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Aplicações de

4 Derivação

Copyright © Cengage Learning. Todos os direitos reservados.


4.1 Valores Máximo e Mínimo

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4.1 Valores Máximo e Mínimo

Um máximo ou mínimo absoluto às vezes é chamado de


máximo ou mínimo global. Os valores máximos e mínimos
de f são chamados de valores extremos de f.

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4.1 Valores Máximo e Mínimo

Mínimos absolutos f(a),


Máximos absolutos f(d);

mínimos locais f(c), f(e),


máximos locais f(b), f(d)

Figura 1

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4.1 Valores Máximo e Mínimo

Na Definição 2, se dissermos que algo é verdadeiro


próximo de c, queremos dizer que é verdadeiro numa
vizinhança de c, i.e. num intervalo aberto contendo c.

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4.1 Valores Máximo e Mínimo
O teorema a seguir dá condições para garantir que uma
função tenha valores extremos.

O Teorema do Valor Extremo está ilustrado na Figura 2.

Figura 2: funções conínuas num interval fechado atingem sempre valores extremos.

Observe que um valor extremo pode ser assumido mais de


uma vez. 6
4.1 Valores Máximo e Mínimo
As Figuras 3 e 4 mostram que uma função pode não ter
valores extremos se for omitida uma das duas hipóteses
(continuidade ou intervalo fechado) do Teorema do Valor
Extremo.

Esta função tem valor mínimo Esta função contínua g não tem
f(2) = 0, mas não tem valor máximo máximo, nem mínimo

Figura 3 Figura 4
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4.1 Valores Máximo e Mínimo
O Teorema do Valor Extremo afirma que uma função
contínua num intervalo fechado tem um valor máximo e um
mínimo; contudo, não diz como encontrar esses valores
extremos.

O Seguinte teorema dá-nos uma condição necessária para


a existência de extremos:

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Exemplo 1
Se f(x) = x3, então f(x) = 3x2, logo f(0) = 0. Porém f não
tem máximo nem mínimo em 0, como podemos ver no
gráfico na Figura 5.

Se f(x) = x3, então f (0) = 0 mas ƒ


não tem mínimo ou máximo

Figura 5 9
Exemplo 1 continuação

O fato de que f(0) = 0 simplesmente significa que a curva


y = x3 tem uma reta tangente horizontal em (0, 0). Em vez
de ter máximo ou mínimo em (0, 0), a curva cruza sua
tangente horizontal aí.

O Exemplo 5 demonstra que, mesmo quando f(c) = 0, não


é necessário existir um mínimo ou máximo c. (Por outras
palavras, a recíproca do Teorema de Fermat é falsa, em
geral.)

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Exemplo 2
A função f(x) = |x| atinge o seu valor mínimo (local e
absoluto) em 0; contudo, o valor não pode ser encontrado
por considerar f(x) = 0, porque f(0) não existe. (Figura 6).

Se f(x) = |x|, então f(0) = 0 é um valor


mínimo, mas f (0) não existe

Figura 6

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4.1 Valores Máximo e Mínimo
O Teorema de Fermat sugere que devemos pelo menos
começar por procurar por valores extremos de f nos
números c onde f(c) = 0 ou onde f(c) não existe. Esses
números têm um nome especial.

Em termos de números críticos, o Teorema de Fermat


pode ser reescrito como a seguir.

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4.1 Valores Máximo e Mínimo
Para encontrarmos um máximo ou um mínimo absoluto de
uma função contínua num intervalo fechado, observamos
que ele é local ou acontece numa extremidade do
intervalo. Assim, o seguinte procedimento de três etapas
funciona sempre.

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4.2 O Teorema do Valor Médio

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4.2 O Teorema do Valor Médio
Veremos que muitos dos resultados deste capítulo
dependem de um fato central, que é chamado Teorema do
Valor Médio.

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4.2 O Teorema do Valor Médio
Antes de demonstrarmos esse teorema, podemos ver que
ele é razoável interpretando-o geometricamente. As
Figuras 1 e 2 mostram os pontos A(a, f(a)) e B(b, f(b))
sobre os gráficos de duas funções deriváveis.

Figura 1 Figura 2

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4.2 O Teorema do Valor Médio
O declive da reta secante AB é

que é a mesma expressão mostrada no lado direito da


Equação 1. Uma vez que f(c) é o declive da reta tangente
no ponto (c, f(c)), o Teorema do Valor Médio na forma
dada pela Equação 1, diz que há, no mínimo, um ponto P
(c, f(c)) sobre o gráfico onde o declive da reta tangente é
igual ao declive da reta secante AB. Por outras palavras,
há um ponto P onde a reta tangente é paralela à reta
secante AB. 17
Exemplo
Suponha que f(0) = –3 e f(x)  5 para todos os valores de
x. Quão grande f(2) pode ser?

Solução: Por hipótese, f é diferenciável (e, portanto,


contínua) em toda parte. Em particular, podemos aplicar o
Teorema do Valor Médio ao intervalo [0, 2]. Existe, então,
um número c tal que

f(2) – f(0) = f(c)(2 – 0)

logo f(2) = f(0) + 2f(c) = –3 + 2f(c).

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Exemplo – Solução continuação

Sabemos também que f(x)  5 para todo x; assim,


sabemos que f(c)  5. Multiplicando por 2 ambos os lados
desta desigualdade, temos 2f(c)  10, logo

f(2) = –3 + 2f(c)  –3 + 10 = 7.

O maior valor possível para f(2) é 7.

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4.2 O Teorema do Valor Médio
O Teorema do Valor Médio pode ser usado para
estabelecer alguns dos fatos básicos do cálculo diferencial.
Um deles é o teorema a seguir.

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4.2 O Teorema do Valor Médio
Observação:
É necessário cuidado ao aplicar o Teorema 5. Seja

O domínio de f é D = {x | x ≠ 0} e f(x) = 0 para todo x em


D. Mas f não é, obviamente, uma função constante. Isso
não contradiz o Teorema 5, pois D não é um intervalo.
Observe que f é constante no intervalo (0, ) e também no
intervalo ( , 0).

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Como as Derivadas Afetam a
4.3 Forma de um Gráfico

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O Que f  Diz sobre f ?

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O Que f  Diz sobre f ?
Para ver como a derivada de f nos pode dizer onde uma
função é crescente ou decrescente, observe a Figura 1.

Figura 1

Entre A e B e entre C e D, as retas tangentes têm


inclinação positiva e, portanto, f (x) > 0.
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O Que f  Diz sobre f ?
Entre B e C, as retas tangentes têm inclinação negativa e,
portanto, f (x) < 0. Assim, parece que f cresce quando f (x)
é positiva e decresce quando f (x) é negativa.

Com efeito, temos:

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Exemplo 1
Encontre onde a função f(x) = 3x4 – 4x3 – 12x2 + 5 é
crescente e onde ela é decrescente.

Solução:
Começamos derivando f:
f (x) = 12x3 – 12x2 – 24x = 12x(x – 2)(x + 1)

Para usarmos o Teste C/D, devemos saber onde f (x) > 0 e


onde f (x) < 0. Para resolver estas inequações, primeiro
encontramos onde f (x) = 0, ou seja, em x = 0, 2 e –1.
Esses são os números críticos de f e eles dividem o
domínio em quatro intervalos.

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Exemplo 1 – Solução continuação

Podemos determinar o sinal de f (x) em cada intervalo a


partir dos sinais dos três fatores de f (x), ou seja, 12x, x – 2
e x + 1, como mostrado na tabela a seguir.
Por exemplo, f (x) < 0 para 0 < x < 2, de modo que f é
decrescente em (0, 2). (Também podemos dizer que f é
decrescente no intervalo fechado [0, 2].)

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Exemplo 1 – Solução continuação

O gráfico de f mostrado na Figura 2 confirma a informação


dada na tabela.

Figura 2

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Valores Extremos Locais

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Valores Extremos Locais
Pode ver-se na Figura 2 que f (0) = 5 é um valor máximo
local de f, pois f cresce em (–1, 0) e decresce em (0, 2).
Ou, f (x) > 0 para –1 < x < 0 e f (x) < 0 para 0 < x < 2.
Por outras palavras, o sinal de f (x) muda de positivo para
negativo em 0. Essa observação é a base do seguinte
teste.

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Valores Extremos Locais
O Teste da Primeira Derivada é uma consequência do
Teste C/D. Na parte (a), por exemplo, uma vez que o sinal
de f (x) muda de positivo para negativo em c, f é crescente
à esquerda de c e decrescente à direita de c. A
consequência é que f tem um máximo local em c.

Máximo local Mínimo local


Figura 3(a) Figura 3(b)

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O Que f  Diz sobre f ?

Nem máximo, nem mínimo Nem máximo, nem mínimo


Figura 3(c) Figura 3(d)

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Exemplo 2
Encontre os valores de máximos e mínimos locais da
função
g(x) = x + 2 sen x 0  x  2.

Solução: Começamos por encontrar os números críticos. A


derivada é:
g (x) = 1 + 2 cos x.

Logo g (x) = 0 quando cos . As soluções desta


equação são 2 /3 e 4 /3.

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Exemplo 2 – Solução continuação

Como g é diferenciável em toda parte, os únicos números


críticos são 2 /3 e 4 /3 e, portanto, analisamos g na
tabela a seguir.

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Exemplo 2 – Solução continuação

Como o sinal de g (x) muda de positivo para negativo em


2 /3, o Teste da Primeira Derivada diz-nos que há um
máximo local em 2 /3 e o valor máximo local é

 3,83.

Da mesma forma, o sinal de g (x), muda de negativo para


positivo em 4 /3, então

 2,46

é um valor mínimo local.


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Exemplo 2 – Solução continuação

O gráfico de g na Figura 4 confirma a nossa conclusão.

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O que f  Nos Diz sobre f ?

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
A Figura 5 mostra os gráficos de duas funções crescentes
em (a, b). Ambos os gráficos unem o ponto A ao B, mas
eles são diferentes, pois inclinam-se em direções
diferentes.

Figura 5(a) Figura 5(b)

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
Na Figura 6, as tangentes a essas curvas foram traçadas
em vários pontos. Na parte (a), a curva fica acima das
tangentes e f é chamada côncava para cima em (a, b). Em
(b), a curva está abaixo das tangentes e g é chamada
côncava para baixo em (a, b).

Côncava para cima Côncava para baixo


Figura 6(a) Figura 6(b)
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O que f  Nos Diz Sobre f ?

Vamos observar como a segunda derivada nos ajuda a


determinar os intervalos de concavidade.

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
Olhando para a Figura 6(a), pode ver-se que, indo da
esquerda para a direita, a inclinação da tangente cresce.

Côncava para cima

Figura 6(a)

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
Isto significa que a derivada f  é uma função crescente e,
consequentemente, a sua derivada f  é positiva. Da
mesma forma, na Figura 6(b) a inclinação da tangente
decresce da esquerda para a direita; logo, f  decresce e,
portanto, f  é negativa.

Côncava para baixo

Figura 6(b)

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
Esse raciocínio pode ser invertido e sugere que o seguinte
teorema é verdadeiro.

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
Os pontos em que a curva muda a direção da sua
concavidade são chamados de pontos de inflexão:

Outra aplicação da segunda derivada é o seguinte teste


para identificar extremos locais. É uma consequência do
Teste da Concavidade e uma alternativa ao teste da
primeira Derivada.

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Exemplo 3
Examine a curva y = x4 – 4x3 em relação à concavidade,
aos pontos de inflexão e mínimos e máximos locais. Use
essa informação para esboçar a curva.

Solução: Se f(x) = x4 – 4x3, então

f (x) = 4x3 – 12x2 = 4x2(x – 3),

f (x) = 12x2 – 24x = 12x(x – 2).

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Exemplo 3 – Solução continuação

Para acharmos os números críticos, fazemos f (x) = 0 e


obtemos x = 0 e x = 3. Para usar o Teste da Segunda
Derivada, calculamos f  nesses pontos críticos:

f (0) = 0, f (3) = 36 > 0.

Uma vez que f (3) = 0 e f (3) > 0, f(3) = –27 é um mínimo


local. [Na verdade, a expressão para f (x) mostra que f
decresce à esquerda de 3 e cresce à direita de 3.]
Uma vez que f (0) = 0, o Teste da Segunda Derivada não
fornece informações sobre o número crítico 0.

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Exemplo 3 – Solução continuação

Mas, uma vez que f (x) < 0 para x < 0 e também para
0 < x < 3, o Teste da Primeira Derivada diz-nos que f não
tem um máximo ou mínimo local em 0. Como f (x) = 0
quando x = 0 ou 2, dividimos a reta real em intervalos com
esses números como extremidades e completamos a
seguinte tabela.

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Exemplo 3 – Solução continuação

O ponto (0,0) é um ponto de inflexão, uma vez que a curva


muda de côncava para cima para côncava para baixo aí.
Também (2, –16) é um ponto de inflexão, uma vez que é
ali que a curva muda de côncava para baixo para côncava
para cima.
Usando o mínimo local, os
intervalos de concavidade e os
pontos de inflexão, esboçamos
a curva na Figura 7.

Figura 7

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O que f  Nos Diz Sobre f ?
Observação O Teste da Segunda Derivada é inconclusivo
quando f (c) = 0. Por outras palavras, esse ponto pode ser
um máximo, um mínimo ou nenhum dos dois (como no
Exemplo 3). Esse teste também falha quando f (c) não
existe. Em tais casos, o Teste da Primeira Derivada deve
ser usado. De fato, mesmo quando ambos os testes são
aplicáveis, o Teste da Primeira da Derivada é
frequentemente mais fácil de aplicar.

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