EAD Funçãoexponencial

CAPÍTULO 1
FUNÇÃO EXPONENCIAL
Antes de estudar a função exponencial, vamos relembrar um pouco sobre potências e raı́zes.
1.1 Potências e raı́zes
1.1.1 Potências
Para Iezzi at al p2013q, dados um número real a e um número natural n, com n ą 2, chama-se potência de base
a e expoente n o número an que é o produto de n fatores iguais a a.
an “ loooomoooon
a.a. . . . .a .
n f atores
Propriedades: Se a, b P R e m, n P N, com a ‰ 0 ou n ‰ 0, então:
1. am .an “ am`n
am
2. “ amń , a ‰ 0
an
3. pa.bqn “ an .bn , com b ‰ 0 ou n ‰ 0
´ a ¯n an
4. “ n ,b ‰ 0
b b
5. pam qn “ am.n
1
6. ań “
an
A demonstração das propriedades fica como exercı́cio!
1
1.2 Função exponencial Capı́tulo 1. Função exponencial
1.1.2 Raı́zes
Segundo Iezzi et al p2013q, dado um número real a ě 0 e um número natural n, n ě 1, existe um número real
positivo ou nulo b tal que bn “ a. Ao número b chamaremos raiz enésima aritmética de a e indicaremos pélo
?
sı́mbolo n a, em que a é chamado radicando e n é o ı́ndice.
Observações:
?
1. Da definição decorre que p n aqn “ a, para todo a ě 0.
?
2. Devemos estar atentos ao cálculo da raiz quadrada de um quadrado perfeito, pois a2 “ |a|.
Propriedades: Se a, b P R` , m P Z, n, p P N˚ , temos:
? ?
1. n
am “ n.p
am.p para a ‰ 0 ou m ‰ 0
?
n ? ?
2. a.b “ n a. n b
c ?
a n
a
3. n “ ? n
pb ‰ 0q
b b
? ?
4. p n aqm “ n am , para a ‰ 0 ou m ‰ 0
a
p
? ?
5. n
a“ pn
a
A demonstração fica como exercı́cio!!!
Potência de expoente racional
p
De acordo com Iezzi et al p2013q, dados a P R˚` e q P Qpp P Z e q P N˚ q, definimos potência de base a e expoente
p
q pela relação:
p ?
q
aq “ ap .
1.2 Função exponencial

Algumas pessoas associam a origem da função exponencial com a ”Lenda do Jogo de Xadrez”. Se você se interes-
sar em detalhes, pode encontrar aqui: https://www.matematicaefacil.com.br/2015/04/funcao-exponencial-lenda-jogo-x
html.
Agora que já relembramos o que é potência e vimos algumas propriedades, vamos ver como Iezzi et al p2013q
define a função exponencial.
2
Capı́tulo 1. Função exponencial 1.2 Função exponencial
Dado um número real a, tal que 0 ă a ‰ 1, chamamos função exponencial de base a a função f de R em R
R Ñ R
que associa a cada x real o número ax . Em sı́mbolos, f :
x ÞÑ ax
Exemplos:
1. 2x
2. p 21 qx
?
3. p xqx
Observações:
1. A função exponencial f pxq “ ax é crescente (decrescente) se, e somente se, a ą 1p0 ă a ă 1q. Portanto, dados
os reais x1 e x2 , temos:
pIq quando a ą 1 : x1 ă x2 ñ f px1 q ă f px2 q.
pIIq quando 0 ă a ă 1 : x1 ă x2 ñ f px1 q ą f px2 q.
2. Dpf q “ R e Impf q “ R˚`
Para ver algumas aplicações, consulte http://x-damatematica.blogspot.com/2016/09/aplicacoes-funcao-exponencial-

html.
1.2.1 Gráfico
Com relação ao gráfico cartesiano da função f pxq “ ax , podemos dizer:
1. a curva representativa está toda acima do eixo dos x, pois y “ ax ą 0 para todo x P R;
2. corta o eixo y no ponto de ordenada 1;
3. se a ą 1, é o gráfico de uma função crescente e se 0 ă a ă 1, é o gráfico de uma função decrescente;
4. toma um dos aspectos das figuras a seguir.
5. Como vimos em função modular, o gráfico de outras funções exponenciais pode ser feito por translações.
1.2.2 O número e
Um importante número irracional em Matemática é o número e “ 2, 718281828459 . . .. A descoberta do número
e é atribuı́da a John Napier, em seu trabalho de invenção dos logaritmos, datado de 1614. Nele, Napier introduziu,
de forma não explı́cita, o que hoje conhecemos como número e. Um século depois, com o desenvolvimento do cálculo
infinitesimal, o número e teve sua importância reconhecida. O sı́mbolo e foi introduzido por Euler, em 1739.
3
1.3 Equações exponenciais Capı́tulo 1. Função exponencial
Figura 1.1: Função exponencial de base crescente Figura 1.2: Função exponencial de base decrescente
Fonte: elaborado pelo autor Fonte: elaborado pelo autor
O número e tem sua importância quando se fala de exponenciais, pois ele modela várias situações reais. Mas
na prática, quando base de alguma exponencial, apenas precisamos tratá-lo como um número maior do que um.
Todas as propriedades vistas anteriormente continuam válidas para ele.
Para saber mais sobre o número e acesse https://www.superprof.com.br/blog/saiba-tudo-sobre-o-logaritimo-natura
1.3 Equações exponenciais

São equações com incógnita no expoente.
Existem dois métodos fundamentais para resolução das equações exponenciais. Faremos nesta seção a apre-
sentação do primeiro método, o segundo será apresentado quando do estudo de logaritmos.
Método da redução a uma base comum
Será aplicado quando ambos os membros da equação, com as transformações convenientes baseadas nas propri-
edades de potências, forem redutı́veis a potências de mesma base ap0 ă a ‰ 1q. Pelo fato de a função exponencial
f pxq “ ax ser injetora, podemos concluir que potências iguais e de mesma base têm os expoentes iguais, isto é:
ab “ ac ô b “ c p0 ă a ‰ 1q.
Exemplos:
a) 2x “ 64
Vamos fatorar o 64 e reduzir à mesma base: 2x “ 64 ñ 2x “ 26 ñ x “ 6.
Portanto, o conjunto solução é S “ t6u.
1
b) 8x “
32
1
Para colocar na mesma base, temos que lembrar das propriedades de potências, além de fatorar: 8x “ ñ
32
1 5
p23 qx “ 5 ñ 23x “ 2´5 ñ 3x “ ´5 ñ x “ ´ .
2 3
4
Capı́tulo 1. Função exponencial 1.4 Inequações exponenciais
" *
5
Portanto, o conjunto solução é S “ ´ .
3
1.4 Inequações exponenciais

São inequações com incógnita no expoente.
Como no caso das equações, teremos dois métodos, onde o segundo será visto apenas na seção de logaritmos.
Método da redução a uma base comum
Será aplicado quando ambos os membros da inequação forem redutı́veis a potências de mesma base ap0 ă a ‰ 1q.
Lembremos que a função exponencial f pxq “ ax é crescente se a ą 1, ou decrescente, se 0 ă a ă 1. Portanto, se b e
c são números reais, então:
para a ą 1 temos ab ą bc ô b ą c
para 0 ă a ă 1 temos ab ą ac ô b ă c.
Exemplos:
a) 3x ą 27
Vamos fatorar o 27 e reduzir à mesma base. Como a base é maior do que 1, ao eliminar a base, mantemos o
sinal: 3x ą 27 ñ 3x ą 327 ñ x ą 3.
Portanto, o conjunto solução é S “ p3, `8q.

1x 1
b) ă
2 32
Como a base é um número entre zero e um,ˆquando
˙x formosêliminar
˙x a base, precisamos inverter o sinal, para
1 1 1 1 15
que a desigualdade permaneça verdadeira: ă ñ ă 5 “ ñ x ą 5.
2 32 2 2 2
Portanto, o conjunto solução é S “ p5, `8q.
5
1.4 Inequações exponenciais Capı́tulo 1. Função exponencial
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] FRIEDLI, Sacha. Cálculo 1 disponı́vel em www.mat.ufmg.br/ sacha. Acesso em 08/06/2020.
[2] GERSTING, J. L.. Fundamentos matemáticos para a ciência da computação 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
612p.
[3] IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de matemática elementar: logaritmos
vol.2, 9. ed, São Paulo: Atual, 2013.
[4] MEDEIROS, Valéria Zuma; CALDEIRA, André Machado; SILVA, Luiza Maria Oliveira; MACHADO, Maria
Augusta Soares. Pré-Cálculo 2.ed. - São Paulo: Cengage Learning, 2013.

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1.1 Potências e raı́zes

Propriedades: Se a, b P R e m, n P N, com a ‰ 0 ou n ‰ 0, então:

A demonstração fica como exercı́cio!!!

Potência de expoente racional

1.2 Função exponencial

pIq quando a ą 1 : x1 ă x2 ñ f px1 q ă f px2 q.

pIIq quando 0 ă a ă 1 : x1 ă x2 ñ f px1 q ą f px2 q.

2. Dpf q “ R e Impf q “ R˚`

Para ver algumas aplicações, consulte http://x-damatematica.blogspot.com/2016/09/aplicacoes-funcao-exponencial-

2. corta o eixo y no ponto de ordenada 1;

3. se a ą 1, é o gráfico de uma função crescente e se 0 ă a ă 1, é o gráfico de uma função decrescente;

4. toma um dos aspectos das figuras a seguir.

Fonte: elaborado pelo autor Fonte: elaborado pelo autor

1.3 Equações exponenciais

Método da redução a uma base comum

1.4 Inequações exponenciais

Método da redução a uma base comum

Portanto, o conjunto solução é S “ p3, `8q.

[1] FRIEDLI, Sacha. Cálculo 1 disponı́vel em www.mat.ufmg.br/ sacha. Acesso em 08/06/2020.

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