A comunicação sempre foi algo indispensável na evolução de uma sociedade, e a partir do
século XX, diversas escolas surgiram com pesquisas baseadas em estudos de comunicação social, com o objetivo de explicar as diferentes formas de se comunicar. E desde então, foram criadas algumas teorias por inúmeros pesquisadores com o intuito de explicar também, o impacto que as mídias teriam no cotidiano da população. A primeira teoria foi a Teoria Hipodérmica, ou também chamada de Teoria Da Bala Mágica, criada pela Escola Norte-Americana na década de 1930, que defendia a ideia de que os meios de comunicação teriam um impacto direto sobre o público que o recebesse, considerado a partir dessa época como massa. Ela abordava o fato de que toda mensagem enviada causaria um efeito imediato sem nenhuma resistência do receptor, considerando assim, a massa, ou seja, o receptor, um hospedeiro passivo. A teoria era muito comparada com a situação de uma aplicação de uma injeção medicinal, no qual assim como um doente apresentaria melhoras quase que imediatas em função da ação do medicamento aplicado, as mensagens enviadas também teriam um efeito rápido na sociedade. Apesar da Teoria Hipodérmica ter os objetivos sólidos de buscar uma maneira de entender as influências da comunicação na massa e de elaborar estratégias para exercer essa influência, a teoria foi considerada por muitos como limitada já que seus estudos consideravam a sociedade homogênea e deixava de lado a possibilidade de existir diferenças entre as pessoas, seja por questões políticas, socias ou religiosas. Outra teoria criada, a partir da década de 1940, foi a Teoria Empírico-Experimental, que abordava o fato de que a população poderia reagir com alguma resistência na recepção de uma mensagem, seja por motivos de interesses diferentes, idade ou sexo. Sendo assim, a teoria acreditava que a massa poderia não entender o conteúdo da mensagem perfeitamente, já que haveria constantemente, uma variável. Contudo, a teoria considerava que os meios poderiam persuadir a sociedade a aceitar uma mensagem, desde que ela venha acompanhada dos interesses pessoais de cada indivíduo, ou seja, acrescentando certos elementos específicos no contexto, o conteúdo seria completamente aproveitado. Portanto, ao longo do tempo, a Teoria Hipodérmica e a Teoria Empírico-Experimental tornaram-se duas teorias complementares, visto que a primeira considera a existência de uma resposta imediata a um estímulo dado pelos meios e a segunda, a existência de um fator psicológico entre os mesmos.