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Disciplina: Ética Contábil

Estudo de caso 01
O amianto, ou asbesto, foi um dos minerais mais utilizados pela indústria durante o
século passado. Está em caixas d’água, lonas e pastilhas de freio dos carros, telhas e
pisos, tintas e tecidos antichama. Tão resistente quanto o aço, é imune ao fogo.
Contudo, o mineral, cancerígeno, foi banido de 21 países. No Brasil, quarto produtor
mundial, está proibido em várias cidades, e o Ministério do Meio Ambiente chegou a
anunciar que até 2003 a fibra seria proibida em todo o território nacional, porém, a
decisão foi transferida para o Congresso Nacional. Os interesses em jogo movem tanto
empresários do setor quanto políticos, como é o caso do governo de Goiás, que
abriga a única mina de amianto da América Latina. O presidente de uma grande
indústria de produtos à base de amianto afirma: “Nossa posição é determinada
pela legislação vigente e nosso objetivo sempre foi assegurar o bem-estar e a vida
dos funcionários. Não vamos nos omitir, a empresa caminha dentro da lei, e tem
sido o mais ética possível. O que oferecemos é uma ajuda financeira, não uma
indenização.” O presidente de outra grande indústria orgulha-se do pioneirismo da
companhia na oferta de instrumento de compensação aos ex-trabalhadores:
“Reconhecemos que existem doentes, mas são casos antigos. Hoje, a empresa trabalha
dentro das normas de segurança vigentes. Nossa produção com amianto não vai acabar
enquanto existir demanda e a legislação permitir” (Época, no152, 16 abr. 2001).

Considere o texto e discorra: Tudo que é legal é ético?


O tema ética evoluiu muito no decorrer dos tempos, desta forma, é possível observar
que, em decorrência dos aspectos evolutivos, ela é algo bem subjetivo, pois cada
individuo tem uma visão particular a respeito levando a cada vez mais à constantes
mudanças.
A Ética é a reflexão sobre a moral, onde a moral é os costumes, os valores e princípios
relacionados a uma sociedade, povo ou cultura, bem como aos princípios Cristãos.
Portanto não podemos considerar tudo que é legal seja ético, pois dependerá do certo ou
errado, segundo aos princípios bíblicos, mesmo que a situação seja satisfatória à grande
maioria da sociedade como, por exemplo, a morte de um bandido, por um cidadão, em
legítima defesa, por mais que seja uma coisa legal, prevista em lei, contudo, não ético,
no entanto não é certo que um ser humano tirar a vida do outro, pois fere as leis de
Deus.
Estudo de caso 02
Em São Paulo, na sala do cafezinho da filial de uma das maiores empresas do mundo
nos ramos de alimentação e limpeza, o pessoal do escritório tem uma televisão
sintonizada o tempo todo num reality show. As estrelas são os integrantes de uma
família de classe média, com destaque para a dona de casa em seus afazeres: lavar,
passar e cozinhar. Câmeras instaladas pela empresa na casa de uma consumidora
transmite ao vivo essa programação. Há outras residências em que o mesmo tipo de
vigilância é exercido cara a cara por um funcionário de um grande grupo de
supermercados que acompanha a família do café da manhã ao futebol pela TV, à noite,
anotando cada item consumido, toda referência a algum produto, a emissora de rádio
sintonizada, qualquer movimento que se relacione com compras. Essas bisbilhotices –
com o consentimento dos bisbilhotados – são duas das técnicas coordenadas pelos
departamentos de marketing de grandes empresas na tentativa de mapear os hábitos do
consumidor, para depois ter ideias sobre como vender com maior eficiência.
Diante da situação mencionada, a postura e comportamento dos envolvidos retrata
ética ou ações éticas? Justifique.
“A ética é o conjunto de valores e princípios que eu uso para a minha conduta no meio da
sociedade, isto é, quais são os princípios para eu agir. Moral é a prática desses princípios”,
define Cortella, onde ele exemplifica com: Quero, devo, posso? Têm coisas que eu quero,
mas não devo. Têm coisas que eu devo, mas não posso. Têm coisas que eu posso, mas
não quero. Portanto, as famílias, ao concordarem com a “espionagem” acabam sendo
conluiado aos respectivos bisbilhoteiros, de forma arbitrária, onde nem a parte vigiada
nem a parte vigiadora estão sendo ou faltando com a ética, é algo facultado.

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