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Há muitos anos, arqueólogos descobriram grandes monolitos de pedras no Egito, neles havia

figuras de monstros, bestas, homens e outros tipos de criaturas talhadas, provavelmente


utilizadas em rituais místicos ou outros tipos de coisa. Em outros lugares do mundo, foram
encontradas coisas semelhantes, como as linhas de Nazca no Peru.

Isso inspirou várias empresas, como a Black Corporation e Illusion Industries, a criar um jogo
de cartas que foi chamado de “Monstros de Duelo”. No começo era um simples jogo
estereotipado como infantil, mas com a tecnologia avançada e o advento dos hologramas, o
jogo escalou níveis de popularidades absurdos, surgindo campeonatos e até circuitos
profissionais, se tornando uma febre mundial.

E foi nele, que eu me tornei uma das melhores duelistas do mundo!

— Eu Puxo! – Uma figura masculina saca uma carta de um dispositivo de seu braço e a analisa
junto de outras na sua mão – Eu sacrifico Kuribandit e invoco Lightpulsar Dragon, em modo de
ataque! – O monstrinho brilha em dourado, dando lugar a um poderoso dragão branco envolto
de luz.

— Batalha! Lightpulsar Dragon, ataque Goldd e finalize esse duelo! Pulsar Stream! – O Dragão
alça voo e dispara uma rajada de energia cósmica de sua boca, destruindo o monstro
demoníaco adversário, zerando os pontos de vida do oponente, como é mostrado num hud da
televisão de milhões de pessoas.

— Acabou! O Vencedor da Pro Liga de Monstros de Duelo é...

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— EI MITSUKO!

Umeko exclama, fazendo a garota de cabelos ruivos sair do seu devaneio e olhar para sua
amiga imediatamente.

— Hã? Desculpe Umeko, eu me distraí de novo. – Ela dá um riso sem graça, enquanto Umeko
se limita a colocar as mãos na cintura e tomar uma expressão de frustração.

— Francamente... – Reclama a garota. – Você tem estado muito distraída ultimamente, sabia?

— É impressão sua. – Zomba Mitsuko — Enfim, o que foi?

— Já é hora do almoço. – Mitsuko arregala os olhos, imediatamente fitando o relógio e


confirmando que já era o intervalo.

— Acho que eu nem percebi o tempo passar, hehe – Mitsuko ri sem graça mais uma vez
enquanto pega seu almoço e vai até a cobertura do colégio com Umeko.

Na cobertura da escola, Mitsuki e Umeko almoçavam e conversavam tranquilamente. Ao olhar


para baixo, a ruiva podia observar vários alunos jogando Monstros de Duelo, seja por
Holograma ou do modo tradicional, o que deixava a garota curiosa de como aquele jogo
simples podia ser tão popular.

— Já sabe o que vai fazer depois de sair da escola? – Indaga Umeko, fazendo Mitsuko voltar
sua atenção para ela.
— Tenho pensado bastante nisso e... – Ela reflete por um momento — Ainda não sei. Mas meu
Pai quer que eu seja uma pessoa importante, como uma médica ou engenheira. – Diz a garota
enquanto mastigava um bolinho de arroz.

— Eu tô pensando em ser uma Idol! – Umeko fica de pé, fazendo várias poses e caretas, o que
arranca uma gargalhada da ruiva. — Ei! Não vai ter graça quando eu estiver com milhões de
fãs aos meus pés!

— Se você diz... – Zomba Mitsuko rindo, mas antes de Umeko retrucar alguma coisa, o sinal
toca e as duas voltam para a sala de aula.

Mais tarde na sala de Aula, o professor da turma de Mitsuko pega um bloco de papeis de sua
maleta e colocar em cima da mesa.

— Aqui estão as provas de matemática, temos resultados...interessantes. – O Professor faz


uma expressão sinistra, o que faz a turma e, em especial a garota ruiva tremer.

— Deixa de ser boba, Tsu – Umeko diz lhe chamando a atenção para si — Você ficou dia e
noite estudando, deve ter tirado um A. – O comentário da garota faz Mitsuko sorrir.

— Eu espero pelo menos não tirar um D como da última vez. – Antes de pensar em qualquer
outra coisa, o professor assustador fica parado atrás dela com um sorriso sádico, que é
percebido por uma Mitsuko apavorada enquanto ela vira sua cabeça devagar para seu
professor, abrindo um sorriso amarelo.

— Olá Mitsuko... – Ele coloca a prova da menina em sua carteira, mostrando sua Nota B —
Parabéns pela melhora – O professor sai normalmente, como se não tivesse causado terror
nenhum na garota, que analisa melhor a prova em suas mãos enquanto vibra sorrateiramente.
– Isso!

— Eu disse! – Umeko bate as mãos com Mitsuko sorrindo.

— Parabens pelo A+, Takashi – O professor parabeniza o garoto na carteira mais a frente, que
é fitado pelos alunos e em especial Mitsuko, que abre um sorriso de determinação. — Mais
um pouco e eu chego nele!

Depois da aula, Mitsuko e Umeko iam juntas para casa conversando tranquilamente, quando a
garota observa uma loja de cartas que não era nada estranha para ela. Na verdade, ela
reparava todos os dias naquele lugar e tinha curiosidade de saber como era por dentro, mas
nunca tinha coragem de ir até lá.

— Já tentou jogar Duel Monsters, Ume? – Perguntou Mitsuko para a amiga.

— Ah, eu nunca tentei. – Responde Umeko — Mas eu gosto de ver o pessoal duelar com
aqueles discos que usam hologramas! – Umeko se anima repentinamente — Nossa Tsu, tive
uma ideia! Eu podia usar esses hologramas nos meus Shows quando eu for Idol! Meu Deus, eu
sou Genial! – Mitsuko olha pra amiga com uma certa vergonha alheia, enquanto a própria
percebia sua exaltação e retomava a compostura. — Mas porque da pergunta? Quer começar
a duelar?

— Não, nada disso! – Mitsuko fica sem graça. — E-Eu só tenho curiosidade, só isso... – Umeko
fica um pouco desconfiada, mas muda o assunto até que ela chega em sua casa, se despedindo
de Mitsuko, que segue o rumo de sua casa pensativa sobre sua reação com a pergunta da
amiga.
Em casa, Mitsuko faz os seus afazeres na simples casa que ela vive. Ela mora sozinha com seu
Pai desde que sua mãe foi embora quando a garota tinha 7 anos e basicamente cuida da casa
enquanto ele trabalha o dia todo.

— Estou em casa! – Anuncia o homem de expressão cansada, mas se esforçando para ter um
pouco de animação na voz. Ele era calvo e já tinha o resto de seus cabelos grisalhos, com uma
altura que não passava dos 1,80.

— Seja bem-vindo, Papai! – Mitsuko vai até a porta e abraça seu pai, que retribui
carinhosamente. — Como foi seu dia?

— Cansativo. – Ele responde colocando sua caixa de ferramentas e mochila ao lado da porta —
Meu chefe hoje pediu pra nós fazermos o triplo do trabalho e... – O Homem continuava
reclamando, coisa que Mitsuko já estava acostumada, pois era rotina seu pai reclamar do
trabalho toda vez que chegava.

—...por isso que você precisa se tornar uma médica, ou engenheira ou qualquer profissão que
dê dinheiro, para não ter que levar desaforo pra casa como eu levo. – Mitsuko também era
acostumada a ouvir esse “conselho” de seu pai, coisa que a incomodava bastante, mas a
garota deixava passar.

— Eu já vou servir o jantar, ok? – Ela vai até a cozinha e pega a comida que havia feito para os
dois e traz até a sala. Os dois gostavam de ver o noticiário enquanto comiam, em especial o
mais velho da casa. Enquanto a garota fazia os preparativos, o sujeito liga a televisão enquanto
se acomoda no sofá, trocando os canais até parar em um que mostrava uma reportagem sobre
Monstros de Duelo.

Atenção Duelistas! Faltam apenas três meses para o campeonato regional de Monstros de
Duelos! Amadores de vários lugares da cidade irão competir em busca de um prémio em
dinheiro cartas raras e alguns, quem sabe, para galgarem as ligas profissionais! Porém as
vagas são limitadas e as equipes devem ser inscritas por patrocinadores licenciados. Para os
que irão participar, boa sorte e lembrem-se: Fair Play, Fair Duel!

— Que perda de tempo... – Rosna o Pai de Mitsuko — Esses torneios de cartas são para
desleixados que não gostam de estudar. Isso não dá futuro e nem dinheiro pra ninguém, não
concorda Tsu? – O Homem olha para Mitsuko, esperando uma resposta da garota, que estava
hipnotizada pelo anúncio da TV que acabara de ver. — Ei, Mitsuko, ta aí? – Mitsuko sai do
transe respondendo o sujeito.

— S-Sim Papai, O senhor está certo... – Ela fala meio sem jeito sob um olhar desconfiado do
mais velho.

Mais tarde, enquanto o Pai de Mitsuko estava desmaiado de sono na cama, a garota não
conseguiu conter a curiosidade e estava imersa pesquisando sobre Monstros de Duelo.

— Existem cartas monstro, mágica e armadilha...cartas monstros são divididas em 23 tipos e 6


atributos...cartas magicas só podem ser jogadas na sua vez...cartas armadilhas devem ser
baixadas primeiro antes de serem ativadas... – Lê a garota confusa com tanta informação. —
Isso é mais complexo do que eu pensava. – Boceja a menina fechando o notebook — É melhor
eu esquecer isso e ir dormir.
Mitsuko se levanta, faz sua higiene noturna e se deita, mas demora para dormir pensando
sobre aquela loja que ela via diariamente, demorando para cair no sono enquanto imaginava
como seria jogar Monstros de Duelo e porque aquilo parecia fasciná-la tanto.

No dia seguinte, Mitsuko mas uma vez preenche seus pensamentos com Monstros de Duelo.
Ela parecia mais interessada do que antes depois do anúncio que viu na televisão e a pesquisa
que fez na noite passada, atraindo reclamações de Umeko, que mais uma vez se queixava da
distração da amiga, em especial na hora do intervalo quando Mitsuko ficou o tempo todo
vendo os alunos jogarem vendo de cima da cobertura. Ao fim da aula, Mitsuko sai com Umeko
da aula para irem embora juntas como de costume, quando ela pensa em inventar uma
desculpa.

— Umeko...Err...Eu vou perguntar uma coisa pro professor, pode ir na frente. – Fala Mitsuko
disfarçadamente, o que é estranhado por Umeko.

— Eu espero você aqui então, não tô com pressa! – Ela abre um sorriso, deixando a menina
sem graça, tendo que pensar em algo rápido para despistar a amiga.

— Eu vou demorar! É uma dúvida muito complexa. – Ela dá um sorriso sem graça,
convencendo a amiga.

— Ok, Ok. Mas me manda mensagem depois, ta? – Mitsuko confirma e ambas se despedem.
Mitsuko finge que vai até a sala de aula falar com o professor como havia dito a Umeko, mas
espera a amiga se distanciar até que ela possa seguir seu rumo sozinha até em casa, ou
melhor, até a loja de cartas.

Mitsuko chega até a Loja e engole seco antes de entrar. Ela não sabia por que, mas tinha que
descobrir se aquilo era curiosidade ou interesse, e ia descobrir agora. Ela adentra a loja
enquanto o sino acima da porta tilinta, anunciando sua entrada e chamando atenção apenas
do homem que está no balcão, passando um pano enquanto borrifa um produto de limpeza na
superfície. Ele aparentava ter 40 anos e tinha cabelos castanhos volumosos. Ao ver Mitsuko,
ele abre um sorriso.

— Seja bem-vinda a Duel Time! Em que posso ajudá-lo? – Mitsuko toma um tempo para
vislumbrar a loja de cima a baixo. Ela percebe vários pacotes de cartas organizados em caixas
nas prateleiras atrás do homem, assim como discos de duelos nas caixas mais acima e também
caixas de Decks prontos no expositor de vidro no balcão, mas o que lhe chama mais sua
atenção são algumas pessoas no fundo da loja, duelando em mesas próprias para o jogo, até
que ela finalmente responde o lojista.

— B-Boa Tarde...- Ela se aproxima do balcão, observando melhor a mercadoria. — E-Eu...

— Sua primeira vez aqui? – Ele interrompe a menina, que abre um sorriso tímido.

— Sim, é minha primeira vez numa loja assim... – Ela confessa, arrancando de volta um sorriso
do rapaz.

— Então é uma iniciante em Monstros de Duelo! – Ele fala, deixando a garota vermelha e
pensativa.
— Err...quase isso. – Ela sorri sem jeito e olha os pacotes que eram catalogados por tipos de
monstros, lembrando do que estudara na noite passada. Depois de um tempo, ela aponta para
um pacote de tipos Guerreiro, finalmente decidida. — Quero um do tipo Guerreiro.

— Aqui está! – Ele pega um pacote com 5 cartas e entrega para ela.

— Muito obrigada! – Ela agradece pegando o pacote e o abrindo devagar com um certo
suspense. Logo, um desenho de um guerreiro metalizado surge, sendo reconhecido pelo
lojista.

- Olha, sua primeira carta foi Gearfried The Iron Knight! – Ele exclama animado, arrancando um
misto de alegria e interrogação da garota.

— É uma carta boa? – Ela olha desconfiada depois de checar o efeito do monstro, no qual
destruía cartas equipadas a ele. — Pelo que eu sei, Cartas de Equipamento deixam os
monstros mais fortes, dando novos efeitos ou mudam seu ataque ou sua defesa.

— Parece que alguém andou estudando, muito bem! – O Elogio do rapaz deixa Mitsuko um
pouco corada com o elogio. — Mas respondendo sua pergunta: Sim, ela é. Pode não parecer,
mas esse efeito é bastante útil em várias ocasiões, além disso, Gearfried com outras cartas
liberam seu potencial completo, o tornando bem poderoso.

— Como assim? – Mitsuko parecia brilhar os olhos com o que o homem lhe diz.

— Existem cartas relacionadas a tipos de monstro, que são outras formas dele, ou magias e
armadilhas próprias para ele. Existem também uma família de cartas que se complementam,
usando seus efeitos entre elas, deixando tudo mais fácil, chamada de Arquétipo de monstros.
– A explicação do homem faz a garota ficar interessada e aparentemente empolgada.

— E onde tem mais cartas do Gearfried? – Ela fala animada, atraindo alguns olhares do pessoal
que jogava ao fundo da loja.

— Essas cartas são relativamente raras, e podem estar em qualquer um desses milhares de
pacotes. Eu tenho até cartas individuais, mais nada ligado ao Gearfried. – Após explicar isso,
Mitsuko parece desanimar um pouco, mas o homem decide animá-la. — Não desista!
Gearfried é uma carta especial e tem até uma lenda sobre ele. – A menina parece se empolgar
novamente.

— E qual é essa lenda? – Ela pergunta mais descontraída, como se já tivesse perdido todo seu
receio e timidez de estar naquele local.

— Gearfried tinha um poder tão grande que apenas segurar uma arma resultou na devastação
em larga escala de um campo de batalha inteiro. Com medo de sua própria força, ele se selou
em uma armadura de ferro para limitar seu poder, e a carta que o mostra em seu poder total
está por aí para ser encontrada! – Mitsuko abre um sorriso fascinada, imaginando que aquele
mundo poderia ser algo importante para ela daquele momento em diante.

— Como eu posso começar a duelar? A propósito nem me apresentei direito, meu nome é
Mitsuko! – Ela fala estendendo a mão com um belo sorriso.
— O meu é Kenji, mas pode me chamar de Ken. – Ele retribui ambos os gestos da garota. - ...e
você pode comprar um deck de iniciante. Eu recomendo de guerreiros, já que você gostou
tanto do Gearfried – Kenji sugere e Mitsuko concorda. O Lojista então pega um deck inicial de
guerreiros e entrega para a garota, que logo verifica as cartas, percebendo que elas não
aparentam ser tão fortes, mas não tirando de nenhuma forma seu enorme sorriso do rosto.

— Certo, eu quero tentar! – Exclama Mitsuko quando o sino da loja tilinta, anunciando a
entrada de um rosto familiar. — Takashi!? O que faz aqui?

— Ora, bem na hora! – Sorri Kenji satisfeito. — Parece que temos um ótimo primeiro oponente
para você, Mitsuko!

— Espera! O Takashi é um duelista? – Mitsuko parece continuar incrédula.

— Sou sim, por que o espanto? – Pergunta Takashi tirando sua mochila das costas e a
colocando na cadeira mais próxima.

— Achei que você não gostava desse tipo de jogo... – Diz a garota um pouco envergonhada.

— Monstros de Duelo é um ótimo jogo para se desenvolver a logica, matemática e estratégia,


habilidades bem invejadas para quem tem. – Explica Takashi — Mas não é por isso que eu
gosto... Gosto porque é divertido e emocionante!

Ao ver Takashi falando com tanta empolgação, Mitsuko fica intrigada com as palavras do
Rapaz. A garota agora queria entender o porquê Monstros de Duelo causava aquilo em Takashi
e porque ela estava tão interessada no jogo ultimamente.

— Então Takashi, pode ensinar a ela como se joga com um Duelo? – Pede Kenji ao rapaz.

— Um D-Duelo? – Exclama Mitsuko surpresa.

— Claro! Sente-se por favor, Mitsuko. – O garoto faz um gesto para ela se sentar. Mitsuko puxa
uma cadeira de frente para Takashi enquanto vê o garoto colocar uma espécie de malha com
marcações em cima da mesa, com um desenho de um dragão estilizado no fundo;

— O que é isso? – Pergunta Mitsuko enquanto analisa o que cada marcação e desenho
significava.

— É um Campo de Duelo, mas é mais conhecido como Playmat. – Explica Takashi — É aqui que
as pessoas jogam sem uma Arena ou Disco de Duelo.

— Ou seja, a moda antiga, Sem Solid Vision! – Completa Kenji enquanto observa os dois.

— Solid Vision é o que gera os hologramas, não é? – Pergunta Mitsuko enquanto Takashi
concorda com a cabeça. — Mas não é mais divertido jogar com hologramas?

— Claro que é! Mas um Disco de Duelo é caro e Arenas de Duelo estão sempre ocupadas e
com filas, então prefiro desse jeito. – Explica Takashi enquanto Mitsuko olha frustrada o preço
de um Disco de Duelo em uma das prateleiras da loja. — Eu tenho um Disco de Duelo, mas só
uso quando preciso e, além do mais, dá para jogar em qualquer canto dessa forma.
— Ah, você tem um?! Me deixa testar qualquer dia? – Pergunta Mitsuko empolgada.

— Claro, qualquer dia eu trago! Mas pra usar você tem que primeiro aprender a jogar, não é?
– Diz o rapaz tirando um deck da Bolsa e posicionando em uma das marcações.

— É verdade, hehe. Agora pode me explicar o que cada marcação dessa significa? – Pede
Mitsuko animada com seu primeiro duelo.

— Certo, vou explicar. Nossos campos são iguais, cada um com cinco espaços para Monstros e
Cinco para armadilhas, além de um Cemitério, uma Zona de Campo e uma Zona de Extra Deck.
As cartas banidas são colocadas ao lado direito do Cemitério. – Explica Takashi para a garota
que presta atenção em tudo que é dito — Conforme nós formos jogando, você vai entender
como cada uma funciona. — Mais uma coisa. – Continua Takashi — Na sua zona de mágicas e
armadilhas tem essas setas Azul e Vermelha em ambas as extremidades. Elas simbolizam as
Zonas Pendulares, mas não se preocupe, isso é um pouco mais avançado e não faz diferença
para você no momento, as cartas pendulo são recentes e até mesmo avançada para a maioria
dos iniciantes. – Mitsuko parece ficar curiosa com aquilo.

— Takashi tem razão, Mitsuko. – Interrompe Kenji — O jogo vai sendo atualizado de tempos
em tempos, então é normal parecer confusa, mas relaxa! Você vai aprender tudo com
experiencia! – Ele sorri para a garota que retribui o sorriso com gentileza. — Inclusive em
pouco tempo eles irão adicionar duas zonas novas e um tipo novo de carta!

— Caramba, quanta coisa! – Exclama Mitsuko — Acho que estou pronta!

— Sabe como se vence? – Pergunta Takashi desafiante.

— Sim, eu pesquisei sobre! Cada jogador tem um número de pontos de vida, geralmente
começando em 8000 e vence quem zerar os do oponente primeiro, certo? – Pergunta Mitsuko,
convencida que seu conhecimento básico iria impressionar aos dois presentes.

— Está certa, mas não é a única forma de vencer. – Corrige Takashi — Se você não puder puxar
mais cartas do seu Deck, você perde. E cada Deck tem o mínimo de 40 e o máximo de 60
cartas. Além disso, se os pontos de vida de ambos os jogadores chegarem a zero ao mesmo
tempo, é considerado empate. – O Rapaz explica detalhadamente, prendendo a atenção da
ruiva que parecia se impressionar com cada nova informação.

— E tem cartas que dão condição de vitória automática. – Interrompe Kenji mais uma vez —
São cartas cujo poder permitem o jogador vencer fora essas condições que o Takashi disse,
como o “Exodia, The Forbidden One” que dá a vitória ao jogador que reunir todas as suas cinco
partes!

— Sério? Existe cartas assim? Devem ser extremamente poderosas! – Fala Mitsuko mais uma
vez impressionada com o mundo novo que lhe era apresentada.

— Existem, mais são extremamente raras ou caríssimas. – Conclui Takashi — Mas chega de
conversa e vamos para a ação! Pronta? — Pergunta Takashi com um leve sorriso no rosto.

— Pronta! – Exclama Mitsuko sorrindo enquanto posiciona seu baralho recém-adquirido na


sua respectiva zona no Playmat.

— DUELO!
— Acho que sempre quis dizer isso, hehe! – Ri Mitsuko timidamente enquanto dava os
primeiros passos para o jogo que iria mudar sua vida!

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