se existirem:

(a) (b) (c)

6. Dada a função definida por { . Determine para que exista

7. Seja a função:

{ . Mostre que o .

28
8. Nos seguintes exercícios, é dada uma função f. Calcule os limites laterais indicados se existirem.

1º). {

a) b) c)

2º). {

a) b) c)

3º). {

a) b) c)

4º). {

a) b) c)

9. Calcule os limites infinitos:

a) b) c) d)

e) f) g) h)

10. Mostre pela definição que:

a) b)

▶LISTA DE EXERCÍCIOS N4

1. Encontrar uma função primitiva F(x) da função f (x) dada, que satisfaça a condição inicial dada, onde:

a)

b)

c) √


d) ( ) .

e) ( )

2.Determinar as integrais em seus respectivos intervalos:

a)∫ b)∫ c)∫ ( )


29
d)∫ e)∫ f)∫

3.Calcular a integral ∫ , onde {

•APLICAÇÕES DAS INTEGRAIS: CÁLCULO DE ÁREAS.

4.O custo fixo de produção da empresa “SORRISO E ESPERANÇA”, é de R$ 8.000,00 . O custo marginal é dado pela função
. Determinar a função custo total.

5.O custo marginal para a produção de determinado bem, é dado pela função √ Se o custo fixo é de R$
50,00, escreva a função custo total.

6.Calcule a área limitada pela curva e o eixo do x, como mostra a figura.

7.Encontre a área limitada por y = x2 e y = x + 2. Em seguida esboce o gráfico da região a ser calculada.

8.Em cada caso, encontrar a área das regiões S1 e S2, vistas nas figuras a seguir:

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