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O Evangelho no Centro de nós

Pr. Yuri Steinhoff -19 de setembro de 2021

Assunto:

Referência bíblica

1ª Coríntios 11.17-33
Introdução

Exórdio
Anualmente, nós precisamos fazer nosso
exame de saúde completo, nosso check-up. E
eu sei que a maioria de nós assim fazemos.
Nesse check-up somos investigados, temos
nossos braços e veias espetadas, somos
observados mais a fundo. E não temos
certeza do que será que os médicos nos
falarão, o que será que os exames mostrarão.
Nós não aguentamos. Recebemos os exames,
abrimos cada um deles, começamos a tentar
decifrá-los, entramos no google, afinal: nós
precisamos saber o que está acontecendo
com a gente; nós queremos saber como nós
estamos.
Da mesma forma, precisamos fazer esse
check-up da nossa saúde emocional, e,
como vimos no texto, o nosso check-up
espiritual.
Como estariam nossos exames espirituais?
Como está a sua vida com Deus?
A Bíblia nos diz: examine-se, pois, o homem,
cada um, a si mesmo.
É tempo de nós olharmos para dentro, mas
não é tempo de nós lamentarmos o possível
“silêncio” de Deus em nossas vidas, em nossas
famílias, enquanto nossa Bíblia permanece
intocada durante a semana.
É tempo de nós olharmos para dentro de nós,
e assim, enxergarmos quem verdadeiramente
habita em nós, “logo, já não sou eu quem
vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que,
agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho
de Deus, que me amou e a si mesmo se
entregou por mim”, como Paulo nos diz em
Gálatas 2.20.
Como está sua vida com Deus? Você
consegue enxergar Cristo em você?

Explicação
Quando voltamos nossos olhos para o texto
de Paulo aos Coríntios - e é um texto que nós
recebemos justamente as instruções para
celebrarmos a Ceia do Senhor - nós
percebemos que a igreja de Corinto estava
um pouco conturbada. Ele afirma: “vocês
não se reúnem para melhor, mas para pior”,
“há divisões entre vocês”, “cada um come de
forma egocêntrica, só pensa em si, enquanto
outros passam fome”.
Como já dissemos: é tempo de nós fazermos
nosso check-up espiritual.

Desenvolvimento (lembrar de passado presente futuro na divisão)


Transição: O quanto nós temos compartilhado
o pão?
Com quem nós temos compartilhado o pão?
E de qual pão estamos falando? Do pão
espiritual, do alimento espiritual…

Temos nos responsabilizado em levar o


alimento espiritual, dia após dia, para as
nossas famílias, para dentro de nossa casa?

Eu creio que o alimento espiritual não pode


ser usado apenas para que “cada um tome a
sua própria ceia, enquanto um fica com fome
e outro embriagado.”
Enquanto um fica com fome, ou seja, sem
alimento espiritual, sem a Palavra que
procede da boca de Deus, pois
Deuteronômio 8.3 diz que precisamos
compreender que não viveremos só de pão,
“mas de tudo o que procede da boca do
Senhor”. Precisamos da Palavra que procede
da boca do Senhor, e há pessoas neste
mundo que estão com fome dessas palavras.
E existem outras pessoas que estão
embriagadas pelas coisas do mundo, pela
falsa alegria do mundo.
No verso 23 e 24: “Porque eu recebi do Senhor
o que também lhes entreguei.” Paulo
recebeu e não reteve, ele nos entregou. “que
o Senhor Jesus, na noite em que foi traído,
pegou um pão e, tendo dado graças, o
partiu e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é
dado por vocês; façam isto em memória de
mim.” O que Jesus nos ensina nesse
momento?
Ele não pega o pão e diz: esse é o meu
corpo, e come. Veja: isso é o que os crentes
de Corinto estavam fazendo.
O partir do pão é justamente para
compartilhar o pão. “Façam isso em memória
de mim” não é apenas para nós comermos o
pão como os de Corinto faziam, é para
fazermos da forma que Jesus Cristo nos
ensinou: compartilhando o alimento espiritual
para que não haja fome! Compartilhar com
os mais próximos. Jesus reuniu os seus mais
próximos. Precisamos reunir os nossos mais
próximos, ou seja, a nossa família, e
compartilhar o pão que nós recebemos. O
que recebemos, nós entregamos. Como disse
o próprio apóstolo Paulo: o que recebi do
Senhor eu entreguei a vocês!

Transição: O que recebemos, precisamos


compartilhar.

Nós recebemos a Cristo, nós recebemos o


Evangelho. Nós precisamos compartilhar o
evangelho. E, para isso, Cristo precisa ser
central em nossa vida, e não periférico. Para
isso acontecer, precisamos centrar a nossa
vida no evangelho de Jesus Cristo, “olhando
firmemente para o Autor e Consumador da
fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe
estava proposta, suportou a cruz, sem se
importar com a vergonha.” (Hb 12.2) E
quando centramos nossa vida no evangelho,
e fixamos nossos olhos em Cristo, somos então
transformados naquilo que Ele deseja para
nós. “E todos nós, com o rosto descoberto,
contemplando a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua
própria imagem, como pelo Senhor, que é o
Espírito.” (2 Co 3.18)
E quando nós centramos nossa vida em Jesus
Cristo, nós ansiamos pelo céu, nós nos
lembramos da nossa cidadania celeste, “pois
a nossa pátria está nos céus” (Fp 3.20). E
quando você deseja o céu, você não se
afeta mais pelas coisas passageiras desta
vida passageira aqui. E quando nós não
desejamos mais gananciosamente as coisas
terrenas e passageiras daqui, nós nos
voltamos realmente para dentro de nós
mesmos com muito mais profundidade. O
externo não me define mais, o meu carro não
me define mais, o meu status não me define
mais, a minha profissão não define mais a
minha identidade. Quem define a minha
identidade é justamente Aquele que
escolheu habitar em mim: “Já não sou em
quem vive, mas Cristo vive em mim!!!!”

Transição: E quando Jesus é o centro, eu


compartilho.

Eu compartilho em minha casa.


Eu faço discípulos em minha casa. Eu me
envolvo em discipular a minha família, afinal,
eu não quero que minha família passe fome.

A nossa fé, apesar de ser pessoal, não pode


se tornar uma fé particular. O nosso
relacionamento pessoal com Jesus Cristo não
tem como objetivo final que se manifeste
apenas na privacidade da nossa mente, e na
privacidade de nosso coração.
A fé é para ser colocada em prática. E, ao ser
colocada em prática, vira um exemplo para
outros seguidores de Jesus Cristo.
Se eu tenho minha vida centrada em Cristo,
Cristo produz essa necessidade em meu
coração de compartilhar do alimento que
recebo para que não haja fome em minha
família e também em minha comunidade.
Cristo abre nossos olhos para a necessidade
do discipulado. Nós precisamos discipular, e
nós precisamos ser discipulados. E Cristo
coloca sobre nós a responsabilidade de
encontrar pessoas para discipularmos, e
também de encontrar pessoas para nos
discipular.
Como diz o verso 33 “quando vocês se
reúnem para comer, esperem uns pelos
outros”. Quando nos reunimos para o
banquete do evangelho, ninguém pode
passar fome.

Vamos compartilhar aquilo que recebemos.

Conclusão

Ceia do Senhor - a partir do verso 23 de novo,


ao 30

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