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Há muitos anos, arqueólogos descobriram grandes monolitos de pedras no Egito, neles havia

figuras de monstros, bestas, homens e outros tipos de criaturas talhadas, provavelmente


utilizadas em rituais místicos ou outros tipos de coisa. Em outros lugares do mundo, foram
encontradas coisas semelhantes, como as linhas de Nazca no Peru.

Isso inspirou várias empresas, como a Black Corporation e Illusion Industries, a criar um jogo
de cartas que foi chamado de “Monstros de Duelo”. No começo era um simples jogo
estereotipado como infantil, mas com a tecnologia avançada e o advento dos hologramas, o
jogo escalou níveis de popularidades absurdos, surgindo campeonatos e até circuitos
profissionais, se tornando uma febre mundial.

E foi nele, que eu me tornei uma das melhores duelistas do mundo!

— Eu Puxo! – Uma figura feminina saca uma carta de um dispositivo de seu braço e a analisa
junto de outras na sua mão – Eu removo do jogo uma carta de equipamento do meu Cemitério
e invoco God Phoenix Gearfried, em modo de ataque! – A imagem de uma fênix surge no
campo se moldando em um guerreiro de armadura dourada envolto em chamas.

— Batalha! God Phoenix Gearfried, ataque o monstro dele e finalize esse duelo! God Phoenix
Blade! – A espada do guerreiro fica em volta de chamas douradas enquanto ele ataca uma
criatura monstruosa, zerando os pontos de vida do oponente, como é mostrado num hud da
televisão de milhões de pessoas.

— Acabou! O Vencedor da Pro Liga de Monstros de Duelo é...

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5 ANOS ANTES
No momento que o despertador toca pela manhã com um característico som irritante, uma
garota ruiva descabelada por uma noite de sono tardia e mal dormida desperta desligando o
aparelho rapidamente. Ela se senta em sua cama e se espreguiça, olhando o relógio que
marcava exatamente 7h30 da manhã. Enquanto ela reúne forças para mais um dia, ela pega o
celular em sua cômoda o desconectando do carregador enquanto observa uma mensagem em
seu aplicativo de bate-papo vinda de uma garota chamada Umeko.

— “BOM DIA, TSU! ☼ Espero que tenha dormido bem hoje!!! Não esqueça de estar na frente
de casa 8h em ponto para irmos juntas, ok? Tchau Tchau! “– A Ruiva lê a mensagem dando um
leve sorriso e logo em seguida se dirigindo preguiçosamente ao banheiro para as necessidades
diárias, como também se preparar para mais um dia de escola.

Miki Mitsuko não é uma garota de muitos hobbies. Aos 16 anos e por morar sozinha com o pai
desde os 5, ela está acostumada a realizar a maioria das tarefas domésticas e em seu tempo
livre se limita a navegar na internet e conversar com sua melhor amiga Umeko. O Senhor
Kazuo por outro lado se ocupava na maior parte do tempo com seu emprego de eletricista e
seu maior passatempo era reclamar dele. Por mais que ambos pareçam distantes e ocupados,
Mitsuko e Seu Kazuo, como é conhecido na vizinhança, possuem uma ótima relação, se
amando e respeitando mutuamente.
A única coisa que incomoda Mitsuko em seu pai é o fato dele querer arduamente que ela seja
uma doutora, advogada, engenheira ou coisa do tipo, com a explicação de não querer que a
filha passe apertos na vida adulta e que não tenha um emprego cansativo e mal remunerado
como o dele. Mitsuko entende o argumento do pai, mas a garota não vê emoção ou prazer em
quase nada que faça. Claro que ela se interessa por coisas como filmes, séries, livros e jogos,
lazeres comuns para adolescentes de sua idade, mas nada realmente a apaixonava, o que lhe
fazia pensar se no futuro ela ficaria em um emprego que não gosta, amargurada para sempre.

Até aquele dia.

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