Você está na página 1de 3

Uso da correção postural como

Tratamento de LER & DORT

Rafael Ferreira Prado


Matricula:62110025

Projeto interdiciplinar II

BELFORD ROXO
2021

LER e DORT
Tanto a expressão “Lesões por Esforços Repetitivos (LER)” quanto “Distúrbio Osteomuscular
Relacionado ao Trabalho (DORT)” são termos que abrangem as doenças do sistema musculoesquelético
ligamentar. Sendo assim, LER não é uma doença, mas um grupo de distúrbios que acometem esse
sistema. Dentre as doenças que fazem parte deste grupo, podemos citar: bursite, síndrome do túnel do
carpo, tendinite, tenossinovite, epicondilite, dedo em gatilho, mialgias, síndrome do pronador redondo,
dentre outras. Esses distúrbios podem ou não estar associados à atividade laborativa. Por isso, houve a
necessidade de criar o termo DORT para designar apenas as lesões em que há correlação do quadro
clínico com o trabalho desempenhado pela pessoa. Segundo a cartilha publicada pela Sociedade Brasileira
de Reumatologia, a sigla DORT foi introduzida por dois motivos: além do esforço repetitivo — motivo
mais conhecido, principalmente no meio profissional —, outros tipos de sobrecarga no ambiente de
trabalho podem ser nocivas para o trabalhador; muitos casos de pessoas que apresentam sintomas no
sistema musculoesquelético não têm, necessariamente, evidência de lesão em alguma estrutura. Sendo
assim, quando se fala em DORT, os distúrbios mais comuns relacionados ao trabalho são: dores na região
lombar, dores musculares e tendinites — particularmente no ombro, punho e cotovelo.

Estima-se que 80% da população mundial procure o sistema de saúde devido à queixa de dor. O objetivo
desse estudo foi identificar a incidência e intensidade de dor em Adultos na Atenção Primária à Saúde,
por meio do registro de dor na escala verbal anexa ao prontuário do usuário. Pesquisa Documental
realizada em uma unidade de saúde da família do município de Tupanatinga/PE. A amostra foi constituída
por prontuários de usuários (adultos) cadastrados na Unidade. Um quantitativo de 1.071 prontuários foi
analisado. Para a avaliação da incidência e intensidade da dor foi utilizada a escala verbal. Segundo a
escala verbal, a incidência de dor entre os usuários da unidade de saúde da família foi de 42%. Mediante a
intensidade da dor, 22% apresentavam dor leve, 58% apresentavam dor moderada e 20% apresentavam
dor intensa. Os resultados deste estudo nos coloca frente o “cenário” da intensidade dor referida na
Atenção Primária. A sua alta incidência e intensidade “sinalizam” para o um problema sério de saúde
pública.
Tratamento de LER/DORT
Assim como a sintomatologia, os tratamentos de LER/DORT variam de acordo com a afecção específica,
mas no geral envolvem a administração de medicamentos, fisioterapia e em alguns casos pode ser
indicada a cirurgia.
Também está incluso no tratamento geral o repouso, a extinção dos fatores e eventos desencadeantes,
prática regular de atividade física, psicoterapia e a adaptação do ambiente de trabalho de forma que esse
se torne adequado à saúde do trabalhador.
Os medicamentos utilizados no tratamento de LER/DORT costumam ser analgésicos e anti-inflamatórios,
mas em alguns casos pode haver a necessidade da administração de relaxante muscular, de
antidepressivos tricíclicos e de infiltração de corticoides.
A fisioterapia, por sua vez, auxilia em todos os casos de LER/DORT, pois ela é capaz de contribuir para
o alívio da dor, aumentar a flexibilidade dos músculos e ligamentos, bem como fortalecer gradualmente
os músculos dando resistência e sustentação aos ossos e ainda, auxilia na recuperação correta dos
movimentos, já que na maioria dos casos o paciente evita ou é limitado a movimentar o local afetado.
A cirurgia é indicada apenas para casos que não respondem bem ao tratamento conservador. O
procedimento cirúrgico depende da patologia, por exemplo, se for uma afecção em alguma articulação,
poderá ser realizada a artroscopia, já se a afecção for muscular ou em estrutura óssea, a cirurgia poderá
ser de via aberta.
O repouso é indicado logo quando aparecem os primeiros sintomas de LER/DORT e isso, dependendo
da patologia, poderá incluir a imobilização da região afetada, como em casos de tendinopatias ou bursites.
Além disso, a tarefa que oferece esforço repetitivo deve ser evitada até que o médico autorize o retorno.
Vale reforçar que assim como a fisioterapia, outras atividades físicas podem auxiliar, tanto na prevenção
inicial, como para evitar o agravamento do quadro, e na recuperação da força no local afetado. Alguns
exemplos de atividades: musculação, ginástica, crossfit, alongamento, dança, natação, pilates, Yoga, etc.
A psicoterapia pode ser indicada para o tratamento das patologias que tenham como causa ou agravante o
fator psicológico, ou seja, são os casos de depressão, estresse, fibromialgia, síndrome miofascial e
ansiedade.
A modificação dos aspectos nos quais a empresa deve investir abrange a substituição de cadeiras, mesas,
piso, o que for necessário; treinamento e orientação para que o funcionário passe a realizar a tarefa de
modo mais saudável; incentivo à atividade física como fonte de fortalecimento do sistema
musculoesquelético – podendo adotar a cultura de ginástica laboral.

Você também pode gostar