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CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I

APLICAÇÕES DE DERIVADAS
Derivadas possuem diversas aplicações
Aplicação das derivadas na otimização
Utilizamos as derivadas para obter a maximização ou minimização de um determinado fenômeno.
i) Minimização do consumo de material.

Exemplo: Uma empresa de embalagem recebeu um pedido de caixas de papelão, onde o solicitante exigiu
apenas que as caixas tivesse 15 litros de capacidade e uma altura de 20 centímetros. Quais são as
dimensões das caixas para obter o menor custo com o papelão?

ii) Maximização do lucro em função das despesas.

Exemplo: Um fazendeiro tem 200 bois, cada um pesando 300 Kg. Até agora ele gastou R$380.000,00
para criar os bois e continuara gastando R$ 2,00 por dia para manter cada boi. Os bois aumentam de peso
a uma razão de 1,5 Kg por dia. Seu preço de venda, hoje é de R$ 18,00 o quilo, mas o preço cai 5
centavos por dia. Quantos dias deveria o fazendeiro aguardar para maximizar seu lucro?

iii) Maximização da área em função do seu perímetro

Exemplo: Deseja-se confeccionar uma trave para um campo de futebol com uma viga de 18m de
comprimento. Encontre as dimensões para que a área do gol seja máxima.
iv) Aplicação das derivadas na física:

A primeira delas a velocidade que é a derivada do espaço em relação ao tempo

onde v é a velocidade e s a posição.

Na sequência, a aceleração que é a derivada da velocidade em relação ao tempo

onde a é a aceleração
v) Aplicação das derivadas na biologia .

Exemplo: No estudo do crescimento populacional. O tamanho de uma certa população em um


determinado instante é dado pelas taxas de natalidade e de mortalidade.

vi) Aplicação das derivadas na administração .

Exemplo: O custo marginal, que é variação do custo total de produção em função da quantidade unitária
produzida, este é expresso através da derivada do custo total pela quantidade produzida

onde Cm é a função de custo marginal, Ct o custo total e Q a quantidade total produzida.


vii) Aplicação das derivadas na Química. (exemplo na Lei de Boyle),

Esta lei estabelece a relação da pressão P e o volume V quando a temperatura K permanece constante em
uma amostra de gás em um recipiente

Assim, quando queremos encontrar a taxa de variação do volume em relação a pressão tem-se a derivada,
ou seja,

Outra aplicação é o cálculo da velocidade de uma reação química, ou seja, a taxa de variação da concentração
de reagentes químicos em um cada instante. Seja CA a concentração do reagente químico A em um
recipiente em função do tempo t. Mas por outro lado temos também a concentração do produto da reação,
chamaremos de CB , porém com sinal contrário, pois conforme a concentração de A diminui com a reação a
concentração de B aumenta,

Assim, a velocidade de uma reação se dá a partir a derivada das concentrações em relação do tempo, porém
tenha atenção que os sinais são opostos

Nosso objetivo foi apenas apresentar uma ideia em que as Derivadas possuem diversas aplicações.
Derivadas sucessivas
Seja que f uma função derivável. Se a função f ’ é derivável, a derivada da
função f ’ é denominada segunda derivada da função f .

Notação: f ( x ) = (f ( x ))

Exemplos:

1) f ( x ) = x 4  f ( x) = 4x3  f ' ' ( x ) = 12x 2

De modo análogo pode-se definir:

f ( x ) = (f ( x ))



f (IV ) ( x ) = (f ( x ))

(n)
f ( x) = f (n−1)
(
( x)

)
Exemplos:
Calcule as derivadas das funções até a ordem n indicada em cada item.
1) f ( x ) = x 4, n = 5.
f ( x) = 4x3 f ' ' ( x ) = 12x 2 f ' ' ' ( x ) = 24 x f (IV )( x) = 24

f (V ) ( x ) = 0
2)f ( x ) = sen( x ) , n =15.

f ( x ) = sen( x ) f (IV )( x) = sen( x)


f ( x) = cos(x) f (V )( x) = cos(x)
f ( x ) = −sen( x ) f (VI)( x) = −sen( x)
f ( x) = − cos(x ) f (VII)( x) = − cos(x)

f ( XV )( x ) = − cos(x ) f (49 )( x) = cos(x )


Aplicações das Derivadas
Como classificar os máximos e mínimos
Definição: Ponto Crítico

Exemplo: Encontrando os pontos críticos da função


Teorema: O Teorema de Rolle

Suponha que y = f(x) seja contínua em todos os pontos de [a, b] e derivável em


todos os pontos de (a, b). Se

f(a) = f(b)

Então há pelo menos um número c em (a, b) onde f ’(c) = 0.


Teorema: O Teorema do Valor Médio

Suponha que y = f(x) seja contínua em um intervalo fechado [a, b] e derivável no


intervalo aberto (a, b). Então há pelo menos um ponto c em (a, b) em que

f (b) − f (a)
= f '(c)
b−a

B Geometricamente, o
Teorema do Valor
Médio diz que, em
algum lugar entre A e
B, a curva apresenta
A pelo menos uma
tangente paralela à
corda AB.
Corolário: Funções com Derivadas Nulas são Funções Constantes

Se f ’(x) = 0 em todos os pontos de um intervalo I, então f (x) = K para qualquer


x em I, onde C é uma constante.

Teorema: Extremos Locais (máximos e mínimos)

Se uma função f possui valores máximo ou mínimo locais em um ponto c


interior de seu domínio e se f’ existe em c, então

f’ (c) = 0.
Teorema: O Teste da Primeira Derivada (Extremos Locais)
i) Se f ’ é negativa à esquerda de c e positiva à direita de c, então f possui
um mínimo local em c.

ii) Se f ’ é positiva à esquerda de c e negativa à direita de c, então f possui


um máximo local em c.

iii) Se f ’ possui o mesmo sinal em ambos os lados de c, então c não é um


extremo local de f.
Pelo teste da primeira derivada, c ponto de máximo local e d ponto de mínimo local.
Corolário: Teste da Primeira Derivada (Crescimento e Decrescimento)

Suponha que f seja contínua em [a, b] e derivável em (a, b).

i) Se f ’> 0 em todos os pontos de (a, b), então f é crescente em (a, b).

ii) Se f ’< 0 em todos os pontos de (a, b), então f é decrescente em (a, b).

Exemplo: Determine os intervalos de crescimento e decrescimento da função


Exemplo: Determine os intervalos de crescimento e decrescimento da função
Conclusão:

i)

ii)
Teorema: O Teste da Segunda Derivada (Extremos Locais)

i) Se f ’ (c) = 0 e f ’’(c) < 0, então f possui um máximo local quando x = c.

ii) Se f ’(c) = 0 e f ’’(c) > 0, então f possui um mínimo local quando x = c.

Definição: Ponto de Inflexão

Um ponto onde o gráfico de uma função possui uma reta tangente e onde há
mudança de concavidade é um ponto de inflexão.
Corolário: (Teste da Concavidade)

Seja f uma função derivável até segunda ordem em um intervalo (a,b). Neste
caso, valem as afirmações:

Exemplo: Aplicando o Teste de Concavidade

A curva f(x) = x2 é côncava para cima em qualquer intervalo, pois sua


segunda derivada f ’’(x) = 2 é sempre positiva.
Exemplo: Usando o Teste da Segunda Derivada

Determine os extremos de f (x) = x3 - 12x - 5.

Solução: Temos que

f '( x) = 3x 2 − 12 = 3( x 2 − 4)
f ''( x) = 6 x

Testando os pontos críticos x = 2 (não há extremidades), temos que

f ''(−2) = −12  0  f possui um máximo local quando x = -2


e

f ''(2) = 12  0  f possui um mínimo local quando x = 2.


Exemplo: Deseja-se confeccionar uma trave para um campo de futebol com uma viga
de 18m de comprimento. Encontre as dimensões para que a área do gol seja máxima.

Solução:
Vamos esboçar um desenho de uma trave genérica:

Pelos dados fornecidos pelo enunciado do problema, temos que:

2x + y = 18 y = 18 - 2x
A área do gol é dada pela fórmula da área do retângulo formado:
A = x.y A(x) = x(18 – 2x) = 18x – 2x2
Calculamos, agora, a derivada da função A(x):
A(x)´= 18 – 4x = 0 x = 4,5
Encontramos a altura x da trave. Para encontrarmos sua altura, substituímos o
valor de x temos:
y(x) = 18 - 2x y(4,5) = 18 – 2(4,5) = 9

Portanto, a trave deverá ter altura de 4,5m e largura de 9m para que a área de gol
seja a maior possível.

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