Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila Liturgia
Apostila Liturgia
AMBIENTE:
Seja ele a capela, igreja, algum salão ou casa particular (comunidade que não tem local próprio),
deve ser limpo, ornamentado com flores naturais (nunca artificiais!), com simplicidade e bom
gosto. O exagero sempre prejudica; por isso, que os arranjos sejam discretos. Valorize-se a Mesa da
Palavra com enfeites bonitos. Jamais coloque-se flores ou outro enfeite qualquer sobre a Mesa da
Celebração (nem mesmo o Missal), porque ela é sinal do próprio Cristo que reúne seu povo e
oferece o sacrifício de Sua vida pela nossa salvação. Seja providenciado para as velas um suporte
ou coluna a parte, ao lado da mesa da celebração, evitando colocá-las em cima da mesa. Imagens do
padroeiro ou outros santos, nunca sejam colocados sobre a mesa da celebração, mas em locais
apropriados. Não tem sentido colocar duas ou mais imagens do mesmo santo (ex: duas imagens de
Maria).
SÍMBOLOS:
Quando usar símbolos, sejam eles visíveis a todos e de acordo com a celebração do dia. Se algum
cartaz, flâmula ou faixa forem usados na celebração, sejam feitos com letras grandes e bem legíveis.
Na medida do possível, os símbolos sejam verdadeiros e não de "faz de conta" (ex: correntes de
papel)
VESTES:
Quem exerce alguma função dentro da celebração precisa estar vestido decentemente; por isso se
fazem necessárias às vestes litúrgicas. Quando for solicitar ajuda a alguma pessoa para entrar com
algum símbolo, tomar o cuidado de observar se a mesma está vestida com roupas decentes. As
vestes não servem apenas para melhorar o visual do proclamador, mas, principalmente, para
destacar a dignidade do ministério e o valor da Palavra de Deus.
COMPORTAMENTO:
O local da celebração é local da alegria, da acolhida e também o lugar de silêncio e respeito. Todos
devem se comportar dignamente. Evitar conversas em alta voz, risadas. Isto vale principalmente
para quem está à frente dos trabalhos daquela celebração. É importante prestar atenção no modo
como sentar. Que as equipes responsáveis peia celebração providenciem tudo que for necessário
com antecedência para evitar os "corre-corres" e atropelos de ultima hora.
CANTOS:
Cada momento da Celebração Eucarística tem o seu "espírito" próprio. Cada momento da liturgia
exige um tipo de expressão musical, cada canção tem uma função muito especial. Uma boa escolha
de cantos ajuda a assembleia a celebrar e participar melhor da Missa ou Celebração da Palavra. Os
Músicos não podem apenas "tocar na liturgia", mas “tocar a Liturgia”, pois é um serviço e uma
oração. Os instrumentos terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto litúrgico. Não deverão
cobrir as vozes, dificultando a compreensão da letra da música. Ao escolher os cantos,
especialmente os de abertura e comunhão, tenha-se por base os textos bíblicos do dia e o fio
condutor da celebração.
PASSOS PARA PREPARAR E CELEBRAR BEM
A SANTA LITURGIA
1 - REUNIR TODOS OS RESPONSÁVEIS PELA CELEBRAÇÃO: EQUIPE DE
CELEBRAÇÃO E CANTORES
A celebração litúrgica não pode ser como uma "colcha de retalhos", onde cada um faz o que quer,
como quer. Ela é uma unidade e todos os responsáveis pela sua realização precisam estar em
harmonia e dar harmonia ao conjunto da celebração. Portanto, todos devem preparar juntos a
celebração, com bastante antecedência: equipe de liturgia, proclamadores, ministros, dirigentes,
cantores etc.
A MISSA EXPLICADA
A Missa, ou Celebração Eucarística, é um ato solene com que os católicos celebram o sacrifício de
Jesus Cristo na cruz, recordando a Última Ceia.
A nossa refeição sempre reúne em torno da mesa pessoas que se querem bem - é um momento de
partilha, de confraternização, de amizade.
Há dois mil anos também era assim. E foi uma ceia que Jesus escolheu para reunir Seus apóstolos
durante a Páscoa do ano de Sua morte. Com certeza Jesus queria um ambiente de confraternização e
cordialidade para esse encontro que, só Ele sabia, seria o último a reunir o grupo todo.
Normalmente, aquela ceia seguiria o ritual das ceias cultuais judaicas. No início o hospedeiro
tomava um pedaço de pão, erguia um palmo acima da mesa e dizia uma breve oração antes de
dividir o pão com todos. E na Páscoa, para assegurar as graças divinas, a ceia incluía o sacrifício de
um cordeiro. Mas, dessa vez, no início Jesus tomou o pão, partiu e, no lugar da oração
convencional, disse “Tomai, comei. Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós”.
Pronunciando aquelas palavras, Jesus Se colocava no lugar do cordeiro sacrificado habitualmente e
os pedaços do pão que distribuía eram o Seu corpo - que brevemente, pelo sacrifício na cruz, seria
entregue para a salvação de toda a humanidade.
No fim da ceia Jesus tomou o cálice de vinho e o abençoou dizendo “Bebei dele todos; porque isto
é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado em favor de muitos para remissão de
pecados”.
Ao dizer Nova Aliança (o mesmo que Novo Testamento), Jesus quis demonstrar que não valia mais
a Antiga Aliança (ou Antigo Testamento) pela qual Deus havia escolhido apenas Israel para ser o
Seu povo. A Nova Aliança estabelecia uma nova relação entre Deus e os homens. Com ela, não
apenas Israel mas todos os povos seriam chamados a ser filhos de Deus.
E, para deixar esta mudança marcada no coração dos homens de uma forma especial, Jesus
terminou dizendo “Fazei isto em memória de mim”.
Assim foi instituído o sacramento da Eucaristia, que é o ritual central da Missa e a memória da
paixão de Cristo. Nesse ritual, através da comunhão mostramos nossa gratidão por poder partilhar a
presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O ritual da Missa justamente revive todos os momentos daquela memorável refeição com o mesmo
sentido de fraternidade. São quatro partes ou momentos bem distintos.
A primeira parte da Missa, os Ritos Iniciais, marca a chegada e a reunião de todos os convidados
em torno da mesa.
Segue-se uma animada conversa entre amigos que se encontram: é a segunda parte, a Liturgia da
Palavra, o alimento espiritual, a palavra de Deus - a Boa Nova que Jesus sempre pregava.
Os ritos iniciais e a Liturgia da Palavra são as partes da missa chamada “Missa dos Catecúmenos”
(ou seja, Missa das pessoas que ainda estão sendo preparadas para receber o batismo). Antes da
apresentação das oferendas os candidatos ao Batismo, são convidados a deixar a Igreja e voltar no
próximo ano, porque eles ainda não foram introduzidos no Mistério da Eucaristia.
Os Ritos Iniciais são uma introdução para a Missa que vai ser celebrada. O objetivo é fazer com que
os fiéis se preparem para comungar ideias e sentimentos.
Aqui se inicia uma dupla comunhão: uma comunhão com Deus e uma comunhão com os demais
membros da comunidade.
RESUMINDO:
A missa é o sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo que se realiza sobre o altar.
Pelo rito da Santa Missa, o mesmo sacrifício realizado há dois mil anos torna-se presente
novamente, de um modo novo, um modo sacramental, ritual, incruento, ou seja, sem derramamento
do Sangue, mas verdadeiro e eficaz.
A missa é o mesmo sacrifício, presente de modo sacramental, porque nela aquele mesmo sacrifício
de Jesus se apresenta diante de nós através de sinais sensíveis que realizam a graça sacramental.
Estes sinais, no caso da missa são as espécies consagradas, o pão e o vinho que, na consagração, se
transformam no Corpo e Sangue de Jesus pelas palavras que o sacerdote pronuncia.
A. RITOS INICIAIS
A Introdução à missa é formada por um conjunto de Ritos ligados entre si. A finalidade destes ritos
e fazer com que os fiéis reunidos formem uma comunidade e se disponham convenientemente a
ouvir a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.
Os Ritos Iniciais são elementos interligados que antecedem a Liturgia da Palavra. Nem todos farão
parte da estrutura de todas as celebrações. São eles:
1 - Ambientação/Mantra
2 - Procissão de entrada com Canto
3 - Saudação Presidencial
4 - Recordação da Vida
5 - Ato Penitencial
6 - Hino de Louvor
7 - Oração da Coleta
1a). AMBIENTAÇÃO:
O espaço celebrativo precisa ser bem preparado. Antes de iniciar a celebração pode-se compor o
espaço celebrativo com alguns símbolos que farão parte da liturgia daquele dia, usando incenso,
velas, fundo musical, luzes apagadas, etc. Após este momento, normalmente mais dinâmico e
participativo, pode-se dar um pequeno intervalo para a procissão de entrada.
Durante o canto da ambientação, quase sempre um canto alegre, alguém poderá, com muito
respeito, acender as velas do altar (de frente para a assembleia). Pode-se também entrar com
incenso e fazer a incensação do altar ou com outros símbolos do dia. Neste caso, dispensa-se o
mantra.
1b. MANTRAS:
São pequenos refrões cantados repetidamente para que toda a assembleia entre em clima de oração.
O uso de mantras dispensa definitivamente qualquer tipo de comentário.
Quem prepara a celebração poderá sugerir a equipe de canto um refrão ou poderá deixar por
conta da mesma. O mantra não deve vir acompanhado de símbolos, para que a assembleia não seja
distraída. Durante o mantra a assembleia permanece sentada.
2. PROCISSÃO DE ENTRADA:
Caminhar em procissão lembra a caminhada do Povo de Deus a terra prometida e também relembra
a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Devemos ficar em pé para simbolizar nossa caminhada de
povo de Deus e a nossa disposição em celebrar o Mistério Pascal de Cristo.
Sempre entra primeiro a cruz. Quando houver entrada do Círio, ele vai atrás. Quando for usar
incenso, este entra a frente da procissão. Logo após, posicionem-se os Ministros da Palavra,
Ministros da Comunhão Eucarística, coroinhas e, por último, o Presidente da Celebração. Os
Ministros da Palavra também podem entrar com velas e a Bíblia ou Lecionário neste momento, se a
equipe achar conveniente. Caso for entrar neste momento o Evangeliário, este entra antes do
Presidente da Celebração. Quem entra com a Palavra não precisa mostrá-la ao povo e nem fazer
Paróquia São Benedito - Itajubá Página 7
vênia (se dobrar em respeito ao sagrado = altar, Palavra de Deus); isso também vale para a
celebração da Palavra (cultos). Cada um que se aproxima do altar deverá fazer vênia somente
quando não estiver levando algum símbolo.
CANTO DE ENTRADA: É a manifestação de alegria do povo reunido por Deus. Tem a função de
congregar a assembleia, introduzir o povo no espírito do tempo litúrgico e acompanhar a procissão
de entrada. Toda a assembleia, unida, a uma só voz, canta a alegria da festa do mistério celebrado.
Todo o povo deve deixar-se envolver nesta canção, pois o canto inicial marcará toda a celebração.
O canto deve ser escolhido de acordo com a 1ª Leitura e o Evangelho. Que seja canto fácil para
facilitar a participação do povo e a maior união e expresse a alegria do povo se encontrar na
celebração. Deve ser cantado somente durante a procissão ou, se houver incensação, até que o
presidente a termine e chegue a cadeira presidencial.
3 - SAUDAÇÃO PRESIDENCIAL:
O Presidente da Celebração, mesmo sendo na Celebração da Palavra (somente ele), beija o altar em
sinal de veneração, pois o altar é o próprio Cristo. Beijando o altar, ele expressa sua relação íntima
com o Senhor, pois é em nome d'Ele que irá presidir a Santa Liturgia. Em seguida ele invoca a
Santíssima Trindade, reunindo toda a assembleia na presença do Senhor. Depois, acolhe o povo,
dizendo uma das fórmulas usadas por São Paulo em suas cartas: "A graça de nosso Senhor Jesus
Cristo..." e depois saudando-o dizendo: “boa noite, bom dia, seja bem vindo....". Com a resposta, a
assembleia toma consciência de que participa da celebração litúrgica em união com toda a Igreja do
mundo inteiro. Depois, faz uma breve introdução do mistério celebrado e prepara o povo para o Ato
Penitencial.
As primeiras palavras que ouvimos na celebração são palavras bíblicas: Em nome do Pai ... A
graça de nosso Senhor.... Ninguém deverá dizer nenhuma palavra antes da invocação à Santíssima
Trindade. Essa invocação poderá ser cantada, mas não seja longa. Se canta como se reza: Em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e não “Em nome do Pai, em nome do Filho e em
nome do Espírito Santo”.
4 - RECORDAÇÃO DA VIDA:
Recordar é lembrar, trazer de volta ao coração, fatos e acontecimentos alegres ou tristes que
marcaram a vida da comunidade, da cidade, do pai e do mundo, também de alguma pastoral ou
movimento; algo que vale a pena ser trazido para a celebração, de interesse de todos.
Não é necessário fazê-la em todas as missas, mas quando a equipe ou o presidente da celebração
achar conveniente. Pode ser preparada com antecedência; pode-se, ainda, o padre ou o animador
convidar as pessoas a dizerem os motivos espontaneamente.
Exemplo: Recordamos os encontros de nossa comunidade em preparação as Santas Missões
populares! ou Recordamos, com tristeza, a morte prematura de tantos irmãos nossos, vítimas de
abusos e tragédias!
Se for preparada com antecedência, pode ser ilustrada por símbolo. É bom cantar, intercalando os
motivos, ou somente no início e no fim, um refrão como: "Recordações, lembranças da vida
sofrida e querida na festa ou na dor. Pra nós são sinais do Onipotente na vida da gente, amados
Senhor..."
Quando for feito por invocações escritas, que sejam curtas e objetivas, sempre ressaltando a
misericórdia do Cristo. Deve ser na ordem: “Senhor”, “Cristo” e “Senhor”. Quando for cantado,
seja um canto de repouso. Sua melodia seja suave; o acompanhamento do instrumentista seja
quase imperceptível, pois deve traduzir a contrição de quem pede perdão. A simplicidade é a
melhor forma de expressar o arrependimento. Poderá ser acompanhado de gestos de tocar a água,
gestos corporais ou rezado. Também pode-se usar símbolos. Como é um momento de recolhimento
e de arrependimento, não é conveniente que se batam palmas. O Ato Penitencial pode ser feito em
outro momento da celebração como, por exemplo, depois da homilia. Este momento é dirigido a
Jesus, e não as outras pessoas da Trindade. Nenhuma procissão substitui o ato penitencial (exceto
a de Ramos), a não ser que seja preparado dentro do esquema da missa, com esta clara intenção.
O Missal Romano traz excelentes opções para este momento.
6 - HINO DE LOUVOR:
É um Hino muito antigo. Nele a Igreja, reunida no Espírito Santo, entoa louvores ao Pai e dirige
súplicas ao Filho, Cordeiro e Mediador.
É um Hino próprio para o povo cantar (e não recitar) com entusiasmo e alegria em finais de
semana, festas e solenidades e em celebrações especiais. Deve-se evitar as palmas. Este hino não é
cantado e nem rezado no tempo do Advento e na Quaresma. Não pode ser substituído por um outro
canto só porque tem a palavra “glória”. Sua letra deve ser o mais fiel possível ao texto do missal.
Há uma letra oficial da CNBB para ser cantada. Não é um canto trinitário, por isso não deve-se
cantar "glória ao Espírito Santo", mas é Ele quem nos leva a cantar ao Pai e a seu Jesus.
7 - COLETA:
É a oração em que cada um apresenta a Deus as suas intenções, como gratidão, tristeza, pedidos
pela saúde, aniversários, etc.
O presidente convida o povo a fazer silêncio e tomar consciência de estar na presença de Deus e
fazer no próprio íntimo sua oração pessoal. As intenções poderão ser apresentadas em voz alta e
espontaneamente, quando em locais menores; em seguida, o presidente as recolhe (daí o nome
"coleta") e as apresenta a Deus em nome da Igreja reunida.
B. LITURGIA DA PALAVRA
Este momento da celebração visa reavivar o diálogo da Aliança entre Deus e o seu povo, receber do
Senhor uma orientação para a vida, estreitar os laços de amor e fidelidade. A Palavra de Deus
Paróquia São Benedito - Itajubá Página 9
proclamada não só instrui e revela o Mistério da Salvação realizada através da história, mas torna o
Senhor Jesus realmente presente no meio de seu povo. A atitude da assembleia deve ser de escuta.
O povo deve aprender a ouvir, pois é Deus quem fala por meio dos ministros. Faz parte deste
momento:
Quando a Palavra já entrou na Procissão de Entrada, então canta-se um canto de escuta antes da
Primeira Leitura, dispensando os tradicionais comentários. Este refrão pode ser repetido várias
vezes. O Proclamador permanece sentado e espere terminar o canto para então se dirigir até a
Mesa da Palavra. Antes de proclamar, ele deverá fazer vênia ("dobrar os rins") e depois da
proclamação também. Exemplo de canto de escuta: “Deixa-me ficar em paz Senhor, para ouvir tua
Palavra. No coração do meu silêncio, deixa-me ficar em paz”
Quando a Palavra vai ser entronizada em procissão, ela pode ser trazida pelos Proclamadores ou
por outras pessoas, com um canto vibrante de acolhida a Palavra. Também pode ser precedida de
uma rápida dança ou simplesmente entrar acompanhada com velas ou incenso, que deverão vir a
frente. Quando entrar com símbolos, a Palavra deve vir por ultimo. Não precisa fazer vênia quem
está com o símbolo e com a Palavra e também não precisa mostrá-la a assembleia; quem poderá
fazer isto é o presidente, após a proclamação do Evangelho. A Palavra deve ser proclamada
sempre da Bíblia ou Lecionário e jamais de um folheto ou livreto qualquer (Liturgia Diária).
Os Ministros devem saber, com antecedência que irão proclamar a Palavra, a fim de que
preparem-se. Em primeiro lugar, a Palavra deve entrar no coração e na vida do Ministro através
da oração com a Palavra, para depois ser proclamada e realmente revelar o Deus-Palavra a toda
Assembleia. Recomendam-se os seguintes passos:
3. SALMO RESPONSORIAL:
Dentro do diálogo litúrgico, este canto é a resposta da assembleia ao Deus que falou na primeira
leitura. Este canto é o canto mais importante da liturgia da Palavra e por isso nunca deve ser
excluído. Não pode ser substituído por nenhum outro canto, mas que seja um dos 150 salmos, de
acordo com a leitura proclamada.
5. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO:
a aclamação mais utilizada é o "Aleluia". O refrão pode ser seguido de pequena estrofe que prepara
a leitura do Evangelho, já prevista no Lecionário. Não é um canto obrigatório; no entanto, quando
executado, é preciso que seja uma aclamação pessoal ao Senhor. E um verdadeiro "Viva o Verbo de
Deus!". A melhor Aclamação está no próprio Lecionário antes do Evangelho do dia.
Este canto permite a vibração dos instrumentos. Quanto ao versículo poderá ser cantado por um
solista. O Aleluia deverá ser invariavelmente cantado. Aleluia significa louvar a Palavra de Deus,
que liberta e salva os homens. Cantos do tipo "Buscai primeiro...", "Como são belos" ou "A
minh'alma abrirei"... não são apropriados para este momento.
6. EVANGELHO:
É o ponto culminante, para o qual encaminham-se as outras leituras bíblicas. Pode ser proclamado,
cantado ou realizado com a participação de vários leitores.
7. HOMILIA:
Significa "conversa familiar". Na celebração da Palavra um leigo faz a reflexão.
Não é conveniente que passe de dez minutos e seu objetivo é atualizar a Palavra de Deus. Não fica
bem usar deste momento para dar indiretas na assembleia e nem mandar recados pessoais. Em
grupos menores, também pode ser partilhada a Palavra, com a participação de várias pessoas.
Não é momento de fazer exegese bíblica, isto é, ficar explicando detalhes do texto, como se fosse
uma aula. Pode-se comentar todas as leituras ou somente uma delas, de preferência o Evangelho.
8. PROFISSÃO DE FE:
É a proclamação da fé da Igreja. Expressa uma atitude assumida pela comunidade diante da Palavra
anunciada e refletida. Normalmente e rezada apenas no final de semana ou em datas especiais.
Também pode ser cantada, desde que a letra não seja mudada.
9. ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA:
É o momento da comunidade fazer suas preces a Deus. A Assembleia unida eleva suas súplicas
pelas necessidades de toda a Igreja, pelos governantes, pelos que se acham em necessidades, por
todos os homens e mulheres e pela salvação de todo o mundo.
A oração é sempre dirigida a Deus Pai e com referência a liturgia do dia, na seguinte ordem: rezar
pela Igreja, comunidade, povo, intenção especial (pelos falecidos recentemente) e pelas famílias.
Lembramos que as preces podem ser formuladas com antecedência e lidas por alguém da própria
mesa da Palavra. Quem vai ler as preces não precisa fazer vênia. As preces poderão ser
espontâneas, brotadas do coração das pessoas. Sejam curtas, objetivas e dirigidas diretamente ao
Pai, como neste exemplo: "nós vos pedimos, Pai, pelas crianças que sofrem o abandono. Amparai-
as!". Deste modo, dispensam-se as munições "rezemos ao Senhor" ou "cantemos ao Senhor".
“Os fiéis, cheios de gratidão, oferecem a Deus o fruto do seu trabalho, louvando o Senhor e
bendizendo Seu Filho, em cujo corpo serão transformados o pão e o vinho oferecidos. Antes de
receber a comunhão em Cristo, os fiéis se cumprimentam reafirmando a comunhão entre irmãos - e
reafirmam sua adoração a Deus rezando o Pai Nosso, a oração que aprendemos da boca de Jesus.
A celebração eucarística se completa com a partilha do pão e do vinho, a comunhão do sacerdote e
o recebimento da comunhão pelos fiéis”.
Serão apresentados somente o pão e o vinho que serão consagrados e distribuídos em comunhão.
Pode-se preparar a mesa trazendo também a toalha. Não seja colocado nada sobre o altar a não
ser o necessário, para que nossos olhos se concentrem no pão e no vinho. O pão e ovinho
apresentados são os mesmos que serão usados na consagração e não outros. Não é momento para
ofertar outros objetos ou símbolos, a não ser alimentos que serão doados aos mais necessitados.
Pode-se fazer primeiro a procissão dos dons, depois a coleta, enquanto o padre e a equipe de
celebração aguardam sentados. A seguir, faz-se a oração de apresentação dos dons, rezada ou
cantada. Neste momento, dispensam-se outros cantos.
Jesus é a Vítima do Sacrifício que se vai realizar sobre o altar. Ao iniciar a liturgia eucarística,
levam-se para o altar os dons, que se vão converter no Corpo e Sangue de Cristo.
Chegamos à Oração Eucarística, o ritual central da Missa. É o momento em que Deus vai atender
a súplica dos fiéis e santificar as oferendas transformando o pão e o vinho no Corpo e no Sangue
de Jesus. O celebrante lembra que agora, mais do que nunca, o pensamento de todos deve estar
voltado para o Senhor e por isso trava com os fiéis este diálogo.
2. ORAÇÃO EUCARÍSTICA:
É uma oração do povo sacerdotal chamado a celebrar a Aliança, que Deus, seu parceiro, estabeleceu
por meio da Páscoa de seu Filho. É um todo, cuja unidade de estrutura e gênero literário devem ser
respeitadas.
Antes do início da narrativa do prefácio a comunidade poderá apresentar os motivos pelos quais
dá graças a Deus. Os motivos apresentados deverão ser curtos e dirigidos a Deus Pai. Podem ser
acompanhados de símbolos e intercalados com um refrão de ação de graças. Ex. Nós vos damos
graças, Senhor, pela vida de nosso padre... (canto: Demos, graças, ao Senhor...). Pode-se usar
incenso, a cada louvação. Caso se opte por ele, que seja preparado um local próximo do altar,
para que todos se concentrem nele.
Após a comunidade apresentar sua ação de graças, o Presidente conclui com a oração do prefácio
que se encerra com o" Santo".
d) Aclamações da Oração:
Há uma série de aclamações particulares para as Orações Eucarísticas, que podem ser cantadas ou
rezadas. É a intervenção da assembleia.
e) Epíclese:
É a invocação ao Espírito Santo sobre o pão e o vinho, que os transformará no Corpo e no Sangue
de Cristo. O presidente (e concelebrantes) estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Espírito
Santo que os transforme no Corpo e no Sangue de Jesus (“Santificai, pois, estas oferendas...”).
Perguntas:
1. Em que consiste o rito da aclamação memorial e quem o realiza? Qual é o mistério da fé a que
se refere a aclamação?
"... o 'mistério da fé' que aclamamos é o mistério pascal de Cristo e nossa participação nele pelo
sacramento da eucaristia (que supõe a incorporação ao corpo de Cristo já realizado pelo batismo).
(...) Mas o mistério pascal não se detém no presente de nossa participação, senão que inclui o futuro
da parusia. (...) e o mistério pascal do cosmos, pois com ele o cosmos se transfigurará no novo céu e
na nova terra (...). Fazemos memória do futuro contido em promessa no mistério pascal de Cristo."
"A Tradição (... ) é esse 'recordar-se’ que se dá pela ação do Espírito Santo na transmissão da
Palavra, na conformação cristã da existência cristã por meio do amor ao necessitado (cf. Hb 13,3),
na celebração da liturgia. Não se trata de uma recordação historizante, nem intelectualista, nem
doutrinária, mas de uma vivificação pela Palavra numa vivência celebrada na liturgia sob a ação do
Espírito Santo de Cristo.
3. O que vem antes e o que vem depois da aclamação memorial na liturgia eucarística?
antes: Façam isto para celebrar a minha memória (mandado de Jesus);
depois: Celebrando, pois, a memória. (+ ação do Espírito Santo).
- Referência Bíblica fundamental: ICor 11,26: Toda vez que vocês comem deste pão e bebem deste
cálice, anunciam a morte do Senhor, até que ele venha.
- O “tempo” em que se move o memorial:
- Ontem: morte/ressurreição
- HOJE: anunciamos, proclamamos
- Futuro: até que Ele venha - Vinde
h) Memorial e oblação:
Em seguida, faz-se o verdadeiro OFERTÓRIO da missa: o próprio Cristo é oferecido ao Pai pelo
padre, em nome de toda a assembleia. Já não se trata mais de pão e o vinho, mas do Corpo e o
Sangue de Jesus.
k) Doxologia Final:
Com as palavras solenes do “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...” e o gesto de erguer o Pão e o
Vinho, o padre conclui a grande prece de ação de graças e súplica iniciada pelo Prefácio. O povo
"assina em baixo", proclamando o Amém, que quer dizer "Eu concordo e aceito ". Aqui fica bem
tocar os sinos e cantar com entusiasmo e alegria. E como um grande brinde!
O Pai Nosso também poderá ser cantado, desde que não se mude a letra, que é bíblica. Ele tem
grande força e significado. E um dos grandes pontos da missa. Por isso, o cantar coletivo do Pai
Nosso é muito significativo na celebração. Se não for cantado por todos, é preferível que seja
recitado. Os instrumentos tem uma participação simples, de sustentação, evitando distrair das
palavras desta oração maravilhosa.
5. ABRAÇO DA PAZ:
Nele fazemos um gesto de fraternidade, reconciliando-nos uns com os outros, para podermos receber, bem
preparados, o Pão da Vida, Fonte da verdadeira Paz.
Dentro da celebração Eucarística não deve haver canto da paz para não acontecer a dispersão da
assembleia para o próximo momento que é a fração do pão. O abraço da paz se dá aqueles que estão
ao nosso lado. Não é momento de andar pela igreja.
O abraço da paz é um rito móvel, podendo ser colocado em outras partes da Missa (Acolhida,
depois do Ato Penitencial, depois da Liturgia da Palavra ou no final da celebração... ). Não é
necessário que aconteça em toda celebração, para não se tornar um gesto rotineiro ou banal.
Quando há o abraço, dispensa-se a música.
Este gesto de repartir é acompanhado pelo canto do Cordeiro de Deus. No caso de acontecer a
redistribuição das partículas consagradas ou pão ázimo em outros recipientes repete-se várias
vezes a primeira parte do canto e, somente após o término da fração, canta-se " dai-nos a paz".
7. COMUNHÃO:
Comungar o Pão Vinho consagrados significa que queremos estabelecer a comunhão fraterna com
Deus e com todos. A comunhão eucarística é o ápice e a síntese de outras experiências do Senhor
Ressuscitado presente entre nós. Buscando o alimento espiritual, manifestamos que estamos
dispostos a partilhar com os irmãos o alimento material. O ato de participar da Missa sem
comungar, participando só externamente pelos cantos e diálogos, não satisfaz a exigência
fundamental da intenção de Jesus, que é a de se entregar como comida e bebida para que tenhamos
a vida. Algumas pessoas, por motivos particulares ou obrigados pela própria disciplina da Igreja,
estão impedidas de comungar.
Incentive-se, neste caso, a comunhão da Palavra de Deus, que também é alimento. Porém, quem
pode comungar não deve ficar sem receber Jesus, pois Ele é Dom, é Graça; e para gente que está a
caminho, que erra, que falha..., que busca viver o Evangelho. Se alguém não está se sentindo em
condições de receber a comunhão por algum motivo, que procure o sacerdote e faça uma boa
confissão para depois comungar. Não é necessário confessar toda vez que vai comungar, mas
quando a consciência assim o exigir.
“A Igreja de Jesus Cristo não é a Igreja dos perfeitos. Se assim fosse eu seria o
primeiro a ser expulso, mas você viria logo em seguida“.
Pode ser como de costume ou, preferencialmente, sob as duas espécies: Pão e Vinho. Isso depende
da equipe de celebração e orientação do Presidente da Celebração. Deverá ser acompanhado peto
canto que será de acordo com o Evangelho, e exige a participação de todo o povo.
Como fica difícil cantar na fila de comunhão, sugere-se que o canto tenha refrão curto e fácil, a fim
de que possa ser expressão da unidade da assembleia. Depois de terminada a comunhão, então
faça-se o silêncio em reverência ao Cristo-Pão. Não é momento para pedir ou dar graças, mas
para mergulhar no Mistério de nossa comum-união com o Senhor. Não é momento para conversar.
Podem ser dispensados os tradicionais cantos de "ação de graças".
Quem vai receber a Eucaristia deve-se manter na posição em pé, no sentido de prontidão, de
quem vai ao encontro do Senhor. Não deve sentar-se. Só depois de receber a Eucaristia se senta.
8. ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO:
É a oração que nos compromete a atitudes gestos concretos de vivência da Eucaristia.
1. AVISOS:
Logo após a Oração pós-comunhão, pode-se dar os avisos e fazer homenagens e agradecimentos,
mas nunca antes da oração. E recomendável que sejam dados avisos estritamente necessários.
Coisas que podem ser combinadas em grupos pequenos não sejam levadas para os avisos.
2. BÊNÇÃO FINAL:
tem o duplo sentido de louvor e de súplica. Diante das maravilhas de Deus, o cristão bendiz,
glorifica e exalta o Senhor do universo, mas também lhe pede sua santidade e seu poder.
Ha uma série de bênçãos previstas no Missal Romano. É importante usá-las com mais frequência
3. DESPEDIDA:
A missa termina, mas a missão do cristão continua. Daí, a necessidade de contar com a ajuda de
Deus para ser fiel.
Uma saída em silêncio geralmente é fria. Por isso é preciso criar atmosfera de alegria, na saída.
Para isso os instrumentistas podem cantar um solo que combine com a celebração. Da mesma
forma que o canto de entrada dê ânimo ou dê desânimo a toda celebração, o canto final é a ultima
impressão que se leva da celebração. Portanto esse canto deverá ser executado de tal forma a criar
uma predisposição para retornar a Festa Eucarística. E um canto próprio do grupo de canto. Não
convém "segurar" o povo para cantar. O "vamos em paz" é pra valer!