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Poda básico

Poda básico

Treinamento Operacional – Diretoria de RH


Rua dos Lavapés, 463 – Cambuci
01519-000 - São Paulo - SP

Gerência de Treinamento Operacional


Sergio Fesneda

Administração
Denis Germino
Elisaldo de Melo
Patrícia Saline
Valdir Lopes

Elaboração técnica
Ana Rita Ramos
Angela Chagas
Joana Costa
Samuel Braz

Projeto gráfico e editoração


Michel de Oliveira
Rodolfo Justino

São Paulo, junho de 2007.

R:\Treinamento Tecnico\SEGMENTOS\AÉREO\CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA REDE


DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA (CMRDA)\APOSTILAS\ MANUAL DE PODA DE GALHOS DE
ARVORES BÁSICO.doc
"Ninguém educa ninguém,
ninguém se educa sozinho,
os homens se educam em comunhão."
Paulo Freire
Sumário

1 Apresentação_________________________________________ 1

2 Introdução___________________________________________ 2
2.1 A Legislação ............................................................................................................... 2

3 Espécies mais encontradas sob a rede elétrica _______________ 3

4 Arborização __________________________________________ 8
4.1 Ojetivos do curso....................................................................................................... 8
4.2 Âmbito de aplicação .................................................................................................. 9
4.3 Contatos com órgãos externos ................................................................................ 9
4.4 Planejamento dos serviços....................................................................................... 9
4.4.1 Levantamento das quantidades ....................................................................... 9
4.4.2 Execução dos Serviços .................................................................................... 9

5 Conceitos básicos ____________________________________ 11


5.1 Base dos ramos ....................................................................................................... 14
5.2 Processo de “cicatrização” ou compartimentalização ........................................ 15

6 Fatores condicionantes ________________________________ 16


6.1 Espécie...................................................................................................................... 16
6.2 Idade da planta ......................................................................................................... 16
6.3 Época da poda.......................................................................................................... 17
6.4 Rigor da poda ........................................................................................................... 18
6.5 Tipos de poda........................................................................................................... 18
6.6 Modalidades de poda............................................................................................... 19

7 Segurança do trabalho ________________________________ 25

8 Poda em árvores com moto serra hidráulica em cesta aérea____ 30


8.1 Objetivo..................................................................................................................... 30
8.2 Referências............................................................................................................... 30
8.3 Definições ................................................................................................................. 30
8.4 Controle de risco...................................................................................................... 31
8.5 Procedimentos ......................................................................................................... 31
8.6 Observações............................................................................................................. 32

9 Poda em árvores com podador hidráulico em cesta aérea ______ 33


9.1 Objetivo..................................................................................................................... 33
9.2 Referências............................................................................................................... 33
9.3 Definições ................................................................................................................. 33
9.4 Controle de risco...................................................................................................... 33
9.5 Procedimentos ......................................................................................................... 34
9.6 Observações............................................................................................................. 35

10 Poda em árvores com serra hidráulica de longo alcance em cesta


aérea ______________________________________________ 36
10.1 Objetivo..................................................................................................................... 36
10.2 Referências............................................................................................................... 36
10.3 Definições ................................................................................................................. 36
10.4 Controle de Risco .................................................................................................... 37
10.5 Procedimento ........................................................................................................... 37
10.6 Observações............................................................................................................. 38
11 Poda em árvores com moto serra (a gasolina) em cesta aérea __ 39
11.1 Objetivo..................................................................................................................... 39
11.2 Referências............................................................................................................... 39
11.3 Definições ................................................................................................................. 39
11.4 Controle de risco...................................................................................................... 39
11.5 Procedimento ........................................................................................................... 40
11.6 Observações............................................................................................................. 41

12 Conclusão __________________________________________ 42

13 Bibliografia _________________________________________ 43
1 Apresentação
Em um mundo cada vez mais global, alguns temas específicos continuam em debate
nos mais diversos fóruns.

A questão da qualidade de visa nos grandes centros urbanos tem sido objeto de
reflexão para todos os atores: Sociedade Civil, Poderes Públicos e as Empresas que
interferem diretamente no desenvolvimento, são responsáveis no processo de
melhoria continuada que as nossas cidades devem buscar.

E é exatamente nessa questão que a Eletropaulo e sua nova concepção e atitude na


relação com os seus clientes, trabalha para colaborar diretamente com o seu atributo
de responsabilidade social.

Continuadamente ao principal objetivo de distribuir uma nova energia, desenvolvemos


esse Manual de Poda contemplando o que há de mais atualizado para uma correta
execução dos serviços.

O objetivo principal deste manual, é colaborar com a ampliação da importância que o


assunto requer e destinar o trabalho para todas as empresas prestadoras de serviços
de interesse público (privadas ou estatais), técnicos do setor, prefeituras municipais,
órgãos responsáveis pela política de Meio Ambiente e Universidades.

1
2 Introdução
Este manual, tem como objetivo orientar e informar as equipes operacionais que
executam o serviço de poda em árvores.

As cidades, de maneira geral e particularmente em São Paulo, apresentam situações


de interferência entre a arborização existente e os equipamentos públicos urbanos,
resultantes da falta de planejamento.Geralmente, as espécies encontradas nas ruas
são de grande e médio portes, com interferência significativa nas redes de energia
elétrica. Por outro lado, uma poda mal executada, realizada em caráter emergencial,
pode comprometer o desenvolvimento da árvore, podendo ocasionar sua morte.

Vale lembrar que alguns municípios da área de concessão da Eletropaulo, possuem


legislação específica sobre poda e corte das árvores. Por exemplo, no município de
São Paulo, temos:

2.1 A Legislação
ƒ Lei Municipal Nº 10.365/87 – Disciplina o corte e a poda de vegetação de porte
arbóreo existente no município de São Paulo, e dá outras providências.
ƒ Decreto Estadual Nº 30.443/89 – Considera patrimônio ambiental e declara
imunes de corte exemplares arbóreos, situados no município de São Paulo, e dá
outras providências.

Veja a seguir, algumas das árvores mais encontradas na arborização urbana e como
realizar podas com segurança e qualidade.

2
3 Espécies mais encontradas sob
a rede elétrica

Nome Científico: Caesalpinia férrea - Var. leiostachia


Nome Popular: Pau - ferro

3
Nome Científico: Caesalpinia peltophoroides
Nome Popular: Sibipiruna

4
Nome Científico: Tibouchina granulosa
Nome Popular: Quaresmeira

5
Nome Científico: Spathodea Campanulata
Nome Popular: Espatódea, Tulipa-africana

6
Nome Científico: Tipuana tipu
Nome Popular: Tipuana

7
4 Arborização
A arborização de ruas e avenidas no Brasil é uma prática relativamente nova em
comparação aos países europeus, tendo-se iniciado aqui há poucos mais de 120
anos.

Esta prática envolve diversos cuidados que vão desde a escolha das melhores
espécies a serem plantadas, preparo da muda, pelo plantio propriamente dito, que
deve ser conduzido e acompanhado por pessoas capacitadas, levando-se sempre em
consideração regras pré-estabelecidas, até a manutenção (PODA) e conservação das
árvores. Todo este trabalho deve ser feito em parceria com os órgãos responsáveis
(Prefeituras, Companhias de Energia Elétrica), bem como a sociedade.

É nosso dever enquanto cidadão e empresa zelar pelo bem-estar de nossa


comunidade uma vez que todo o trabalho de arborização encontra-se intimamente
ligado a uma melhor qualidade de vida.

4.1 Ojetivos do curso


a. Conscientizar os profissionais da importância da Poda no sentido de prevenir e
evitar situações de calamidades causadas pelas árvores, mas também garantir
sua existência pois exercem influência benéfica no meio ambiente, com a ação
purificadora do ar, balanço hídrico, atenuando a temperatura e a luminosidade,
amortizando o impacto das chuvas, além de servir de abrigo à fauna.

b. Ampliar conhecimentos em relação ao assunto (PODA DE ÁRVORES) com o


objetivo de proporcionar aos profissionais maiores informações a respeito de
todos os passos que envolvem o processo fazendo com que os mesmos sintam-
se melhor capacitados para a realização da tarefa.

c. Orientar os profissionais responsáveis pela Poda de Árvores a realizarem o


trabalho de fora correta, tomando todas as Medidas de Segurança necessárias
para que os procedimentos seja executado e concluído com sucesso.

d. Estabelecer os critérios básicos para a Poda de Árvores próximas às estruturas


das Redes de Distribuição para evitar interferências ou danos em equipamentos
e condutores aéreos, que reduzem a qualidade de fornecimento de energia
elétrica e que podem colocar em risco a segurança de transeuntes.

8
4.2 Âmbito de aplicação
Todas as unidades de negócio responsáveis pela manutenção das redes de
distribuição aérea.

4.3 Contatos com órgãos externos


Para a poda de árvores, exceto nos casos emergenciais, deverá obedecer a lei nº
10.365 de 22 de Setembro de 1987, art. 9º “A supressão da vegetação de porte
arbóreo, em propriedade pública, fica subordinada à autorização, por escrito do
Administrador regional, ouvido o Eng, Agrônomo responsável”.

Em decorrência ao disposto no artigo 65 do Código Civil e no artigo 151 do Código de


Águas, é notória a conclusão de que é das Prefeituras Municipais a responsabilidade
pela poda das árvores, podendo, no entanto, as concessionárias, executá-la quando
as árvores próximas às redes venham a constituir riscos iminentes de acidentes para
as pessoas, instalações da Empresa e/ou interrupção de energia elétrica.

4.4 Planejamento dos serviços

4.4.1 Levantamento das quantidades


Anualmente no período de janeiro à abril deverá ser efetuados um levantamento em
todas as vias públicas do município onde serão anotadas as árvores que tocam a rede
elétrica e as que possam vir tocá-la nos meses seguintes.

Levantamentos esporádicos também deverão ser realizados de acordo com as


necessidades, ou seja, quando da ocorrência de interrupções ou da visualização por
funcionário da Eletropaulo - Metropolitana ou por terceiros sobre árvores oferecendo
perigo a rede.

4.4.2 Execução dos Serviços


Somente pelas prefeituras

Nas podas executadas pelas Prefeituras as equipes da Eletropaulo – Metropolitana,


deverão atender prontamente as solicitações para desergenização dos sistemas
elétricos, para prevenir a ocorrência de acidentes.

9
Em conjunto com as Empreiteiras

O serviço de poda executado pela Eletropaulo – Metropolitana e suas empreiteiras


contratadas, deve restringir-se è eliminação dos conflitos e/ou à prevenção de futuras
interferências de galhos na rede aérea. É necessário manter o formato natural da
árvore, evitando, sempre deformá-la ou interferir na sua atividade metabólica.

Não se deve cortar galhos em excesso atendendo pedidos de consumidores, nem


podar árvores floridas.

Portanto, a Empresa deverá manter sob controle o desenvolvimento das árvores,


através de um Programa Sistemático de Poda Preventiva.

Somente pela Eletropaulo – Metropolitana

Haverá situações especiais em que esta empresa executará a poda sem participação
das Prefeituras.

Trata-se das podas emergenciais, necessárias para eliminar, de imediato, as


condições inseguras impostas pela interferência das árvores com as redes elétricas,
ou mesmo religar os circuitos interrompidos.

10
5 Conceitos básicos
Árvore - É um vegetal superior composto de raízes, tronco, ramos, folhas, flores,
frutos e sementes.

Raiz – É o órgão de fixação da árvore ao solo, responsável pela absorção de água e


sais minerais.

Sistema radicular – Termo utilizado para indicar como se comporta o crescimento do


conjunto das raízes de uma árvore. A figura abaixo, ilustra dois tipos freqüentemente
encontrados nas ruas. Superficial e Pivotante.

Tronco – É o caule robusto, lenhoso, com desenvolvimento maior.

Copa – conjunto de ramos superiores de uma árvore.

Ramo – subdivisão do tronco

Envassouramento (ramos epicórmicos) – ramos que brotam intensamente após a


poda severa ou incorreta de um ramo ou tronco. Este tipo de brotação compromete o
desenvolvimento da árvore.

Parte aérea da árvore - combinação das características estruturais da árvore como


raízes, troncos, ramos e folhas definem a arquitetura da árvore, que leva às mais
diferentes formas de copa.

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Podemos classificar os troncos das árvores como:

Tronco monopodial: quando cresce indefinidamente em altura, originando troncos


verticais retos. Ex: Araucária e Eucalipto.

Troncos simpodiais: quando seu crescimento é limitado, não ocorrendo crescimento


linear em altura. Ocorre nas árvores em geral.

Podemos ainda, considerar a direção do crescimento das gemas apicais


(responsáveis pelo crescimento em altura e comprimento dos ramos):

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A árvore apresenta ramos com crescimento plagiotróico quando horizontalmente ou
obliquamente, como no flamboyant.

A árvore apresenta ramos com crescimento ortotrópico quando crescem para o alto,
como nas araucárias e ipês.

1 - Tronco
2 - Primeira galhada
3 - Segunda galhada
4 - Terceira-galhada

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Primeira Galhada: Ramos que derivam diretamente do tronco e que dão origem à
segunda galhada.

Segunda Galhada: Ramos que derivam diretamente da primeira galhada e que dão
origem à terceira galhada.

Terceira Galhada: Ramos que derivam diretamente da segunda galhada.

5.1 Base dos ramos


Para que o dano causado pela poda seja minimizado, permitindo que os mecanismos
de defesa da árvore entrem em ação para “cicatrizar” o ferimento ocasionado pelo
corte, deve-se atentar para algumas características importantes dos ramos. Ao
observar a base do ramo pode-se definir o ponto mais concreto para o seu corte. Os
elementos fundamentais da base do ramo são apresentados na ilustração a seguir:

Portanto, se a operação for mal conduzida, a árvore não irá “reagir” de maneira
satisfatória, podendo levá-la à morte.

14
5.2 Processo de “cicatrização” ou
compartimentalização
Após a poda, inicia-se o processo de “cicatrização” da lesão, quando a árvore
desenvolve mecanismos de defesa evitando a contaminação por organismos nocivos
(fungos, cupins, brocas etc.), que podem causar sua morte.

15
6 Fatores condicionantes
Na remoção da ramagem de sua copa, as árvores oferecem duas respostas distintas:
o avigoramento e o atrofiamento. As duas respostas estão condicionadas aos
seguintes fatores: a espécie à qual pertencem, a idade da planta, a época e o rigor ou
intensidade da poda.

6.1 Espécie
Cada árvore pertence a uma determinada espécie botânica com características
próprias, sendo que nem todas elas resistem à eliminação de seus ramos. A poda
incorreta pode causar o atrofiamento da planta ou mesmo levar à sua morte.

A maioria das espécies possui copa em umbela ou semi-globosa, ocorrendo também


as de copa com forma irregular ou indefinida.

Deve ser evitado, sob as redes elétricas, o plantio de árvores que apresentam copas
colunares, cônicas ou piramidais, pois uma eventual poda de contenção
descaracterizaria sua arquitetura original, incluindo-se as palmeiras.

Árvores com ramificação monopodial do caule – quando há predominância do eixo


principal sobre os ramos laterais – jamais recuperam sua forma depois de podadas.

Toda árvore tem um eixo de crescimento, um ramo principal denominado ramo guia,
ramo flecha ou líder, que determina seu crescimento em altura. Esse líder tem em seu
ápice gemas terminais e, ao longo das ramificações, gemas laterais dormentes ou
latentes, que geram ramos simpodiais. Quando há a eliminação desses ramos,
provenientes tanto das gemas apicais quanto das laterais, está sendo promovida uma
desaceleração da planta.

6.2 Idade da planta


Toda poda de remoção de ramagem, visando sua condução, deve ser aplicada na
fase juvenil e adulta, quando a árvore está em seu pleno vigor vegetativo. A medida
em que a árvore envelhece, a poda poderá antecipar a sua morte.

16
6.3 Época da poda
A poda, por se constituir num processo traumático à planta, provoca maior dano
quanto maior for sua atividade metabólica (conjunto de transformações). Portanto,
deve ser realizada preferencialmente nas ocasiões em que atividade metabólica da
árvore é menor.

As folhas e ramos verdes são, na copa da árvore, os órgãos vitais destinados à


respiração e elaboração da seiva, pelo processo da fotossíntese.

A época da poda deve, portanto, ocorrer quando o foto-período for curto, a


temperatura ambiente baixa e houver pequena disponibilidade de água no solo,
representando pequena atividade metabólica no vegetal.

Existem três grupos básicos de árvores, classificadas de acordo com o fenômeno da


queda de folhas nas espécies decíduas, sendo imprescindível o conhecimento prévio
da espécie e seu ciclo antes da execução da poda:

1º Grupo: Compreendem as espécies de folhas caducas, de repouso, vegetativo


verdadeiro ou real, que são aquelas árvores que perdem as folhas no outono-inverno,
ficando reduzidas ao seu esqueleto – representado por seu tronco e ramagem – para,
em seguida, iniciarem o pleno desenvolvimento vegetativo, como o início do
crescimento das novas folhas, ocasião acertada para podá-las.

2º Grupo: Representado por espécies de aparente repouso vegetativo e que também


desprendem as folhas no outono-inverno para, em seguida, iniciarem a produção de
botões florais. Caso a poda ocorra durante aquela aparente repouso, haverá alteração
em seu ciclo produtivos, com desgaste da planta e possibilidade de ocorrência de
morte prematura.

3º Grupo: Representado pelas árvores com folhagem persistente ou semi-caduca,


cuja renovação se faz ao longo do ciclo produtivo.

Nota: No estado de São Paulo, salvo em anos atípicos, o período de poda para a
maior parte das espécies concentram-se nos meses de Abril a Setembro, sendo
aconselhável deixar mais para o final do período.

17
6.4 Rigor da poda
A prática da poda em árvores urbanas tem demonstrado que, mesmo quando se
respeitam todas as três exigências citadas – espécie, idade da planta e época, o outro
item, referentes ao rigor da poda, poderá conduzir o vegetal à exaustão e morte,
dependendo do volume de remoção da ramagem.

Tem-se como regra básica a retirada de até 1/3 do volume das copas, redução está
que nunca deve ter a mesma intensidade em anos seguintes. Deve-se lembrar
também que, em condições normais de campo, as árvores compensam a remoção dos
ramos com maior desenvolvimento de seu sistema radicular.

6.5 Tipos de poda


Poda correta: Quando o corte do ramo é realizado no local correto, ocorre a
“cicatrização” da lesão, com o fechamento do corte pelos tecidos do ramo/tronco.

Poda incorreta: O corte realizado no local incorreto poderá resultar no


“envassouramento” que enfraquece o ramo ou tronco podado e a própria árvore.

Por outro lado, o corte muito rente ao tronco, retirando a “crista” e/ou o “colar”
impedem a “cicatrização”, causando o desenvolvimento dos tecidos, prejudicando
severamente árvore.

A poda de árvores destinadas a arborização de ruas, só deve ser executada por


pessoal devidamente treinado com o planejamento de acordo com os relatórios
elaborados pelas equipes de inspeção de rede, tendo em vista aspectos como a
adequação da arquitetura da copa ou espaço, manutenção da árvore e a prevenção
de queda de ramos. Sendo assim, podemos considerar três tipos principais de poda:

Poda de formação: realizada basicamente no viveiro ou no local de plantio definitivo,


aplicado apenas nas mudas e na fase jovem da planta para retirada de “brotos
ladrões” para condução do formato da árvore. Não se aplica a atividade de distribuição
de energia.

Poda de limpeza ou manutenção: retiradas de galhos doentes ou mortos que


perderam sua função na copa da árvore. Não é freqüentemente executada pelas
concessionárias, mas pode ser executada por ocasião das podas de segurança
visando manter o equilíbrio da árvore.

Poda Programada: É a poda realizada com base em um planejamento das


atividades, tomando-se como referência os relatórios das equipes de fiscalização da
Eletropaulo Metropolitana, cuja programação deverá obedecer ao ciclo biológico de
cada espécie de árvores e ser realizada sempre após a floração ou mesmo a

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frutificação, considerando também os períodos e as condições de realização das
podas anteriores.

As podas programadas ou preventivas têm por característica principal a prevenção


das futuras interferências, nos casos em que o crescimento das árvores de grande e
médio porte, situadas sob a rede, ameaça o fornecimento e de energia elétrica.

Poda de segurança: (emergencial): adequar a disposição dos ramos quando o


objetivo é livrar a fiação elétrica em situações críticas como chuva forte, vendaval,
entre outras que possam causar acidentes e comprometer o fornecimento de energia
elétrica. A seguir exemplificamos situações e soluções como resultado deste tipo de
poda de árvores sob a rede elétrica.

6.6 Modalidades de poda


Poda em V/U – Trata-se de um tipo de poda que, usualmente, é realizada de forma
drástica ou severa, devido ao grande contato com as redes de distribuição aérea,
comprometendo a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica.

Quando se realizada em espécies adultas esta poda é bastante traumática, podendo


desequilibrar a árvore, entretanto se esta for bem planejada, não danifica a árvore.

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Como conseqüência da poda do exemplo anterior, a copa se recompõe fechando por
sobre a fiação, formando uma zona de sombreamento onde não há brotações,
resultando no espaço por onde passará a fiação.

Poda de afastamento lateral: Utiliza-se geralmente este tipo de poda em caráter


emergencial, visando liberar postes e a rede secundária de distribuição. Na maioria
das vezes provoca alterações no formato original da copa. A árvore que sofreu este
tipo de intervenção deve passar por outra poda de caráter corretivo, visando minimizar
e/ou restaurar sua conformação original.

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Rebaixamento de copa – Poda drástica. Só deve ser utilizada quando há risco de
queda pois é bastante prejudicial. Este tipo de poda é geralmente utilizada em
eucalipto e pinus.

A seguir são apresentados os procedimentos recomendados para o corte de galhos.

Ramo grande: utilizado para a poda de ramos maiores que 5 cm de diâmetro. Este
tipo de corte visa evitar o descascamento do tecido e lesões no tronco da árvore.
Deve-se atentar para as distâncias do corte do ramo ao tronco, à profundidade dos
cortes e à seqüência dos cortes a ser seguida.

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Ramo pequeno: Nos galhos mais leves, normalmente, executam-se dois cortes. O 1º
junto ao seu ponto de derivação, de baixo para cima. O 2º no sentido inverso (cima
para baixo), também junto ao seu ponto de derivação.

Ramo alto: A poda de ramos altos sob a rede elétrica deve utilizar o sistema de
cordas de sustentação, apoiadas em forquilhas superiores ao ramo que será cortado,
orientando a direção da descida do galho à medida em que vão se soltando as cordas
de sustentação, conforme ilustração.

22
Ramo vertical: Na poda de ramos verticais em relação ao solo devem ser executados
três cortes: dois na forma de cunha (boca de corte) no lado do tombamento do ramo,
sem atingir a linha do eixo. O último corte (3º) no lado oposto, deverá ser efetuado em
direção à cunha. Este tipo de corte é utilizado geralmente nas podas de rebaixamento
de eucaliptos ou quando da retirada ou substituição da árvore.

Após a poda não esquecer de realizar o tratamento Pós-Poda, para evitar a ação de
pragas e microorganismos nocivos. Pode-se aplicar no ferimento produtos como calda
bordalesa, mastique, cera de enxerto e pastas fungicidas. Entretanto, é fundamental a
impermeabilização do corte com produtos como tinta látex ou similar, em cor que se
aproxime à cor do tronco.

Poda é a remoção de qualquer parte de uma planta, visando beneficiar as


remanescentes ou adequá-las aos equipamentos urbanos. Porém, os procedimentos
de poda poderiam ser reduzidos através do planejamento integrado de arborização e
implantação de equipamentos urbanos, através de entendimentos entre os órgãos
competentes.

Antes de proceder o planejamento da poda a ser executada, devemos considerar


alguns aspectos fundamentais quando se fala em poda de árvores de rua:

Poda é uma atividade desgastante para a árvore, podendo enfraquecê-las quando


realizadas incorretamente ou de forma intensa ou fora do período adequado. Além
disso, reduzem os benefícios derivados das árvores pela diminuição da copa e
alteração do seu formato.

As lesões causadas pela poda funcionam como portas abertas para organismos
decompositores, especialmente fungos, que podem causar danos irreversíveis à
árvore, quando não tratadas corretamente. Sendo assim, as lesões resultantes devem

23
ser mínimas, não devendo ser deixados tocos dos ramos, que aceleram o
apodrecimento dos tecidos.

Deve-se sempre atender para a manutenção do equilíbrio da árvore.

O planejamento é de fundamental importância para que a operação seja realizada


corretamente e com segurança, considerando os seguintes aspectos:

Em determinadas áreas das cidades como a região central, hospitais, escolas; locais
de grande circulação de veículos ou pedestres; distritos industriais, entre outros locais
de relevante importância, o planejamento deve ser mais aprimorado, pois, nesses
locais, há a necessidade de interferir no cotidiano da comunidade, que deve ser
comunicada com antecedência.

Definir no solo, antes de subir na árvore para executar a poda, os ramos a serem
cortados. O encarregado planeja e define os ramos que deverão ser cortados e o
podador sobe e marca os ramos com tinta spray ou fitas coloridas.

A supervisão pode ser realizada em sistema de rodízio ou vistorias não programadas


para verificar “in loco” os procedimentos que estão sendo adotados, realizando as
correções em aulas de campo.

O encarregado deve apresentar aptidões como liderança, responsabilidade, bom


entendimento com a equipe, facilidade de aprendizado e boa noção espacial para
determinar ao podador os ramos a serem removidos.

Consultar a legislação específica sobre poda nos municípios, também faz parte do
planejamento.

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7 Segurança do trabalho
ƒ Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e (Equipamentos de
Proteção Coletiva) (EPC’s) necessários;
ƒ Sinalizar, corretamente, o local de trabalho;
ƒ Verificar, antes do início da operação, a existência na árvore de marimbondos,
abelhas, formigas ou outros animais que possam causar acidentes. Caso
positivo utilizar os EPI’s necessários e providenciar a remoção. Na
impossibilidade de remoção constatar especialistas.
ƒ Utilizar escada central para árvores de pequeno porte, quando as condições de
posicionamento do eletricista forem favoráveis;
ƒ Utilizar veículo com cesta aérea para árvores de médio e grande porte; em rede
energizada, utilizar cesta aérea isolada;
ƒ Em tempo úmido, o circuito secundário e o primário deverão ser desligados e
aterrados antes do início da poda dos ramos de árvores próximos;
ƒ Cada ferramenta necessária para a realização da poda será içada ou descida
por meio de corda e sacola;
ƒ Utilizar coletes refletivos a fim de evitar atropelamentos por veículos.
ƒ Isolar a área de serviço evitando a passagem de pedestres e solicitando a
retirada de veículos quando necessária;
ƒ Desligar circuitos e aterrar conforme instruções vigentes;
ƒ Retirar as derivações perigosas quanto à sua posição e/ou as que apresentarem
sinais de deterioração;
ƒ Cortar os ramos maiores em várias partes, para facilitar a descida dos mesmos;
ƒ Podar dentro das técnicas de condução e manutenção das espécies;
ƒ O pessoal que permanece no chão não deve ficar embaixo da árvore;

Após a execução da poda, colocar o material cortado no caminhão e, havendo galhos


maiores picá-los com foice para facilitar a acomodação;

Ao terminar a tarefa, varrer o chão e recolher folhas e gravetos.

Vale lembrar que, a eficiência das operações de poda é obtida com uma equipe
treinada que deve utilizar os equipamentos e ferramentas adequadas, que são
apresentados a seguir.

25
Capacete isolante de segurança, Luva de Vaqueta
tipo aba total - Cor laranja

Botina de segurança sem biqueira de aço Macacão para proteção contra abelhas

Protetor auricular de PVC ou espuma Luva nitrílica para o manuseio de agentes químicos
utilizados para o combate a insetos nocivos

26
Protetor respiratório com filtro químico para Manga isolante de borracha, classe II
trabalhos de extermino de abelhas, vespas,
marimbondos, entre outros organismos.

Cinturão de segurança tipo I Luvas isolantes de borracha,


classe II ou conforme classe de tensão.

Conjunto de aterramento temporário Bandeirolas com suporte

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Fita refletiva para sinalização e Carretilha para içar ferramentas
isolamento da área de trabalho;

Placas de alerta para pedestres Corda de sisal ou polipropileno

Isolador de borracha tipo mangueira Serra de arco

Serrote Curvo ou Serrote Japonês Sacola de lona

28
Corda de Sinal ou Polipropileno

29
8 Poda em árvores com moto
serra hidráulica em cesta aérea
8.1 Objetivo
Realizar a poda de árvores utilizando a Moto Serra Hidráulica em cesta aérea.

8.2 Referências
Moto Serra Hidráulica e seu respectivo manual de informações.

8.3 Definições
Moto Serra Hidráulica

Ferramenta utilizada no corte de galhos e troncos de árvores, cujo acionamento é


realizado através de um circuito hidráulico.

Válvula Inversora de Fluxo

Dispositivo de acionamento manual instalado junto aos comandos da cesta aérea, cuja
função é direcionar o fluxo hidráulico da cesta para a ferramenta, impossibilitando
dessa forma o trabalho com a máquina durante a movimentação.

30
8.4 Controle de risco
Cada concessionária deve estabelecer programas e estratégias para reduzir riscos e
garantir a segurança.

8.5 Procedimentos
8.1. Posicionar o veículo de tal forma que seja possível o acesso aos galhos a serem
cortados com a utilização da cesta aérea;

8.2. Sinalizar o veículo e canteiro de trabalho conforme instruções normativas de


sinalização;

8.3. Aterrar a cesta aérea conforme procedimento de trabalho;

8.4. Limpar os engates da mangueira, cesta e ferramenta utilizando um pano;

8.5. Conectar a ferramenta à mangueira;

8.6. Subir na cesta levando a ferramenta;

8.7. Conectar a mangueira ao circuito hidráulico;

8.8. Posicionar a cesta de forma adequada à poda;

8.9. Direcionar o circuito hidráulico para a posição ferramenta, através da válvula


inversora de fluxo instalada junto aos comandos da cesta;

8.10. Iniciar a poda segurando a máquina com firmeza e atenção. Acioná-la apertando
com a palma da mão o dispositivo de proteção e com os dedos o gatilho de
operação. Operá-la obrigatoriamente abaixo da altura dos ombros. Deverão ser
cortados galhos com diâmetro até 40 cm. Galhos pesados devem ser cortados
em partes e removidos amarrados em cordas.

8.11. Direcionar o circuito hidráulico para cesta quando for necessário movimentá-la;

8.12. Descer a cesta e desconectar a mangueira do circuito hidráulico com a válvula


inversora de fluxo direcionada para a posição cesta, término do serviço;

8.13. Desconectar a mangueira da ferramenta;

8.14. Limpar e acomodar a ferramenta em local adequado;

8.15. recolher os troncos e galhos cortados;

31
8.16. Recolher materiais, aterramento, ferramentas, equipamentos, encerados,
isolamento e sinalização do veículo e área de trabalho.

8.6 Observações
ƒ Limpar a ferramenta após 2 horas de operação. A sujeira acumulada
impossibilita a lubrificação automática da corrente através do dreno;
ƒ Em algumas ocasiões, a pressão do circuito hidráulico dificulta o engate da
mangueira. Quando isso ocorre, deve-se desligar o caminhão e providenciar o
engate;
ƒ Sempre trabalhar com as correntes afiadas e ajustadas no sabre;
ƒ Sempre trocar ou ajustar a corrente com a máquina desacoplada do circuito
hidráulico;
ƒ Verificar se não há vazamento nas mangueiras ou engates;
ƒ Realizar manutenção preventiva e limpeza no circuito hidráulico, visando uma
maior vida útil das ferramentas;
ƒ Planejar a execução do serviço para determinar a ferramenta adequada;
ƒ Providenciar a remoção de insetos e animais agressivos das árvores, caso
existam;
ƒ Deve-se ter cuidado para não romper ramais de ligação de consumidores.
ƒ Não utilizar a Moto Serra Hidráulica em linha viva;
ƒ Não operar a Moto Serra acima da altura dos ombros, conforme figura a seguir:

32
9 Poda em árvores com podador
hidráulico em cesta aérea
9.1 Objetivo
Realizar a poda de árvores utilizando o Podador Hidráulico em cesta aérea.

9.2 Referências
Podador Hidráulico, Manual de Informações

9.3 Definições
Podador Hidráulico

Ferramenta utilizada na poda de galhos, cujo acionamento é realizado através de um


circuito hidráulico. Composta por uma haste de material isolante, possibilita a poda a
distância e o trabalho em linha viva

Válvula Inversora de Fluxo

Dispositivo de acionamento manual instalado junto aos comandos da cesta aérea, cuja
função é direcionar o fluxo hidráulico da cesta para a ferramenta, impossibilitando
dessa forma o trabalho com a máquina durante a movimentação.

9.4 Controle de risco


Cada concessionária deve estabelecer programas estratégias para reduzir riscos e
garantir a segurança.

33
9.5 Procedimentos
9.1. Posicionar o veículo de tal forma que seja possível o acesso aos galhos a serem
cortados com a utilização da cesta aérea;

9.2. Sinalizar o veículo e o canteiro de trabalho conforme instruções normativas de


sinalização;

9.3. Aterrar a cesta aérea conforme procedimento de trabalho;

9.4. Bloquear o circuito e fazer o uso adequado de EPI’s e EPC’s (instalar protetores
isolantes na rede) quando a poda for realizada em Linha Viva;

9.5. Limpar os engates da mangueira, cesta e ferramenta utilizando um pano.

9.6. Conectar a ferramenta à mangueira;

9.7. Subir na cesta levando a ferramenta;

9.8. Conectar a mangueira ao circuito hidráulico com a ferramenta apoiada sobre a


cesta;

9.9. Posicionar a cesta de forma adequada a poda, segurando a ferramenta na


vertical pelo lado de fora da cesta;

9.10. Direcionar o circuito hidráulico para a posição ferramenta, através da válvula


inversora de fluxo instalada junto aos comandos da cesta;

9.11. Iniciar a poda acionando o gatilho, segurando a máquina com firmeza e atenção.
Deverão ser cortados galhos com diâmetro até 6 cm. Galhos maiores deverão
ser cortados coma utilização de outras ferramentas (serra hidráulica de longo
alcance e Moto Serra Hidráulica)

9.12. Direcionar o circuito hidráulico para cesta quando for necessário movimentá-la.

9.13. Descer a cesta e desconectar a mangueira do circuito hidráulico com a válvula


inversora de fluxo direcionada para a posição cesta, ao término do serviço;

9.14. Desconectar a mangueira da ferramenta;

9.15. Limpar e acomodar a ferramenta em local adequado;

9.16. Recolher os troncos e galhos cortados;

9.17. Recolher materiais, aterramento, ferramentas, equipamentos, encerados,


isolamento e sinalização do veículo e área de trabalho.

34
9.6 Observações
ƒ Em algumas ocasiões, a pressão do circuito hidráulico dificulta o engate da
mangueira. Quando isso ocorre, deve-se desligar o caminhão e providenciar o
engate;
ƒ Sempre trabalhar com a lâmina afiada e lubrificada;
ƒ Verificar se não há vazamento nas mangueiras ou engates;
ƒ Realizar manutenção preventiva e limpeza no circuito hidráulico, visando uma
maior vida útil das ferramentas;
ƒ Planejar a execução do serviço para se determinar a ferramenta adequada;
ƒ Providenciar a remoção de insetos e animais agressivos das árvores, caso
existam;
ƒ Deve-se ter cuidado para não romper ramais de ligação de consumidores.

35
10 Poda em árvores com serra
hidráulica de longo alcance em
cesta aérea
10.1 Objetivo
Realizar a poda de árvores utilizando a Serra Hidráulica de Longo Alcance em cesta
aérea.

10.2 Referências
Serra Hidráulica de Longo Alcance e seu respectivo manual de informações.

10.3 Definições
Serra Hidráulica de Longo Alcance

Ferramenta utilizada no corte de galhos e troncos de árvores, cujo acionamento é


realizado através de um circuito hidráulico. Composta por uma haste de material
isolante, possibilita o corte a distância e o trabalho em linha viva.

Válvula Inversora de Fluxo

Dispositivo de acionamento manual instalado junto aos comandos da cesta aérea, cuja
função é direcionar o fluxo hidráulico da cesta para a ferramenta, impossibilitando
dessa forma o trabalho com a máquina durante a movimentação.

36
10.4 Controle de Risco
Cada companhia deve estabelecer programas e estratégias para reduzir riscos e
garantir a segurança.

10.5 Procedimento
10.1. Posicionar o veículo de tal forma que seja possível o acesso aos galhos a serem
cortados com a utilização da cesta aérea;

10.2. Sinalizar o veículo e o canteiro de trabalho conforme instruções normativas de


sinalização;

10.3. Aterrar a cesta aérea conforme procedimento de trabalho;

10.4. Bloquear o circuito e fazer o uso adequado de EPI’s e EPC’s (instalar protetores
isolantes na rede) quando a poda for realizada em Linha Viva;

10.5. Limpar os engates da mangueira, cesta e ferramenta utilizando um pano.

10.6. Conectar a ferramenta à mangueira;

10.7. Subir na cesta levando a ferramenta;

10.8. Conectar a mangueira ao circuito hidráulico com a ferramenta apoiada sobre a


cesta;

10.9. Posicionar a cesta de forma adequada a poda, segurando a ferramenta na


vertical pelo lado de fora da cesta;

10.10. Direcionar o circuito hidráulico para a posição ferramenta, através da válvula


inversora de fluxo instalada junto aos comandos da cesta;

10.11. Iniciar a poda acionada o gatilho, segurando a máquina com firmeza e


atenção. Deverão ser cortados galhos com diâmetro até 30 cm. Galhos pesados
devem ser cortados em partes e removidos amarrados em cordas;

10.12. Direcionar o circuito hidráulico para cesta quando for necessário movimentá-
la;

10.13. Descer a cesta e desconectar a mangueira do circuito hidráulico com a


válvula inversora de fluxo direcionada para a posição cesta, ao término do
serviço;

10.14. Desconectar a mangueira da ferramenta;

37
10.15. Limpar e acomodar a ferramenta em local adequado;

10.16. Recolher os troncos e galhos cortados;

10.17. Recolher materiais, aterramento, ferramentas, equipamentos, encerados,


isolamento, sinalização do veículo e da área de trabalho

10.6 Observações
ƒ Limpar a ferramenta após 2 horas de operação. A sujeira acumulada
impossibilita a lubrificação automática da corrente através do dreno;
ƒ Em algumas ocasiões, a pressão do circuito hidráulico dificulta o engate da
mangueira. Quando isso ocorre, deve-se desligar o caminhão e providenciar o
engate;
ƒ Sempre trabalhar com as correntes afiadas e ajustadas no sabre;
ƒ Sempre trocar ou ajustar a corrente com a máquina desacoplada do circuito
hidráulico;
ƒ Verificar se não há vazamento nas mangueiras ou engates;
ƒ Realizar manutenção preventiva e limpeza no circuito hidráulico, visando uma
maior vida útil das ferramentas;
ƒ Planejar a execução do serviço para se determinar a ferramenta adequada;
ƒ Providenciar a remoção de insetos e animais agressivos das árvores, caso
existam;
ƒ Deve-se ter cuidado para não romper ramais de ligação de consumidores.

38
11 Poda em árvores com moto
serra (a gasolina) em cesta
aérea
11.1 Objetivo
Realizar a poda de árvores com Moto Serra (a gasolina) em cesta aérea, em situações
onde não estiverem disponíveis os equipamentos hidráulicos (serra de longo alcance,
serra de curto alcance e podador hidráulico).

11.2 Referências
Manual de montagem, serviço, segurança e manutenção da Moto Serra.

11.3 Definições
Moto Serra a Gasolina

Ferramenta utilizada no corte de galhos e troncos de árvores, cujo acionamento é


realizado através de um motor a combustão alimentado por gasolina.

11.4 Controle de risco


Cada concessionária deve estabelecer programas e estratégias para reduzir riscos e
garantir a segurança.

39
11.5 Procedimento
11.1. Posicionar o veículo de tal forma que seja possível o acesso aos galhos a serem
cortados com a utilização da cesta aérea;

11.2. Sinalizar o veículo e canteiro de trabalho conforme instruções normativas de


sinalização;

11.3. Aterrar a cesta aérea conforme procedimento de trabalho;

11.4. Subir na cesta levando a carretilha presa a ela;

11.5. Posicionar a cesta próximo aos galhos a serem cortados;

11.6. Amarrar as cordas guias nos galhos grossos a serem cortados, e se necessário,
em outros pontos;

11.7. Ligar a Moto Serra no solo e travar a corrente;

11.8. Içar a Moto Serra pela parte traseira através da carretilha;

11.9. Retirar a Moto Serra da carretilha;

11.10. Prender a máquina no talabarte preso à cesta;

11.11. Destravar a corrente e iniciar o corte dos galhos, operando obrigatoriamente


a Moto Serra abaixo da altura dos ombros;

11.12. Desligar a Moto Serra ao final da poda;

11.13. Soltar a Moto Serra do talabarte;

11.14. Prender a máquina na carretilha;

11.15. Descer a ferramenta até o solo;

11.16. Descer a cesta aérea;

11.17. Limpar e acomodar a ferramenta em local adequado;

11.18. Recolher os troncos e os galhos cortados;

11.19. Recolher materiais, aterramento, ferramentas, equipamentos, encerados,


isolamento e sinalização do veículo e área de trabalho.

40
11.6 Observações
ƒ Analisar as condições do local de trabalho:
ƒ Verificar se existe a necessidade do desligamento do circuito.
ƒ Providenciar a remoção de insetos e animais agressivos caso existam.

ƒ Obrigatoriamente, nunca executar tais atividades:


ƒ Ligar a Moto Serra na cesta aérea.
ƒ Movimentar a cesta aérea com a Moto Serra destravada.
ƒ Operar a Moto Serra em linha viva
ƒ Operar a Moto Serra acima da altura dos ombros.

41
12 Conclusão
A necessidade da realização de um trabalho seguro, com qualidade e produtividade,
torna a padronização do método de trabalho o princípio básico da qualidade TOTAL.

Uso Correto

Uso Incorreto

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13 Bibliografia
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Urbana 4., Porto Alegre-RS. 1998, Anais... p. 1-10.
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Ed. Da Universidade de São Paulo. 150 p. São Paulo-SP, 1976.
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Árvores nativas do Brasil. Nova Odessa-SP : Plantarum, 1992.
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em espécies Arbóreas Florestais e de Arborização Urbana, 1.
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Universitária. Viçosa-MG, 1995. 1-114 p.

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