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São Paulo, domingo, 25 de junho de 2000

+ brasil 501 d.C.

A morte e o renascimento das utopias


Sergio Paulo Rouanet

O festival de Saint-Malo, em maio último, foi dedicado à utopia. A Biblioteca


Nacional, em Paris, está realizando uma exposição intitulada "Utopia - Em Busca
da Sociedade Ideal no Ocidente". A "Revue des Deux Mondes" lançou um número
especial sobre o assunto, com a colaboração de ensaístas como Edgar Morin. O
"Magazine Littéraire" publicou um dossiê sobre o ressurgimento das utopias.
Modismo puramente francês? Não é bem assim. A mostra de Paris estará em
Nova York a partir de outubro. E a exposição universal de Hannover, inaugurada
em primeiro de junho, tem todo um pavilhão sobre esse tema. Positivamente, a
utopia está em alta. Para a sabedoria convencional, esse fenômeno não deixa de
ser inesperado. Afinal, tudo levava a crer que, com o fim do socialismo, a
humanidade tinha ingressado num tempo novo, um tempo pós-utópico. Deixando
para trás suas fantasias pubertárias, ela tinha se reconciliado definitivamente com
o princípio da realidade e provava sua condição adulta reconhecendo a
inevitabilidade do capitalismo globalizado. O homem renunciava à transcendência.
Compreendera que a utopia era um passatempo perigoso, porque toda utopia é
potencialmente autoritária -e inútil, porque a economia global já é a utopia
realizada. E eis que a utopia volta à cena. Mas não temos por que surpreender-
nos com isso. Os que decretaram o fim das utopias ignoraram os autores que
viram na consciência utópica uma dimensão permanente da condição humana e
os que compreenderam a utopia no sentido sociológico, como expressão de
grupos e estratos marginalizados, sempre presentes em qualquer sociedade.
Entre os pensadores do primeiro grupo está Freud, que descobriu a força e a
materialidade do desejo, sua capacidade ilimitada de construir mundos
imaginários para anular privações reais. Entre eles, também, figura Ernst Bloch,
que, sintetizando Freud e Marx, disse que a utopia é um "sonhar para a frente", a
concretização do "princípio esperança", graças ao qual a humanidade marcha no
longo caminho que leva à redenção. A lista inclui, finalmente, Jürgen Habermas e
Karl-Otto Apel, para os quais cada ato linguístico remete necessariamente à utopia
da comunicação perfeita, ordem de coisas na qual os homens se relacionam entre
si de modo igualitário e não-violento, ou seja, à utopia da comunidade
argumentativa ideal. O segundo grupo inclui autores como Karl Mannheim, que viu
na utopia uma reflexão voltada para a superação da sociedade existente, em
contraste com a ideologia, que tenta legitimar essa sociedade. A utopia, nesse
sentido, é a antevisão de uma sociedade mais justa, formulada por minorias e
classes sociais descontentes com o status quo.

Lugar da contestação
A exigência utópica é assim universal tanto no registro antropológico, porque é
uma constante da natureza humana, quanto no sentido sociológico, porque a
tentação utópica é inevitável em qualquer sociedade organizada hierarquicamente.
Se isso é verdade, a sobrevivência da utopia no mundo globalizado é lógica e
previsível, e isso nos dois sentidos da palavra. Só o mais enraivecido dos
neoliberais poderia afirmar que a economia global teria alterado um dado
essencial da condição humana, a necessidade de transcender a ordem existente
em direção a um futuro sonhado. E só um cego, liberal ou não, seria capaz de
negar as assimetrias crescentes de riqueza e poder que caracterizam o
capitalismo globalizado, sua tendência maciçamente excludente e, portanto, sua
capacidade de fabricar um exército de reserva composto de todos os
inassimilados e inassimiláveis da "nova economia". Eles constituem a base social
da contestação ao sistema, nas condições contemporâneas. Idealmente, essa
contestação deveria assumir a forma de uma crítica racional. Mas, enquanto isso
não ocorre, não está excluído que a contestação se manifeste pela utopia.
Estaríamos repetindo, num patamar mais elevado de complexidade, o que
aconteceu no século 19, em que a crítica ao capitalismo se deu primeiro numa
perspectiva utópica, só depois recebendo um conteúdo teórico mais rigoroso. Não
se trata, portanto, de desqualificar o pensamento utópico, mas de fazer uma
triagem entre as boas e as más utopias. Pertencem a esta última categoria as
utopias retrospectivas, as que projetam no futuro uma idade de ouro baseada em
estruturas antigas, já ultrapassadas pela modernidade. Seria o caso de uma utopia
antiindustrial, uma ecoutopia primitivista, construída pela regressão a uma Arcádia
anterior ao advento do capitalismo. Seria também o caso de uma utopia totalitária,
que se baseasse na rejeição do que a modernidade política trouxe de mais
precioso, as noções de dominação legal, de Estado de Direito, de soberania
popular. Uma versão especialmente ameaçadora dessa regressão é alimentada
pela ressurgência contemporânea das idéias eugenistas, tão caras ao Terceiro
Reich. No limite, essas idéias levam a uma bioutopia, à concepção de uma
sociedade em que os cientistas tivessem o direito de programar geneticamente os
seres humanos, produzindo um "homem novo" com certas características que
esses cientistas considerassem desejáveis, como a ausência de agressividade ou
um QI mais elevado. Por mais modernas que sejam as tecnologias em questão,
essa utopia se baseia na idéia arcaica de uma sociedade em que são os sábios
que decidem, e não a vontade da maioria, e, nesse sentido, representam um
retrocesso à logocracia platônica, à concepção de um Estado-rebanho, cujos
dirigentes não somente pastoreiam seu gado, mas o criam e recriam. Outra
regressão grave é constituída pelo reaparecimento dos particularismos étnicos,
culturais, religiosos e linguísticos, que aparentemente haviam sido "domesticados"
pelo Estado moderno. Uma das grandes realizações da modernidade política foi
ter organizado a coexistência desses particularismos por meio da subordinação de
todos eles a uma cultura política comum, consubstanciada numa constituição
democrática. Hoje essa estratégia de coabitação perdeu sua eficácia. A
consequência foi a explosão dos conflitos intercomunitários, que estão levando à
retribalização do planeta. Subjacente a essa tendência está a utopia da
homogeneidade étnica, a visão de um mundo dividido em etnias estanques,
segundo linhas de partilha pré-modernas, baseadas em afinidades de sangue ou
de língua.

Contra-utopias
Essas ecoutopias, bioutopias ou etnoutopias são as "distopias" do nosso tempo.
São contra-utopias, tão assustadoras quanto as formuladas por Aldous Huxley no
"Admirável Mundo Novo", por George Orwell em "1984" e por Ray Bradbury em
"Fahrenheit 451". Todas elas têm em comum o fato de serem regressivas, de irem
buscar no passado os seus materiais.
Não é dando as costas à modernidade que devemos buscar a utopia, mas sim na
própria modernidade. Ela tem um vetor funcional, sistêmico, ligado à racionalidade
instrumental. Mas tem também um vetor humanista, ligado à racionalidade
emancipatória.
No primeiro vetor, a palavra de ordem é a eficácia. Um sistema social é mais
moderno que outro quando suas estruturas são mais eficazes. No segundo vetor,
é a autonomia que é decisiva. Um sistema social é mais moderno que outro
quando abre maior espaço para a autonomia dos indivíduos. É nesse segundo
vetor da modernidade que se entronca nossa concepção de utopia. Esse vetor
pode ser chamado de iluminista, porque a dimensão humanista e emancipatória
da modernidade foi inteiramente moldada pela filosofia das Luzes.

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A globalização é um pastiche do sonho iluminista da unidade do gênero humano:
a universalização; mas a paródia ajudou a revalorizar
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O Iluminismo visa a emancipação de todos os indivíduos, independentemente de


raça, gênero e nacionalidade, na tríplice dimensão da economia, da política e da
cultura. Noutras palavras, em sua busca de autonomia o Iluminismo é universalista
em sua abrangência e individualizante em seu foco. Seu horizonte é a
humanidade inteira. E, enquanto titulares de direitos, os seres humanos devem ser
emancipados como indivíduos e não como membros de uma cultura ou de uma
nação. Realização histórica do Iluminismo, a modernidade emancipatória
incorpora os diversos ideais iluministas, cada um dos quais aponta, como seu
ponto de fuga, para uma utopia correspondente. O ideal universalista tende à
concepção de uma sociedade mundial. O ideal individualizante remete a uma
ordem futura em que os homens valham por si mesmos, e não enquanto partes de
uma coletividade. O ideal da autonomia econômica tem a ver com um mundo em
que todos os indivíduos possam adquirir, por seu trabalho, os bens e serviços
necessários a seu sustento e co-determinar as políticas que condicionam sua
atuação enquanto agentes econômicos. O ideal da autonomia política alude a um
sistema de governo em que todos possam exercer uma autodeterminação efetiva,
num Estado de Direito em que nenhum ser humano possa sofrer os impactos
colaterais de normas e leis que direta ou indiretamente ele não tenha contribuído
para formular. O ideal da autonomia cultural se refere a um estado de coisas em
que todos possam ter acesso ao saber e pensar por si mesmos, longe da tutela da
autoridade: o "sapere aude" kantiano.
Utopia da modernidade
Podemos extrair assim da modernidade iluminista várias utopias parciais: a da
sociedade planetária, a da individualidade plena e a da autonomia integral,
abrangendo a esfera econômica, a política e a cultural. Todas elas se condensam
numa figura única, a utopia da modernidade. Enquanto utopia, ela é por definição
irrealizável. Mas é também irrenunciável, porque sem ela estaríamos condenados
seja à unidimensionalidade de um mundo sem transcendência, dominado pelos
imperativos de uma modernidade funcional globalizada, seja ao pesadelo das
regressões pré-modernas. Embora inteiramente modernas, as utopias parciais
contêm ecos das fantasias de desejo mais antigas da humanidade, por meio das
quais desde sempre o homem sonhou uma vida melhor: a fantasia estóica da
cidadania mundial, da "civitas maxima"; a fantasia paulina da individualidade
irredutível, pela qual todos os filhos de Deus estabelecem com o Criador uma
relação direta, enquanto criaturas e não enquanto romanos, gentios ou judeus; a
fantasia rabelaisiana da abundância material, do "pays de cocagne", em que a
riqueza e as condições de renová-la estão ao alcance de todos; a fantasia
espartaquista de uma sociedade livre, sem senhores e sem escravos; e a fantasia
fáustica do saber total. O sonho da autonomia, o núcleo da utopia moderna, é de
difícil realização nas circunstâncias atuais. A autonomia econômica é uma ficção,
num mundo em que as principais decisões macroeconômicas são tomadas por
bancos centrais estrangeiros e por conselhos de administração de empresas
transnacionais, em que a volatilidade dos mercados financeiros impede qualquer
planejamento a longo prazo e em que as inovações tecnológicas têm origem
externa. A autonomia política se torna relativa, quando se leva em conta que as
decisões políticas que mais diretamente afetam nossas vidas foram tomadas fora
de nossas fronteiras. Deixa de valer, assim, o grande postulado rousseauísta de
que o povo que manda, como soberano, é o mesmo que obedece, como súdito,
pois quem sofre os efeitos dessas medidas não participou do processo político
que levou à sua adoção. A autonomia cultural, enfim, é uma mentira piedosa para
aqueles que ficam indefesos diante dos aparelhos ideológicos e que são meros
consumidores passivos de bens culturais sobre cuja produção e distribuição não
têm nenhum controle. Todas essas limitações, que restringem a autonomia dos
Estados nacionais, restringem, "a fortiori", a autonomia dos indivíduos, cujo único
espaço de atuação, via de regra, é justamente o proporcionado pelos Estados
nacionais. Poderia a utopia iluminista ajudar-nos a encontrar um caminho? Sim, se
explorássemos o veio universalista dessa utopia. Vimos que o ideal universalista
do Iluminismo desemboca na concepção de uma sociedade mundial. Na versão
que nos interessa aqui, essa sociedade não seria um "Estado" mundial, como os
constituídos pela força das armas, no período alexandrino ou durante o Império
Romano, ou pela hegemonia econômica de uma superpotência, como talvez
esteja começando a ocorrer em nossos dias. Não teria grande coisa em comum,
tampouco, com as fabulações dos vários sonhadores que propuseram a
constituição de um Estado mundial, porque em seus projetos a união entre os
Estados resultava em geral das iniciativas dos próprios governantes, "ex parte
principis", enquanto, segundo a lógica do Iluminismo atual, tais iniciativas não
poderiam vir senão de baixo, "ex parte populi".
Democracia mundial
Não, é para uma "democracia" mundial que tende, hoje, o universalismo iluminista.
Como estamos no terreno da utopia, não é difícil imaginar os contornos dessa
democracia. Ela seria composta de uma sociedade civil, em que funcionariam
instituições como igrejas, sindicatos, associações de artistas e intelectuais,
organizações não-governamentais em geral.
Contaria, também, com uma sociedade política, cuja constituição teria no pórtico
os princípios contidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem (e
documentos equivalentes) e descreveria os diferentes órgãos: um Parlamento
bicameral, com uma Assembléia cujos membros seriam escolhidos por eleição
direta, e outra, em que eles seriam indicados pelos Estados nacionais; um
Executivo capaz de aplicar essas leis, de fazer uso legítimo da força sempre que
necessário e de submeter a algum tipo de regulamentação as relações
econômicas internacionais; e um tribunal capaz de julgar violações dos direitos
humanos e das demais normas estabelecidas pelo Parlamento.
Uma democracia mundial desse tipo poderia dar um novo conteúdo ao conceito de
autonomia. A autonomia econômica seria facilitada por uma supervisão
internacional dos fluxos de comércio e de investimento, que permitisse aos
Estados e aos indivíduos orientarem sua ação segundo parâmetros previsíveis e
por esquemas eficazes de redistribuição internacional de renda.
A autonomia política se fortaleceria na medida em que todos os indivíduos se
tornassem participantes ativos, pelo voto, de processos decisórios de alcance
global, em vez de serem vítimas ou espectadores de decisões tomadas à sua
revelia, nos grandes centros de poder. Enfim, a autonomia cultural será favorecida
por uma ordem internacional que intensifique o intercâmbio de artistas e
intelectuais, que ponha ao alcance de todos os bens culturais produzidos em
todos os países do mundo, relativizando assim o monopólio de fato exercido pela
indústria cultural dos países hegemônicos.
Mas o conceito de democracia mundial não é apenas a materialização da vertente
universalista do Iluminismo. Ele faz justiça, também, ao foco individualizante da
sua utopia. Com efeito, ela supõe uma comunidade mundial composta de
cidadãos livres e iguais, titulares dos mesmos direitos, independentemente de sua
nacionalidade e de sua etnia. Seguindo a lição de filósofos como Isaiah Berlin e de
juristas como Norberto Bobbio, os defensores dessa concepção encaram com
ceticismo a noção de direitos coletivos, na medida em que eles possam colidir
com os direitos fundamentais do homem.

Em sua essência, a democracia mundial se dirige a indivíduos, e não a nações ou


a culturas. Isso não significa desconhecer as preocupações válidas que estão na
raiz das ideologias particularistas. Ao contrário, só a democracia mundial atende
plenamente a essas inquietações. O nacionalismo, por exemplo, tinha como
objetivo fundamental manter sob controle do Estado os grandes processos
decisórios que afetavam a vida dos cidadãos. Ele buscava reduzir a dependência
com relação a decisões externas. Estava a serviço da autodeterminação e nisso
era compatível com os ideais iluministas. Mas, na era global, a possibilidade de os
Estados nacionais assegurarem esse controle se reduziu. Todos sofrem os efeitos
de decisões para cuja adoção eles não contribuíram. Daí a importância de uma
democracia mundial, em que todas essas decisões serão tomadas com plena
participação dos diretamente interessados. Em outras palavras, a democracia
mundial continua, por outros meios, a política da autodeterminação visada pelos
antigos nacionalismos. Ela não substitui as democracias nacionais, mas as
complementa. Elas continuariam sendo soberanas para tratar de matérias
suscetíveis de serem processadas em seu próprio âmbito e participariam da
formulação e execução das políticas que exigissem uma ação supranacional.

Pluralismo cultural
Entre os particularismos de hoje, um dos mais influentes é o que preconiza o mais
amplo pluralismo cultural. Nada mais legítimo. Mas, longe de promover o
nivelamento do planeta, somente a democracia mundial pode assegurar a
coexistência não-conflitiva de todas as culturas e etnias. Na ausência das
instituições de arbitragem e de controle da violência próprias a essa democracia,
as identidades coletivas poderiam transformar-se em barricadas, e as diferenças
explodiriam em conflitos interétnicos e mesmo intercivilizacionais, na acepção de
Samuel Huntington. Em vez disso, a democracia mundial oferece um quadro em
que as culturas mais diversas podem conviver, em toda a variedade dos seus
estilos de vida, desde que se submetam a um núcleo mínimo de normas e
princípios universais.
O mais visionário dos filósofos contemporâneos, Ernst Bloch, defendeu a utopia,
mas uma utopia concreta, vinculada a tendências já presentes no real. Enquanto
idéia reguladora da consciência utópica, o "princípio esperança" precisa articular-
se com processos reais. Para Bloch, a esperança deve ser instruída pelo
presente, ser uma "docta spes", o que a distingue da mera fantasmagoria
subjetiva.
A utopia iluminista preenche essas condições. Em toda parte observamos sinais
de que ela se tornou relevante. Com todas as suas perversões, o processo de
globalização tem pelo menos o mérito de haver diluído as fronteiras que separam
os homens, contribuindo para a emergência da idéia da humanidade única. A
globalização é um pastiche do sonho iluminista da unidade do gênero humano: a
universalização.
Mas a paródia ajudou a revalorizar o original. A universalização caminha a largos
passos, em áreas como a defesa dos direitos humanos e a proteção ambiental. A
democracia mundial já está prefigurada no sistema das Nações Unidas e nas
instituições da União Européia.
Apesar de tudo, a idéia de que as grandes potências venham a transferir parte
substancial de sua soberania para instituições realmente transnacionais é
inimaginável hoje. Vale dizer, é uma idéia utópica. Mas ela deriva de uma boa
utopia, de uma utopia concreta, no sentido de Bloch: a utopia do Iluminismo. É
urgente inscrever essa utopia na agenda do terceiro milênio.

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Sergio Paulo Rouanet é diplomata e ensaísta, autor de "As Razões do Iluminismo"
e "Mal-Estar na Modernidade" (Companhia das Letras). Ele escreve mensalmente
na seção "Brasil 501 d.C.".

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