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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANA-UNOPAR


SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ENZO TRINDADE ARAÚJO BORGES

LEOFRAN NOGUEIRA DOS SANTOS BARROS

MARIA LEIANI DA SILVA LEITE

RAIANNE OLIVEIRA IBIAPINO DA CONCEIÇÃO

ROSÊ LÂNE DA SILVA LOPES

VANESSA MARIA DA SILVA

WEDSON VICENTE DE MOURA

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE FÍSICA, MENTAL E PSICOLÓGICA DO


TRABALHADOR, E SEU IMPACTO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE.

PICOS-PI
2021
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ENZO TRINDADE ARAÚJO BORGES

LEOFRAN NOGUEIRA DOS SANTOS BARROS

MARIA LEIANI DA SILVA LEITE

RAIANNE OLIVEIRA IBIAPINO DA CONCEIÇÃO

ROSÊ LÂNE DA SILVA LOPES

VANESSA MARIA DA SILVA

WEDSON VICENTE DE MOURA

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE FÍSICA, MENTAL E PSICOLÓGICA DO


TRABALHADOR, E SEU IMPACTO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE.

Trabalho referente ao Curso de Enfermagem


apresentado à Universidade Pitágoras -
UNOPAR, como requisito para a obtenção de
nota, na disciplina de atividade interdisciplinar
PROF: ANA PAULA AUGUSTINI
TUTOR: EMERSON

PICOS-PI
2021
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------03
2 A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS TEM AFETADO OS PROFISSIONAIS DA
SAÚDE---------------------------------------------------------------------------------------------------04
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS----------------------------------------------------------------------09
REFERENCIAS----------------------------------------------------------------------------------------10
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1 INTRODUÇÃO

A pandemia de Covid-19 trouxe inúmeros desafios ao cenário mundial e foi


importante repensar e redefinir o trabalho e o enfrentamento a doença. Neste
cenário de desafio, os profissionais da saúde estão diretamente envolvidos nesse
processo de tratamento da doença em pacientes acometidos e por isso, estão
também, diretamente ligados ao excesso de trabalho, estresse e risco de
adoecimento.
Muitos são os problemas que tem afetado esses profissionais como os
cansaço físico e psicológico, o estresse e a escassez de recursos para adoção de
medidas de medidas de proteção e cuidado à saúde desses profissionais. Verifica-
se com a pandemia que o impacto direto da doença recai sobre esses profissionais
e inegavelmente, a doença e a lida diária não afeta da mesma forma as diversas
outras áreas profissionais como acontece no campo da saúde, o que leva a pensar
nas especificidades e necessidades de intervenção para melhoria da qualidade de
vida do profissional da saúde.
A pesquisa aqui apresentada traz como objeto de estudo a proteção da saúde
dos profissionais desta área discorrer acerca do papel destes profissionais no
cenário de pandemia, sua saude mental, atenção e cuidado ao cuidador e
identificando iniciativas de cuidado a estes para evitar o adoecimento e estresse
mental.
Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa é discorrer acerca do papel dos
profissionais da saúde no cenário de pandemia, sua saúde mental, qualidade de
vida no trabalho, atenção e cuidado ao cuidador e como objetivos específicos,
busca-se identificar iniciativas de cuidado a estes para evitar o adoecimento e
estresse mental.
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2 A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS TEM AFETADO OS PROFISSIONAIS DA


SAÚDE

As questões éticas se intensificam em momentos como este, de


pandemia, em que o tratamento dos pacientes e a qualidade de vida do
trabalhador tornam-se, ainda mais, centros de preocupação;

Certamente que o enfrentamento a uma pandemia não é fácil e ao longo dos


últimos anos, enfrentar a pandemia do Covid-19 tem sido desafiador. A doença tem
apresentado números expressivos de infectados e de óbitos no mundo e de acordo
com o relatório da Organização Mundial da Saúde já foram notificados 6.287.771
casos confirmados e 379.941 mortes pelo novo Coronavírus, de maneira que tem
afetado toda população do planeta, haja vista a velocidade com que a Covid-19 tem
se espalhado entre países e assim, influenciado na vida cotidiana de bilhões de
pessoas.
A forma como a doença tem afetado os profissionais da saúde tanto do ponto
de vista humano, quanto profissional é visível. Tornou a vida destes profissionais
exaustivamente desafiadora no âmbito profissional. Para Teixeira et al (2020) é
possível observar os desafios contínuos que estes profissionais têm que lidar, como
estar diante da ausência de vacinas e tratamento eficaz no combate à doença,
utilizar estratégias de distanciamento social como ações ou estratégias que são
apontadas como aspectos importantes na intervenção para o controle da Covid-19.
Entretanto, para os profissionais da saúde, que lidam diretamente com pacientes
com suspeita ou diagnóstico da doença, algumas estratégias não se aplicam.
Na verdade, os profissionais da saúde são aqueles que, por excelência, estão
a frente da doença, são grupo de risco desta doença e estão expostos diretamente a
esta através do tratamento que dedicam aos pacientes acometidos. Essa
responsabilidade traz uma carga emocional imensa e nisso reside a preocupação
com estes profissionais, no que diz respeito ás questões éticas que se impuseram
nesse cenário onde vida e morte se entrelaçam e cujo tratamento da doença e a
qualidade de vida dos profissionais da saúde é exposta e desafiada devendo ser
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pensada, pois são temas que levantam preocupações e se intensificam em


momentos como este, de pandemia.
Teixeira et al (2020) explica que são estes profissionais da saúde que são a
linha de frente no combate à doença e com efeito, estão expostos diretamente a
carga viral da doença. Isso acarreta preocupação com estes porque é importante
repensar no risco e na situação emocional que este cuidador, trabalhador enfrenta.
Estar diante de uma doença tão grave, na linha de frente como protagonista dessa
patologia, ainda em estudo e desconhecida pela ciência provoca situações de
desânimo, cansaço e mal-estar psicológico, impõe decisões e riscos que afloram
questões éticas relevantes e que devem ser repensadas para que não cause o
esgotamento e morte destes profissionais. Somado a isso tem-se ainda o fato de
que são estes profissionais da saúde que se submetem continuamente no
atendimento aos pacientes acometidos pela covid-19, cujos sujeitos encontram-se
em situações de extrema gravidade e ainda enfrentam condições de trabalho
frequentemente inadequadas.
Nesse sentido, Helioterio et al (2020, p.5) enfatiza:

Em geral, há consenso de que esses/as trabalhadores/as são os/as


mais afetados/as, contudo, a ausência de dados e análises mais
específicas impedem que se ultrapasse a mera contatação do
problema. Levantamentos preliminares realizados por conselhos
profissionais e investigações científicas apresentam cenário
preocupante. Pesquisa conduzida em hospitais públicos da cidade do
Rio de Janeiro identificou elevada taxa de infecção pelo novo
coronavírus entre profissionais de saúde (25%), muito acima
daquelas verificadas na China (4%) e Itália (15%), em estágios mais
avançados da pandemia [...] Mesmo sendo condição inicial
indispensável, condições seguras de trabalho não se limitam, nem
são plenamente garantidas apenas pelo uso de EPIs. Os
profissionais de saúde convivem, cotidianamente, com condições de
trabalho precárias, decorrentes de escassez de recursos e materiais
ou de características da organização do trabalho em saúde que
envolvem carga de trabalho elevadas, prolongamento de jornadas
laborais, trabalho em turnos e dificuldade para pausas e repouso.

Dessa forma, percebe-se que os trabalhadores da saúde estão vivenciado o


desafio de estarem na linha de frente de combate ao Covid-19 e que dessa forma
estão expostos ao risco de contaminação, onde considera-se que não há condições
adequadas para sua proteção, com condições de trabalho precárias, sua jornada
tem sido desgastante.
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Inegavelmente, as condições de trabalho e a qualidade de vida desses


profissionais foi imensamente afetado, pois diariamente lidam com situações
desafiadores e éticas nos momentos de tomadas de decisões que implicam na vida
das pessoas. Os profissionais da saúde enfrentam diariamente cansaço fisico e
psicológico, estresse, insuficiência ou negligencia com relação ás medidas de
proteção e cuidado à saúde desses profissionais e tudo isso não pode ser
comparado e não afetam da mesma forma outras categorias, o que implica na
necessidade de atentar para as especificidades do trabalho do profissional da saúde
neste cenário pandêmico, mais do que nunca de maneira a evitar a redução da
capacidade de trabalho e produção e qualidade na atenção prestada aos
profissionais e aos pacientes, pois somente se pode falar em qualidade na
assistência se houver também qualidade no trabalho e na condição psicológica do
profissional da saúde nesse momento tão específicos e delicado.
A pandemia do coronavírus tem afetado os profissionais da saúde no que diz
respeito à questão da proteção da saúde destes. Essa proteção se torna
fundamental uma vez que deve evitar a transmissão da Covid-19 no ambiente de
trabalho e nos domicílios e assim sendo, deve-se pensar na necessidade de adotar
protocolos de controle bem como disponibilizar EPIs e um cuidado maior com a
saúde mental destes, devido ao estresse emocional que ao submetidos
(FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2020).
A questão da saúde mental dos trabalhadores em saúde e as condições de
trabalho que lhes são ofertadas vem sendo objeto de estudo em vários artigos
publicados em revistas nacionais e internacionais tendo como base para as
discussões descritores como covid, variações questões éticas, saúde mental dos
profissionais da saúde. Tudo isso resultando em discussões que evidenciam
preocupações com os principais problemas de saúde que se correlacionam com a
pandemia do COVID-19 entre profissionais ne trabalhadores de saúde, com vistas a
analisar as situações que venham a reconsiderar o quadro atual de saude da
população linha de frente no enfrentamento da doença que são os profissionais de
saúde (TEIXEIRA ET AL, 2020).
No que toca ás relações mais hibridas entre trabalho e vida, ou seja, entre as
atividades produtivas que desempenhamos e nossa vida como um todo,
principalmente tendo em vista o aumento das doenças entre os profissionais da
saúde nesse contexto constata-se que são os profissionais da saúde que tornaram
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seu trabalho sua própria vida pessoal e dessa maneira, acabaram aumentando a
carga emocional na medida em que se deparam com casos extremos , apegam
afetivamente a pacientes e por extensão, sentem-se responsáveis pelas vidas que
cuidam tornando hibrido a vida pessoal e profissional , o ambiente particular com o
trabalho e tudo isso os levam a assumir uma carga emocional muito maior do que
normalmente ocorreria em tempos não pandêmicos.
Ao refletir sobre a importância da saúde física, mental e psicológica do
trabalhador, de acordo com seu contexto social e cultural, é fundamental levar em
consideração o princípio do “cuidado ao cuidador”, já que se trata de profissionais
que lidam diretamente o desafio de promoção e preservação da saúde junto a
pacientes com variados estados de padecimento. Assim, se considera que algumas
iniciativas poderiam ser promovidas para garantir o “cuidado ao cuidador”, em
âmbito público, privado e mesmo civil.
Nesse sentido, pode-se afirmar que há, neste momento de pandemia uma
inversão de papeis onde o profissional que cuida do paciente torna-se o paciente
que necessita de cuidados e assim, dar visibilidade à necessidade de políticas
públicas de cuidado ao cuidador. Muito embora seja comum os problemas de saude
mental acometer os profissionais de saúde e haver casos com questões de ordem
psicossociais entre esses profissionais em tais ambientes, parte significativa deles,
por questões culturais, não costuma buscar assistência a colegas da saude mental
(FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2020).
Não obstante, tratar de questões de caráter psicológico voltada para os
trabalhadores de saúde deve ser uma relevante ação de cuidado com quem cuida.
Isto porque os trabalhadores e profissionais da saúde são pessoas que lidam no
trabalho com ambientes de alto estresse, por isso, são naturalmente suscetíveis a
inúmeras tensões ao imprevisível e incerto. Com isso, o aconselhamento
psicoterapia se baseiam no modelo de adaptação ao estresse podem agir tão cedo
quanto for a intervenção.
Assim, iniciativas volatas para estes profissionais da saúde devem ser
pensadas e promovidas como por exemplo, um plano de trabalho detalhado com
intervenções que deve atuar nas crises psicológicas por venturas surgidas e
devendo ser incluída necessariamente na agenda das discussões para o
desenvolvimento de políticas de cuidados biopsicossociais e controle dos impactos
gerais da pandemia (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2020).
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Uma outra iniciativa para os profissionais de saúde que deve ser pensada é o
enfrentamento ao desgaste. A fim de lidar com os problemas de desgaste à saúde
mental, dever-se-ia implantar o modelo de intervenção em plantão psicológico de
intervenção e este contemplaria as características particulares de cada serviço.
Dessa forma, esse plano sugere a integração entre equipes, psiquiatras,
psicólogos/profissionais do campo da saúde mental bem como ainda assistentes
sociais a fim de oferece intervenção psicológica aos profissionais da saúde, além da
família e pacientes (KOH, 2020).
Por fim, cabe mencionar ainda que diversas medidas devem ser
implementadas em vários locais de assistência à saúde que podem ajudar na
triagem e intervenção precoce e rápida para os profissionais da saúde mesmo assim
se verifica a necessidade de levantar dados e propostas de intervenção acerca do
quadro de saude mental e qualidade de vida dos profissionais da saude o cenário de
pandemia pontuando as principais consequências desse contexto e o impacto
psicológico que assumem com o advento da covid -19 (KOH, 2020)
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pandemia com seus desafios trouxe para o cenário da saude desafios que
tem acometido os profissionais dessa área a estresem cansaço físico e mental e
adoecimento em maior escala na lida diária. O principal problema de saude que
afeta os profissionais envolvidos diretamente no cuidado aos pacientes com covi19 é
o risco de contaminação pela doença e o trabalho dos profissionais de saúde está
diante de um alto grau de exposição a carga viral e contaminação da doença.
É dentro de um cenário de pandemia que se requer uma atenção maior ao
trabalhador da saúde pois é neste momento que está em jogo, devida a lida diária e
carga emocional intensa, a saude mental deste. Inúmeras são as notícias que dão
conta de relatos recorrentes de aumento dos sintomas de ansiedade, depressão
perda de sono e qualidade de vida em baixa, aumento do uso de drogas e sintomas
psicossomáticos entre profissionais da saúde, decorre do trabalho direto com a
covid-19.
Com esse estudo, viu-se que as questões éticas e as relações híbridas se
acentuaram no contexto da pandemia, pois, decisões que envolvem a moral e a
ética profissional são postas em jogo, assim como se evidencia que a vida dos
trabalhadores em saúde mais que nunca, está relacionada com o trabalho que
exerce e a influência que este acarreta para vida do trabalhador.
A literatura vigente mostra que as pesquisas destacam que os profissionais
da saúde têm lidado diretamente com problemas de enfrentamento a pressão
psicológica, risco de infeção em alto grau e pouca proteção quanto aos riscos que
corre, excesso de trabalho frustração assistente a pacientes com emoções
negativas, ausência de contato familiar e exaustão.
Tudo isso são situações ou desafios enfrentados pelos trabalhadores em
saude que tem debilitado a condição pessoal destes de atuar frente a pandemia e
com isso, causado problemas de saude mental nestes o que tem demando ações ou
inciativas de atuação na proteção ao cuidado ao cuidador. São problemas que
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surgem e não afetam apenas a atenção, o entendimento e a capacidade de tomada


de decisões, mas também trazem efeitos duradouros no bem-estar geral dos
profissionais da saúde Estes são alguns dos fatores que tem contribuído para o
sofrimento psicológico desses profissionais que se doam no atendimento direto à
pacientes com covid-19.
REFERÊNCIAS

KOH D. Occupational risks for COVID-19 infection. Occup Med (Lond) 2020;


70(1).

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (Fiocruz), Brasil. Ministério da Saúde (MS). Saúde


mental e atenção psicossocial na pandemia Covid. Recomendações para
gestores 2020. Rio de Janeiro, Brasília: Fiocruz, MS; 2020. Disponível em:
http://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/Sa%C3%BAde-
Mental. Acesso em: 01. Mai. 2021.
HELIOTERIO, Margarete Costa. Covid-19: por que a proteção da saúde dos
trabalhadores e trabalhadoras da saúde é prioritária no combate à pandemia?.
Disponível em: https://preprints.scielo.org . Acesso em: 02. Mai. 2021.
TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza; et al. A saúde dos profissionais de saúde no
enfrentamento da pandemia de Covid-19 Ciênc. Saúde coletiva vol.25 no.9 Rio de
Janeiro Sept. 2020  Epub Aug 28, 2020
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