Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 2
A S F UNÇ ÕES E XPONENCIAL E
L OGAR ÍTMICA
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
✐ ✐
✐ ✐
br = lim (brn ) ,
n→∞
e convencionamos que
b0 = 1.
22 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
2 1 MÓDULO 1
dos os números reais m, r e s e qualquer número inteiro positi-
vo p.
1. br · bs = br+s
br
AULA
2. = br−s
bs
√
3. bm/p = p bm
A F UNÇÃO E XPONENCIAL
Uma função exponencial é uma função f : R → R definida
por f (x) = ax , onde a > 0 e a 6= 1. O número real fixo a é de-
nominado a base da função exponencial.
Precisamos fazer um comentário e uma observação de caráter
geral decorrentes da definição de função exponencial. Acompa-
nhe a nota que vem a seguir.
C E D E R J 23
✐ ✐
✐ ✐
eixo dos x. Esta situação pode ser constatada nos gráficos apre-
sentados um pouco mais adiante.
2) Para todo valor da base a > 0 e a 6= 1, temos que
f (0) = a0 = 1. Logo o gráfico de qualquer função exponen-
cial passa pelo ponto A = (0, 1). Veja este detalhe nos gráficos
apresentados logo a seguir.
f : R −→ R
x −→ f (x) = 2x .
y = f (x)
Pontos x f (x) = 2x
A -3 2−3 = 18
8 G
B -2 2−2 = 14
C -1 2−1 = 12
D 0 20 = 1 4 F
E 1 21 = 2
F 2 22 = 4 2 E
G 3 23 = 8 A B C D
−3 −2 −1 1 2 3 x
24 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
2 1 MÓDULO 1
f : R −→ R x
1
x −→ f (x) = .
2
AULA
y = f (x)
x
1
Pontos x f (x) =
2
A 8
1 −3
A -3 = 23 = 8
2
1 −2
B -2 = 22 = 4
2
1 −1 B 4
C -1 = 21 = 2
2
10 C 2
D 0 = 20 = 1
2 E F
11 1 D G
E 1 =
2 2 −3 −2 −1 1 2 3 x
2
1 1
F 2 =
2 4
13 1
G 3 =
2 8
x
1
Figura 2.2: Gráfico da função exponencial f (x) = .
2
C E D E R J 25
✐ ✐
✐ ✐
y y
1 1
x x
Exercı́cio 2.1
26 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
2 1 MÓDULO 1
A situação colocava um grande desafio às mentes matemáticas
da época. Como produzir um método confortável e eficiente,
menos sujeito a erros, para dar conta das laboriosas operações
numéricas exigidas?
Este quadro mudou espetacularmente em 1614, quando John
AULA
Neper (1550 - 1617) introduziu o cálculo logaritmico e construiu
a primeira tábua de logaritmos.
O L OGARITMO N EPERIANO
C E D E R J 27
✐ ✐
✐ ✐
L OGARITMO NA BASE b
28 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
x
c) logb = logb x − logb y (logaritmo do quociente)
y
2 1 MÓDULO 1
1
d) logbz a = · logb a
z
w
e) logbz aw = · logb a
z
AULA
Vamos mostrar por que valem as propriedades enunciadas. Pre-
cisamos apenas trabalhar cuidadosamente com a definição de
logaritmo.
Prova da propriedade (a)
Seja logb (x · y) = z, logb x = z1 e logb y = z2 . Queremos
provar que z = z1 + z2 . Podemos escrever
bz = x · y, bz1 = x e bz2 = y .
Logo,
bz1 · bz2 = xy ⇒ bz1 +z2 = xy .
Então,
bz = bz1 +z2 ⇒ z = z1 + z2 .
Esta última igualdade era o que precisávamos provar.
Prova da propriedade (b)
Seja logb aw = x e w logb a = y. Precisamos provar que x = y.
Temos,
y
bx = aw e logb a = .
w
Logo,
bx = aw e by/w = a .
Elevando à potência w a última igualdade vem que
bx = aw e by = aw ⇒ x = y .
C E D E R J 29
✐ ✐
✐ ✐
Mas,
1
logb = logb y−1 = −1 · logb y .
y
Juntando os dois resultados está completa a prova da proprie-
dade (c).
Prova da propriedade (d)
Seja logbz a = x e 1z logb a = y. Precisamos provar que x = y.
Temos
bzx = a e logb a1/z = y .
Ou seja,
bx = a1/z e by = a1/z ⇒ x = y .
Esta última igualdade prova a propriedade (d).
Prova da propriedade (e)
Usando a propriedade (b) e em seguida a propriedade (d),
escrevemos
w
logbz aw = w logbz a = logb a .
z
onde a, b, c > 0, b 6= 1 e c 6= 1.
Vamos provar esse resultado.
Se logb a = x, logc a = y e logc b = z, precisamos provar que
y
x= .
z
De fato,
bx = a, cy = a e cz = b ⇒ bx = cy e cz = b .
30 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
Logo,
bx = cy e czx = bx ⇒ zx = y .
2 1 MÓDULO 1
Esta última igualdade prova o que querı́amos.
✞ ☎
Exemplo 2.2 ✆
✝
Se log2 x = 3 e log2 y = 5, então
AULA
log2 x 3
logy x = = .
log2 y 5
C E D E R J 31
✐ ✐
✐ ✐
32 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
N ÚMERO e
2 1 MÓDULO 1
Dentro deste contexto, vamos receber um personagem im-
portante do conjunto dos números reais: o número e. Esse
número, denominado número de Neper, constitui a base dos lo-
garitmos neperianos. O número e é um número irracional, cujo
valor com três casas decimais é e ≈ 2, 716. Em aulas futuras,
quando você estudar o processo de limite, poderá apreciar o va-
AULA
lor exato de e dado por uma série infinita convergente:
1 1 1 1
e = 1+ + + +···+ +··· .
1! 2! 3! n!
exp : R −→ R
x −→ exp(x) = ex .
C E D E R J 33
✐ ✐
✐ ✐
1 x
1 x
34 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
2 1 MÓDULO 1
y
y = bx
y=x
AULA
1 y = logb x
1 x
y
y = bx
y=x
1
1 x
y = logb x
C E D E R J 35
✐ ✐
✐ ✐
y=x
y = log x
1 x
log(x) < x .
✞ ☎
Exemplo 2.3 ✆
✝
Usando log 2 = 0, 3010 calcule:
a) log 200 b) log 0, 0128
Solução:
a) log 200 = log(2 · 102 ) = log 2 + 2 = 2, 3010
36 C E D E R J
✐ ✐
✐ ✐
✞ ☎
Exemplo 2.4 ✆
✝
2 1 MÓDULO 1
Determine o número de dı́gitos do inteiro 250 .
Solução: Calculamos seu logaritmo decimal,
AULA
Exercı́cio 2.2
1. Calcule:
1 √
3
a) log3 c) log 1 64 e) log0,01 10
27 4
C E D E R J 37
✐ ✐