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Neste fichamento serão tratadas apenas as três primeiras fases: a fase elitista
(1950-1964), a fase populista (1964-1975), a fase do desenvolvimento tecnológico
(1975-1985).
“Foi nessa época que a TV Record, fundada em 1953, viveu seu período de
ouro com os programas musicais e o sucesso dos festivais de música. A TV Record
chegou a ocupar o primeiro lugar entre as emissoras de maior audiência no país, até
que, devido a uma série de incêndios ocorridos entre 1968 e1969, entrou em
decadência. Em meados de 1970, recuperou-se financeiramente e hoje está entre as
cinco redes de televisão com maior número de emissoras afiliadas.” (Pg. 93)
“Apesar de a indústria televisiva estar sob o controle oficial desde o seu inicio,
até o General Garrastazu Médici assumir a Presidência, o governo se limitava a alocar
frequências e a conceder licenças, além de exercer a censura de programas e de
transmitir uma série de considerações e recomendações sobre o conteúdo. A maior
preocupação do Estado era com os aspectos tecnológicos da televisão. A partir de
Médici (1969-1974) o governo começou a se preocupar diretamente com o conteúdo
dos veículos de comunicação, destacando-se aqui o da televisão”.
“Esta segunda fase da televisão brasileira tem como característica mais importante a
absorção dos padrões de administração, de produção de programação pela televisão
nacional. As empresas de televisão do eixo Rio-São Paulo reforçaram seu papel de
intermediárias entre a indústria cultural multinacional e o mercado brasileiro e , por
outro lado, amealharam, através das redes, um mercado cativo para os seus produtos.
Com uma estrutura administrativa e financeira mais sólida, adaptada à etapa da
expansão do capitalismo brasileiro com uma concentração de capital, se os percalços
que o pioneirismo colocou no caminho da Rede Tupi, e com uma industrialização
firmemente assentada no Brasil, voltada para o consumo, a Rede Globo começou a
ganhar a guerra da audiência. Em relação à programação, baseou-se no sucesso de
novelas radiofônicas para implantar igual linha de programação na televisão, a
telenovela, junto com programas de auditório. Só que, a partir deste momento todas as
ações perdiam a espontaneidade para se inserirem nos planos de marketing.” (pg.
100)
“Esta fase caracteriza-se, também, pelo fim da censura prévia aos noticiários e
à programação de televisão, coim a revogação do Ato Institucional n. 5 pelo
Presidente Ernesto Geisel em 1978. Durantes os governos militares, os atos
institucionais permitiram ampliar o controle dos veículos de comunicação pelo Estado.
O Artigo 16 do Ato Institucional n.2 de 27 de outubro de 1965, baixada pelo General
Castello Branco, facultava ao presidente, além de outros poderes, o de violar a
liberdade de imprensa. No período de 1968 a 1979, o crescimento da televisão
ocorreu com os veículos operando sob as restrições impostas pelo Ato Institucional
n.5, de 13 de dezembro de 1968, o qual concedia ao Poder Executivo Federal o direito
de censurá-los. O AI-5 foi revogado pelo Presidente Ernesto Geisel em 1978.” (pg.
122)
“Durante a fase anterior, o governo criou condições para a expansão dos
serviços de transmissão, mas estabeleceu as agências controladoras. Entretanto,
somente a partir de 1970 o governo começou a expressar suas preocupações em
relação à influência dos conteúdos dos programas veiculados sobre a população.” (pg.
113)