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SISTEMA DE ENSINO À DISTÂNCIA

BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

DOUGLAS DIAS MARTINS


MÁRIO AUGUSTO DORNELAS MAGALHÃES
RAPHAEL LUIZ FORTUNA NYCZ

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


Indústria de Aquário AKÁRIO
DOUGLAS DIAS MARTINS (EAD0933397101)
MÁRIO AUGUSTO DORNELAS MAGALHÃES (EAD09448506)
RAPHAEL LUIZ FORTUNA NYCZ (EAD09603985)

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


Indústria de Aquário AKÁRIO

Trabalho de Engenharia Mecânica apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção de média semestral na
temática interdisciplinar 5o Semestre.

Professores: Eduardo Costa Estambasse; Nathalia dos


Santos Silva Nolepa; Camila Zoe Correa; Leuter Duarte
Cardoso Junior; Márcio Ronald Sella; Amanda Regina
Foggiato Christoni

Macaé - RJ
1º Semestre - 2018
Macaé - RJ
2018
4

SUMÁRIO

1 Introdução..............................................................................................................5
2 Organização da Empresa......................................................................................6
2.1 Organograma da Empresa.............................................................................6
2.2 Descrição dos cargos e responsabilidades....................................................7
2.2.1 Diretor Geral............................................................................................7
2.2.2 Assistente administrativo.........................................................................8
2.2.3 Coordenador Administrativo....................................................................8
2.2.4 Coordenador de Produção......................................................................9
2.2.5 Coordenador de Logistica.....................................................................10
2.2.6 Assistente de Produção.........................................................................10
2.2.7 Assistente de Logistica..........................................................................11
3 Controle de Qualidade.........................................................................................13
3.1 Cálculo de volume do aquário......................................................................13
3.1.1 Modelo 1................................................................................................13
3.1.2 Modelo 2................................................................................................14
3.1.3 Modelo 3................................................................................................14
3.1.4 Modelo 4................................................................................................15
3.1.5 Modelo 5................................................................................................15
3.1.6 Modelo 6................................................................................................16
3.1.7 Modelo 7................................................................................................16
3.2 Enfeites do aquário.......................................................................................17
3.3 Equipamentos do aquário.............................................................................18
3.3.1 Aquecedor.............................................................................................19
3.3.2 Sistema de Filtragem.............................................................................20
3.3.3 Bombas..................................................................................................23
3.3.4 Luminárias.............................................................................................25
4 Modelo dos Equipamentos..................................................................................26
4.1 Equipamentos para Cuidado e Estética do aquário.....................................26
4.1.1 Sistema de filtragem (bomba de circulação).........................................26
4.1.2 Sistema de Iluminação..........................................................................27
4.1.3 Sistema de Aquecimento (termostato)..................................................29
4.2 Sistema para Automação do aquário...........................................................30
4.2.1 Sensores................................................................................................31
4.2.2 Atuadores..............................................................................................34
5 Dimensionamento da bomba...............................................................................35
6 Automação do Aquário........................................................................................36
7 Conclusão............................................................................................................38
8 Referências Bibliográficas...................................................................................40
5

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho interdisciplinar do quinto semestre de Engenharia


Mecânica da Unopar, pólo de Macaé teremos a temática “Aquário”. Este assunto
possibilitará a abordagem das disciplinas ministradas neste semestre, sendo assim,
uma oportunidade perfeita de aplicação dos conhecimentos recebidos e busca por
aprofundamento. O trabalho será dividido em cinco módulos principais conforme
proposto.
No Capítulo 2 estaremos definindo o organograma da empresa,
demonstrando os formatos de gerenciamento da organização e descrevendo as
funções específicas de cada cargo. A partir desta etapa cada colaborador saberá
exatamente quais suas atribuições na organização e o que é esperado dele.
O Capítulo 3 trata dos cálculos de dimensionamento de vidros para
cada um dos modelos padrões da empresa, bem como o volume de água para cada
um deles levando em consideração os enfeites. Será apresentado a definição de
cada equipamento disponibilizado para os aquários.
O Capítulo 4 trata dos modelos opcionais de cada um dos
equipamentos definidos, bem como a descrição do circuito da planta de controle
para automatização do aquário.
O Capítulo 5 detalha como será dimensionada a bomba para encher
os aquários, esta bomba será ofertada de brinde para os clientes que comprarem
um dos modelos de aquário completos.
O Capítulo 6 detalha o sistema de automação do aquário, o qual
será oferecido como opicional aos clientes com tecnologia de ponta, usando o
Arduíno e software livre.
6

2 ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA

A estrutura organizacional é o conjunto ordenador de


responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades
organizacionais de uma organização. É a forma pela qual as atividades são
divididas, organizadas e coordenadas, provocando impactos na cultura
organizacional. Os três tipos de estruturas organizacionais mais comuns são:
funcional, linear e staff.
A organização linear é o tipo de organização mais antigo e mais
simples. Suas características principais são: a autoridade única baseada na
hierarquia, as linhas formais de comunicação, a centralização das decisões e o seu
aspecto nitidamente piramidal. A organização linear apresenta fortes vantagens
como: sua estrutura simples é de fácil compreensão, a clara delimitação das
responsabilidades e cada órgão, a facilidade de implantação e a sua estabilidade e
adequação a organizações de pequeno porte.
Suas desvantagens residem em: comando autocrático, tendência à
rigidez e à inflexibilidade, falta de especialização, ênfase em chefes generalistas e
congestionamento dos canais de comunicação à medida que a empresa cresce.
Assim, a organização linear é indicada quando a organização é coinsiderada de
pequeno porte.

2.1 ORGANOGRAMA DA EMPRESA

Figura 2.1 – Organograma


7

2.2 DESCRIÇÃO DOS CARGOS E RESPONSABILIDADES

A seguir, estão as descrições dos cargos e responsabilidades


exibidos no organograma da empresa.

2.2.1 Diretor Geral

O diretor geral é o profissional que organiza, planeja e orienta o uso


dos recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos das empresas, buscando
soluções para todo tipo de problema administrativo.
Está sob as responsabilidades do Diretor Geral:
 Conduzir a elaboração e execução dos planos estratégicos e
operacionais, em todas as áreas da empresa, visando a assegurar o seu
desenvolvimento, crescimento e continuidade;
 Aprovar as políticas e objetivos específicos de cada área, coordenando a
execução dos respectivos planos de ação, facilitando e integrando o
trabalho das equipes, visando a otimizar os esforços para a consecução
dos objetivos da empresa; Diretor Geral
 Identificar oportunidades, avaliar a viabilidade e fazer recomendações
sobre novos investimentos ou desenvolvimento de novos negócios;
 Manter contatos com a direção das empresas clientes para Assistente
identificar
Administrativ
oportunidades de ampliação ou melhoria nos produtos ou solução
o de
eventuais problemas contratuais ou operacionais, visando a manter a
satisfação do cliente e projetar uma imagem positiva da empresa no
Coordenador Coordenador de Coorden
mercado;
Admininstrativo Produção Logi
 Conduzir os processos de mudanças na cultura da organização, visando
conquistar o engajamento de todos os seus integrantes e garantir a
consolidação de uma cultura organizacional
Assistenteorientada
de para a contínua Assistente
Produção (4) L
busca da qualidade e de altos padrões de desempenho individual e
coletivo.
8

2.2.2 Assistente administrativo

O Assistente administrativo é diretamente responsável perante ao


diretor geral, que presta assistência na área administrativa de uma empresa,
auxiliando o diretor geral e os demais coordenadores da empre em suas atividades
rotineiras, organização de arquivos, gerência de informações, revisão de
documentos entre outras atividades.
Está sob a responsabilidade do Assistente Administrativo: 
 Receber e remessar correspondências e documentos;
 Controlar as contas a pagar, controlar os recebimentos da empresa, emitir
notas fiscais;
 Preparar e encaminhar documentos, tirar cópias, coordenar trabalho de
logística da empresa;
 Gerenciar treinamento dos colaboradores da empresa;
 Processar pedidos de férias, folha de ponto e funções realicionados ao
recursos humanos.

2.2.3 Coordenador Administrativo

O Coordenador Administrativo é o profissional que coordena as


rotinas administrativas e a gestão dos recursos organizacionais, sejam estes:
materiais, patrimoniais, financeiros, tecnológicos ou humanos.
Está sob as responsabilidades do Coordenador Administrativo: 
 Coordenar à equipe e as atividades, o controle, a análise e o
planejamento do fluxo de atividades e processos da área;
 Elaborar e implementar as políticas e processos criando os fluxos das
áreas e políticas administrativas da empresa;
 Garantir a realização de todas as atividades e operações da área
acompanhando os recebimentos e pagamentos;
 Aprovar pagamentos a partir de análise crítica sobre os dados e valores
envolvidos;
 Acompanhar e analisar todos os indicadores da área e criação de plano
de ação de forma a garantir o alcance das metas;
9

 Realizar reunião mensal com a equipe para acompanhamento das tarefas


e desempenho dos indicadores da área, tomar decisões com base em
relatórios gerenciais e elaborar o orçamento anual da área;
 Fornecer informações sobre custos de instalações internas às demais
áreas da empresa para elaboração do orçamento anual;
 Autorizar a compra e distribuição de materiais, negociar, contratar e
acompanhar a execução de serviços gerais;
 Acompanhar o atendimento aos chamados referentes a demandas
direcionadas à área, através do sistema interno da empresa.

2.2.4 Coordenador de Produção

O Coordenador de Produção é o profissional responsável pela


coordenação da área de produção, direcionamento de tarefas, treinamento e
capacitação da equipe. Garante o desempenho em critérios como qualidade, custo e
entrega no prazo previsto.
Está sob as responsabilidades do Coordenador de Produção:
 Coordenar o orçamento anual e o custo de novos modelos;
 Coordenar a equipe de operadores de produção para obter os resultados;
 Promover o gerenciamento de chão de fábrica baseado na forma de
produção da empresa;
 Preparar planilhas de operações padrão, educar os operadores através
delas no método de treinamento da empresa, fazer observações durante
o trabalho;
 Realizar a programação, acompanhamento e controle da produção;
 Atuar na análise e avaliação do processo produtivo e definição de
indicadores de controle, como: produtividade, qualidade, visando à
identificação de oportunidades para otimização dos processos,
padronização técnica e operacional no setor produtivo.
10

2.2.5 Coordenador de Logistica

O coordenador de logistica é responsável pelo recebimento,


armazenagem, movimentação de materiais e expedição de produto produzidos.
Está sob as responsabilidades do Coordenador de Logística:
 Coordenar a carga e descarga dos materiais;
 Coordenar o recebimento, armazenagem, movimentação de materiais e
expedição de produto acabado;
 Realizar a coordenação direta de equipe de colaboradores operacionais,
liderança de time e contato com operação fabril, acompanhando todas as
atividades;
 Coordenar as atividades relativas à compra de produtos, materiais e bens
patrimoniais;
 Auxiliar no que for preciso, coordenando todo o processo, levantando
melhorias e erros;
 Cuidar do estoque da empresa, da distribuição da produção em toda a
área de atuação da empresa;
 Fazer o controle de horários das entregas, programar a entrega de uma
carga dentro do horário de trabalho do assistente de logistica;
 Coordenar a distribuição da produção da empresa;
 Responsável pela logística reversa de avarias e devoluções;
 coordenar relacionamentos com terceiros, com fornecedores de logística
e outros membros da cadeia de suprimento;
 Coordenar as áreas de recebimento, almoxarifado, abastecimento e
expedição, garantindo o atendimento aos clientes internos e externos,
conforme procedimentos estabelecidos.

2.2.6 Assistente de Produção

O Assistente de Produção é o profissional responsável por preparar


materiais para alimentação de linhas de produção, organização da área de serviço e
alimentação de máquinas, monitora os processos e equipamentos da linha de
produção auxiliando a administração e produção dos processos industriais, de
11

acordo com normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e


saúde.
Está sob as responsabilidades de um Assistente de Produção:
 Operar máquinas e equipamentos da fábrica;
 Efetuar os registros da produção de acordo com as especificações da
linha e dos produtos a serem produzidos;
 Verificar as necessidades e prioridades da linha de produção para
programação de manutenção preventiva e corretiva;
 Verificar o transporte e o manuseio da matéria prima, de acordo com a
linha a ser produzida;
 Verificar abastecimento das máquinas e equipamentos com a matéria
prima da linha em produção;
 Acompanhar e realizar a limpeza periódica das máquinas e equipamentos
durante a operação e para as trocas de produtos;
 Monitorar periodicamente a qualidade dos produtos de acordo com as
especificações da linha e atestar a qualidade dos produtos produzidos.

2.2.7 Assistente de Logistica

O Assistente de Logística é o profissional responsável por colaborar


com o planejamento dos espaços e da distribuição de mercadorias, prestando
informações necessárias à tomada de decisão sobre operações logísticas.
Está sob as responsabilidades de um Assistente de logística:
 Separar, enviar e receber materiais levando em consideração prazos e
modais;
 Solicitar e controlar custos de operações de logística, correios e
motoboys, caso necessário;
 Emitir notas de simples remessa para entrada em lojas e enviar materiais;
 Participar no desenvolvimento de estudos e implantação de alternativas
de logística, visando adequação de prazos e redução de custos;
 Receber, conferir e controlar materiais e produtos, registrando entradas,
saídas e saldos, vistoriando-os quanto à sua integridade física;
 Participar das atividades relativas à compra de produtos, materiais e bens
12

patrimoniais;
 Colaborar na organização da armazenagem de mercadorias de modo a
facilitar a movimentação, localização e utilização de espaços, observadas
as normas de segurança do trabalho;
 Controlar a movimentação de cargas transportadas, observando as
normas de segurança no trabalho e os cuidados ambientais cabíveis;
 Elaborar roteiros de entrega de materiais produzidos.
13

3 CONTROLE DE QUALIDADE

3.1 CÁLCULO DE VOLUME DO AQUÁRIO

Para se calcular o volume dos aquários basta multiplicar suas 3


dimensões (Comprimento, Largura e Altura). Como usualmente as dimensões estão
em cm, a simples multiplicação dos fatores estaria na unidade cm 3, a qual deverá ser
convertida em litros que é equivalente a dm 3, ou seja, devemos dividir o resultado
por 1.000. As dimensões e metragens dos vidros serão detalhadas a seguir para
cada modelo de aquário.
Volume Espessura Qtde de
Model
Comprimento Largura Altura Volume Real Água do vidro vidro
o
(cm) (cm) (cm) (Litros) (Litros) (mm) (m2)
1 50 30 30 45 40 5 0,63
2 60 40 40 96 85 5 1,04
3 80 50 40 160 145 6 1,44
4 90 50 40 180 160 6 1,57
5 100 60 50 300 270 10 2,2
6 120 70 60 504 450 10 3,12
7 150 70 70 735 660 12 4,13

3.1.1 Modelo 1

Volume = 50 cm x 30 cm x 30 cm = 45000 cm3 = 45 Litros


Vidros = (2* 0,5*0,3)+(2*0,3*0,3)+(0,5*0,3) = 0,63 m 2
14

3.1.2 Modelo 2

Volume = 60 cm x 40 cm x 40 cm = 96000 cm3 = 96 Litros


Vidros = (2* 0,6*0,4)+(2*0,3*0,4)+(0,4*0,4) = 1,04 m 2

3.1.3 Modelo 3

Volume = 80 cm x 50 cm x 40 cm = 160000 cm3 = 160 Litros


Vidros = (2* 0,8*0,4)+(2*0,4*0,5)+(0,5*0,4) = 1,44 m 2
15

3.1.4 Modelo 4

Volume = 90 cm x 50 cm x 40 cm = 180000 cm3 = 180 Litros


Vidros = (2* 0,9*0,4)+(2*0,4*0,5)+(0,9*0,5) = 1,57 m 2

3.1.5 Modelo 5

Volume = 100 cm x 60 cm x 50 cm = 300000 cm3 = 300 Litros


Vidros = (2* 1,0*0,5)+(2*0,6*0,5)+(1,0*0,6) = 2,20 m 2
16

3.1.6 Modelo 6

Volume = 120 cm x 70 cm x 60 cm = 504000 cm3 = 504 Litros


Vidros = (2* 1,2*0,6)+(2*0,6*0,7)+(1,2*0,7) = 3,12 m 2

3.1.7 Modelo 7

Volume = 150 cm x 70 cm x 70 cm = 735000 cm3 = 735 Litros


Vidros = (2* 1,5*0,7)+(2*0,7*0,7)+(1,5*0,7) = 4,13 m 2
17

As placas de vidro laminado são normalmente fornecidas nas


dimensões de 2,20 x 3,21 ou 2,40 x 3,21, sendo possível fabricar cada um dos
aquários com estas placas

3.2 ENFEITES DO AQUÁRIO

Existem 3 tipos básicos de aquários: Os aquários de água doce, os


aquários de água salgada e os aquários de água salobra. Os complementos
geralmente podem ser utilizados em qualquer um, mas existem complementos
específicos, principalmente plantas vivas, caso sejam escolhidas.

A água pesa um quilo para cada litro (1 grama por cm 3) e o cascalho


(que também é areia, só que mais grossa) pesa um pouco mais (1,37 gramas por
cm3). A quantidade de cascalho vai depender do gosto estético de cada aquarista,
mas, de maneira geral, costuma-se colocar uma camada com espessura variável por
volta de 4 e 5 cm, o que dá entre 54,5 a 68,5 kg para cada m 2 de área de aquário.
Até agora não foi levado em consideração o peso adicional da
decoração, e mesmo sabendo que para cada objeto colocado dentro do aquário um
volume correspondente de água terá que sair. Para tanto, todos produtos fornecidos
na estabelecimento terão seu peso líquido impresso para permitir que o volume de
água necessário seja calculado com facilidade como nos exemplos abaixo listados.
Em média os aquários possuem uma capacidade de água 15% abaixo do seu
volume total.
18

Figura 3.1 – Enfeites c/ Peso Líquido

3.3 EQUIPAMENTOS DO AQUÁRIO

Um aquário simples, mas bem montado deve contar com:


 uma fonte de aquecimento (aquecedor controlado por termostato);
 um sistema de filtragem (algum tipo de filtro interno ou externo) para
manter a água limpa e oxigenada;
 uma bomba de recalque para funcionar em conjunto com o sistema de
filtragem;
 um eficiente sistema de iluminação, adequado ao tipo de montagem de
aquário escolhida.
19

3.3.1 Aquecedor

Uma das principais causas de doenças nos peixes é a variação de


Diretor Geral
temperatura . Os aquecedores conjugados termostatos são utilizados para manter a
temperatura do aquário estável dentro da faixa desejada, compatível com as
espécies de peixes escolhidas para popular o aquário. Assistente
Os peixes são animais pecilotérmicos, também Administrativ
chamados de
o
animais de sangue frio. Isso significa que sua temperatura corporal varia em função
da temperatura ambiente. Cada espécie de peixe apresenta uma determinada
temperatura emCoordenador
que seu metabolismo funciona melhor. Os peixes
Coordenador de de águas tropicais Coorden
Admininstrativo Produção Logi
apresentam uma temperatura ideal em torno de 25°C, o que pode ser difícil de se
manter em algumas estações sem o uso de aquecedores. 
Os aquecedores são basicamente equipamentos elétricos que tem
Assistente de Assistente
como função aquecer a água. Possuem uma resistência interna,
Produção (4) semelhante à de L
um chuveiro elétrico, a qual aquece com a passagem da água. Esta resistência fica,
geralmente, dentro de um tubo de vidro que é submerso e ira elevar a temperatura
da água ao seu redor.
A primeira influência direta da temperatura é na alimentação do
peixe. Água mais quente, metabolismo acelerado, os peixes se alimentam mais.
Água fria, metabolismo mais lento, os peixes se alimentam menos. Caso a
temperatura diminua, os peixes irão comer menos e o excesso de ração pode
começar a se decompor na água prejudicando a sua qualidade, podendo aparecer
algas, fungos e bactérias no aquário.
A segunda influência da temperatura é na defesa imunológica dos
animais. Com um metabolismo mais lento, a defesa fica prejudicada e o animal fica
mais susceptível a contrair doenças. Com um metabolismo acelerado demais pode
também haver um descontrole hormonal causando uma debilitação do sistema
imunológico. Entre os efeitos e sintomas das variações de temperatura são os
seguintes:

 Estresse: Efeito que altera o metabolismo e comportamento de diversas


maneiras.
 Redução da oxigenação sanguínea e redução de sangue no cérebro:
Efeitos que podem prejudicar seriamente o metabolismo do peixe e causar
20

danos graves.
 Nado errático: a redução brusca de temperatura faz com que o peixe nade
sem equilíbrio. Também é muito comum o salto de peixes fora do aquário e
convulsões.
 Alteração na osmorregulação e controle iônico: Um choque térmico é
capaz de alterar o mecanismo de osmorregulação e de controle iônico no
animal, causando vários efeitos nocivos secundários.
 Resposta imunológica: As variações constantes de temperatura fragilizam a
função imune dos peixes devido à diminuição da produção de anticorpos.
 Crescimento: A temperatura é responsável pelo crescimento do peixe por
regular todo o metabolismo. Um mesmo peixe cresce mais lentamente em
águas mais frias do que mais quente.

Figura 3.2 – Relação Tempo x Temperatura x Nº de Bactérias

3.3.2 Sistema de Filtragem

A filtragem é um dos fatores determinantes para uma boa


manutenção do aquário. A filtragem pode ser comparada com o rim do aquário. É
através da filtragem que a água permanecerá limpa e com qualidade (cristalina e
inodora ), habitável para peixes e plantas de variados tipos.
Diferentemente da natureza, o aquário é um sistema fechado e com
pouca água, podendo se tornar um ambiente muito tóxico em curto prazo devido aos
resíduos acumulados. Estes resíduos incluem a amônia liberada a partir de restos
de fezes, alimentos não consumidos e outros materiais em decomposição. Mesmo
em pequena quantidade, a amônia poderá matar os peixes rapidamente. Para evitar
21

este tipo de problema é necessário um sistema de filtragem eficiente e manter a


qualidade da água. A maioria das causas de doenças e moléstias nos peixes de
aquário ocorrem devido a problemas com a qualidade da água
Basicamente existem três tipos de filtragem: biológica, química e
mecânica, que conjugadas são utilizados em diversos modelos
Diretor de filtragem.
Geral

Filtragem mecânica:
Este tipo de filtragem funciona como umAssistente
coador e irá
Administrativ
previnir que entupa os outros tipos de filtragem,
o
geralmente é o primeiro estágio e sua função é reter as
partículas maiores (orgânicas e inorgânicas)
Coordenador Coordenador de Coorden
Admininstrativo
suspensas na água. O material
Produção
que realiza a limpeza Logi
deve ser trocado a medida que saturar.

Figura 3.3 – Filtro de lã Assistente


Assistente de
Filtragem Biológica: Produção (4) L

Este tipo de filtragem é feita por bactérias que utilizam


oxigênio para realizar processos como a
decomposição de matéria orgânica proveniente de
resto de alimentos, folhas mortas, etc. Os filtros
biológicos devem ficar alojados logo após a filtragem
mecânica, devido a colônia de bactérias já receber
água livre de detritos maiores, retidos pela filtragem
mecânica.
Figura 3.4 – Filtro biológico

Filtragem química:
Sua função é reter as substâncias em nível molecular,
onde a filtragem mecânica não retém tais substâncias
e remover odores da água.  Ela é feita exclusivamente
pelo carbono ativado (carvão ativado), pode ser o
segundo ou terceiro estágio. ou similares.

Figura 3.5 – Carvão ativado


Diretor Geral

22

Filtro Biológico de Fundo (FBF) Assistente


Administrativ
Este tipo de filtro consiste em placas de plástico que
o
ficam alocadas embaixo do substrato. Destas placas
saem torres, onde se insere uma bomba submersa ou
Coordenador pedra porosa acoplada a algum aerador
Coordenador de . Coorden
Admininstrativo Produção Logi

Figura 3.6 – Filtro de Fundo

Diretor Geral
Assistente de Assistente
Filtro Canister Produção (4) L
Este tipo de filtro consiste em um reservatório, onde ficará
alocado todos os elementos filtrantes, acomodados
Assistenteem
Administrativ
prateleiras ou gavetas. Geralmente de custo alto, mas
o
bastante eficiente.

Coordenador Coordenador de Coorden


Admininstrativo Produção Logi
Figura 3.7 – Filtro externo
Diretor Geral

Filtros Externos Traseiro (Hang On)


Assistente de Assistente
Funciona externamente, ondeProdução
a água(4)
circula através dele e
Assistente L
volta para o aquário por processo de Administrativ
gravidade ou
o
bombeamento. Todos os modelos contêm refil contendo a
filtragem química/mecânica/biológica.
Coordenador Coordenador de Coorden
Admininstrativo Produção Logi

Figura 3.8 – Filtro externo p/ gravidade

Filtro Sump
Assistente de Assistente
Este tipo de filtro se baseiaProdução
em um(4)aquário reservatório L
adicional, onde a água do aquário principal é coletada
através de gravidade ou sifonagem, passa pelo aquário
reservatório formado com diversos elementos filtrantes,
separados por seções, e retorna a água através de
bombeamento para o aquário principal.
Figura 3.9 – Filtro SUMP
Diretor Geral
23

3.3.3 Bombas
Assistente
Administrativ
As bombas imersas são projetadas para funcionar como bomba de
o
circulação, ou acoplada a filtro biológico de fundo, em aquários de água doce ou
salgada.
Coordenador Coordenador de Coorden
Admininstrativo Produção Logi
3.3.3.1 Bomba de Recalque

Este tipo de bomba é normalmente usado para o retorno da água do


Assistente de Assistente
filtro sump para o aquário. Há dois fatores importantes aProdução
serem(4)
considerados: Vazão L
e Máxima Coluna de Água (MCA).
A escolha da vazão da bomba deve considerar a capacidade em
litros por hora (l/h) na razão de pelo menos 6 vezes o volume de água do aquário. O
outro importante fator é a MCA, a altura máxima em que a bomba envia a água para
cima, a qual influi diretamente na vazão da bomba. A vazão dependerá dessa razão,
pois quanto maior a coluna, menor a vazão.

Figura 3.10 – Vazão x MCA de uma bomba modelo XKS-401PW

3.3.3.2 Bomba para oxigenação e filtragem interna

Em alguns casos, usa-se bombas submersas para função de


oxigenação ou filtragem interna no próprio aquário. Sendo para oxigenação, não
existe restrição para vazão da bomba, qualquer bomba submersa será suficiente.
Caso a bomba seja destinada para funcionar em um filtro interno, tenha em mente a
razão de 6 vezes o volume do aquário para que a filtragem seja eficaz.
24

3.3.3.3 Bomba para filtro UV

O sistema de filtragem mais avançado, o filtro uv é uma boa opção,


apesar de ser cara. A escolha da bomba deverá ser feita de acordo com a potência
da lâmpada do filtro uv, mas a passagem da água pelo filtro uv não poderá ser muito
rápida para dar tempo à luz de eliminar esporos, microalgas, bactérias ou outros
elementos indesejáveis.
Caso o resultado esperado seja a remoção de algas em suspensão
(micro-algas verdes) para deixar a água "cristalina", deve-se
Diretor Geral seguir a seguinte
tabela:

Potência Capacidade (litros) Bomba (vazão) Assistente


5w 200-400 100 a 200 litros/h Administrativ
o
9w 300-600 100 a 200 litros/h
11w 600-1000 150 a 350 litros/h
18w 1000 – 1500 300 a 500 litros/h
Coordenador Coordenador de Coorden
36w
Admininstrativo 1500 – 3000 400 – 1000 litros/h
Produção Logi

No entanto, se o resultado pretendido é a esterilização da água com


função germicida, deve-se adotar a metade da vazão acima para que a água tenha
Assistente de Assistente
mais contato com o filtro uv. Produção (4) L
Deve-se tomar bastante cuidado ao manipular este sistema e nunca
olhar diretamente para as lâmpadas uv, pois podem causar sérios riscos aos olhos.

3.3.3.4 Bomba para reator de CO2

A função principal desta bomba é dissolver o mais rápido possível o


CO2 na água para que o mesmo seja melhor aproveitado na fotossíntese. Existem
diversos tipos e tamanhos de reatores que devem obedecer a margem de vazão
ideal da bomba para melhor funcionamento do reator.
Para aquários de pequeno porte, é necessário apenas um difusor de
CO2 que será menor e menos agressivo ao layout do aquário, além de ser bem mais
barato.

3.3.3.5 Bomba de circulação interna ( correnteza )


25

Esta bomba é normalmente usada em aquários marinhos, pois


precisam da simulação dos mares. Em aquários de água doce é pouco comum, mas
quanto melhor a circulação melhor será a qualidade e o equilíbrio do aquário. Tal
bomba deverá ser usada caso você pretenda criar algum peixe de água doce que
necessite ou tenha melhor desenvolvimento em águas com movimento interno
“forte”,nesse caso poderia ser usado uma bomba do tipo wavemaker para essa
função. No entanto, alguns peixes possuem necessidades opostas e, tal bomba,
seria prejudicial. Quanto à vazão deve-se levar em conta o volume, a posição e
direção da bomba. Não havendo uma regra específica que determine a vazão.

3.3.4 Luminárias

Peixes não possuem pálpebra, sendo assim, se mantivermos o


aquário iluminado o tempo todo, eles não conseguirão dormir e ficarão estressados.
Em média, a iluminação solar dura de 6 a 8 horas, o que é aproximadamente o
período adequado para mater o aquário iluminado. Sendo indicado que esta
iluminação seja progressiva, aproveitando a iluminação ambiente da manhã.
A iluminação ideal em um aquário depende de diversos fatores, se
queremos dar prioridade para plantas pantadas, os espectros vermelhos e amarelos
da luz são mais eficientes no processo de fotossíntese, muitos peixes de hábitos
noturnos podem até sobreviver na claridade, mas precisam de tocas para
relaxar. Aquários plantados possuem exigências ainda maiores, logo existe um
tempo mínimo e uma quantidade mínima de luz a ser aplicada.
As lâmpadas precisam ser adequadamente escolhidas: são mais
indicadas as comuns (fluorescentes) com temperatura de cor na faixa de 5200K a
6500K, ou lâmpadas especiais para aquários; também podem ser usadas lâmpadas
compactas econômicas (PL) ou mesmo LED (com fatores RGB) .
Corais muitas vezes necessitam de iluminação especial para
sobreviver, como a água do mar tem densidade diferente da água doce, o pico de
cor usado pelos organismos marinhos é o azul, na faixa de 10.000K.
Sempre é importante ressaltar que as lâmpadas não devem ser
descartadas em lixo comum.
26

4 MODELO DOS EQUIPAMENTOS

4.1 EQUIPAMENTOS PARA CUIDADO E ESTÉTICA DO AQUÁRIO

Segue abaixo alguns modelos de equipamentos voltados para o cuidado e


estéticas de aquários. A tensão padrão da região de Macaé é de 110V.

4.1.1 Sistema de filtragem (bomba de circulação)

 Moto Bomba SB 180


Alimentação: 110V
Vazão: 180 l/h.
Coluna d´ água: 45 cm
Consumo: 5 W
Corrente: 0,04 A
Preço aproximado: R$ 50,00
Dimensionamento da corrente: Figura 4.1 –
Moto Bomba SB180

I= P
V
I= 5 = 0,04 A
110

 Moto Bomba SB 520


Alimentação: 110V
Vazão: 520 l/h.
Coluna d'água: 1,40 m
Consumo: 8W
Corrente: 0,07 A
Preço aproximado: R$ 70,00
Dimensionamento da corrente:
I= P Figura 4.2 – Moto Bomba SB520

V
I= 8 = 0,07 A
27

110

 Moto Bomba SB 2700


Alimentação: 110 Vac/220 Vac.
Vazão: 2.740 L/h 
Coluna d’água: 2,45 m 
Consumo: 45 W
Corrente (110 Vac): 0,40 A
Corrente (220 Vac): 0,20 A
Preço aproximado: R$ 160,00
Dimensionamento da corrente (110 Vac): Figura 4.3 – Moto Bomba SB2700

I= P
V
I= 45
110
I =0,40 A

4.1.2 Sistema de Iluminação

 Luminária LED-600
Luzes 6 azuis e 12 brancas
110 V / 220 V
Potência: 6W
Corrente (110 V): 0,05 A
Corrente (220 V): 0,02 A
Lúmens: 1070Lm
Preço aproximado: R$ 250,00
Figura 4.4 – Luminária LED-600 Hopar

Dimensionamento da corrente (110 Vac):


I= P
V
I= 6
110
I =0,05 A
28

 Luminária k-778
Voltagem: 110v/220v
Potência: 24 W => 50 cm
36 W => 60 cm
25 W => 90 cm ou 1,0 m
30 W => 1,20 m
40 W => 1,50 m
Lúmens: 2400Lm a 4000Lm
Preço aproximado: R$ 200,00 a
Dimensionamento da corrente (110 V):
Potência 24 W: Potência 30 W: Potência 25 W:
I= P I= P I= P
V V V
I= 24 = 0,21 A I= 30 = 0,27 A I= 25 = 0,24 A
110 110 110
Potência 36 W: Potência 40 W:
I= P I= P
V V
I= 36 = 0,32 A I= 40 = 0,46 A
110 110

 Luminária LED Preta


Tensão de entrada: AC 110-220V
Faixa de freqüência: 50/60 MHz
potência: 11W
Corrente (110 V): 0,1 A
Corrente (220 V): 0,05 A
ajuste para: 50-80 cm
Lúmens: 1100Lm
60 leds brancos e 12 azuis
Preço aproximado: R$ 300,00
Dimensionamento da corrente (110 V): Figura 4.6 - Luminária LED Preta

I= P = 11 = 0,10 A
29

V 110

4.1.3 Sistema de Aquecimento (termostato)

 Termostato com Aquecedor Roxin HT1900


Potência: 50W
Corrente: 0,45 A
Alimentação: 110V
Faixa de temperatura: 20oC a 34oC
Resolução: 2 oC
Valor aproximado: R$ 50,00

Dimensionamento da corrente (110 V): Figura 4.7 – Termostato Roxin HT1900

I= P = 50
V 110
I =0,45 A

 Termostato com Aquecedor ROXIN HT-1300

Potência: 100W
Corrente (110 V): 0,90 A
Corrente (220 V): 0,45 A
Alimentação: 110 – 220 V
Faixa de temperatura: 16oC a 32oC
Resolução: 2 oC
Valor aproximado: R$ 60,00

Dimensionamento da corrente (110 V):


I= P
V Figura 4.8 – Termostato Roxin HT1300

I= 100
110
I =0,90 A
30

 Termostato Full Gage TIC-17S


Alimentação: 115 ou 230 Vac (50/60 Hz)
12 ou 24 Vdc
Faixa de Temperatura: -50 a 105 ºC
Resolução: 0.1ºC (entre -10 e 100 ºC)
Corrente máxima: 10 Amperes (carga resistiva)
Valor aproximado: R$ 130,00
Fi

4.2 SISTEMA PARA AUTOMAÇÃO DO AQUÁRIO

Projetamos um sistema para automação do aquário, gerenciando os


sistemas de iluminação, temperatura da água, ph da água e um aviso de saturação
do filtro para aviso da necessidade de troca do mesmo.
O monitoramento das ações processadas indicativas dos sensores,
os comandos inseridos e a interação IHM (Interface Homem Máquina) com o
usuário, é feita através de uma interface de display acoplada ao arduino.
O processamento é feito pelo Arduino Mega 2560.
A IHM é composta por NKC Megashield V1.0, uma proto shield e a
ITDB02 Mega Shield v1.1 RTC.
O NKC Megashield V1.0 foi desenvolvido para aplicação junto ao
Arduino Mega, o qual é responsável por expandir de maneira significativa suas
conexões (portas), possibilitando a utilização de diversos módulos.
O Protoshield é ideal para processos de prototipagem com placas
Arduino, pois foi projetado de forma a encaixar-se perfeitamente sobre a placa
Arduino, fornecendo ao usuário uma área livre de trabalho de forma a facilitar a
interação com o protótipo.
A ITDB02 Mega Shield v1.1 RTC possui acoplado um circuito
integrado DS1307, que controla os comandos estabelecidos pelo usuário em tempo
real através de um visor display.
O Arduino é um dispositivo que tem como objetivo de ser funcional e
fácil de programar e ao mesmo tempo barato, sendo dessa forma acessível a todos.
31

Além disso, foi adotado o conceito de hardware livre, o que significa que qualquer
um pode montar, modificar, melhorar e personalizar, partindo do mesmo hardware
básico.
A plataforma Arduino é formada por dois componentes: A placa, que
é o Hardware, utilizada no projeto e a IDE Arduino, que é o Software onde inserimos
o comando.
Programação nada mais é que falar ao controlador quais decisões
devem ser tomadas em cada circunstancia. Para programar essas placas, basta
utilizarmos a sua IDE (ambiente integrado de desenvolvimento), um software onde
podemos escrever um código em uma linguagem semelhante a C/C++, o qual, será
traduzido, após a compilação, em um código compreensível pela placa.

4.2.1 Sensores

Os sensores possuem a função de medir variáveis e fazer a


converção para um sinal que possa ser enviado e lido pelo microcontrolador que
interpretará o valor e segundo uma lógica irá tomar as decisões para manter o
sistema de nosso aquário em equilíbrio.
No Projeto Aquário Automatizado, serão utilizados sensores de pH,
temperatura, luminosidade, saturação e de nível.

4.2.1.1 Sensor de PH

O aparelho usado para medição de pH é constituído basicamente


por um eletrodo e um circuito potenciômetro. A leitura do aparelho é feita em função
da leitura da tensão que o eletrodo gera quando submerso na água. A intensidade
da tensão medida é convertida para uma escala de pH. O aparelho faz essa
conversão, tendo como uma escala usual de 0 a 14 pH.

Informações Técnicas:

Faixa de medição: 0 a 14 pH
Temperatura de operação: 0 a 80°C
Tipo de junção: Cerâmica
Eletrólito de referência: KCl / Ag com AgCl
Construção: Epóxi com bulbo em vidro
Dimensões: 160 mm
32

Comprimento do cabo: 100 cm


Tipo de conexão: BNC Figura 4.10 – Eletrodo PY-41

4.2.1.2 Sensor de Temperatura

A temperatura é um fator essencial para a sobrevivência dos peixes,


o sensor de temperatura, é capaz de perceber a variação de temperatura de agua e
informar central de injeção essa variação sob forma de um sinal elétrico.
O sensor Pt-100 é um tipo de termorresistência que mede a
temperatura pela correlação da sua resistência elétrica com a temperatura. É
geralmente considerado como o mais exato sensor de temperatura industrial
disponível, além de proporcionar excelente estabilidade e repetibilidade.

Figura 4.11 – Sensor PT-100

4.2.1.3 Sensor de Luminosidade

O subsistema de iluminação é dado a partir de lâmpadas


apropriadas e LED’s, de acordo com programação do usuário para o horário de
acendimento e desligamento e ou através de um sinal recebido por um elemento
fotoelétrico LDR - Resistor Dependente de Luz, instalado em um local estratégico
para captação da luz do dia. Neste caso a detecção do período noturno desliga a
iluminação, e o período diurno promove o acionamento da iluminação para que esta
seja suficientemente adequada aos peixes e plantas, podendo ser ligadas total ou
parcialmente conforme sinal recebido do sistema de processamento de dados.
33

4.2.1.4 Sensor de Saturação do Filtro

Na filtragem, foi adaptado um LDR que recebe sinal luminoso de um


LED sendo que há uma malha do filtro mecânico entre estes, ao ocorrer o
saturamento por impregnação de partículas, a passagem do feixe de luz até o LDR é
obstruída. O não recebimento do sinal pelo LDR é interpretado pelo módulo de
controle, e gera uma mensagem de alerta para o usuário na IHM de que é
necessária a manutenção.

4.2.1.5 Sensor de Nível

Sensor de nível é um dispositivo utilizado para detectar nível de


líquidos em tanques e reservatórios na altura em que forem instalados, com contato
ON/OFF como saída, através do movimento dos flutuadores que geram um sinal
magnético.

Figura 4.12 – Sensor LA-16M-40

Quando os sensores atingem a posição de 180º ocorre passagem


de corrente que irá para o microcontrolador; este tomará as decisões necessárias
para a abertura de válvulas e ligamento de bombas, dependendo de o líquido estar
na posição mínima ou máxima.

Figura 4.13 – Posição dos sensores LA 16M-40


34

4.2.2 Atuadores

4.2.2.1 Válvulas Solenóides

A válvula solenoide possui uma bobina que é formada por um fio


enrolado através de um cilindro. Quando uma corrente elétrica passa por este fio,
ela gera uma força no centro da bobina solenoide, fazendo com que o êmbolo da
válvula seja acionado, criando um sistema de abertura e fechamento.
Usaremos válvulas de duas vias para automação do controle de
fluído.

Figura 4.14 – Válvula Solenóide

O funcionamento de cada válvula pode ser mais bem explicado


abaixo:
A válvula V1 será responsável pelo controle de água do reservatório
para o aquário, sendo normalmente aberta: só será acionada para controle do nível
mínimo e máximo do aquário. A válvula V2 de drenagem só estará aberta para
limpeza do aquário ou troca parcial da água, liberando até o nível mínimo. A válvula
V3, sendo normalmente aberta: só será fechada para uma eventual manutenção do
filtro. Quando a água atingir um nível mínimo, esta válvula será fechada até que se
atinja o nível máximo.
35

5 DIMENSIONAMENTO DA BOMBA

Foi feita uma pesquisa no mercado de bombas para transferência de


água de um ponto de água para encher completamente o aquário que pudesse ter
sua vazão regulável para adequação a cada um dos modelos comercializados pela
empresa.
As características gerais da bomba são as seguintes:

- Sucção máxima: 8 metros 


- Consumo: 0,75 KW/h 
- Frequência: 60 Hz
- Rotação (RPM): 3.450 por minuto
- Temperatura máxima da água: 40°C
- Vazão Máxima (L/h): 6600
- Potência(W): 1 Hp
- Tensão: 110V / 220V
- Altura manométrica máxima: 22 metros

Figura 5.1 – Bomba Centífuga BC1000

O tempo máximo para enchimento completo do aquário deverá ser


10 minutos. Como a vazão é calculada em Litros/hora, teremos que multiplicar o
volume de água do aquário por 6. Sendo assim, os ajustes necessários da vazão
serão efetuados para atender como descrito no quadro abaixo:

Volume Vazão da
Model
Comprimento Largura Altura Volume Real Água Bomba
o
(cm) (cm) (cm) (Litros) (Litros) (Litros/h)
1 50 30 30 45 40 240
2 60 40 40 96 85 510
3 80 50 40 160 145 870
4 90 50 40 180 160 960
5 100 60 50 300 270 1620
6 120 70 60 504 450 2700
7 150 70 70 735 660 3960
36

6 AUTOMAÇÃO DO AQUÁRIO

Para automação do aquário iremos utilizar os equipamentos já


listados no item 4.2 deste relatório, sendo portando automatizados os sistemas:

 Sistema de Iluminação;
 Sistema de Aquecimento;
 Controle de qualidade da água (PH);
 Sistema de filtragem (saturação de filtros);
 Sistema de controle de nível de água.

O sistema automatizado pode ser dividido em três grupos:

 Primeiro: entrada - coleta de dados;


 Segundo: processamento - manuseio das variáveis por meio de
microcontrolador;
 Terceiro: saída dos dados para atuadores e dispositivos de alerta após
processamento.

Figura 6.1 – Diagrama de Blocos


37

Diagrama de funcionamento do sistema:

Figura 6.2 – Diagrama de Funcionamento


38

7 CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos o tema de consultoria de uma empresa


que fabrica e comercializa aquários. Esta temática é um fator de grande importância
no dia a dia. O aprofundamento de cada um destes conceitos contribuiu de forma
bastante substancial ao nosso conhecimento não apenas no lado profissional, mas
até mesmo de cuidados em casa e com a família.
Foi possível verificar que a organização da empresa de forma linear
é a forma mais adequada para adimistração desta empresa devido ao porte e ao
modelo familiar, mesmo não sendo a forma mais moderna, aplicável para empresas
de maior porte.
Em tratando-se do cálculo do volume e da quantidade de vidro
necessária para fabricação dos modelos de aquários definidos como padrões da
empresa, foram abordados os conceitos de metrologia e controle geométrico. Foi
possível evidenciar que a quantidade de água vai variar conforme os equipamentos
e enfeites que forem inseridos dentro do aquário.
Os cálculos de corrente e tensão necessários para os equipamentos
dos aquários são muito importantes para definição de consumo de energia e
configuração de equipamentos que permita a automação dos sistemas do aquário.
Foi possível o aprofundamento nos fatores que envolvem o
biosistema de um aquário e saber a importância de vários fatores que normalmente
não são levados em consideração e assim obter um ambiente mais saudável para
os peixes, evitando assim a mortandade dos mesmos. Fatores como temperatura,
PH, oxigenação, amônia, filtragem, renovação da água e também a iluminação são
de vital importância e precisam estar adequados ao tipo de peixes que popularem o
aquário.
Desta forma, pode-se concluir que a pesquisa alcançou os
resultados esperados, mostrando assim que os conteúdos de várias disciplinas
podem estar interligados e trabalhados de forma interdisciplinar, com alternativas de
metodologias práticas e simples motivadoras para os estudantes propiciando que
eles entendam melhor os fenômenos que os cercam.
Os métodos de automação podem ser melhor desenvolvidos e
produzidos com grande valor comercial, uma vez que tais sistemas, quando
disponíveis são bem caros. A proposta sugerida, com o uso do Arduíno, é de custo
39

bem acessível e pode se tornar competitivo no mercado de aquarismo devido à


capacidade de customização para cada interesse diferente dos consumidores.

.
40

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em:
<https://www.academia.edu/5022396/CONTROLADORES_INDUSTRIAIS/> .Acesso
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Metrologia Científica e Industrial.1.ed. São Paulo: Editora Manole, 2008.

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SOUZA, Pedro H.A.; SILVA, Marlon H.R.da; MELLO, Ricardo B. De; PIURSCOSKY,
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<http://interacao.unis.edu.br/wp-content/uploads/sites/80/2017/12/v19-n2-art11.pdf>.
Acesso em: 22 abr.2018.

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