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Kids - Imunização
Kids - Imunização
IMUNIZAÇÃO
IMUNIDADE:
Imunidade Inata (natural): desde o nascimento
o Barreiras externas
o Mecanismos inespecíficos
o Primeira linha de defesa do organismo → garante uma resposta rápida
Imunidade adquirida (adaptativa):
o Proteção específica
o Resposta ao contato com diversos antígenos imunogênicos
o Há o reconhecimento dos agentes pelos linfócitos B nos órgãos linfoides
o Imunidade humoral: anticorpos específicos
o Imunidade celular: linfócitos T
o Produção de células de memória imunológica
o Tipos:
Ativa: requer exposição ao agente infeccioso e há produção de anticorpos
Natural: após infecção
Artificial: vacinação
o Necessita de pelo menos 2 semanas para produção de Ac e estimulação de
células de memória
Passiva: obtenção de Ac já prontos
Natural: passagem transplacentária, amamentação
Artificial: uso de Ig e soros heterólogos
o Proteção transitória, não induz a formação de linfócitos de memória
VACINAÇÃO:
Varíola: única doença erradicada no mundo através da vacinação (vacina atenuada).
o Vaccinia (VACV) é um vírus do gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae que, em seres humanos, é
causador de doença não letal, pustular e localizada deu origem a primeira vacina que se tem
registro (século XVIII).
Únicos laboratórios hoje com o vírus da varíola humana: EUA e Rússia.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA VACINA: indução de resposta imune adaptativa ativa artificial
Natureza dos antígenos utilizados nas vacinas:
o Agentes atenuados: febre amarela, SCR e varicela (tetra viral), rotavírus, VOP (Sabin), BCG
o Agentes inativados: Influenza, coqueluche, VIP, hepatite A e hepatite B, HPV, raiva
o Partes dos agentes etiológicos: HiB, PNEUMO 10V, Pneumo 23V, Meningo C e ACWY
o Produtos modificados do metabolismo: toxoides purificados da difteria e do tétano (DTP)
Vias de administração:
o Intramuscular: Pentavalente/DTP/DTPa/DT/dT; VIP, Pneumo 10V, Pneumo23V, Meningo C, HPV,
Influenza, Hepatite A, Hepatite B.
o Subcutânea: FA, SCR, varicela
o Oral: VOP, rotavírus
o Intradérmica: BCG
Vacina combinada (+ de 1) ≠ vacina conjugada (adição de proteína ao polissacarídeo)
o Vacina conjugada é mais cara Ex: Pneumo 10.
Microrganismos Encapsulados (com polissacarídeos): Hib, meningococo (meningite) e pneumococo
(pneumonia).
PEDIATRIA
o Crianças < 2 anos tem resposta timo dependente boa (contra proteína) e timo independente ruim,
dessa forma, bactérias encapsuladas causam doenças graves.
Exemplo de resposta timo dependente: é o que ocorre na alergia ao leite de vaca (proteínas,
principalmente de baixo peso molecular).
Para combater microrganismos encapsulados é necessário que o baço responda de maneira
eficiente, o que não ocorre com crianças menores de 2 anos.
o A cápsula é o ponto de ataque das indústrias farmacêuticas a vacina tem pedaços da cápsula para
que o corpo produza Ac contra essa.
No entanto, esse artifício não funciona para as crianças < 2 anos, precisando de vacina
conjugada adição de proteína de baixo peso molecular (hapteno) ao polissacarídeo o
corpo reconhece e ativa a produção de Ac.
Cria memória imunológica que facilita a opsonização da bactéria.
o Vacina Pneumo 23: é feita com a cápsula e não funciona com crianças pequenas (é dada para
idosos).
Booster: produção rápida de Ac com uma dose de reforço.
o No caso da vacina contra tétano, isso ocorre quando já houver as 3D e não for imunossuprimido.
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI)/ BRASIL: Vacinas atendem todas as faixas etárias e pessoas em
condições específicas.
Salas de vacinas (públicas e privadas) e CRIEs (Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais).
Proteção de rebanho: índice vacinal >95% vírus não consegue circular.
o A única vacina com boa cobertura nacional é a BCG (dada no RN).
o As campanhas pensam no coletivo e não no individual todos podem tomar, inclusive quem já foi
vacinado.
o Em caso de reação anafilática, não toma outra dose confia na imunização de rebanho.
Intervalo mínimo entre as doses de uma mesma vacina: 30 dias.
o Não existe intervalo máximo entre doses (não existe isso de “perder dose”).
Idade Vacina
RN BCGid, HB
2m Penta + Pneumo 10V + VIP + Rota
3m MnC
4m Penta + Pneumo 10V + VIP + Rota
5m MnC
Penta + VIP
6m SCR (DOSE 0), Influenza
9m FA
12 m Pneumo 10V + MnC + SCR
DTP + VOP + HepA + SCRV
15 m (tetraviral)
4 anos DTP + VOP + Varicela + FA
Anual Influenza
dT a cada 10 anos
meningo ACWY 11-12 anos
Adolescent HPV 2 doses (meninos e meninas 9-
e 14)
dTpa 1 dose a cada gestação (20-36
Gestantes sem)
CONTRAINDICAÇÕES DE VACINA:
Contraindicação formal –válida para todas as vacinas quando pessoas que sofreram anafilaxia provocados
por qualquer componente da fórmula da vacina ou que tenham apresentado anafilaxia com dose anterior da
vacina.
Vacinas de agentes atenuados:
o Contraindicadas em imunodeprimidos: imunodeficiências primárias, transplantados, terapia
imunossupressora (quimioterapia, corticoide), grávidas
Filhos de HIV positivo:
o Devem receber a BCG o mais rápido possível após o nascimento
BCG (intradérmica): adiar a aplicação em caso de lesão de pele extensa e RN com < 2000g
Vacinas IM: cautela ao aplicar em pacientes com distúrbios de coagulação
o Pode ser usado fatores de coagulação antes ou via subcutânea
VOP:
o Contraindicada se criança convive com imunossuprimidos
o Devem ser adiadas se quadro de gastroenterite aguda e vômito
Contraindicada se histórico de reação anafilática a algum componente ou a dose anterior
o FA e influenza: precaução com pacientes com histórico de reação anafilática a ovo
Situações que indicam adiamento da vacina:
o Doença febril grave (para não confundir como uma reação vacinal)
o Uso de imunossupressores ou corticoides:
Dose imunossupressora > 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente para crianças e acima
de 20 mg/dia para adultos por tempo superior a 14 dias;
Vacinar 90 dias depois
Via inalatória (asma) ou tópicos ou em esquemas de altas doses em curta duração (menor
do que 14 dias) não contraindica vacinação.
PEDIATRIA
VACINA BCGid:
Bacilo de Calmette-Guérin intradérmica: proteção cruzada pela Micobacterium in bovis atenuada.
Objetivo: prevenir formas graves de tuberculose no início da vida (miliar e meníngea).
o Não protege contra TB pulmonar (forma mais leve).
Características: Dose única; Via Intradérmica (ID), braço direito
o Antes, era logo ao nascimento ou alguns dias depois (quanto mais precoce melhor). Agora, no Brasil,
a criança só vai receber a vacina BCG após chegar resultado do teste do pezinho ampliado.
o Se contactante intradomiciliar de hanseníase (qualquer forma clínica): quimioprofilaxia adicional em
> 1 ano
o Não é recomendado reaplicação se não houver cicatriz vacinal
Até quando? 4 anos 11 meses e 29 dias
Evolução da lesão (vacina intradérmica)
o 1-2 semanas: macula avermelhada com enduração 5-15mm
o 3-4 semanas: amolecimento do centro da lesão com formação de pústula e aparecimento de crosta
o 4-5 semanas: formação de úlcera com 4-10 mm
o 6-12 semanas: cicatriz 4-7mm
o Fenômeno de Koch: cicatrização precoce com lesão vacinal maior em indivíduos já infectados
previamente
A úlcera não deve ser ocluída ou tratada com medicação tópica
Pode associar (10%) ao quadro: enfartamento ganglionar regional homolateral, não supurado, único ou
múltiplo, firme, móvel, indolor, sem sinais flogísticos.
o Pode permanecer por até 3 meses.
o Não puncionar, não administrar isoniazida
Complicações: ELAS DEVEM SER NOTIFICADAS!
o Abscesso subcutâneo quente: contaminação de aparecimento precoce (15 dias após).
Antibioticoterapia
o Abscesso subcutâneo frio: tardio (entre 3 meses)
Decorrente de erro na técnica de aplicação (subcutânea)
Isoniazida (10mg/Kg/dia) até regressão da lesão e acompanhamento por 3 meses
o Úlcera > 1cm que não cicatriza, granuloma no local, linfadenopatia SUPURADA
Decorrente de aplicação incorreta da vacina
ALERTA! Pensar em imunodeficiência primária
Isoniazida (10mg/Kg/dia) até regressão da lesão e acompanhamento por 3 meses
o Reação lupoide, linfonodos em outras regiões ou órgãos, lesões disseminadas (pele, osteoarticular):
esquema tríplice
2 meses: Rifampicina (10mg/kg/dia) + Isoniazida (10mg/kg/dia) + Etambutol (25mg/kg/dia)
4 meses: Rifampicina (10mg/kg/dia) + Isoniazida (10mg/kg/dia)
o Via: IM (é inativada).
Hepatite B (HB):
o 2 picos de transmissão:
Transmissão vertical no nascimento (mãe filho).
Transmissão sexual ou parenteral (adulto/adolescente).
o Vacina: Intramuscular contendo fragmentos (HBSAg).
1ª dose: primeiras 12 horas de vida até 1 mês incompleto (procedimento universal).
Independente da mãe ter HB ou não.
Não tem sentindo tomar depois de 30 dias.
Introduzida depois de 1998.
Quanto mais precoce melhor, pois aumenta proteção contra transmissão vertical (85%).
A HB na infância está muito relacionada com o desenvolvimento de
hepatocarcinoma e cirrose.
Se a mãe HB positiva (colhido no pré-natal) vacina + imunoglobulina contra HB
fazer nas primeiras 12 horas ou em até 7 dias após o nascimento aumenta a
proteção contra a transmissão vertical para 95%.
o Só o Ac não oferece boa proteção.
o Deve ser feito uma aplicação em cada glúteo para que não ocorra a
neutralização dos dois.
o A amamentação não traz riscos adicionais ao RN que tenha recebido a
primeira dose da vacina e a imunoglobulina
Obs: contraindicação só para HIV.
Total: 4 doses (ideal) HB nascimento + 3 penta (2,4 e 6 meses).
Se a criança perdeu a 1ª dose ou crianças mais velhas e adultos vai ter 3 doses (0-
1- 6 meses).
o Esquema mínimo (indivíduos maiores): Na rede pública está disponível para todas as idades (barata e
segura) 99% de proteção.
0 (dia atual) – 1 ou 2 meses – 6 meses.
0 (dia atual) – 1 ou 2 meses – 4 meses mais rápido.
Intervalo mínimo:
o Entre 1ª e 2ª dose = 30 dias;
o Entre 1ª e 3ª = 4 meses.
Exemplo: se a criança tomou 1ª dose com 2 anos e hoje esta com 20 anos.
o Como não há intervalo máximo para as vacinas, ela pode tomar a 2ª dose
hoje e a 3ª depois de 1 mês. Assim, respeita o intervalo entre a 1ª e a 3ª
dose (4 meses) e a 2ª e 3ª dose (30 dias, entre doses da mesma vacina).
Anti-HBs: Marcador que a pessoa tomou a vacina.
o Muito frequente dar resultado negativo na sorologia (1%). Tem q refazer o
esquema da HB.
PEDIATRIA
o Não se faz sorologia de rotina (não dá pra saber se não teve soro conversão
ou se os anticorpos caíram ao longo dos anos).
o Títulos protetores ≥ 10 UI/mL
Se faz muito tempo que tomou a vacina, fez o anti-HBs e deu < 10UI,
tomar uma dose de reforço (booster)
Se faz até 30 dias que tomou a vacina e resultado foi < 10 UI, é
necessário fazer um 2ª esquema vacinal de HB (0,2,6meses), com
recoleta posterior (2 meses) de anti-HBs.
o Contraindicação: Púrpura trombocitopênica idiopática (atualmente chamada de trombocitopenia
primária imune) com início dos sintomas até 30 dias após a aplicação.
Ocasiona uma plaquetopenia.
Suspende as outras doses pelo risco de sangramento em SNC (é raro, mas pode acontecer).
o Grupos de risco (adulto) para HB: profissionais de saúde, usuários de drogas, prostitutas, indígenas,
comunicantes sexuais de portadores de HB, população carcerária, manicures/pedicures.
DTP: toxóide diftérico + toxóide tetânico + Bordetella pertussis inativada em suspensão
o Via: intramuscular profunda
o Dose: 0,5 mL
o Esquema básico: 2, 4, 6 meses (penta).
Depois: duas doses de reforço com DTP (15m e 4a).
o Conceitos Gerais:
DIFTERIA = Corynebacterium diphtheriae: é uma doença infectocontagiosa causada pela
toxina produzida pela bactéria.
Provoca inflamação e lesão em partes das vias respiratória (principalmente
membrana da amigdala).
A vacina é feita com o toxoide.
o Toxoide: toxina atenuada com substâncias químicas, que perdeu sua
propriedade tóxica, mas mantém a capacidade de estimular a produção de
anticorpos específicos, us. como base de vacinas.
TÉTANO = Clostridium tetani (terra e ferrugem).
A vacina também é feita com toxoide.
Após as 3 doses, toma-se a cada 10 anos.
COQUELUCHE (Bp): Bordetella pertussis gram negativa, de alta contagiosidade, que causa
tosse grave, vômito, dispneia, cianose, crises de apneia em lactentes.
Doença selvagem/wild: doença adquirida pela bactéria na natureza.
Indivíduo tosse por mais de 15 min, fazendo apneia podendo causar cianose,
hipóxia e óbito de crianças pequenas.
o Quanto mais jovem, mais grave (principalmente bebês de 2-3m).
o No adulto a forma é leve.
o DTPw (tríplice celular): pode ser dada até no máximo 6 anos, 11 meses e 29 dias
Componente P: suspensão de Bordetella pertussis inativada contendo todos seus antígenos
(altamente reatogênica e imunogênica). Apresenta elevada incidência de efeitos adversos
sistêmicos
Febre (50%), sonolência (48%) → autolimitadas, bom prognóstico
Reações mais graves: choro inconsolável, episódio hipotônico-hiporresponsivo
(completar esquema com DTPa), convulsão parcial ou generalizada (completar
esquema com DTPa), encefalopatia pós vacinal (completar com DT), anafilaxia
(contraindica qualquer outra dose)
PEDIATRIA
DT (dupla infantil):
Indicada para < de 7 anos que tenham contraindicação ao componente pertussis,
após encefalopatia pós-vacinal.
A partir de 2 meses até 6 anos, 11meses e 29 dias
Efeitos adversos: dor, rubor, enduração local, febre (38,5°)
DTPa: é a vacina acelular infantil (menos reatogênica) disponível para crianças menores de 7
anos (disponível nos CRIE).
Componentes purificados da bactéria: toxina pertussis, hemaglutinina filamentosa,
pertactina, fímbrias (1, 2 3 )
É também indicada para crianças que já tiveram reação com 1 dose de DTP
(convulsão febril ou afebril, síndrome hipotônico-hiporresponsiva)
Indicada para quem tem maior risco com a DTP: doença convulsiva crônica,
cardiopatas, pneumopatas crônicos, doenças neurológicas crônicas, RN prematuro
extremo (< 1000g), pacientes oncológicos, transplantados e com doenças
imunemediadas.
Não é produzida no Brasil, por isso tem custo mais caro.
o dT (dupla adulta):
O “d” é porque essa vacina tem menor quantidade de toxoide diftérico.
Não tem a porção da coqueluche, porque no adulto essa doença é mais branda.
Após os 7 anos de idade, a vacina contra coqueluche pode ter como efeitos
colaterais graves como encefalopatias, convulsões, etc.
Os anticorpos declinam com o tempo: é necessário fazer a revacinação com dT a cada 10
anos, durante toda a vida (adolescentes e adultos).
o dTpa: tríplice bacteriana acelular do adulto
É produzida com pedaços da bactéria, e dessa forma provoca menor efeito colateral.
Também consigo uma soro conversão melhor (mais eficaz).
A dTpa é dada para todas as gestantes preferencialmente a partir da 20ª semana
(idealmente 27ª-36ª). Em cada gestação, uma nova dose de dTpa.
Objetivo: Proteção para o bebê.
Se não receber na gestação pode receber no puerpério.
Profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal
(UTI/UCI neonatal) a cada dez anos.
o Tétano:
Agente Clostridium tetani
Esporos se multiplicam e produzem exotoxinas, que são disseminadas no organismo
Doença grave, alto risco de morte
Transmissão:
o Tétano acidental: ferimentos contaminados com terra, poeira, fezes de
animais, fezes humanas
o Tétano neonatal: corte do cordão umbilical com instrumento contaminado.
Reforço a cada 10 anos com dT (adolescentes, adultos, idosos)
3 doses mínimas para garantir a imunização (efeito booster).
PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO:
Ferimento risco mínimo: superficial, limpo, sem corpos estranhos ou tecidos
desvitalizados
PEDIATRIA
o Na profilaxia do tétano pós-ferimento, também está indicada a limpeza do ferimento com água
corrente e sabão e, se necessário, fazer o desbridamento o mais rápido e profundo possível. Se não
houver sinais de infecção secundária não é necessário antibiótico profilático.
Ferimento limpo nunca faz soro.
Ferimento sujo só faz soro com menos de 3 doses.
100% dos indivíduos estão protegidos quando a vacinação de tétano ocorreu a menos de 5
anos. No entanto, após 5 anos de vacinação, 15-20% da população não estará mais
imunizada.
HEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B (Hib - polissacarídeo conjugado): Ver sobre microrganismos
encapsulados nas características gerais da vacina.
o Hi normal não é encapsulada, causando doenças respiratórias altas (sinusite e otite).
o Hib (bactéria) Influeza (vírus).
Hib: capsulado cápsula de polissacarídeo (PRP) que oferece patogenicidade (maior
resistência).
Cepas capsuladas são responsáveis por causar doenças invasivas: epiglotite, meningite,
pneumonia, sepse, celulite, artrite séptica, osteomielite
95% HiB
Atinge lactentes (acentuada mortalidade em < 1 ano)
o Vacina de polissacarídeo conjugado (modifica para se comportar como antígeno T- dependente, aí é
capaz de induzir memória imunológica)
VIA: IM, dose 0,5mL
Hib não precisa de reforço (em pessoas imunocompetentes).
Protege indiretamente os não vacinados (diminui a colonização dos assintomáticos)
PEDIATRIA
Esquema vacinal: a imunização mais adequada seria com 5 doses de VIP, porém isso encarece o sistema (VIP
mais cara do que a VOP). As 3 doses oferecidas no Brasil já oferecem um bom nível de imunização, sem
aumentar muito os custos e mantem um pouco de partículas virais circulantes através da VOP.
o Básico:
2 meses: VIP (Imunização Básica)
4 meses: VIP (Imunização Básica)
6 meses: VIP (Imunização Básica)
15 meses: VOP
4a: VOP
o Campanhas anuais com VOP para indivíduos com esquema VIP completo até os <5 anos.
Só dá VOP quando já deu 3 VIP (medida para diminuir carga viral vacinal no meio).
Espera-se que o adulto já esteja imunizado.
o VOP: não usar em imunodeprimidos ou seus contactantes .
Crianças HIV+: VIP, VIP, VIP, VIP, VIP.
5 doses pelo risco de não soroconverter.
Tudo VIP e não vai nas campanhas (que é oferecido VOP).
Mãe HIV + e filho HIV -: VIP, VIP, VIP, -, -.
A criança não toma VOP por causa da mãe, para que ela não tenha pólio vacinal.
Mesmo caso quando a criança tem um irmão fazendo quimioterapia, por exemplo.
o Reforço: vacinação nos viajantes, conforme a situação vacinal encontrada.
Quando for viajar para determinadas regiões é importante reforço com VOP (ajuda na
imunização do local), exceto países com casos de pólio vacinal, nesse caso recomenda-se
VIP.
Exemplo de caso 1: sou profissional da saúde e vou fazer um trabalho voluntário no
Afeganistão. Qual vacina irei tomar? VOP: porque é adulto e nesse país a prevalência é de
poliomielite selvagem.
Exemplo de caso 2: sou profissional da saúde e vou fazer trabalho voluntario no Congo. Qual
vacina irei tomar? VIP: porque no Congo a incidência maior é de vírus vacinal.
ROTAVÍRUS (ROTA):
Vacina atenuada de Via Oral: 2 doses
Impacto altíssimo em mortalidade infantil por diarreia.
o Houve tentativas de desenvolver a vacina contra o Rotavirus, porém os efeitos colaterais eram
maiores do que o benefício da vacina.
Intussuscepção intestinal (invaginação das alças intestinais): fezes como geleia de
morango.
o 2006: nova vacina, com menor risco de intussuscepção. Foi introduzida no calendário.
o 2 tipos: VRH1 (monovalente – esquema 2,4 meses) E VRH5 (pentavalente – esquema 2,4,6
meses)
A 1ª dose só deverá ser administrada a partir de seis semanas até no máximo 3 meses e 15 dias .
o Se perdeu a 1ª não toma a 2ª.
2ª dose: até 7 meses e 29 dias
O intervalo mínimo entre as doses é de quatro semanas.
Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação.
Criança HIV+ toma normalmente.
INFLUENZA (GRIPE):
PEDIATRIA
PNEUMOCOCO
Doença sistêmica grave em extremos de idade (crianças e idosos).
Cápsula do pneumococo tem papel importante na sua virulência porque serve para evitar e dificultar a
fagocitose
Anticorpos anticapsulares são protetores contra infecção pneumocócica.
Via : IM
Esquema:
o Se primeira dose no 1º ano: 2 doses (2m e 4m) + reforço (12 meses).
o Se primeira dose com 1-2 anos: 2 doses (intervalo de 2 meses)
o Se primeira dose com 2-5 anos: 1 dose (sem reforço).
o Se a criança nunca tomou vacina e tem mais de 1 ano vai tomar apenas 1 dose (mesmo não tendo
sido vacinada antes).
Pacientes com alto risco para doença pneumocócica: anemia falciforme, asplenia funcional e anatômica,
síndrome nefrótica/IR crônica, imunossupressão, infecção pelo HIV, fistula liquórica, doenças crônicas (DCV,
hepática, pulmonar), DM insulinodependente, trissomias, fibrose cística, transplantados de órgãos sólidos ou
hematopoiéticos.
o Se iniciados com 2 meses: 3 doses e 1 reforço (pneumo 10V)
o Se iniciado com 7-11 meses: 2 doses e 1 reforço (pneumo 10V)
o Se iniciado entre 1-5 anos: 2 doses (pneumo 10V)
PEDIATRIA
Pneumocócica 10V:
o Vacina inativada
o Conjugada com proteína D do Hib, toxoide tetânico e toxoide diftérico
PEDIATRIA
MENINGOCÓCICA C:
Meningo C: sorogrupo mais prevalente desde 2006 no Brasil nas doenças meningocócicas.
o Transmissão: por secreções respiratórias (vais respiratórias).
o Meningite é tida como uma doença da infância. Há alguns anos, houve um aumento da sua
incidência em adolescentes e adultos jovens. Isso levantou a hipótese de que os títulos da vacina
dessas pessoas vacinadas na infância foram caindo ao longo dos anos.
o Esse desvio do comportamento da doença mostrou ser necessário um reforço de MnC dos 11-12
anos.
o Previne contra meningite e meningococemia
Via: IM profunda
Esquema de vacinação:
o Primeiro ano de vida: 2 doses da vacina contra Meningococo C conjugada.
o 12-15 meses até < 5 anos: 1 dose (reforço).
o (1º ano =2D + 1-5 anos = 1D).
o 2º reforço: 11 a < 15 anos.
Vacina Meningo ACWY: previne contra meningite e doença meningocócica
o Adolescentes 11-12 anos (nunca vacinados para meningococo): 2 doses com intervalo de 5 anos
entre elas
Vacina meningo B recombinante: atualmente (2019) é o sorotipo que esta crescendo
o Apenas rede privada
o Via IM
PEDIATRIA
FEBRE AMARELA
HEPATITE A:
Vacina inativada
Via IM
Transmissão: fecal-oral. Como o a rede de esgoto esta em um nível satisfatório em algumas cidades, essa
transmissão entre as crianças não esta ocorrendo mais. Atualmente, esta ocorrendo uma epidemia entre
homossexuais (adulto jovem), pois é uma faixa etaria que não foi vacinada quando pequena.
Esquema de vacinação:
o DOSE ÚNICA 15 meses até menores 4 anos 11 meses e 29 dias
o Não tem reforço, apenas no setor privado.
2 doses com intervalo de 6 meses (12 e 18 meses)
HPV
Prevenção:
o Infecções persistentes e lesões pré cancerosas causadas pelo HPV
o Câncer de colo do útero, vulva, vagina, anus e verrugas genitais (condiloma)
Vacina inativada
Via IM
A vacina da rede pública é igual da dose privada.
Vacina tetravalente: HPV 6, 11, 16 e 18.
HPV: 2 doses 0, 6m
o Meninas e Meninos: 9 anos até 14 anos, 11 meses e 29 dias (intervalo de 6 meses entre doses)
o Estudo da OMS diz q 2 doses são suficientes.
o Na rede privada geralmente são 3 doses
15 anos: 3D
< 15 anos: 2D
Imunossuprimidos, HIV/Aids: 9- 26 anos 3 doses (0, 2 e 6 meses).
Contraindicação: gestantes
DENGUE
Vírus atenuado
Via subcutânea
Composta pelos 4 sorotipos da dengue
Indicação:
o Crianças > 9 anos
o Até 45 anos (previamente infectados por 1 dos tipos)
Esquema: 3 doses com intervalo de 6 meses
Contraindicação: imunossuprimidos
Disponível apenas na rede privada, por enquanto.
VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA
DEFINIÇÃO:
o DOENÇA ANTROPOZOONÓTICA
o ALTA LETALIDADE
o ENCEFALITE AGUDA PROGRESSIVA
FISIOPATOLOGIA:
o AGENTE: VÍRUS DA RAIVA (RHABDOVIRIDAE, VIRUS RNA)
o TRANSMISSÃO: SALIVA DO ANIMAL INFECTADO
MORCEGOS, CACHORROS, GATOS, ANIMAIS SILVESTRES, GERALMENTE MAMÍFEROS,
ROEDORES NÃO TRANSMITEM
o NA PORTA DE ENTRADA:
MULTIPLICAÇÃO VIRAL
ACOMETIMENTO DE SNP E SNC
DISSEMINAÇÃO PARA GLÂNDULAS SALIVARES E MULTIPLOS ÓRGÃOS
o PERÍODO DE INCUBAÇÃO E EVOLUÇÃO VARIÁVEL
SINTOMAS-ÓBITOS: 5-7 DIAS
INCUBAÇÃO MAIS CURTA EM CRIANÇAS
QUADRO CLÍNICO:
PEDIATRIA
o PRÓDROMOS: FEBRE BAIXA, MAL ESTAR GERAL, NAUSEA, ANOREXIA, DOR DE GARGANTA, CEFALEIA,
LINFADENOPATIA DOLOROSA PRÓXIMA DO LOCAL DA LESÃO, IRRITABILIDADE
o FASE NEUROLÓGICA
FASE FURIOSA: SIALORREIA INTENSA, HIDROFOBIA, ESPASMOS DOS MUSCULOS DA LÍNGUA,
FARINGE E LARINGE, FOTOFOBIA, AEROFOBIA, HIPEROSMIA, HIPERACUSIA, DISFAGIA
FASE PARALÍTICA: PARALISIA, RETENÇÃO URINÁRIA, CONSTIPAÇÃO, ALTERAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA, DISAUTONOMIA, BRADICARDIA, BRADIARRITIMIA, TAQUICARDIA,
TAQUIARRITMIA, HIPER OU HIPOTENSÃO, COMA, ÓBITO
o COMPLICAÇÕES: HIPERTENSÃO INTRACRANIANA (HIC), HERNIAÇÕES CEREBRAIS, VASOESPASMO
CEREBRAL, CONVULSÕES
DIAGNÓSTICO
o IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA (IFD): FRAGMENTOS DE BIÓPSIA; SWAB DE MUCOSA LINGUAL
o CULTURA DE CÉLULAR E ISOLAMENTO VIRAL
o SOROLOGIA (SORO OU LÍQUOR)
o RT- PCR PARA DETECÇÃO DE RNA VIRAL: SALIVA, FOLICULO PILOSO, LÍQUOR
o DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: TÉTANO, INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO, PASTEURELOSE, INFECÇÃO
POR VÍRUS B, BOTULISMO, FEBRE POR MORDIDA DE RATO (SODOKU), ENCEFALITE PÓS VACINAL,
TULAREMIA
VACINA DE CULTIVO CELULAR (IMUNIZAÇÃO ATIVA)
o INATIVADA
o INTRAMUSCULAR: MAIS USADA; DELTOIDE OU VASTO LATERAL DA COXA
ESQUEMA: 0-3-7-14
o INTRADÉRMICA: RARO NA PRÁTICA; TÉCNICA DIFÍCIL
LOCAIS DE DRENAGEM LINFÁTICA, COMO INSERÇÃO DO MUSCULO DELTÓIDE
ESQUEMA: 0-3-7-28
SORO (IMUNIZAÇÃO PASSIVA)
o HETERÓLOGO: SORO ANTIRRÁBICO / SAR
ADVINDO DO EQUINOS IMUNIZADOS COM ANTÍGENOS RÁBICOS
METODOLOGIA: APLICADO NO LOCAL DO FERIMENTO
NAS BORDAS, DENTRO DA LESÃO
TEM QUE COBRIR TODA A LESÃO
FERIMENTO EXTENSO OU MULTIPLO: PODE DILUIR EM SF 0,9%
VIA INTRADÉRMICA
SOBRA DE SORO: APLICAR O RESTANTE VIA INTRAMUSCULAR, REGIÃO GLÚTEA
NÃO APLICAR O SORO NA MESMA REGIÃO QUE FOI APLICADA A VACINA
NÃO DEVE SER USADO: SE REEXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA; SE TRATAMENTO ANTERIOR
COM SAR
o HOMÓLOGO: IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTIRÁBICA: IgHAR
NÃO TEM MUITO DISPONÍVEL
USA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS: HIPERSENSIBLIDADE AO SAR , HISTÓRIA DE UTILIZAÇÃO DE
SAR ANTERIORMENTE, CONTATO PROFISSIONAL FREQUENTE COM ANIMAIS (VETERINÁRIO)
ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR
MAIS CARO
NÃO DÁ REAÇÃO
CONDUTA
o SE TIVER FERIMENTO
LIMPAR O FERIMENTO: ÁGUA E SABÃO
PEDIATRIA
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
o PROFILAXIA PRÉ EXPOSIÇÃO
INDICAÇÃO
ALTA EXPOSIÇÃO (PROFISSINAL OU LAZER)
ÁREAS ENDÊMICAS OU EPIDÊMICAS
VACINA DE CULTIVO CELULAR
ESQUEMA DE 3 DOSES: 0-7-28
MUSCULO DELTOIDE OU VASTO LATERAL DA COXA
CONTROLE SOROLÓGICO A PARTIR DO 14º DIA APÓS A ÚLTIMA DOSE DO ESQUEMA
SATISFATÓRIO: TÍTULOS DE ANTICORPOS > OU IGUAL A 0,5UI/mL
o PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO
INDICAÇÃO
SABER O TIPO DE FERIMENTO
o LOCAL: SE PRÓXIMO A NERVOS E VASOS SANGUÍNEOS; VIA DE ACESSO AO
SNC
o PROFUNDIDADE: LABEDURA, MORDIDA, SAIDA DE SANGUE (FERIMENTO
PROFUNDO)
o FERIMENTO GRAVE:
MÃOS, PÉS, CABEÇA, PESCOÇO
FERIMENTO PROFUNDO EM QUALQUER REGIÃO DO CORPO: se
MULTÍPLOS, EXTENSOS
LAMBEDURA DE MUCOSAS
MORCEGOS E ANIMAIS SILVESTRES
QUALQUER TIPO DE CONTATO: LAMBEDURA,
ARRANHADURA, MORDEDURA
SE TIVER DÚVIDA SOBRE CONTATO: FERIMENTO PODE SER
INPERCEPTÍVEL E INDOLOR
CARACTERISTICA DOS ANIMAIS
o ANIMAIS SILVESTRES E MORCEGO
NÃO EXISTE MUITO ESTUDO SOBRE O PERÍODO DE INCUBAÇÃO
NECESSITA FAZER SOROVACINAÇÃO
INDEPENDENTE DO LOCAL E PROFUNDIDADE
NÃO PRECISA SER SÓ MORCEGO HEMATÓFAGO
o CACHORROS E GATOS: OBSERVAR 10 DIAS
TEM QUE VER SE ELES VÃO MORRER OU PERMANECER SAUDAVEIS
DEPENDE DA CIRCUNSTÂNCIAS DO ACIDENTE
A VACINAÇÃO DO ANIMAL NÃO MUDA A CONDUTA EM SERES
HUMANOS
ESQUEMA PROFILÁTICO
ACIDENTES LEVES
o CÃO OU GATO SEM SUSPEITA DE RAIVA NO MOMENTO DA AGRESSÃO E
QUE PODE SER OBSERVADO
OBSERVAR O ANIMAL 10 DIAS
PERMANECEU SAUDÁVEL: ENCERRAR O CASO EM 1O DIAS
ADOECEU, MORREU, MUDOU COMPORTAMENTO, DESAPARECEU
APLICAR 4 DOSES DA VACINA (0-3-7-14)
NÃO FAZ SORO
PEDIATRIA