Obs.
: Também existem várias modalidades de
China
→ O acelerado crescimento socioeconômico da China,
assusta, e a grandiosidade do país aparece de várias
formas.
As reformas chinesas no século XX
→ 1949 até 1976 a China foi governada por Mao
Zedong, que criou um programa de industrialização
acelerada. Com sua morte, o governo passou a ser
exercido por Deng Xiaoping, líder de uma corrente
mais moderada do Partido Comunista que iniciou uma
abertura econômica.
→ Em 1978, o Partido Comunista deliberou a
alteração do modelo de construção socialista pela
necessidade de modernizar um país subdesenvolvido,
com grande atraso tecnológico e, ao mesmo tempo,
manter o Socialismo, adaptando-o às características
próprias - mas impedindo o isolamento da China do
resto do mundo em tempos de globalização da
economia.
∟ Os documentos do Partido Comunista
Chinês definem esse modelo como economia mercantil
planificada socialista.
→ As reformas começaram pela área rural, onde foram
criados contratos entre o Estado e os produtores (os
contratos de responsabilidade): a propriedade da terra
continuou estatal, mas os camponeses poderiam
arrendar lotes, produzir de forma autônoma e vender
os excedentes de produção para o mercado.
∟ Depois de um certo tempo, a terra retornava
ao Estado. Essa política gerou grande aumento de
produtividade agrícola. As empresas rurais passaram a
oferecer os serviços que não existiam no campo, com
liberdade para os camponeses trabalharem fora da
agricultura.
Obs.: Hoje, a maioria dos empresários de Shenzhen,
uma das mais prósperas cidades da China, eram
camponeses médios antes das reformas.
→ As políticas do governo tiveram a preocupação de
empreender as mudanças necessárias sem perder de
vista a realidade chinesa, pois o país, em 1978, contava
com mais de 800 milhões de pessoas habitando as
zonas rurais, produzindo essencialmente alimentos
com técnicas rudimentares, apresentando
analfabetismo e semianalfabetismo que atingiam um
quarto da população.
→ Além de proteger as antigas estruturas anteriores às
reformas, as empresas estatais, também foram
mantidas as diferentes formas de propriedade
existentes no país.
empresas, além das estatais: empresas coletivas,
privadas (de vários tipos), empresas mistas, (com
investimentos públicos, privados e estrangeiros,
empresas de capitais estrangeiros e empresas rurais.
→ A estratégia adotada pelo governo foi justamente
promover a convivência entre o Estado e a iniciativa
privada, envolvendo competição, atração de
investimentos externos, ampliação do mercado, com os
bancos e empresas públicas promovendo os
investimentos produtivos, fornecendo a infraestrutura
necessária e apoiando os investimentos privados, tudo
isso com forte controle do Estado.
→ Há, também, empresas que podem administrar as
estatais, mas não têm sobre elas direito de propriedade,
apenas a gerência e a gestão são privadas.
→ Foram criadas as Zonas Econômicas Especiais,
espaços limitados, em locais estrategicamente
definidos, onde o governo fez os investimentos
necessários para atrair os investimentos das empresas
estrangeiras, criando condições propícias para a
exportação e em troca, recebem capital, tecnologia e as
experiências de gestão empresarial.
Medo, ameaça, cooperação
→ Diante da pandemia causada pelo coronavírus, a
China tem enviado pacotes humanitários para alguns
países, além de fazer um grande esforço na fabricação
de vacinas.
→ Ao mesmo tempo em que segue com seus mais
novos programas (Made in China 2025 e Nova Rota da
Seda), colocando o país numa posição de potência
moderna, enfrenta problemas internos como violações
de direitos humanos, conflitos com as minorias étnicas,
enorme desigualdade social e regional, a excessiva
centralização do poder, a burocracia, a forte ligação
entre o Partido e o Estado e a poluição ambiental.
→ O governo precisa encontrar saídas próprias, pois
não quer copiar o Ocidente, e tenta aproveitar o
momento de pandemia que atingiu o mundo inteiro
para estabelecer estratégias para se relacionar com os
países que veem a China como ameaça.