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Elisabeth Rossetto1
Lucia Terezinha Zanato Tureck2
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Professora do Colegiado do Curso de Pedagogia da Unioeste, campus de Cascavel; Mestre em Educação
pela UEM. Rua Pio XII, 1723, A5, Cascavel, Pr. fone (45) 222-3627 e-mail: erossetto@unioeste.br.
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Professora do Colegiado do Curso de Pedagogia da Unioeste, campus de Cascavel; Mestre em Educação
pela UEM. Rua Odontologia, 420, Cascavel, Pr. fone (45) 324-6273 e-mail: tureck@unioeste.br.
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Vários autores analisaram como historicamente os indivíduos com deficiência têm sido
considerados na sociedade (Silva, 1988; Bianchetti, 1998; Neres, 2001). Da eliminação
na idade antiga, passando pela tolerância cristã, até a consideração de cidadãos com os
mesmos direitos na atualidade, houve uma infinidade de termos para designar tais
pessoas, pouco porém avançando na superação de preconceitos e estigmas
historicamente enraizados. Ainda assim, as mudanças terminológicas expressaram
mudanças dos conceitos, como apresentado a seguir.
A utilização de termos como anormal, idiota, retardado, imbecil, débil, para designar
indivíduos com deficiência foi superada, num primeiro momento histórico, pelo termo
excepcional. A mudança considerava dois avanços: diminuição de aspectos
estigmatizantes e pejorativos, bem como uma busca de maior precisão. Ao final do
século XX, um novo conceito foi introduzido: pessoas com necessidades educacionais
especiais.
Estudos de autores renomados na educação especial, como Telford e Sawrey,
Cruickshank, nos Estados Unidos, Januzzi e Mazzotta, no Brasil, são analisados por
Silveira Bueno (1993) esclarecendo detalhadamente essa questão terminológica como
uma visão estática e ahistórica, que separa o desenvolvimento do pensamento e o das
relações sociais historicamente construídas, afirmando:
Ainda,
O mesmo autor ainda adverte sobre o perigo de abstrações, sem considerar a realidade
concreta. Muitas crianças poderão ser beneficiadas educacionalmente com o
alargamento do conceito, em nome da democratização do sistema escolar, todavia,
outras poderão ser incorporadas sem terem algum tipo de necessidade especial.
Ainda, segundo Ross (2000, p. 09), ao mascarar-se problemas reais, impõe-se uma
concepção dissociada de novos papéis a serem desempenhados pelos professores no
novo contexto construído.
Podemos citar ainda Amaral (1995, p. 29): “toda generalização gera empobrecimento da
compreensão”.
A necessidade de definição precisa do conceito de necessidades educacionais especiais
é ressaltada por Marchesi e Martín (1995, p. 14) para não “mascarar problemas reais” e
para o reconhecimento das possibilidades da escola. Omote (2001) vai mais a fundo,
referindo que
REFERÊNCIAS