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DIREITO ADMINISTRATIVO Prof.

FABIO MUINHOS

CF/88. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

OS PRINCIPIOS SÃO EXPLICITOS E IMPLICITOS


EXPLICITOS- ESTA DE FORMA EXPRESSA
IMPLICITOS- ESTA DE FORMA SUBJETIVA

 OS PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLICITOS ( L.I.M.P.E.) LEGALIDADE,


IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA.

(1) - LEGALIDADE EXTRITA – A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA a Administração


publica só faz ou deixa de fazer alguma coisa mediante expressa e previa autorização de
lei e de direito Diferencia-se da legalidade ampla do direito constitucional prevista no
( ART:5º da cf/88 II) já que nesta destinatária da norma, pode fazer ou deixar de fazer
tudo o que a lei não proibir, em outras palavras, no administrativo só será permitido o
que for autorizado, enquanto que no constitucional é permitido tudo desde que não haja
proibição de lei e de direito.

(2) - IMPESSOALIDADE- Manifesta-se por duas (2) faces no sentido de neutralidade


buscando atender o interesse publico hora no sentido de proibição da autopromoção do
agente publico.

EX: CONCURSO PUBLICO (a impessoalidade sob a face da Neutralidade.)

proibicao da auto promocao, não pode se autopromover .

3-- MORALIDADE ADMINISTRATIVA- H. E. B.E ( honestidade, etica e boa-fé)

A moral administrativa não se confunde com a moral comum, haja vista que a moral
administrativa provém de lei e obediência obrigatória e é objetiva, enquanto que a moral
comum provém dos costumes e da obediência facultativa e é subjetiva.

MORAL OBJETIVA, E OBRIGATORIA (LEI.)

MORAL SUBJETIVA, VIVENCIADA EM SOCIEDADE (COSTUMES).

OBS: apesar da moral administrativa não se confundir com a moral comum esta pode
influenciar na moral administrativa quando o texto de lei trouxer.(conceitos jurídicos
indetermináveis a exemplo do conceito de honestidade)
ART 5º CF/88 XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;             (Regulamento)            
(Vide Lei nº 12.527, de 2011)

(4)- PUBLICIDADE – A partir do principio da publicidade do ato administrativo, ele ira


gerar efeitos no mundo jurídico, a exemplo da publicidade do ato de nomeação para a
aprovação e classificação em concurso publico tome posse como servidor, vai servir do
ato de nomeação do aprovado e classificação em concurso publico tome posse como
servidor.

(A)- INTERESSE INDIVIDUAL OU PARTICULAR – se a informação for de interesse


individual ou particular, não sigilosa e a administração publica negar acesso caberá o
remédio constitucional HABEAS-DATA (garantia constitucional)

(B) – INTERESSE COLETIVO OU GERAL – Se a informação não for de caráter sigiloso e


a administração publica negar injustificadamente informação caberá (m.s- mandado de
segurança – garantia constitucional)

(C)- SIGILO- de regra os atos administrativos são públicos, porem a publicidade e


relativa, ou não absoluta desde que haja expressa e previa autorização.

(D)- SEGURANCA DA SOCIEDADE

(E)- SEGURANCA DO ESTADO

OBS- As informações relacionadas a segurança nacional, a exemplo das forcas armadas


são em tese sigilosas.

(5)- EFICIÊNCIA- ( P.R.E. ) PRESTESA, RENDIMENTO, ECONÔMICIDADE .

OBS= Tal principio tornou-se constitucional explicito com o advento da EC.19/98 que
inaugura no Brasil a chamada administração publica gerencial.

 PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS

OBS: os princípios implícitos estão explícitos na legislação infraconstitucional,


normalmente, a prova da OAB. E de concurso públicos cobra o

ROL do ART. 2º P.U. Da lei 9784/99. ( lei do PAD federal)


Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os


critérios de:...

(vale ressaltar que o rol não e exaustivo e sim exemplificativo, pois existem outros
princípios previstos em outras legislação )

 HABEAS CORPUS- PROTEGE A LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO

 HABEAS DATA- GARANTE ACESSO A INFORMAÇÃO

individual ou particular (não sigilosa)

 MANDADO DE SEGURANÇA- GARANTE ACESSO A INFORMAÇÃO

geral ou coletivo ( não sigilosa)

OBS= m.s. garante e protege o direito liquido e certo amparado pelo h.c. e h. d.

 AULA 2 RESUMO ( PRINC. CONSTITUCIONAIS. IMPLÍCITOS)

1- SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR.

O que seria o interesse público?

R= Existem dois tipos de interesse público, o primário e o secundário.

 Interesse público primário, é o interesse da coletividade, a exemplo da


desapropriação diária urbana para a construção de vias publicas ( desapropriação a fim
de fazer vias)

 Interesse público secundário, é o interesse individual da administração publica,


não da coletividade a exemplo dos pagamentos de indenização pelo estado inseridos no
orçamento publico chamados de precatórios requisitórios.
 EX= O dinheiro do estado através de pagamentos de impostos são ordens de
pagamentos com data previa.

(Reserva do possível, é a necessidade especial do pagamento.)


Os interesses públicos primários e secundários estão acima dos interesses do estado.
2- PRINCIPIO DA MOTIVAÇÃO- ação de explicitar o motivo.

 A motivação é o ato do sujeito competente, não se confunde com o próprio motivo


que é um elemento ou requisito do ato administrativo. Em regra os atos administrativos
devem se motivados, salvo quando a lei autorizar dispensa de motivação, a exemplo da
nomeação e exoneração de cargo comissionado.

 ART 37 II cf/88 II- a investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;

lei 9784/99 Art 50 VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

OBS: vale frisar que o Art 50 da lei 9784/99 autoriza a dispensa de licitação quando o
ato administrativo aplica a jurisprudência firmada sobre a questão, bem como concorda
com o parecer, um laudo, uma proposta e relatório oficial, isto ocorre por que o ato
administrativo ao concordar acaba aproveitando a motivação que já existia em ato
anterior, a exemplo de parecer emitido por órgão competente é o que se chama de
motivação aliunde ou por aproveitamento.

3- PRINCIPIO DA AUTOTUTELA.
 A administração publica exerce controle sobre seus próprios atos, podendo anular
os ilegais e revogar os inoportunos e inconvenientes, independentemente de provocação
de terceiros, é o chamado controle de oficio.

4- PRINCIPIO DA FINALIDADE
 Determina que a autoridade competente obedeça o objetivo da norma
ART 184 CF/88 prevê a desapropriação por interesse social para fins de reforma agraria.

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de
até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
OS TRES (3) ULTIMOS PRINCIPIOS SÃO APLICADOS AOS PROCEDIMENTOS
APURATORIOS QUE APLICAM PENALIDADES ADMINISTRATIVAS
EX- PAD, SINDICANCIA SANCIONATORIA.

5- PRINCIPIO DO DEVIDO PROCESO LEGAL


 Determina que os procedimentos apuratórios, para ter validade devem obediência
aos ditames legais.
EX- o prazo para a apresentação de defesa escrita no PAD. E de 10 (dez) dias, salvo se
outro prazo for legalmente fixado.
É necessário obedecer os ditames legais. Lei 9784/99 art 44.

Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo


máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

6- PRINCIPIO DO CONTRADITÓRIO
 as partes tem o direito de tomar ciência dos atos procedimentais para efeito de
manifestação

EX- CITACAO, INTIMACAO E PUBLICACAO EM DIARIO OFICIAL.

7- PRINCIPIO DA AMPLA DEFESA

 É a manifestação em si da parte pelos meios e recursos a ela inerentes

EX- DEFESA ESCRITA, DEPOIMENTO EM AUDIENCIA, INTERPOSICAO DE RECURSO.

ATOS ADMINISTRATIVOS

1- CONCEITO- os atos administrativos são expressões de vontade da


administração publica com o fim de...

(a) Estabelecer regras gerais e abstratas regulamentando a lei ( atos normativos)

Ex- os regimentos internos dos órgão


As resoluções do CNJ
As instruções normativas dos órgãos

(b) Estabelecer regras internas de funcionamento dos órgãos e entidades da


administração publica ( atos ordinários)

Ex- portarias, circulares e ordem de serviços.


(c) Estabelecer ajustes de interesses com a administração publica ( atos
negociais)
Ex- licenças autorizações de serviço publico e vistos.

(d) Espelham situações de fato e de direito ou expressam opiniões


( ato enunciativos)

Ex- atestado medico, certidões de tempo de serviço e pareceres.

(e) Aplicam se penalidades administrativas (atos sancionatórios)

Ex- permissão, suspensão, advertência e mlta.

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO ( P.P.A.T.I.E.)


Presunção de legitimidade
Presunção de veracidade
Autoexecutoriedade.
Tipicidade
Imperatividade
Exigibilidade

(a) Os atos da administração pública, presumem esta de acordo com a lei e o direito

(b) Os atos da administração pública presumem esta de acordo com os fatos

Obs. a legitimidade e a veracidade dos atos administrativos não são absolutos, podendo
ser questionados pelo prejudicado.

(c) Autoexecutóriedade, os atos administrativos são autorrealizáveis


independentemente de autorização do poder judiciário.

Obs- de regra o ônus da prova da ilegitimidade e a falta de veracidade do ato


administrativo e a parte prejudicada.

Ainda que o ato administrativo falte com a verdade, será auto executório ( cont. aula 3)

(d) Tipicidade, Para cada finalidade de interesse público, existe um tipo legal de ato
administrativo, a exemplo da desapropriação por interesse por interesse social para fins
de reforma agraria.

(e) Imperatividade, é o poder extroverso da administração publica, ou seja, é o poder


da administração publica de impor deveres, restrições e sansões sobre os
administradores.

Obs: vale frisar que os atos administrativos negociais, por estabelecer ajustes de
interesses públicos e particular, não trazem o atributo da imperatividade.
(f) Exigibilidade, ocorre quando o administrado não pode resistir o dever a restrição
e sansão decorrente da imperatividade da administração publica.

ELEMENTOS OU REQUISITOS DA ADMINISTRACAO PUBLICA

S.M.O.F.F.

1- SUJEITO COMPETENTE, é aquele que tem a atribuição legal para a realização


do ato administrativo.

2- MOTIVO, é o fundamento de fato e de direito do ato administrativo, ele ocorre


no passado do ato administrativo.

EX- demissão pela pratica de crime na administração publica.

3- OBJETO, diferentemente do motivo, o objeto se encontra no presente do ato,


isto é, é o efeito jurídico imediato que o ato produz no momento em que ele é publicado.

EX: abertura de inquérito policial.

4- FORMA, na questão da prova é o “nome” do ato administrativo, em outras palavras


é a maneira que o ato administrativo aparece no mundo jurídico.

EX: decreto (forma) de desapropriação ( objeto)

PORTARIA, LICENCA, CERTIDAO, MULTA...

5- FINALIDADE, diferente do objeto e do motivo, a finalidade ocorre no futuro do


ato administrativo, portanto, diferente do objeto é o efeito jurídico mediato e indireto do ato
administrativo.

EX: decreto de desapropriação PARA FINS DE REFORMA AGRARIA

EXERCICIO DE FIXAÇÃO.

1- Portaria de abertura de inquérito policial expedida pelo delegado de policia


para investigação da autoria de materialidade de crime de estelionato praticado pelos
indiciados.

Portaria (forma), abertura ( objeto), Delegado ( sujeito),

Investigação (finalidade) crime (motivo, acontecimento.)


FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO

Existem quatro (4) formas de extinguir o ato administrativo.

ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, CASSAÇÃO, CADUCIDADE.

1- ANULAÇÃO, é a forma de extinção do ato administrativo ilegal, segundo a


sumula 473 do STF, o ato anulado não gera direito adquirido, isto seda em razão do
efeito “ex tunc” ou retroativo ( afeito para traz) da anulação.

Existem 2 ( dois) tipos de anulação

Se a ilegalidade vier no motivo no objeto e na finalidade do ato, o ato será nulo, isto
porque não será permitida a possibilidade de convalidação ou saneamento do ato
administrativo.
(eivado de vicio) ilegalidade M.O.FI. NULO

Se a ilegalidade vier no sujeito competente e na forma o ato administrativo será


anulável por que é permitida a possibilidade de convalidação ou saneamento do ato.

Ilegalidade SU.FO. anulável . ( pode anular e republicar o ato)

2- REVOGAÇÃO, é a forma de extinção do ato administrativo legal por motivo de


conveniência e oportunidade, segundo a sumula 473 STF o ato revogado respeita
direitos adquiridos visto que o efeito da revogação e “ex nunc” ( para frente) não
retroativo revoga-se com a lei.

3- CASSAÇÃO, é a forma de extinção do ato legal em razão do beneficiário ter


descumprido normas de segurança sanitária

EX: cassação de alvará de funcionamento de comercio em razão de descumprir medidas


sanitárias em função da covid.

4- CADUCIDADE, é a forma de extinção do ato legal em razão de uma lei posterior


que com ela contraria

EX: banca de revista em local de patrimônio histórico, a nova lei vai em desconformidade
para que ela permaneça no local em razão da reforma terá que ser retirada.

Súmula 473 Enunciado A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÕ PUBLICA ( OBJETIVA)

Para melhor compreensão da Resp. civil da administração faz-se necessário


compreender 3 teorias

(1)- TEORIA DO RISCO INTEGRAL (objetiva)

Segundo esta teoria “o Estado responde sempre” não havendo o que dizer sobre
excludente de responsabilidade, em exames de concursos publico e provas da OAB. Essa
teoria vai aparecer nos seguintes casos
(a) Quando envolver acidente de transito em que se esta requerendo o seguro
DPVAT

(b) Acidente de trabalho em que se esta requerendo benefício assistencial (inss)

(c) Atentado terrorista a bordo de aeronave.

(d) Dano nuclear

(e) Dano a natureza ambiental.


OBS: vale ressaltar que a teoria do isco integral é uma espécie de responsabilidade
civil objetiva do estado, visto que não ha necessidade e provar culpa deste.

(2)- TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO (objetiva)

Segundo esta teoria, o Estado responde pelos danos que seus agentes causarem a
terceiros (3º) ou que estiver nessa qualidade, salvo quando houver três (3)
excludentes de responsabilidade.

(a) Forca maior ( são eventos da natureza)


(b) Culpa exclusiva da vitima
(c) Fato de terceiro (3º) (quando aquele que não está na qualidade de agente público
ou a ele equiparado)

OBS: O caso fortuito (evento humano que acaba interferindo na atividade administrativa),
não é excludente de responsabilidade, a exemplo da quebra de uma barragem de
represa de uma hidrelétrica, neste caso o estado respondera.

Com relação ao fato de terceiro (3º) existem duas exceções em que o estado irá
responde

Violência ocorrida em casa penitenciaria Violência ocorrida em escola pública

A teoria do risco administrativo assim como a teoria do risco integral, é espécie de


responsabilidade objetiva do estado com revisão no ART. 37§ 6ª DA CF/88, nesta
hipótese a vitima não ingressara com ação judicial contra o agente publico causador do
dano e sim diretamente contra o estado, não havendo necessidade de se provar a culpa
do estado, bastando comprovar o nexo de causalidade entre o comportamento do
agente publico e a lesão causada a vitima, o prazo prescricional será de 5 anos para
ingressar com a ação contra a fazenda publica

Depois que o estado indenizar a vitima, o mesmo ira ingressar com uma ação
regressiva contra o agente publico desde que tenha agido com dolo ou culpa ( ART
37§ 5º CF/88)

Vale frisar que o STF. Entende que a prescrição da ação regressiva também e de 5
anos portanto a regra da imprescritibilidade da ação de ressarcimento previsto no ART
37§5ºCF88 se aplica nos casos de improbidade administrativa em que ocorreu prejuízo
ao erário

TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA ( SUBJETIVA)

Diferente das teorias do risco integral e do risco administrativo, a teoria da culpa ocorre
quando o estado pratica falta de serviço surgindo a obrigação de indenizar a vitima,
essa omissão ou falta de serviço decorre de um mau funcionamento ou inexistência de
um serviço que deveria ser prestada pelo estado.

EX: dano causado por falta de monitoramento de semáforo de transito.

Falta de sinalização em buraco aberto em via publica pela CIA de saneamento.

OBS: A prescrição por mais que a responsabilidade civil seja subjetiva, o que poderia
nos levar ao entendimento do prazo prescricional de (3) três anos prevista no ART.206
§3] CC o STJ entendeu pela aplicabilidade do prazo quinquenal (5anos)ART1
decreto20910/32.

RESPONSABILIDADE CIVIL DAS

CONCESSIONARIAS E PERMISSIONARIAS DE SERVIÇO PUBLICO

As concessionarias e permissionárias de serviço público, respondem objetivamente pelos


danos que seus agentes causarem a 3º (terceiro) não importando se é usuário ou não do
serviço, com prezo prescricional de três (3) anos previsto no ART. 206§3º V do CC.

PODERES ADMINISTRATIVOS

É o poder que dispõe o executivo de organizar e distribuir funções entre ORGÃOS e


AGENTES PUBLICOS. Ele não ocorre de uma entidade para a outra, já que estas são
autónomas, não havendo relação hierárquica entre elas.

SÃO EFEITOS DO PODER HIERARQUICO

(1)- supervisão e controle administrativo

(2)- atribuição de aplicar penalidades administrativas

(3)- delegação de competência (segundo o ART.12 lei 9784/99)


Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

(mesma hierarquia-delegação horizontal) ( hierarquia diferentes- hierarquia vertical)

Vele frisar que existem (3) três hipóteses que não admitem delegação

(3.1) edição de atos de caráter normativo


Ex- os regimentos internos dos órgão
As resoluções do CNJ
As instruções normativas dos órgãos

(3.2) as decisões em sede de recurso administrativo

(3.3) as matérias de competência exclusiva de órgãos ou autoridade

Obs: a delegação pode ser revogada a qualquer tempo pela autoridade delegante.

(3.4) vocação de competência: a vocação ocorre em caráter excepcional por motivos


relevantes devidamente justificados, é um chamado de competência de um órgão
hierarquicamente inferior pelo órgão superior.

EX: a prefeitura pode avocar uma secretaria.

PODER DISCIPLINAR, É o poder que a administração publica tem de aplicar penalidade


administrativa a quem tem vinculo com ela.

EX: demissão de servidor.

PODER DE POLICIA (ART 78 CTN)

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada
pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)

Nos termos do ART 78do CTN ( tributos e taxas ) o poder de policia e poder de limitar,
disciplinar e corrigir interesse ou liberdade em face de interesse publico.

São atributos de poder de policia ( D.A.C.)

DISCRICIONARIDADE, AUTOEXECUTORIEDADE, COERCIBILIDADE


(a) Discricionariedade, e a margem de liberdade vigiada por lei.

Obs: essa regra não se aplica as licenças

(b) Autoexecutoriedade, auto realização do poder de policia, independente da


autorização do poder judiciário

(c) Coercibilidade, é a possibilidade do uso da força

Obs: apesar do poder de policia possuir o uso da coercibilidade, não e permitido ao


agente publico agir com excesso de poder, o agente vai além do limite de sua
competência legal, enquanto que no desvio, o agente público altera o fim de interesse.
publico.

POLICIA ADMIISTRATIVA X POLICIA JUDICIARIA

Não devem confundir as duas (2) já que a policia judiciaria atua sobre ilícitos penais
(policia civil e policia federal)

Enquanto que a policia administrativa atua sobre administrativos

( ibama, vigilância sanitária)

PODER REGULAMENTAR ( NORMATIVO) ´o poder que o chefe do executivo tem de


expedi decretos regulamentares que irão detalhar, explicar e complementar a lei

Ocorre que existem duas (2) espécies de decretos regulamentar, o propriamente dito
que regulamenta uma lei, e o autônomo que regulamenta diretamente a constituição
sem a intermediação de uma lei.

Prevista no ART 84 DA CF/88 o D.R.A. permite ao presidente da republica o exercício da


competência privativa para dispor mediante a decreto sobre.

(a) Organização e funcionamento da administração quando não implicar em aumento


de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos.

(b) Extinção de função ou cargos públicos quando vagos

O decreto regulamentar, enquanto ato normativo sofre controle de constitucionalidade?


SIM.

Somente o D.R.A. já que o decreto regulamentar propriamente dito sofre controle de


legalidade

 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – dispor, mediante decreto, sobre


a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;               (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

PODER DISCRICIONARIO E PODER VINCULADO

Poder discricionário, é o exercício da competência com margem de liberdade vigiada pela


lei

EX: nomeação de cargos comissionados que são de livre nomeação e livre exoneração.

Poder vinculado, é o exercício da competência sem margem de liberdade fornecida pela


lei

EX: nomeação de cargo publico efetivo depende de concurso publico.

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