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Cálculo A

Capı́tulo 5 - Aplicações das Derivadas

Andressa C. de Moura Oliveira


Departamento de Matemática Pura e Aplicada
Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde
Universidade Federal do Espı́rito Santo
(Campus de Alegre)

Andressa Oliveira (UFES) Cálculo A 1 / 17


Capı́tulo 5 - Aplicações das derivadas

Conteúdo Programático
5.1 Extremos de funções;
5.2 Esboço de curvas;
5.3 Problemas de otimização;
5.4 Formas indeterminadas e a regra de L’Hopital.

Objetivos
Saber utilizar as técnicas de derivação para esboçar gráficos e resolver
problemas contextualizados de maximização e minimização de
funções.

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Capı́tulo 5 - Aplicações das derivadas

5.1 - Valores extremos de funções


Definição
A função f terá um valor máximo relativo em c se existir um
intervalo aberto contendo c, no qual f (x) esteja definida, tal que
f (c) ≥ f (x) para todo x nesse intervalo.
A função f terá um valor mı́nimo relativo em c se existir um
intervalo aberto contendo c, no qual f (x) esteja definida, tal que
f (c) ≤ f (x) para todo x nesse intervalo.

Observação: Se a função f tiver um máximo relativo ou um mı́nimo


relativo em c, então dizemos que f tem um extremo relativo em c.

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5.1 - Valores extremos de funções

Teorema
Se f (x) foi definida para todos os valores de x no intervalo aberto
(a, b) e se f tiver um extremo relativo em c, onde a < c < b, então
f 0 (c) = 0 se f 0 (c) existir.

Definição
Se c for um número no domı́nio da função f e se f 0 (c) = 0 ou f 0 (c)
não existir, então c será chamado de ponto crı́tico de f .

Exemplos:
a) f (x) = x3
b) g(x) = |x − 2|

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5.1 - Valores extremos de funções

Definição
Seja f uma função de domı́nio D. Então, f terá um valor máximo
absoluto em D se existir algum c, tal que f (c) ≥ f (x) para todo
x ∈ D. E terá um valor mı́nimo absoluto em D se existir algum c, tal
que f (c) ≤ f (x), para todo x ∈ D.

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5.1 - Valores extremos de funções

Teorema do Valor Extremo


Se a função f for contı́nua no intervalo fechado [a, b], então f terá
um valor máximo absoluto e um valor mı́nimo absoluto em [a, b].

Exemplo: Seja f (x) = x3 + x2 − x + 1 e I = [−2, 0].


Observações:
1 - Encontre o valor da função nos pontos crı́ticos de f no intervalo
(a, b).
2 - Encontre os valores de f (a) e f (b).
3 - O maior dentre esses valores será o máximo absoluto e o menor
será o mı́nimo absoluto.

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5.1 - Valores extremos de funções

Exemplo:
1 - Um fabricante de caixas de papelão deseja fazer caixas abertas a
partir de pedaços de papelão de 12 x 12 cm, cortando quadrados iguais
nos quatro cantos e dobrando os lados para cima. Deseja-se encontrar
o comprimento do lado do quadrado a ser cortado para obter uma
caixa com o maior volume possı́vel.

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5.1 - Valores extremos de funções

Teorema de Rolle
Seja f uma função f tal que:
se f é contı́nua no intervalo fechado [a, b];
se f é derivável no intervalo aberto (a, b);
f (a) = 0 e f (b) = 0.
Então existe um número c no intervalo aberto (a, b), tal que
f 0 (c) = 0.

Exemplo: Dada a função f (x) = 4x3 − 9x aplique o Teorema de Rolle


no intervalo [0, 23 ] e encontre um valor de c tal que f 0 (c) = 0.

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5.1 - Valores extremos de funções

Teorema do Valor Médio


Seja f uma função f tal que:
se f é contı́nua no intervalo fechado [a, b];
se f é derivável no intervalo aberto (a, b).
Então existirá um número c no intervalo aberto (a, b), tal que
f (b) − f (a)
f 0 (c) = .
b−a

Exemplo: Seja f (x) = x3 + x2 − x. Encontre todos os números c no


f (1) − f (−1)
intervalo (−1, 1) tais que f 0 (c) =
2

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5.2 - Teste da primeira derivada

Teorema
Seja f uma função contı́nua no intervalo fechado [a, b] e derivável no
intervalo aberto (a, b):
se f 0 (x) > 0 para todo x ∈ (a, b), então f será crescente em
[a, b];
se f 0 (x) < 0 para todo x ∈ (a, b), então f será decrescente em
[a, b];

1
Exemplo: Dada a função f (x) = x4 − x3 + x2 determine:
4
a) os pontos crı́ticos da função;
b) os intervalos em que a função é crescente;
c) os intervalos em que a função é decrescente.

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5.2 - Teste da primeira derivada

Teste da primeira derivada


Seja f uma função contı́nua em todos os pontos do intervalo aberto
(a, b) contendo o número c e suponha que f 0 exista em todos os
pontos de (a, b), exceto possivelmente em c:
se f 0 (x) > 0 para todos os valores de x em algum intervalo
aberto tendo c como extremo direito, e se f 0 (x) < 0 para todos
os valores de x em algum intervalo aberto tendo c como extremo
esquerdo, então f terá um valor máximo relativo em c;
se f 0 (x) < 0 para todos os valores de x em algum intervalo
aberto tendo c como extremo direito, e se f 0 (x) > 0 para todos
os valores de x em algum intervalo aberto tendo c como extremo
esquerdo, então f terá um valor mı́nimo relativo em c

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5.2 - Teste da primeira derivada

Para encontrar extremos relativos de uma função f :


1 - Determine f 0 (x);
2 - Encontre os pontos crı́ticos de f , isto é, os valores de x para os
quais f 0 (x) = 0 ou que f 0 (x) não existe;
3 - Aplique o teste da primeira derivada.

x2 − 4, se x 6 3
Exemplo 1: Seja f (x) =
8 − x, se x > 3
Determine os extremos relativos de f , aplicando o teste da primeira
derivada, e os intervalos em que f é crescente ou decrescente.
Exemplo 2: Seja f (x) = x2 − 6x. Determine os extremos relativos de
f e os intervalos onde f é crescente ou decrescente.

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5.3 - Concavidade e Pontos de inflexão

Definição
O gráfico de uma função f será côncavo para cima no ponto
(c, f (c)) se f 0 (c) existir e se houver um intervalo aberto I contendo c,
tal que para todos os valores de x 6= c em I, o ponto (x, f (x)) do
gráfico estará acima da reta tangente ao gráfico em (c, f (c)).

Definição
O gráfico de uma função f será côncavo para baixo no ponto
(c, f (c)) se f 0 (c) existir e se houver um intervalo aberto I contendo c,
tal que para todos os valores de x 6= c em I, o ponto (x, f (x)) do
gráfico estará abaixo da reta tangente ao gráfico em (c, f (c)).

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5.3 - Concavidade e Pontos de inflexão

Teorema
Seja f uma função diferenciável em algum intervalo aberto contendo
c. Então,
se f 00 (c) > 0, o gráfico de f é côncavo para cima em (c, f (c));
se f 00 (c) < 0, o gráfico de f é côncavo para baixo em (c, f (c)).

Exemplo: f (x) = ax2 + bx + c

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5.3 - Concavidade e Pontos de inflexão

Definição
O ponto (c, f (c)) será um ponto de inflexão do gráfico da função f
se o gráfico tiver uma reta tangente neste ponto e se existir um
intervalo aberto I contendo c, tal que se x existir em I, então
f 00 (x) < 0 se x < c e f 00 (x) > 0 se x > c, ou
f 00 (x) > 0 se x < c e f 00 (x) < 0 se x > c.

Teorema
Se a função f for derivável em algum intervalo aberto contendo c e
se (c, f (c)) for um ponto de inflexão do gráfico de f , então se f 00 (c)
existir, f 00 (c) = 0.

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5.3 - Concavidade e Pontos de inflexão

Exemplos:
1 - Ache o ponto de inflexão do gráfico da função f (x) = x3 − 6x2 +
9x+1 e determine onde o gráfico é côncavo para cima e onde é côncavo
para baixo.
2 - Ache o ponto de inflexão do gráfico da função f (x) = (1 − 2x)3 e
determine onde o gráfico é côncavo para cima e onde é côncavo para
baixo.

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5.4 - Construção de gráfico

Exemplo 1: Seja f (x) = x3 − 3x2 + 3. Faça um esboço do gráfico


de f , determinando os pontos crı́ticos, extremos relativos, intervalos
nos quais f é crescente ou decrescente, e côncavo para cima ou para
baixo.
x2
Exemplo 2: Seja f (x) = . Faça um esboço do gráfico de f ,
x2 − 4
determinando as assı́ntotas horizontais e verticais, os pontos crı́ticos,
extremos relativos, intervalos nos quais f é crescente ou decrescente,
e côncavo para cima ou para baixo.

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