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Autor:
Sergio Henrique
Aula 04
20 de Agosto de 2021
Sergio Henrique
Aula 04
SUMÁRIO
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Prof. SérgioHenrique
Henrique
Aula
Aula 05 -04
Geografia do Rio Grande do Norte I.
1. GEOLOGIA
O Estado do Rio Grande do Norte localiza-se geotectonicamente na Província Borborema,
Subprovíncia Setentrional. Seu substrato é constituído por rochas pré-cambrianas que ocupam cerca
de 65% de sua área territorial e por rochas sedimentares mesocenozóicas que recobrem a porção
restante. O substrato pré-cambriano compreende três domínios tectonoestruturais, o Domínio
Jaguaribeano, a oeste, o Domínio Rio Piranhas-Seridó, parte central e o Domínio São José do
Campestre, a leste, limitados por duas importantes zonas de cisalhamento brasilianas, a oeste a zona
de cisalhamento Portalegre e a leste a zona de cisalhamento Picuí-João Câmara.
O Domínio Jaguaribeano, pouco representativo no estado, congrega predominantemente
rochas metaplutônicas migmatizadas do Complexo Jaguaretama do Riaciano, uma sequência
metassedimentar com metavulcânicas subordinadas correspondente ao Grupo Serra de São José e
o magmatismo anorogênico da Suíte Serra do Deserto, estas últimas unidades do Estateriano.
O Domínio Rio Piranhas-Seridó encerra um embasamento de idade riaciana/orosiriana com
prováveis remanescentes arqueanos, denominado de Embasamento Rio Piranhas e uma cobertura
de rochas supracrustais ediacaranas que constituem a Faixa Seridó, filiada à Orogênese Brasiliana.
O Embasamento Rio Piranhas é constituído pelo Complexo Caicó, o qual encerra unidades
metavulcanossedimentar e metaplutônica, e pela suíte sin a tardiorogênica Poço da Cruz. A Faixa
Seridó, formada pelo Grupo Seridó, consta de uma sequência inferior metavulcanossedimentar
designada de Formação Serra dos Quintos, das unidades de rochas siliciclásticas e carbonáticas de
ambiente plataformal representadas pelas formações Jucurutu e Equador e, no topo, de uma
sequência turbidítica flyschóide pertencente à Formação Seridó.
O Domínio São José do Campestre apresenta um bloco paleo-meso-neoarqueano, o Núcleo
Bom Jesus-Presidente Juscelino, em torno do qual se aglutinam unidades litoestratigráficas do
Riaciano. O núcleo arqueano congrega o Metatonalito Bom Jesus que constitui o fragmento de
crosta mais antigo da plataforma Sul-americana (3,5-3,4 Ga), o Complexo Presidente Juscelino
formado por ortognaisses e migmatitos de afinidades TTG, o Complexo Brejinho que se caracteriza
por incluir rochas peraluminosas de composição TTG, o Complexo Senador Elói de Souza composto
por uma associação de rochas metamáficas, e por último o Granitóide São José do Campestre que
congrega rochas subalcalinas constituindo os termos petrográficos mais evoluídos e diferenciados
do núcleo arqueano. As unidades litoestratigráficas paleoproterozóicas reúnem os complexos João
Câmara, Santa Cruz e Serrinha-Pedro Velho.
A estrutura geológica do Rio Grande do Norte é formada por rochas cristalinas e rochas e
terrenos sedimentares.
Toda a parte do Centro-Oeste e grande parte do Sul (cerca de 60%) do território estadual é
formada por rochas cristalinas e terrenos antigos, com origem no período geológico chamado de
Pré-Cambriano.
São rochas que se formaram quando a Terra deixou de ser uma bola de fogo e a crosta
terrestre começou a se solidificar. Essas rochas e terrenos, que constituem mais da metade da
geologia do Pré-Cambriano do Estado, são terrenos antigos, formados por rochas resistentes, tais
como os granitos, os quartzitos, os gnaisses e os micaxistos, onde são encontrados os seguintes
minerais: scheelita, berilo, cassiterita, tantalita, ferro, micas, ouro, cobre, columbita, enxofre, barita,
corindon e alguns tipos de gemas, tais como: a água-marinha, turmalina e quartzo, conforme
detalhamento do mapa “Rio Grande do Norte - Ocorrências minerais”.
A outra estrutura geológica que ocupa as partes Centro-Norte e todo o litoral do Estado é
formada por rochas e terrenos sedimentares, de formação mais recente, que datam de eras
geológicas chamadas de Mesozoica e Cenozoica.
Nessa geologia de rochas e terrenos sedimentares, representada no mapa do esboço
geológico dunas, terrenos da formação Barreiras, Calcário Jandaíra e Açu, encontram-se minérios
importantes para a economia do Estado. É o caso do petróleo, da água dos lençóis subterrâneos, do
calcário (matéria-prima para a fabricação do cimento), da argila para a fabricação de telhas e tijolos,
da diatomita que é usada na indústria de papel, da porcelana, do plástico e da cerâmica branca.
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho – 2011
✓ Gemas - água marinha, ametista, córindon (variedades safira e rubi), cordierita (variedade
iolita), esmeralda, euclásio, granada (variedade espessartita), lazulita, quartzo róseo,
turmalinas coradas (elbaítas) e berilo para coleção;
✓ Metais nobres - ouro;
✓ Metais ferrosos - minério de ferro, minério de molibdênio (molibdenita) e minério de
tungstênio (scheelita);
✓ Metais não ferrosos e semimetais - berilo, tantalita-columbita, minério de lítio
(ambligonita e espodumênio), minério de cobre e minério de titânio e zircônio (ilmenita,
rutilo e zirconita);
✓ Materiais de uso na construção civil - areia, argilas comum e plástica (ball-clay), argilito,
cascalho, pedra britada, rocha ornamental e pedra de cantaria;
✓ Rochas e minerais industriais - amianto, barita, caulim, diatomita, enxôfre nativo,
feldspato, fluorita, gipsita, celestita, marga dolomítica, mica, quartzo, rochas carbonáticas
(calcário, dolomito e mármore), sal marinho, talco e vermiculita;
✓ Recursos minerais energéticos - minério de tório (monazita), minério de urânio, petróleo,
gás natural e turfa.
2. RELEVO
Os terrenos encontrados na superfície da Terra tomam diversas formas, que se modificam ao
longo do tempo pela ação dos elementos da natureza (ventos, chuvas, rios) e pela ação dos seres
vivos: homens e animais. Essas formas encontradas na superfície terrestre são chamadas no seu
conjunto de relevo.
No Rio Grande do Norte, as principais formas de relevo são representadas pelas Planície
Costeira, Planícies Fluviais, Tabuleiros Costeiros, Depressão Sertaneja e Chapada do Apodi.
de preservação permanente (APPs), de grande relevância para a biota costeira (área de reprodução
de peixes, crustáceos e aves), expressivas áreas de manguezais foram destruídas para implantação
de polos de carcinocultura (criação de camarão), assim como no litoral norte, nos baixos cursos dos
rios Piranhas-Açu e Apodi, para produção de sal. Macau e Areia Branca constituem o mais
importante polo salineiro do país.
Terrenos baixos e planos, situados nos lados dos rios. Podem também ser chamados de vales
(vale do rio Ceará-Mirim, vale do Açu) e de várzea, inundados nas enchentes de alguns dos rios do
Estado, como: Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró, Ceará-Mirim, Potengi, Trairi, Jacu e Curimataú.
Nas várzeas desses rios, próximo à desembocadura, vamos encontrar, nas áreas inundadas
pelas marés, a vegetação de mangue.
Dentre as planícies fluviais do estado do Rio Grande do Norte, ênfase especial deve ser dada
aos extensos fundos de vales dos rios Piranhas-Açu e Apodi, situados no norte do estado. Essas
unidades deposicionais recentes consistem de vastas planícies de inundação (R1a) em superfícies
sub-horizontais, constituídas de depósitos arenoargilosos a argiloarenosos, com terrenos
imperfeitamente drenados, sendo periodicamente inundados. Os solos desenvolvidos nessa
unidade são Neossolos Flúvicos eutróficos e, subordinadamente, Planossolos hidromórficos e
Vertissolos hidromórficos, com forte influência de transporte de sedi-mentos oriundos do
intemperismo de calcários da Formação Jandaíra, apresentando, portanto, boa fertilidade natural.
Os referidos terrenos estão francamente utilizados por atividades agrícolas, em especial, fruticultura
e, subordinadamente, agricultura de subsistência, sendo essas atividades mais importantes nos
trechos do médio/baixo curso dos rios Piranhas-Açu (cuja cidade-polo é Açu) e Apodi (cuja cidade-
polo é Mossoró). No vale do rio Piranhas-Açu, destacam-se as cidades de Açu, Ipanguaçu,
Carnaubais, Alto do Rodrigues e Pendências, todas a jusante da barragem de Jucurutu. No vale do
rio Apodi, por sua vez, destacam-se as cidades de Apodi, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado
e Mossoró.
Os tabuleiros estão posicionados em cotas entre 30 e 100 m, sendo que estas são crescentes
à medida que essas formas de relevo avançam em direção ao interior. As amplitudes de relevo locais
variam de 20 a 50 m, com geração de vastas superfícies planas a suavemente inclinadas nos topos.
Próximo ao litoral, os tabuleiros estão frequentemente soto-postos aos campos de dunas e, por
vezes, atingem a linha de costa, formando falésias. Os canais principais esculpem vales amplos e
encaixados em forma de “U”, resultantes de processos de entalhamento fluvial e notável
alargamento das vertentes do vale, via recuo erosivo de suas encostas.
Os Tabuleiros Costeiros são individualizados em duas seções principais: uma porção voltada
para o litoral leste, de clima úmido a semiúmido em zona de Mata Atlântica transicional para o
agreste; uma porção voltada para o litoral norte, de clima semiárido em zona de Caatinga.
Os Tabuleiros Costeiros do litoral leste estão invariavelmente embasados em rochas
sedimentares pouco litificadas, de idade terciária, do Grupo Barreiras. Esses tabuleiros estão
delimitados, a leste, pelas planícies costeiras e, a oeste, pelas superfícies aplainadas da Depressão
Sertaneja.
Predominam solos espessos e de baixa fertilidade natural, tais como Latossolos Amarelos
distróficos, Argissolos Vermelho-Amarelos distróficos e Neossolos Quartzarênicos. Esses solos
planos e bem drenados, sob clima úmido, são propícios à expansão da monocultura canavieira,
restrita ao sul do estado, entre a divisa com o estado da Paraíba e a cidade de Canguaretama.
Terras planas, ligeiramente elevadas, formadas por terrenos sedimentares, cortados pelos
rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu.
As extensas superfícies desses baixos platôs foram convertidas para fruticultura irrigada, em
especial, na Chapada do Apodi, situada no oeste do estado, junto à divisa com o estado do Ceará. As
rochas sedimentares da Bacia Potiguar, além de desenvolverem solos férteis, apresentam elevado
potencial hidrogeológico, o que garante disponibilidade de água subterrânea abundante,
armazenada em aquíferos confinados em região de escassez de água superficial. A Bacia Potiguar
também representa uma unidade geotectônica com expressivas reservas de petróleo, fato este
documentado na paisagem geográfica devido à presença disseminada de “cavalos-de-pau”, que
consistem em estruturas mecânicas que bombeiam o óleo para a superfície.
Tendo uma economia de base diversificada (fruticultura irrigada na Chapada do Apodi;
produção de petróleo; agricultura de subsistência e fruticultura nas planícies fluviais; produção de
castanha-de-caju na serra do Mel; indústria salineira em Macau e Areia Branca), a cidade de Mossoró
tornou-se um importante polo regional calcado em uma economia dinâmica e pujante. Destacam-
se, ainda, nessa unidade, as cidades de Jandaíra e Baraúna. As cidades de João Câmara, Ipanguaçu e
Apodi, por sua vez, localizam-se no sopé do rebordo erosivo que delimita a Bacia Potiguar.
Terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude. No nosso
Estado, essa depressão ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema.
Terrenos antigos, formados pelas rochas Pré-Cambrianas, como o granito, que se estendem
por terras do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. É nessa forma de relevo que
vamos encontrar as serras e picos mais altos do Estado.
No estado do Rio Grande do Norte, o Planalto da Borborema consiste de parte do seu rebordo
norte, com amplitude de relevo variando de 300 a 700 m. Por se tratar de uma área bastante
dissecada por processos erosivos, essa morfologia planáltica compreende um diversificado conjunto
de padrões de relevo composto de morros e serras de cotas mais baixas (R4b), pequenas cristas e
esparsas superfícies planálticas (R2b3) com platôs (R2c) recobertos por coberturas cenozoicas,
delimitados por curtos rebordos erosivos (R4e) e escarpas serranas (R4d), com alguns segmentos de
relevo montanhoso destacados (R4c), representando relevos residuais remanescentes do grande
planalto. No extremo norte da área planáltica, encontra-se entremeando o domínio serrano, um
conjunto de colinas dissecadas (R4a2) com as cotas mais baixas desse conjunto de relevos.
Nos planaltos, predominam os processos de pedo-gênese (formação de solos espessos e bem
drenados, em geral, com baixa a moderada suscetibilidade à erosão). Apresentam ocorrências
erosivas esporádicas, restritas a processos de erosão laminar ou linear acelerada (ravinas e
voçorocas).
A vertente leste – ou vertente atlântica –, drenada pelos rios Potengi, Salgado e Japi em
direção à Zona da Mata Nordestina, representa uma área um pouco mais úmida situada na vertente
a barlavento da Borborema, em ambiente de agreste, com agricultura de subsistência intensiva.
Devido a essa barreira orográfica, os ventos alíseos de leste (Massa Equatorial Atlântica), impelidos
a galgar o planalto, promovem maior pluviosidade, em especial, no inverno.
A vertente oeste – ou vertente interiorana – é drenada pelo rio Piranhas-Açu para a
Depressão Sertaneja em localidades como Caicó. Essa região é regionalmente conhecida como
Seridó, área de progressivo processo de desertificação devido à perda completa da exígua cobertura
de solo e exposição irreversível da rocha aflorante. Trata-se de área semiárida, situada na vertente
a sotavento da Borborema. Nesse caso, os ventos alíseos ultrapassam o Planalto da Borborema sem
umidade em pleno domínio da caatinga.
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
3. SOLO
O solo é toda a terra que cobre a superfície do nosso planeta. Estudá-lo é importante porque
é nele que cultivamos as plantas, construímos nossas casas, ruas, edifícios, etc. É ele também
que, através das raízes das árvores, sustenta e dá apoio aos vegetais.
Formado por argilas, areias, cascalhos, pedras e por matéria orgânica, de origem animal e
vegetal, o solo pode ser fértil ou não, dependendo da composição desses elementos.
No Rio Grande do Norte, os solos se apresentam bastante variados; os tipos mais significativos
são: pedregosos, conhecidos cientificamente como solos Litólicos e Bruno Não Cálcico. Esse tipo de
solo ocupa todo o Centro- Sul do Estado; arenosos ou de tabuleiros, conhecidos pelos nomes
científicos de Areias Quartzosas e Latossolos Vermelho-Amarelo, que ocupam quase todo o litoral
do Estado; solos argilosos, denominados de Podzólico.
Vermelho-Amarelo, que por sua vez, ocupam algumas áreas do Estado, principalmente o alto
Oeste, na região chamada de Tromba do Elefante.
Ainda são encontrados os solos calcários, também denominados de Rendzina,
especificamente nos terrenos da Chapada do Apodi, a oeste do Estado, onde predomina também
um tipo de solo característico de terrenos sedimentares, conhecido cientificamente como Cambisol
Eutrófico.
Os solos salinos, também chamados de Solonchak e Solonetz, são outro tipo de solo que
ocorrem em pequenas áreas do território estadual. Além desses, temos os solos de várzea, também
conhecidos como solos aluviais, que margeiam alguns dos nossos rios, como é o caso do Piranhas-
Açu. Por fim, os solos de mangues, que ocorrem principalmente nas desembocaduras dos rios, como
o Potengi e o Curimataú.
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
profunda (as Areias Quartzosas) quanto na forma rasa e pouco profunda (os Litólicos),
com fertilidade que vai de baixa, nas Areias Quartzosas, a alta, nos Litólicos.
✓ Planossolos (Soloncharks–Sálico, Solonetz–Solodizado) – estão presentes em pequenas
áreas do Estado. São solos de rasos a pouco profundos, com limitação de moderada a
forte para uso agrícola, em consequência das más condições de drenagem do solo e dos
teores de sódio trocável, que variam de médio a alto.
✓ Argissolos (Podzólicos Vermelho-Amarelos) – ocupam, principalmente, a região do Alto
Oeste. Caracterizam-se por serem solos medianamente profundos a profundos,
fortemente a moderadamente drenados, com baixos teores de matéria orgânica,
possuindo grande potencial agropecuário.
✓ Cambissolos Eutróficos – característicos de áreas de relevo plano a fortemente ondulado,
sob a vegetação de caatinga hipo e hiperxerófila, são solos rasos a profundos, bem
drenados, desenvolvidos a partir de diversas rochas, como calcário, granito e migmatito.
✓ Solos de mangue – presentes nas desembocaduras dos rios, como o Potengi e o
Curimataú, e caracterizam-se por apresentar salinidade e grande quantidade de matéria
orgânica
✓ Chernossolos (Rendzinas) – localizados na chapada do Apodi, são solos alcalinos rasos
moderados a imperfeitamente drenados e derivam de calcários.
4. CLIMA
Felipe, Rocha e Carvalho (2011) classificam dividem o clima do Rio Grande do Norte em cinco
tipos climáticos: úmido, subúmido, subúmido seco, semiárido e semiárido intenso. Essa
classificação leva em conta os anos em que as chuvas caem com regularidade, como é o caso de
2006, as médias anuais de precipitações e as isoietas. Vejamos as características de cada um desses
climas:
✓ Clima úmido: clima de uma pequena área do litoral do Estado, que vai de Baía Formosa
ao de Nísia Floresta. A média anual de chuvas é de 1.200 milímetros. Esse clima, na
classificação de Köppen, equivale ao tropical chuvoso, com verão seco e com a estação
chuvosa prolongando-se até os meses de julho/agosto.
✓ Clima subúmido: esse clima vai do litoral de Parnamirim/Natal até o litoral de Touros,
abrangendo também trechos da região serrana de Luís Gomes, Martins, Portalegre e as
partes mais elevadas da Serra João do Vale. As médias pluviométricas anuais situam-se
entre 800 e 1.200 milímetros de chuvas. Equivale na classificação de Köppen ao clima
tropical chuvoso, com inverno seco e a estação chuvosa prolongando-se até o mês de
julho.
✓ Clima subúmido seco: esse clima abrange da chapada do Apodi e das serras de Santana,
São Bernardo e Serra Negra do Norte. As médias de precipitação são de 600 e 800
milímetros de chuvas/ano. Na classificação de Köppen esse clima equivale à transição
entre o tropical típico (Aw) e o semiárido (Bs).
✓ Clima semiárido: abrange o vale do Açu, parte do Seridó e do Sertão central e o litoral
que vai de São Miguel do Gostoso ao município de Areia Branca. Portanto, é o de maior
abrangência no Estado. Nesse clima as médias variam de 400 a 600 milímetros de
chuvas/ano. Na classificação de Köppen equivale ao clima semiárido (Bs).
✓ Clima semiárido intenso: é o mais seco do Estado, a média anual fica em torno de 400
milímetros de chuvas. Esse tipo climático equivale na classificação de Köppen ao clima
árido (Bw) e abrange os municípios de Equador, Parelhas e Carnaúba dos Dantas, no
Seridó, e São Tomé, Lajes, Pedro Avelino, Fernando Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra.
continentais adjacentes como no caso do RN. O sistema compõe o que Nímer (1977) denominou de
correntes perturbadas de Norte.
A confluência dos alísios de Nordeste e de Sudeste e a convergência de massas em baixos
níveis favorecem o transporte de umidade e o aumento da atividade convectiva, em especial sobre
o NEB. Pode-se dizer que na ZCIT ocorre a confluência das Massas Equatoriais do Atlântico Norte e
Sul, adentrando no Rio Grande do Norte uma massa de ar unificada denominada Massa Equatorial
Atlântica (mEa), por causa da predominância desse sistema equatorial de duas estações, uma
chuvosa e outra seca, saiu a denominação do Clima Tropical de Zona Equatorial, que ocorre no meio-
oeste do estado.
Em relação ao Atlântico Equatorial, a ZCIT migra sazonalmente de sua posição mais ao norte
(14ºN, agosto-setembro), para sua posição mais ao sul (2ºS, março-abril). Afirmam ainda que “em
1 o da costa nordestina”. Essas posições tratam do
anos chuvosos, a ZCIT pode atingir até 5ºS, p ert
centro de atuação do sistema, em sua banda principal, podendo ocorrer uma banda secundária no
Hemisfério Sul (HS) que chegam a atingir o estado de Sergipe.
O fator maritimidade tem forte efeito sob o clima do RN nos totais pluviométricos, mesmo
nos meses de atuação da ZCIT. Basta comparar os totais pluviométricos registrados em Natal (1562,7
mm/ano em média) no litoral oriental e São Paulo do Potengi (557,2 mm/ano em média) afastada
apenas 64 km de Natal em linha reta. Entre março e maio precipita em média mais 690 mm em Natal
(mais que o total anual de São Paulo do Potengi) enquanto que no segundo, a média nesses mesmos
três meses não chega a 390 mm/ano.
Um sistema atmosférico de mesoescala é o segundo em importância nos totais de
precipitação pluviométrica no RN, são as Perturbações Ondulatórias no Campo dos Alísios (POA),
que ocorrem graças à penetração profunda de sistemas frontais do Hemisfério Norte (HN), em
latitudes equatoriais. As POA se propagam para oeste, cruzam o Equador, mas não se desenvolvem
sobre o oceano. Porém, geralmente, intensificam-se quando chegam à costa devido ao aumento de
convergência de umidade e ao contraste térmico continente-oceano (Molion e Bernardo, 2002). Em
caso de associação entre POA e brisa marítima, chegam a penetrar 300 km para o interior do
continente, levando chuvas até a Borborema Potiguar, ou mesmo nos outros planaltos interiores
(associada ao efeito orográfico). Já em caso de confluírem com a brisa terrestre, podem provocar
tempestades com precipitações superiores aos 50 mm/dia, o que ocorre, geralmente, nas
madrugadas e início da manhã, sendo comum ocorrer no litoral oriental do estado.
A brisa terrestre é, portanto, um fator que concorre para o aumento das precipitações no
litoral oriental. De modo contrário, as regiões produtoras de sal marinho do litoral setentrional, são
extremamente desfavorecidas do ponto de vista de precipitação pelo fenômeno da brisa terrestre,
que tende a afastar os ventos sinóticos da costa, gerando convergência de nuvens de chuva sobre o
oceano, o que diminui seus totais pluviométricos, assim como a frequência de chuvas. Essa
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
Os seis climogramas seguintes representam o tipo Tropical de Zona Equatorial. Currais Novos
exemplifica uma área da Borborema de clima semiárido com oito meses secos e curta estação
chuvosa de fevereiro a maio, com trimestre mais chuvoso de fevereiro a abril, ou seja, com chuvas
de verão-outono. Essa é a principal característica desse tipo climático que ocupa grande área do
Nordeste Setentrional e a maior parte do RN.
O Sítio Recanto é a área mais árida do estado, com apenas 400,8 mm/ano em média e com
estação chuvosa de apenas três meses, de março a maio (chuvas de verão-outono) sendo os outros
nove meses secos.
Macau é a cidade litorânea mais seca do Brasil, com oito meses secos, estação chuvosa de
verão-outono, indo de fevereiro a maio, precipitação média anual de apenas 537,6 mm. A aridez
dessa área se deve em maior parte aos fenômenos de brisa de terra-mar já explicados. Caicó, no
Sertão do Seridó tem clima semiárido com se te meses secos, sendo o trimestre mais chuvoso de
9
fevereiro a abril (chuvas de verão-outono).
5. VEGETAÇÃO
As formações vegetais estão diretamente relacionadas aos fatores climáticos, ao tipo de solo
e ao relevo. No Rio Grande do Norte, essas formações vegetais vão determinar sete ambientes
ecológicos, também denominados de ecossistemas: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Floresta das
Serras, Floresta Ciliar de Carnaúba, Vegetação das Praias e Dunas e os Manguezais. Ao longo dos
séculos, as formações vegetais que caracterizavam o Rio Grande do Norte foram vítimas de muitas
agressões. A cobertura vegetal primitiva foi quase toda destruída. O que hoje existe é uma vegetação
secundária, apresentando um porte bastante inferior em relação ao passado.
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
A vegetação do Rio Grande do Norte é marcada pelo fim da floresta tropical na faixa leste do
território brasileiro. Tal vegetação ocupa uma pequena porção do estado, marcando a separação
entre a zona úmida e o sertão. Junto à costa, aparecem a vegetação litorânea e os manguezais. Mas,
na maior da parte do estado, o que predomina mesmo é a caatinga com destaque para a região do
Seridó, onde suas espécies apresentam feições subdesérticas.
A Caatinga, palavra de origem indígena, significa “mato branco” (tupi) ou seridó (cariri),
referindo-se à aparência da vegetação no período seco. Existem outras denominações populares -
carrasco, sertão, etc. É a vegetação que caracteriza o semiárido norte-rio-grandense, com uma
predominância de 80% da cobertura vegetal do Estado.
O clima semiárido ou semiárido rigoroso que prevalece na maior parte do território estadual,
associado a uma constituição predominante de solos pedregosos: litólicos eutróficos e os brunos
não cálcicos são elementos definidores da flora da caatinga. Esses solos são rasos, bem drenados,
situados em relevo plano a ondulado, originados a partir de diversas rochas, como os calcários,
granitos e migmatitos.
A terra pedregosa, calcinada por sucessivos dias de sol forte e pela ausência ou escassez de
chuvas, gera arbustos ou pequenas árvores. Nessas condições climáticas a oferta d’água é sempre
crítica, já que os rios ou riachos presentes ness5e ecossistema são temporários, estando secos na
maior parte do ano. Nos períodos de chuva, a vegetação da caatinga transforma-se numa floresta
bastante verde e fechada.
As caatingas estão representadas no Rio Grande do Norte por duas formações: a caatinga
hipoxerófila ou arbustiva arbórea e a caatinga hiperxerófila ou arbustiva.
A caatinga hipoxerófila é formada predominantemente por árvores e arbustos. Essa
vegetação perde as suas folhas e torna-se ressequida na época seca. Sem as folhas, as plantas não
perdem água por transpiração e não fazem fotossíntese, reduzindo o metabolismo; esse fenômeno
é chamado de estivação. Estão localizadas predominantemente no Agreste do Estado, em áreas de
clima subúmido seco e semiárido.
A caatinga hiperxerófila, uma formação vegetal resistente a grandes períodos de estiagem, é
um tipo de vegetação mais seca, rala, de porte baixo, de solo pedregoso, raso e pouco fértil. Ela
também se caracteriza por sua grande capacidade de adaptação à falta de água (ou xerofitismo)
através de diferentes estratégias. São plantas quase todas espinhosas (bromeliáceas e cactáceas) a
justificarem a roupa de couro que no passado os vaqueiros vestiam para arrebanhar o gado nas
trilhas abertas na caatinga. Essa formação vegetal encontra-se nas áreas de clima semiárido e
semiárido rigoroso, portanto, nas áreas mais quentes e secas do semiárido norte-rio-grandense.
A estação chuvosa, também chamada de inverno, não é a estação fria, mas é menos quente
do que o verão. O nordestino usa a palavra inverno não para indicar estação fria, de baixas
temperaturas, mas para designar o período das chuvas. No período seco, a vegetação da caatinga
torna-se ressequida. Algumas plantas como a barriguda, o xiquexique, a palmatória-de-espinho e a
coroa-de-frade retêm água em seus tecidos por mais tempo que outras. São mecanismos de suas
estruturas para acumular água, servindo de sustento para o gado e o homem. As suas raízes
profundas são uma forma de buscar água no solo. As espécies vegetais mais comuns são: o pereiro,
o juazeiro, a catingueira, a jurema-preta, o marmeleiro, o xiquexique, a macambira, entre outras.
Na costa potiguar, vegetações de dunas e restingas se distribuem pelo litoral do estado. São
espécies herbáceas e pequenos arbustos que são influenciados diretamente pela salinidade e pelos
ventos intensos que sopram na região. Além da vegetação litorânea, manguezais aparecem junto
aos estuários dos rios que desembocam no Oceano Atlântico. Os mangues se caracterizam pelo
desenvolvimento em solo lodoso e recebem influência das marés. Nas margens destes rios estão
presentes florestas subperenifólias, densas e sob impacto dos lençóis subterrâneos e das águas dos
próprios rios – por mais que chova bastante em sua área de ocorrência.
Quanto à fauna, é composta principalmente por animais de pequeno porte e adaptados às
condições locais, como o tatu-verdadeiro, o peba, o preá e o mocó. Na caatinga ainda vive o primata
sagui-do-nordeste e um cervídeo, o veado-catingueiro (atualmente em processo de extinção).
A caatinga vem sofrendo fortes impactos ao longo do tempo, entre os quais: superexploração
dos solos, além do uso excessivo da terra, o de mprego de técnicas de manejo inadequadas; os
desmatamentos que geram processos erosivos, assoreamentos de corpos d'água, inundações e
perda da biodiversidade; contaminação das águas pelo uso indiscriminado de agrotóxicos;
salinização dos solos em decorrência da irrigação mal planejada, entre outras problemáticas
ambientais como a caça predatória.
As condições ambientais da região (clima, solo, água e vegetação), associadas à forte pressão
antrópica sobre os recursos naturais, têm contribuindo de forma significativa para os processos de
desertificação.
A importância da Caatinga e a consequente necessidade de sua conservação se faz sentir
diante da população que habita essa região. Os sertanejos, que em termos de Nordeste,
representam os habitantes dessa região. A sua cultura é algo importante a ser preservado,
juntamente com seu patrimônio ambiental.
A Mata Atlântica é um ecossistema formado pelo conjunto de vegetais e animais, que se
estende ao longo de toda a costa brasileira, no Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul,
avançando pelo interior, ocupando os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e ainda parcelas de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
No Rio Grande do Norte, essa mata originalmente estendia-se pela costa litorânea, de Baía
Formosa até Ceará-Mirim/Maxaranguape, hoje estando restrita a uma faixa litoral leste do Estado,
a pequenos fragmentos em decorrência do intenso desmatamento, historicamente para o cultivo da
cana- de-açúcar, mas também para a construção civil, para a indústria de móveis e pela expansão
das cidades litorâneas.
São florestas perenifólias, e sua ocorrência está ligada à pluviosidade e à umidade que
condicionam a uma formação vegetal de maior porte e densidade, possibilitando uma variedade de
espécies pertencentes a várias formas biológicas e extratos, dos quais os inferiores dependem do
extrato superior.
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
Fonte: http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/11/vegetacao-do-rn.html
Mais ao interior do continente, o cerrado surge junto aos tabuleiros costeiros que formam a
faixa mais próxima ao litoral. Este tipo vegetal, muito presente no interior do Brasil, se caracteriza
pelos arbustos isolados com galhos retorcidos e circundados por algumas espécies de gramíneas.
Logo na sequência do cerrado, surgem as florestas tropicais subcaducifólias que marcam a divisão
entre a porção úmida e o sertão potiguar. Nesta área há a ocorrência tanto de espécies da Mata
Atlântica como também da caatinga. Além de sua pequena, mas importante concentração no leste
do território, as florestas subcadufólias também são vistas no topo e nas encostas das serras que
permeiam o interior do estado.
Os Cerrados são conhecidos regionalmente também como “tabuleiros” ou “tabuleiros
costeiros ou litorâneos”. O aspecto fitofisionômico característico é de árvores tortuosas, esparsas e
intercaladas por um manto inferior de gramíneas e principalmente a presença de dois extratos, um
arbóreo-arbustivo, com elementos isolados ou em grupos formando ilhas de vegetação como a
mangabeira, a lixeira, o cajueiro; e um herbáceo ralo e descontínuo, caracterizado basicamente por
gramíneas (capim).
O Cerrado ocupa os baixos platôs (tabuleiros) do litoral oriental, ocorrendo em manchas
muitas vezes associadas com vegetação de restinga e caatinga. As áreas mais extensas dessa
vegetação podem ser encontradas na porção sudeste do Rio Grande do Norte, em Canguaretama,
Baía Formosa, Tibau do Sul e Pedro Velho, e também na porção nordeste, próximo a Touros. Sua
devastação vem se dando principalmente para o suprimento de lenha às cidades próximas e também
para dar lugar às monoculturas da cana-de-açúcar, coco, caju e à expansão urbana, de maneira que
poucas são as áreas originais de cerrado no Rio Grande do Norte.
A Floresta Ciliar de Carnaúba, também chamada de mata de galeria, é um domínio vegetal
formado pela palmeira carnaúba. Ocorre nas baixadas mais úmidas e nas várzeas dos rios Apodi-
Mossoró e Piranhas-Açu. Envolve árvores de grande porte, isoladas ou agrupadas e entremeadas
por uma vegetação herbácea não muito densa, ocorrendo sobre solos arenosos num relevo de plano
a suave ondulado. Pode ocorrer também em pequenas várzeas da zona úmida costeira oriental.
É um tipo de vegetação que se adapta bem aos solos de várzea, mesmo aqueles salinos, daí
sua destruição para aproveitamento de áreas para a produção de sal, dada sua localização nas
várzeas terminais ou nos estuários. Essa formação vegetal é derrubada também para a extração de
madeira. Vale ressaltar que uma quantidade expressiva dessa mata de carnaúbas foi submersa com
a construção da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, nas várzeas dos rios Piranhas-Açu.
Tudo dela se aproveita: a cera que reveste as folhas da carnaúba tem grande aplicação
industrial, sendo usada na fabricação de ceras industriais, domésticas e de graxas
lubrificantes. É usada, ainda, como matéria-prima para a fabricação de discos fonográficos,
papel carbono e sabonetes; a palha é utilizada para a confecção de chapéus, esteiras e
cestos. A população local aproveita o seu tronco para construir cercas, telhados e suas folhas
para recobrir o teto; o fruto é utilizado na alimentação; as raízes, depois de fervidas, são
transformadas em remédios; as sementes são torradas, moídas e consumidas como bebida.
As Dunas são um ecossistema frágil diante das ações modificadoras dos homens,
comprometendo o equilíbrio ecológico e uma função importante para as populações desses
espaços, que é a recarga das águas subterrâneas. É constituída pela acumulação de areias,
denominadas Quartzosas Distróficas Marinhas, depositadas pela ação dos ventos provenientes dos
solos desestruturados, classificados no mapa de solos do Rio Grande do Norte.
Cobertura vegetal que se fixa nas dunas, as Vegetações das Praias e Dunas são
essencialmente rasteiras, resistentes às condições ambientais: umidade, nutrientes escassos e
evaporação intensa. As plantas mais conhecidas são o bredo-de-praia, a salsa-roxa e a ameixa. À
medida que se afasta da praia, subindo as dunas, a vegetação aumenta de porte, surgindo arbustos
que às vezes formam matas fechadas ou de pouca densidade, por exemplo, o guajiru, espécie
bastante comum.
Sua localização se estende ao longo de toda a costa, de Baía Formosa, no litoral oriental, até
Tibau, no litoral norte.
Os principais impactos sobre essa vegetação estão intimamente relacionados à urbanização
com a retirada da cobertura vegetal, desestabilizando as dunas, provocando o assoreamento de rios,
riachos e lagoas.
Fonte: http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/11/vegetacao-do-rn.html
Fonte: http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/11/vegetacao-do-rn.html
6. HIDROGRAFIA
A hidrografia do Estado do Rio Grande do Norte é marcada pela temporariedade de seus rios,
ou seja, rios que secam em um período do ano em decorrência do desprovimento de chuvas. No
entanto, também existem rios de regime perene (que não secam) no agreste e no litoral. Dentre os
rios que compõem a hidrografia, os principais são: Piranhas-Açu ou Piranhas e Açu, Apodi-Mossoró
ou Apodi e Mossoró, Potengi, Ceará-Mirim, Trairi, Jacu, Curimataú e Seridó.
✓ O rio Piranhas-Açu nasce na Serra do Bongá, na Paraíba, com o nome de Rio Piranhas, recebe
as águas dos rios paraibanos Piancó e do Peixe e entra no Rio Grande do Norte pelo município
de Jardim de Piranhas, passando a receber as águas de todos os rios que formam a bacia
hidrográfica da região do Seridó.
O rio Piranhas-Açu é o mais importante rio do Estado, represado pela Barragem Engenheiro
Armando Ribeiro Gonçalves, passou a formar um grande lago, que, através de adutoras,
abastece de água várias cidades do nosso Estado além de irrigar a área de cultivo de frutas
tropicais, principalmente o melão. É o maior reservatório em volume de acumulação, com
capacidade para represar 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.
Com a vazão (sangria) da Barragem, o rio continua o seu curso, agora com o nome de
Piranhas-Açu, indo desaguar no Oceano Atlântico, nas imediações da cidade de Macau. Nas
várzeas próximas a Macau estão localizadas as salinas dessa região.
✓ O rio Potengi nasce na Serra de Santana e banha os municípios de Cerro Corá, São Tomé, São
Paulo do Potengi, Ielmo Marinho, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Natal. Na Barra do
Rio Potengi, também chamada de desembocadura, lugar onde as águas do rio se encontram
com as águas do mar, está localizado o Porto de Natal.
✓ O rio Ceará-Mirim nasce na Serra de Feiticeiro, no município de Lages, percorre cerca de 120
km até desaguar no Oceano Atlântico, na localidade de Barra do Rio. No seu caminho é
represado pela Barragem de Poço Branco. Ao se aproximar do município de Ceará-Mirim, o
rio forma um vale, cujos solos são de boa fertilidade para as atividades agrícolas.
✓ O rio Trairi tem suas nascentes na Serra do Doutor em terras dos municípios de Campo
Redondo e Coronel Ezequiel. Banha vários municípios do Rio Grande do Norte. No seu baixo
curso, que abrange terras dos municípios de Monte Alegre, São José de Mipibu e Nísia
Floresta, o solo das várzeas é favorável à agricultura. No seu caminho em direção ao litoral, o
Rio Trairi forma as lagoas de Nísia Floresta e Papeba, desaguando no oceano através da lagoa
de Guaraíra.
✓ O rio Jacu nasce na Paraíba, entrando no Rio Grande do Norte através do município de Japi.
Banha vários municípios do Estado e, quando chega ao município de Goianinha, forma uma
várzea com solos férteis, indo desaguar no oceano também através da lagoa de Guaraíra.
✓ O rio Seridó nasce em Cubati, na Paraíba, entra no Rio Grande do Norte pelo município de
Parelhas, onde é represado pela Barragem do Boqueirão. Banhas as cidades de Jardim do
Seridó, São José do Seridó, Caicó e São Fernando, onde deságua para dentro do rio Piranhas-
Açu. Em seu leito, nas imediações de São José do Seridó, foi construída a Barragem Passagem
das Traíras.
A poluição e degradação dos rios do Estado, a exemplo do que ocorre nos cursos d'água do
país, é decorrente do lançamento de efluentes domésticos e industriais, resíduos sólidos, do uso de
agrotóxicos nas atividades agrícolas.
Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011
7. DESERTIFICAÇÃO.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, o fenômeno
da desertificação pode ser definido como a “degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e
subúmidas secas, resultante de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades
humanas”. Por “degradação da terra” entende-se a degradação dos solos, da fauna e flora e dos
recursos hídricos, e como consequência a redução da qualidade de vida da população humana das
áreas atingidas.
O primeiro grito de alerta sobre as possibilidades de desertificação no semiárido brasileiro foi
dado pelo professor João Vasconcelos Sobrinho que, no seu trabalho “Desertificação no Nordeste
do Brasil”, identifica os territórios mais suscetíveis a esse fenômeno.
No decorrer do século XX, importantes contribuições foram dadas por estudiosos como Phillip
Luetzelburg, José Guimarães Duque, Thomas Pompeu de Souza Brasil, Thomas Pompeu de Souza
Brasil Filho, Thomas Pompeu Sobrinho, Carlos Bastos Tigre, Dárdano de Andrade Lima e Lauro Xavier.
Além destes, há ainda estudos produzidos por Aziz Ab’Saber, Edmon Nimer, Phillip M. Fearnside,
Luciano José de Oliveira Acciolly, Magda Adelaide Lombardo, Alexandre José Rego P. de Araújo, José
Bueno Conti, Benedito Vasconcelos Mendes, entre outros.
Dentre os estudiosos do tema desertificação, merece um realce especial a produção de João
de Vasconcelos Sobrinho, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O referido
professor, além de publicar uma significativa produção bibliográfica nesta área, contemplando
principalmente a Região Nordeste, também atuou na elaboração do Relatório Brasileiro para a
Conferência das Nações Unidas sobre Desertificação e foi membro da delegação brasileira para a
Conferência em Nairóbi. Entre suas proposições científicas mais relevantes situa-se a teoria dos
Núcleos de Desertificação e a metodologia para identificação de processos de desertificação.
Uma outra importante contribuição ao conhecimento das áreas susceptíveis à desertificação
do Brasil, correspondentes ao bioma Caatinga, foi produzida pelo Conselho Nacional da Reserva da
Biosfera da Caatinga. O Projeto “Cenários para o Bioma Caatinga”, envolve a montagem de um banco
de dados em ambiente SIG, com sistema interativo de consulta, e a elaboração de cenários, a partir
do diagnóstico e da identificação das potencialidades regionais. A publicação dos resultados deste
trabalho, sob o título “Cenários para o Bioma Caatinga”, foi sistematizada em tópicos que tratam
das bases para o desenvolvimento sustentável do referido bioma, do cenário tendencial, do cenário
desejável, da agenda de desenvolvimento sustentável e do diagnóstico. Neste último, são analisados
os aspectos do desenvolvimento regional, caracterizadas as dimensões econômicas, sociais,
culturais e ambientais do bioma caatinga e apresentados os impactos ambientais decorrentes do
uso dos recursos naturais e os impactos das políticas públicas sobre o desenvolvimento do
mencionado bioma. Este projeto se constitui o maior banco de dados sobre o bioma Caatinga, sendo
uma referência para os estudos que tratem de temas relativos a esta fração do território brasileiro.
Mas recentemente outros estudos trouxeram novas evidências sobre as áreas submetidas
aos processos de desertificação. A partir deles, foram selecionadas quatro áreas, dentre as seis
mencionadas por Vasconcelos Sobrinho, para a realização de estudos mais específicos.
Caracterizando-as como áreas desertificadas e de alto risco, o Ministério do Meio Ambiente
agrupou-as na forma especificada na tabela a seguir:
Deve-se enfatizar que a natureza da desertificação, como processo síntese de muitas razões
e dimensões, requer uma ação do Estado voltada para a criação de instrumentos convergentes de
política de recursos hídricos, programas educacionais, gestão ambiental e combate aos efeitos da
seca, selecionando para tanto, espaços a serem objetos de identificação de demandas e de
implementação das políticas locais.
Aliado ao El Niño, o relevo dos altos planaltos próximos ao litoral, como o Planalto da
Borborema, impossibilitam que as massas de ar já pouco úmidas cheguem ao sertão, agravando a
situação causada pelo El Niño.
Em relação ao território do Rio Grande do Norte, definido politicamente a partir de 167
municípios, tem predominado nos últimos anos um quadro de estiagem prolongada, responsável
pelo comprometimento do abastecimento de água de várias localidades. O cenário de colapso
hídrico tem se instaurado em vários municípios, haja vista que os seus sistemas de abastecimento
não apresentam mais a capacidade operacional total, inviabilizando assim, a segurança hídrica de
sua população.
No contexto regional de seca, o RN é o estado com melhores condições de enfrentar o
fenômeno, pois detém a segunda maior reserva de água do nordeste setentrional, além do fato que
a maior parte da população do estado vive no litoral, sendo o interior, que é a região mais afetada,
também a menos povoada.
A escassez d’água castiga principalmente pequenas e médias cidades desconectadas das
reservas. Um exemplo emblemático é a região Central.
Os municípios em situação de média vulnerabilidade se configuraram a partir de um equilíbrio
entre potencialidades e fragilidades hídricas. Para tanto considerou-se: áreas de aquífero Cárstico
ou Poroso, que são estruturas geológicas que armazenam boa quantidade de água; zonas climáticas
de média ou alta precipitação e umidade, predomínio de clima úmido e ou semi-úmido;
reservatórios de grande porte para o armazenamento de água, desde que estejam com níveis acima
de 50% de sua capacidade; funcionamento do sistema de adutoras; e situação do sistema de
abastecimento de água minimamente eficiente, onde não é necessário o uso de carros-pipa para
complementar este serviço. Já as Unidades Territoriais Básicas que apresentaram alta
vulnerabilidade ao colapso hídrico compreendem todos os outros 147 municípios do estado, o que
representa 88% das unidades existentes. Tal resultado mostra que o RN apresenta um quadro de
elevada criticidade ao colapso hídrico.
Potiguar, que compreende o Seridó e o Vale do Açu. Nessas regiões, a população sofre com o
abastecimento de água caro e ineficaz por caminhões-pipa, política adotada pelo governo durante
a estiagem, que, ao invés de combater a seca, apenas cria condições para a população conviver com
ela, o que favorece a manutenção da mão-de-obra barata, onde as pessoas aceitam trabalhar em
troca de condições de sobrevivência.
Outra medida adotada foi o estímulo à criação de açudes para armazenar água. A medida,
porém, não solucionou o problema. Com açudes sendo criados indiscriminadamente em qualquer
córrego, não importando seu porte, muitas vezes não se conseguia armazenar a água durante a
estação seca, onde ela evaporava mais rápido que era consumida pela população.
Como vimos, as secas são um problema originado de causas naturais. Sendo assim, desde os
primórdios da colonização, os habitantes do Polígono das Secas já sofriam com a escassez de água.
Nos primeiros anos da República, as iniciativas governamentais de combate às secas já haviam sido
institucionalizadas. Ficaram conhecidas como políticas hidráulicas.
Em 1909, foi criada a Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (Ifocs). Seu objetivo era
construir açudes e abrir estradas para facilitar o escoamento dos produtos sertanejos.
Em 1945, a Ifocs passou a se chamar Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
(Dnocs). O objetivo era o mesmo, mas o órgão passou a organizar também frentes de trabalho.
Quando ocorriam as secas, a população flagelada era recrutada para trabalhar nas obras federais.
Assim, criava-se um meio de sobrevivência para essa população, ainda que precário.
Embora voltadas ao desenvolvimento regional do Nordeste, as políticas públicas contra a seca
eram tendenciosas. Os açudes e as estradas eram quase sempre construídos junto às terras dos
fazendeiros ou dentro delas, acabando por valorizá-las.
Os coronéis, donos das terras, não tinham que se preocupar com a sorte de seus
trabalhadores nas épocas de seca, quando eles eram entregues ao poder público. Quando as chuvas
voltavam, era só recrutar de volta a mão de obra.
Essas práticas foram chamadas de indústria da seca. Através delas, o governo beneficiava os
ricos e mantinha os sertanejos pobres no limite da sobrevivência.
O Rio Grande do Norte, assim como os outros estados situados no polígono das secas, passa
hoje por uma seca que já dura mais de seis anos. Desde 2011, sem chuvas regulares, não é
considerada a mais duradoura, mas a mais severa da história do estado.
Segundo os registros do DNOCS (2015), algumas secas foram bastante severas na região
Nordeste e no Rio grande do Norte, tais como as que aconteceram nos anos de 1877, 1879, 1915,
1932, 1958, 1970 e as de 1979 a 1983. Esses anos de estiagem castigaram as populações que viviam
principalmente na área de abrangência do semiárido, o chamado polígono das secas, onde os baixos
índices pluviométricos somados a outros aspectos físicos e sociais, criaram um cenário de grandes
dificuldades a vida das pessoas que habitavam tais localidades, podendo resultar no
compromentimento da disponibilidade dos recursos hídricos e em uma consequente situação de
colapso no abastecimento de água.
Vale ressaltar, que uma situação de colapso hídrico em determinado território, é motivo de
grande preocupação, pois torna iminente o risco de paralisação de um conjunto de atividades
humanas, que direta ou indiretamente necessitam da disponibilidade de água. Do ponto de vista
operacional, o colapso no funcionamento dos recursos hídricos se dá quando há uma perda total da
disponibilidade de água nos mananciais de abastecimento.
Em termos hipotéticos, o colapso pode ser caracterizado por longos períodos de seca e
escassez de chuvas; redução na recarga e nos níveis dos aquíferos; diminuição do volume de água
armazenado pelos açudes, barragens e lagoas; queda dos valores de vazão dos canais fluviais das
bacias hidrográficas; interrupções frequentes nos sistemas de adução e nas redes de distribuição de
água. Nos últimos sete anos todas essas problemáticas tem estado presente no Rio Grande do Norte
trazendo implicações diretas no funcionamento dos sistemas de abastecimento de água de vários
municípios.
A situação de colapso já foi decretada em diversos municípios do território norte-
riograndense, principalmente no ano de 2015. Um dos indicadores desse cenário, são os decretos
de calamidade pública, que são instaurados pelo próprio poder público municipal, o que leva a crer
que a definição do estado de colapso tende a variar de um município para o outro. Por esse motivo,
um entendimento mais aprofundado acerca da vulnerabilidade territorial de colapso hídrico, no
estado como um todo, requer a utilização de um modelo sistêmico, com a integração de um
conjunto de variáveis específicas.
No final de junho de 2016, o Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de
emergência decretada pelo governo estadual. Atualmente, a seca afeta 153 dos 167 municípios
potiguares. Destes, 16 estão em colapso (quando a companhia de água admite que não há como
continuar a abastecer os moradores) e 82 desenvolveram sistemas de rodízio para o abastecimento
da população.
O governo do estado declarou, em março de 2016, que a pecuária havia perdido mais de 135
mil cabeças de gado, de 2012 a 2015, e que, entre 2012 e 2014 houve uma redução de 65,79% na
produção de grãos (milho, arroz, feijão e sorgo).
O abastecimento tem sido feito por caminhões-pipa e pelos açudes escavados pela região,
porém, além de não oferecerem água potável, são caros e ineficientes. A população tem investido
de maneira autônoma na exploração das águas do lençol freático e comercializado para as
comunidades, que aproveita a água não-potável para a manutenção das casas.
Nos últimos anos, foi montada no estado uma política de recursos hídricos que resultou no
programa de construção de 1.050 km de adutoras (sistemas de coleta, armazenamento, distribuição
e tratamento de água) e mais duas barragens.
Quando o projeto for concluído, 62 cidades serão beneficiadas com água potável de boa
qualidade. A barragem de Oiticica, considerada a solução definitiva para a seca na região do Seridó,
deve ficar pronta em 2018, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
Quando pronto, o reservatório de 566 mil m³ de capacidade será o terceiro maior do estado e
abastecerá 17 cidades. A obra faz parte do PAC e até outubro de 2017 estava 55% concluída.
A história oficial acerca da presença indígena no Nordeste brasileiro, como um todo, e no Rio
Grande do Norte, especificamente, tem graves lacunas de estudos acadêmicos. No entanto, de
acordo com pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
através do Programa Motyrum de Educação Popular em Direitos Humanos, na publicação de
Macedo et al, há indícios de forte presença indígena no estado que pode, inclusive, ser percebida
pelos dados censitários. Nos censos de 1940 e 1980, segundo os autores, os pardos representavam
43% e 46% da população total, respectivamente. Ao longo dos anos, boa parte da cultura indígena
desses povos foi sendo omitida e, sua identidade, substituída.
Apesar disto, os autores afirmam que esses grupos cujas identidades foram suprimidas têm
se reorganizado, recentemente, reivindicando legitimamente sua identidade indígena. O Rio Grande
do Norte foi um dos últimos estados brasileiros a ter suas populações oficialmente registradas pela
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), sendo atualmente cinco comunidades: Sagi-Trabanda;
Eleotérios do Katu; Mendonças do Amarelão; Tapará; e Caboclos do Açu.
O Rio Grande do Norte não conta com terras indígenas demarcadas, mas há uma que se
encontra “em estudo”. É a terra indígena Sagi/Trabanda, que abriga a etnia Potiguara. Se localiza no
município de Baía Formosa e se encaixa na modalidade tradicionalmente ocupada.
Atualmente, de acordo com os dados do IBGE, 2010, e informações da FUNAI-RN, a
distribuição geográfica, o contingente populacional e a situação fundiária das etnias indígenas
potiguares pode ser sumarizada de acordo com o exposto na tabela a seguir:
9.2. ETNIAS
O grupo endogâmico dos Mendonça do Amarelão (João Câmara/RN) nos chama a atenção
por certas peculiaridades. O grupo é formado por mais de duas mil pessoas que se identificam como
uma grande família, cuja referência identitária (Mendonça), os remete a uma origem indígena ligada
aos primeiros que ali chegaram no início do século XIX, migrantes do Brejo da Paraíba (Bananeiras)
e de aldeamentos indígenas do Rio Grande do Norte (São Gonçalo,etc), conforme nos informa
algumas referências bibliográficas e a própria história oral do grupo. O grupo apresenta uma origem
e memória-histórica comuns; a terra é vista como um bem coletivo, tendo à frente a luta do grupo
junto ao Movimento dos Sem-Terras. A luta pela terra é uma questão antiga dos Mendonça, visto
que há registros bibliográficos sobre esta problemática no início do século XX. Com relação à
identidade, são poucos os que se identificam como indígenas. Apenas revelando-se alguns,
individualmente. E, por diversas razões como a ideológico-histórica, eles preferem serem
identificados como "caboclos" ou pela sua referência identitária: "Mendonça".
Não há precisão de sua extensão e suas terras não estão demarcadas. Com uma população
aproximada de 2000 pessoas, preocupam-se com a falta de terra para a produção da castanha de
caju, sua principal fonte de renda, e para a prática da agricultura familiar. Dependem dos
atravessadores de castanha por não terem terras para o plantio de cajueiros. Nas terras
reivindicadas, encontram-se obras de geração de energia eólica, por meio do PAC, gerando impactos
ambientais.
A caça de animais silvestres é um fator preocupante, não só porque indica uma depredação
do meio ambiente, mas, principalmente por mostrar o nível de miséria que assola aquele povo.
Os animais caçados em sua maioria são: tatus, preás, cotias, pássaros (rolinhas, arribaçãs) entre
outros animais, não poupando nem as fêmeas em fase de procriação.
A falta de projetos que visem a melhoria de qualidade de vida dos moradores do Amarelão é
o principal fator de degradação do meio ambiente. Sem formas alternativas de sobrevivência, como
a criação de animais para a produção de carne, de aves hortigranjeiras e a construção e de viveiros
de peixes, por exemplo, os moradores do Amarelão se tornam uma ameaça inevitável para a fauna
já restrita naquela região.
indígenas potiguaras do Catu e vivendo na comunidade, existem ao todo, cento e setenta e três
famílias (aproximadamente novecentas pessoas). O rio Catu divide os municípios de Canguaretama
e Goianinha. As lideranças do Catu são as mais antigas no processo de afirmação e reconhecimento
étnico no estado do RN. Vivem majoritariamente de atividades agrícolas com cultivo da batata,
macaxeira e hortaliças que são comercializadas nas feiras e de benefícios sociais do governo federal.
De modo sazonal, realizam práticas de coleta de mangaba e a pesca no rio Catu. Na comunidade
está situada a primeira escola indígena reconhecida e credenciada pelos órgãos do Estado. A saúde
dos indígenas é realizada por meio de acompanhamento regular realizado pela Secretária Especial
de Saúde Indígena – SESAI. Igualmente acompanhados por uma Coordenação Técnica Local da
Fundação Nacional do Índio – FUNAI, o acesso à terra coletiva ainda se constitui enquanto um
processo de reivindicação para ambas as comunidades.
São aproximadamente 364 pessoas que vivem numa região chamada Catu (na língua Tupi
significa “bom”, “bonito”). É uma área localizada nos municípios de Canguaretama/Goianinha,
distando cerca de 80 km de Natal.
Seu território é cercado por usinas de cana-de-açúcar. Diante disto a comunidade,
atualmente, enfrenta vários problemas por causa dos agrotóxicos usados na margem do rio Catu.
Apesar de luta pelo auto reconhecimento indígena não existe nenhum processo de regularização
territorial.
Às margens do rio Guaju, circundada por uma reserva de mata atlântica, por plantações de
cana de açúcar e banhada pelo oceano atlântico, encontra-se a aldeia de Sagi-Trabanda. Os
potiguaras da aldeia Sagi-Trabanda, localizada no município de Baía Formosa, Rio Grande do Norte,
organizam-se politicamente desde o início da década de 2000. No local, residem oitenta e duas
famílias (cerca de duzentos e cinquenta e sete indígenas) que se afirmam indígenas e são
reconhecidas pelo Estado. Os indígenas do Sagi guardam memória de antepassados que habitam o
local há pelo menos dois séculos. Os potiguaras do Sagi, de maneira recorrente, fazem referência a
“parentes” e antepassados que teriam vindo de aldeias da Baía da Traição e se estabelecido no local.
Interessante perceber a importância dessa memória de fluxo/movimento, estabelecida entre os
indígenas, unidos pelo pertencimento a um passado que possui uma mesma origem étnico-
territorial, Potiguara.
Vivem em uma área de 75 hectares, a ser demarcada, na região do rio Guajú, na Baía Formosa.
A população aproximada é de 350 indígenas. Enfrentam um processo na justiça em relação à
situação fundiária. A comunidade está respondendo há um processo por invasão de terras, e por
não serem reconhecidos como proprietários das terras. A construção de uma ponte, nas terras que
habitam, destruiu o mangue, gerando impactos negativos e ocasionando o término da pesca de
caranguejo.
9.2.6. Bangue-Assú
A Comunidade do Banguê, também está situada no município de Assú. Com uma população
estimada em 240 pessoas, se ocupam em atividades de agricultura e da pesca. Existe um número
considerável de pessoas aposentadas que vivem nesta comunidade. Os moradores são organizados
na “Associação Comunitária do Bangüê”. Possuem uma escola municipal que atende o ensino
fundamental. A água que utilizam é proveniente de um chafariz considerada salobra imprópria para
o consumo humano. Este grupo vive em uma área com extensão aproximada de 01 légua de
propriedade. Não possuem terra oficial indígena e os donos são agricultores. A população é divida
em aproximadamente 43 famílias. Não existe ainda nenhum estudo oficial ou acadêmico sobre a
comunidade e nem possibilidades para iniciar a demarcação de terras. Antigamente, o dono
originário era um padre que compartilhava as terras com a população indígena. Com a sua morte
(aproximadamente 15 anos), passou a pertencer a vários donos. Atualmente as terras possuem
oficialmente vários donos, mas os indígenas moram e plantam nas terras e sobrevivem dela. Eles
plantam e como pagamento precisam dar parte da colheita para os proprietários da terra.
Atualmente não há registro de nenhuma perseguição e/ou enfrentamento direto. Existe hoje a
reivindicação desta comunidade da importância da realização do diagnóstico por parte da FUNAI
para o reconhecimento dos indígenas do Bangue.
Não há informação sobre a extensão territorial das terras ocupadas por este grupo. Em sua
comunidade vivem cerca de 60 indígenas, mas não há delimitação de terras e não recebem
assistência da FUNAI. Reivindicam que seja iniciado o Grupo de Trabalho da identificação da terra
indígenas. Há pouco tempo buscam o reconhecimento indígena.
Fonte: www.idema.rn.gov.br
é uma unidade de conservação. Outro caso é a Apa Bonfim-Guairá criada sob pressão devido a
adutora Monsenhor Expedito cujo reservatório é a Lagoa do Bonfim e suas lagoas comunicantes
principalmente no município de Nísia Floresta. A excessão inicial foi a primeira Reserva Criada em
1950: A Floresta Nacional de Açu –FLONA de Açu que auxilia nas pesquisas e cultivo de mudas nativas
e exóticas implantada pelo Governo Federal, pelo antigo IBDF, hoje IBAMA e administrada
atualmente pelo Instituto Chico Mendes. Outra exceção inicial focado na proteção ambiental está
Reserva Biológica do Atol das Rocas com proteção integral cujas espécies são protegidas.
Atualmente foi mudado o foco tendo as unidades de conservações sendo propostas por
preservar ambientes com formações vegetais , geológicas, hídricas e de reprodução animal além de
fixar populações tradicionais na procura do desenvolvimento sustentável. Hoje existem 17 Unidades
de Conservação (UCs) legalmente constituídas no território potiguar (vê mapa, sendo nove
estaduais, cinco federais, três particulares e uma municipal.
Além destas UCs criadas existe no IDEMA em processos diversos de criação 4 unidades de
conservação: Apa Dunas do Rosado, em Porto do Mangue: Apa das Carnaúbas, em Açu; Parque dos
Mangues, em Natal e Parque do Jiquí, em Natal e Parnamirim. Todos os estudos técnicos estão
elaborados e hoje está em tramitação nos diversos órgãos do governo para a aprovação final de suas
criações. Outro fato são estudos realizados pelo IDEMA já citados anteriormente que aponta para a
necessidade de criação de novas Unidades de conservação em áreas de relevante interesse
ambiental como: as caatingas, patrimônio arqueológico e espeleológico, brejos de altitude entre
outros cuja tabela de prioridade ambiental está descrita quando citou-se o Relatório das áreas
potenciais para Unidades de conservação. Nesta atual visão a prioridade não é mais criada por
compensações de obras construídas, mas pelo valor ambiental das áreas.
11.1. GEOLOGIA
✓ A estrutura geológica do Rio Grande do Norte é formada por rochas cristalinas e rochas e
terrenos sedimentares
✓ Seu substrato é constituído por rochas pré-cambrianas que ocupam cerca de 65% de sua área
territorial e por rochas sedimentares mesocenozóicas que recobrem a porção restante.
✓ A outra estrutura geológica que ocupa as partes Centro-Norte e todo o litoral do Estado é
formada por rochas e terrenos sedimentares, de formação mais recente, que datam de eras
geológicas chamadas de Mesozoica e Cenozoica.
✓ Os recursos minerais principais são: Águas Minerais, ouro, tungstênio (scheelita), amianto, e
outros minerais energéticos, como o petróleo, gás natural e turfa.
11.2. RELEVO
✓ No Rio Grande do Norte, as principais formas de relevo são representadas pelas Planície
Costeira, Planícies Fluviais, Tabuleiros Costeiros, Depressão Sertaneja e Chapada do Apodi.
✓ Planície costeira: formada por praias e se estende por todo o litoral. Os campos de dunas
ocupam grande parte da planície costeira potiguar. Extensas áreas de manguezais também se
desenvolvem ao longo de cursos de alguns rios, como o Cunhaú, Ceará-Mirim, Piranhas-Açu e
Apodi.
✓ Planícies fluviais: terrenos baixos e planos, situados nos lados dos rios. Podem também ser
chamados de vales (vale do rio Ceará-Mirim, vale do Açu) e de várzea, inundados nas enchentes
de alguns dos rios do Estado, como: Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró, Ceará-Mirim, Potengi,
Trairi, Jacu e Curimataú.
✓ Tabuleiros costeiros: relevos planos e de baixa altitude, também denominados planaltos
rebaixados, formados basicamente por argilas (barro), geralmente de cor amarelo-
avermelhada, localizam-se próximo ao litoral, às vezes chegando até ao mar, como é o caso de
Barra de Tabatinga, no município de Nísia Floresta, e de Pipa, em Tibau do Sul.
✓ Depressão sertaneja: terrenos baixos situados entre as partes altas do Planalto da Borborema
e da Chapada do Apodi.
✓ Chapada do Apodi: terras planas, ligeiramente elevadas, formadas por terrenos sedimentares,
cortados pelos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu.
✓ Depressão sublitorânea: terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior
altitude. No nosso Estado, essa depressão ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da
Borborema.
✓ Planalto da Borborema: terrenos antigos, formados pelas rochas Pré- Cambrianas, como o
granito, que se estendem por terras do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
É nessa forma de relevo que vamos encontrar as serras e picos mais altos do Estado.
✓ Chapada da Serra Verde: terrenos planos, ligeiramente elevados, localiza-se entre os
Tabuleiros Costeiros de geologia sedimentar e o relevo residual do chamado “Sertão de
Pedras” de geologia cristalina.
11.3. SOLO
✓ No Rio Grande do Norte, os solos se apresentam bastante variados; os tipos mais significativos
são: pedregosos, conhecidos cientificamente como solos Litólicos e Bruno Não Cálcico. Esse
tipo de solo ocupa todo o Centro-Sul do Estado; arenosos ou de tabuleiros, conhecidos pelos
nomes científicos de Areias Quartzosas e Latossolos Vermelho-Amarelo, que ocupam quase
todo o litoral do Estado; solos argilosos, denominados de Podzólico.
✓ Ainda são encontrados os solos calcários, também denominados de Rendzina, especificamente
nos terrenos da Chapada do Apodi, a oeste do Estado, onde predomina também um tipo de
solo característico de terrenos sedimentares, conhecido cientificamente como Cambisol
Eutrófico.
✓ Luvissolos (Solos Bruno Não Cálcicos) – ocupam a parte Centro-Sul do Estado e caracterizam-
se por serem rasos a pouco profundos, de relevo suavemente ondulado, moderadamente
ácidos a praticamente neutros, estando relacionados principalmente com os biotitas-gnaisses.
✓ Latossolos Vermelho-Amarelos – estende-se por quase todo o litoral do Rio Grande do Norte e
caracteriza-se por apresentar solos profundos, acima de um metro, bem drenados, porosos,
friáveis, com baixos teores de matéria orgânica e predominantemente ácidos.
✓ Neossolos (Areias Quartzosas, Regossolos, Solos Aluviais, Solos Litólicos) – ocupam também
quase todo o litoral e a margem dos principais rios. São solos não hidromórficos, arenosos,
desde ácidos até alcalinos e excessivamente drenados, tanto na forma muito profunda (as
Areias Quartzosas) quanto na forma rasa e pouco profunda (os Litólicos), com fertilidade que
vai de baixa, nas Areias Quartzosas, a alta, nos Litólicos.
✓ Planossolos (Soloncharks–Sálico, Solonetz–Solodizado) – estão presentes em pequenas áreas
do Estado. São solos de rasos a pouco profundos, com limitação de moderada a forte para uso
agrícola, em consequência das más condições de drenagem do solo e dos teores de sódio
trocável, que variam de médio a alto.
✓ Argissolos (Podzólicos Vermelho-Amarelos) – ocupam, principalmente, a região do Alto Oeste.
Caracterizam-se por serem solos medianamente profundos a profundos, fortemente a
moderadamente drenados, com baixos teores de matéria orgânica, possuindo grande
potencial agropecuário.
✓ Cambissolos Eutróficos – característicos de áreas de relevo plano a fortemente ondulado, sob
a vegetação de caatinga hipo e hiperxerófila, são solos rasos a profundos, bem drenados,
desenvolvidos a partir de diversas rochas, como calcário, granito e migmatito.
✓ Solos de mangue – presentes nas desembocaduras dos rios, como o Potengi e o Curimataú, e
caracterizam-se por apresentar salinidade e grande quantidade de matéria orgânica
✓ Chernossolos (Rendzinas) – localizados na chapada do Apodi, são solos alcalinos rasos
moderados a imperfeitamente drenados e derivam de calcários.
11.4. CLIMA
✓ Temos o Clima úmido, que vai de Baía Formosa ao de Nísia Floresta, no Litoral do Estado; o
clima subúmido, que vai do litoral de Parnamirim, em Natal, até o litoral de Touros; o clima
subúmido seco, que abrange a chapada do Apodi e as serras de Santana, São Bernardo e Serra
Negra do Norte; o clima semiárido, que abrange o vale do Açu, parte do Seridó e do Sertão
central e o litoral que vai de São Miguel do Gostoso ao município de Areia Branca; e o clima
semiárido intenso, que é o mais seco do estado, e abrange municípios como Equador, Parelhas
e Carnaúba dos Dantas, no Seridó, e São Tomé, Lajes, Pedro Avelino, Fernando Pedrosa,
Angicos e Afonso Bezerra.
✓ No RN, o único sistema de grande escala responsável por precipitações pluviométricas é a Zona
de Convergência Intertropical (ZCIT), uma vez que frentes frias não ocorrem em território
potiguar. Todo o estado está sob influência da ZCIT, considerado o sistema gerador mais
importante de precipitação sobre a região equatorial dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico
e nas áreas continentais adjacentes como no caso do RN. O sistema compõe o que Nímer
(1977) denominou de correntes perturbadas de Norte.
✓ O fator maritimidade tem forte efeito sob o clima do RN nos totais pluviométricos, mesmo nos
meses de atuação da ZCIT. Basta comparar os totais pluviométricos registrados em Natal
(1562,7 mm/ano em média) no litoral oriental e São Paulo do Potengi (557,2 mm/ano em
média) afastada apenas 64 km de Natal em linha reta. Entre março e maio precipita em média
mais 690 mm em Natal (mais que o total anual de São Paulo do Potengi) enquanto que no
segundo, a média nesses mesmos três meses não chega a 390 mm/ano.
11.5. VEGETAÇÃO
✓ As formações vegetais estão diretamente relacionadas aos fatores climáticos, ao tipo de solo e
ao relevo. No Rio Grande do Norte, essas formações vegetais vão determinar sete ambientes
ecológicos, também denominados de ecossistemas: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado,
Floresta das Serras, Floresta Ciliar de Carnaúba, Vegetação das Praias e Dunas e os Manguezais.
✓ A vegetação do Rio Grande do Norte é marcada pelo fim da floresta tropical na faixa leste do
território brasileiro. Tal vegetação ocupa uma pequena porção do estado, marcando a
separação entre a zona úmida e o sertão. Junto à costa, aparecem a vegetação litorânea e os
manguezais.
✓ A Caatinga, palavra de origem indígena, significa “mato branco” (tupi) ou seridó (cariri),
referindo-se à aparência da vegetação no período seco. Existem outras denominações
populares - carrasco, sertão, etc. É a vegetação que caracteriza o semiárido norte-rio-
grandense, com uma predominância de 80% da cobertura vegetal do Estado.
✓ As caatingas estão representadas no Rio Grande do Norte por duas formações: a caatinga
hipoxerófila ou arbustiva arbórea e a caatinga hiperxerófila ou arbustiva.
11.6. HIDROGRAFIA
✓ A hidrografia do Estado do Rio Grande do Norte é marcada pela temporariedade de seus rios,
ou seja, rios que secam em um período do ano em decorrência do desprovimento de chuvas.
✓ Temos o rio Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró, Potengi, Ceará-Mirim, Trairi, Jacu, Curimataú e
Seridó.
✓ A poluição e degradação dos rios do Estado, a exemplo do que ocorre nos cursos d'água do
país, é decorrente do lançamento de efluentes domésticos e industriais, resíduos sólidos, do
uso de agrotóxicos nas atividades agrícolas.
11.7. DESERTIFICAÇÃO
✓ A história oficial acerca da presença indígena no Nordeste brasileiro, como um todo, e no Rio
Grande do Norte, especificamente, tem graves lacunas de estudos acadêmicos. No entanto, de
acordo com pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
através do Programa Motyrum de Educação Popular em Direitos Humanos, na publicação de
Macedo et al, há indícios de forte presença indígena no estado que pode, inclusive, ser
percebida pelos dados censitários.
✓ O Rio Grande do Norte não conta com terras indígenas demarcadas, mas há uma que se
encontra “em estudo”. É a terra indígena Sagi/Trabanda, que abriga a etnia Potiguara. Se
localiza no município de Baía Formosa e se encaixa na modalidade tradicionalmente ocupada.
✓ O grupo endogâmico dos Mendonça do Amareláo (Joáo Câmara/RN) nos chama a atençáo por
certas peculiaridades. O grupo é formado por mais de duas mil pessoas que se identificam
como uma grande família, cuja referência identitária (Mendonça), os remete a uma origem
indígena ligada aos primeiros que ali chegaram no início do século XIX, migrantes do Brejo da
Paraíba (Bananeiras) e de aldeamentos indígenas do Rio Grande do Norte (SáoGonçalo,etc),
conforme nos informa algumas referências bibliográficas e a própria história oral do grupo.
✓ Situados no vale do rio Catu, circundados por plantações de cana de açúcar e pela Área de
Proteção Ambiental – APA Piquiri-Una, se encontra a aldeia Catu dos Eleotérios. Afirmando-se
indígenas potiguaras do Catu e vivendo na comunidade, existem ao todo, cento e setenta e
três famílias (aproximadamente novecentas pessoas).
✓ Às margens do rio Guaju, circundada por uma reserva de mata atlântica, por plantações de
cana de açúcar e banhada pelo oceano atlântico, encontra-se a aldeia de SagiTrabanda. Os
potiguaras da aldeia Sagi-Trabanda, localizada no município de Baía Formosa, Rio Grande do
Norte, organizam-se politicamente desde o início da década de 2000. No local, residem oitenta
e duas famílias (cerca de duzentos e cinquenta e sete indígenas) que se afirmam indígenas e
são reconhecidas pelo Estado.
✓ Povo guerreiro, da terra de Acajutibiró, os Potiguara constituem um grande exemplo de luta
entre os povos indígenas no Nordeste brasileiro. Sua história de contato com a sociedade não
indígena remonta ao início da colonização. Hoje, procuram manter o vigor de sua identidade
étnica por meio do reaprendizado da língua Tupi-Guarani, do complexo ritual do Toré, da
circulação de dádivas nas festas de São Miguel e de Nossa Senhora dos Prazeres, na produção
dos idiomas simbólicos do sangue e da terra e na produção cultural dentro da prática do
turismo étnico.
✓ A comunidade dos Caboclos se encontra dentro de um contexto de etnogênese e se configura
como um grupo que reivindica direitos indígenas, através do resgate de sua historicidade e
memória. Localiza-se entre os municípios de Açu e Paraú. Até o ano de 2013, a comunidade
contava com 37 famílias indígenas, no total de 115 pessoas; e 03 famílias não indígenas, com o
total de 08 pessoas. Logo, a área que compreende a comunidade é composta por 40 famílias e
123 pessoas.
✓ A Comunidade do Banguê, também está situada no município de Assú. Com uma população
estimada em 240 pessoas, se ocupam em atividades de agricultura e da pesca. Existe um
número considerável de pessoas aposentadas que vivem nesta comunidade. Os moradores são
organizados na “Associação Comunitária do Bangüê”.
✓ Há também os Tapuiá-Tapará, que em sua comunidade vivem cerca de 60 indígenas. No caso
destes, não há delimitação de terras e não recebem assistência da FUNAI.
✓ O governo do Rio Grande do Norte criou, em 2004, no IDEMA- Instituto de Defesa do Meio
Ambiente, o Núcleo de Unidades de Conservação-NUC, e instituiu o PROGRAMA DE
3) Aponte quais são as principais características dos solos do Rio Grande do Norte, dando
atenção às suas nomenclaturas características.
4) Articule, de forma sucinta, os climas do Rio Grande do Norte às suas regiões e volumes de
chuvas.
5) Visto que o Rio Grande do Norte possui vários tipos de vegetação, aponte quais são elas e
enuncie pelo menos uma característica marcante de cada uma.
6) Registre os nomes dos principais rios do Estado e suas localidades.
7) Defina o fenômeno da Desertificação e mostre como o Rio Grande do Norte foi atingido
por ele.
8) Relacione a seca no Rio Grande do Norte aos fenômenos climáticos ocorrentes no Estado.
9) Descreva as medidas que estão sendo tomadas pelo Estado, nos tempos atuais, para tentar
amenizar essa citada crise hídrica.
10) O Rio Grande do Norte possui muitas tribos e etnias indígenas. Enuncie-as e tente
descrever algumas características importantes, sobretudo se suas terras são demarcadas ou
não.
11) Cite quais são as áreas de preservação estaduais e federais do Estado, e também descreva
quais são as políticas de preservação de áreas específicas em projetos e as já postas em
prática.
Planície costeira: formada por praias que têm como limites, de um lado, o mar e, de outro, os
tabuleiros costeiros, estende-se por todo o litoral.
Planícies fluviais: terrenos baixos e planos, situados nos lados dos rios. Podem também ser
chamados de vales (vale do rio Ceará-Mirim, vale do Açu) e de várzea, inundados nas enchentes
de alguns dos rios do Estado, como: Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró, Ceará-Mirim, Potengi,
Trairi, Jacu e Curimataú.
Tabuleiros costeiros: relevos planos e de baixa altitude, também denominados planaltos
rebaixados, formados basicamente por argilas (barro), geralmente de cor amarelo-
avermelhada, localizam-se próximo ao litoral, às vezes chegando até ao mar, como é o caso de
Barra de Tabatinga, no município de Nísia Floresta, e de Pipa, em Tibau do Sul.
Depressão sertaneja: terrenos baixos situados entre as partes altas do Planalto da Borborema
e da Chapada do Apodi. As Superfícies Aplainadas da Depressão Sertaneja consistem em vastas
superfícies arrasadas, invariavelmente em cotas baixas, entre 60 e 200 m, podendo atingir
cotas entre 200 e 300 m nas regiões do alto vale do rio Apodi (nas cercanias da cidade de Pau
dos Ferros) e do Seridó potiguar (nas cercanias das cidades de Jardim do Seridó e Acari).
Chapada do Apodi: terras planas, ligeiramente elevadas, formadas por terrenos sedimentares,
cortados pelos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu. As extensas superfícies desses baixos platôs
foram convertidas para fruticultura irrigada, em especial, na Chapada do Apodi, situada no
oeste do estado, junto à divisa com o estado do Ceará.
Depressão sublitorânea: terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior
altitude. No nosso Estado, essa depressão ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da
Borborema.
Planalto da Borborema: terrenos antigos, formados pelas rochas Pré- Cambrianas, como o
granito, que se estendem por terras do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
É nessa forma de relevo que vamos encontrar as serras e picos mais altos do Estado.
Chapada da Serra Verde: terrenos planos, ligeiramente elevados, localiza-se entre os
Tabuleiros Costeiros de geologia sedimentar e o relevo residual do chamado “Sertão de
Pedras” de geologia cristalina. Abrange as terras dos municípios de João Câmara, Jandaíra,
Pedra Preta, Pedro Avelino e Parazinho.
3) Aponte quais são as principais características dos solos do Rio Grande do Norte, dando
atenção às suas nomenclaturas características.
Luvissolos (Solos Bruno Não Cálcicos) - ocupam a parte Centro-Sul do Estado e caracterizam-se
por serem rasos a pouco profundos, de relevo suavemente ondulado, moderadamente ácidos
a praticamente neutros, estando relacionados principalmente com os biotitas-gnaisses.
Latossolos Vermelho-Amarelos – estende-se por quase todo o litoral do Rio Grande do Norte e
caracteriza-se por apresentar solos profundos, acima de um metro, bem drenados, porosos,
friáveis, com baixos teores de matéria orgânica e predominantemente ácidos.
Neossolos (Areias Quartzosas, Regossolos, Solos Aluviais, Solos Litólicos) – ocupam também
quase todo o litoral e a margem dos principais rios. São solos não hidromórficos, arenosos,
desde ácidos até alcalinos e excessivamente drenados, tanto na forma muito profunda (as
Areias Quartzosas) quanto na forma rasa e pouco profunda (os Litólicos), com fertilidade que
vai de baixa, nas Areias Quartzosas, a alta, nos Litólicos.
Planossolos (Soloncharks–Sálico, Solonetz–Solodizado) – estão presentes em pequenas áreas
do Estado. São solos de rasos a pouco profundos, com limitação de moderada a forte para uso
agrícola, em consequência das más condições de drenagem do solo e dos teores de sódio
trocável, que variam de médio a alto.
Argissolos (Podzólicos Vermelho-Amarelos) – ocupam, principalmente, a região do Alto Oeste.
Caracterizam-se por serem solos medianamente profundos a profundos, fortemente a
moderadamente drenados, com baixos teores de matéria orgânica, possuindo grande
potencial agropecuário.
Cambissolos Eutróficos – característicos de áreas de relevo plano a fortemente ondulado, sob
a vegetação de caatinga hipo e hiperxerófila, são solos rasos a profundos, bem drenados,
desenvolvidos a partir de diversas rochas, como calcário, granito e migmatito.
Solos de mangue – presentes nas desembocaduras dos rios, como o Potengi e o Curimataú, e
caracterizam-se por apresentar salinidade e grande quantidade de matéria orgânica
Chernossolos (Rendzinas) – localizados na chapada do Apodi, são solos alcalinos rasos
moderados a imperfeitamente drenados e derivam de calcários.
4) Articule, de forma sucinta, os climas do Rio Grande do Norte às suas regiões e volumes de
chuvas.
Clima úmido, de uma pequena área do litoral do Estado, e que a média anual de chuvas é de
1.200 milímetros; clima subúmido, também presente em uma parte do litoral, e que as médias
pluviométricas anuais situam-se entre 800 e 1200 milímetros de chuva; clima subúmido seco,
abrange chapada do Apodi e serras de Santana, São Bernardo e Serra Negra do Norte, e médias
de precipitação de 600 a 800 milímetros de chuvas ao ano; clima semiárido, abrange o vale do
Açu, parte do Seridó e do Sertão Central e uma parte do litoral, e as médias de chuva variando
de 400 a 600 milímetros de chuva ao ano; clima semiárido intenso, abrangendo os municípios
de Equador, Parelhas e Carnaúba dos Dantas, no Seridó, e São Tomé, Lajes, Pedro Avelino,
Fernando Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra, e médias de chuva anual ficam em torno de 400
milímetros.
5) Visto que o Rio Grande do Norte possui vários tipos de vegetação, aponte quais são elas e
enuncie pelo menos uma característica marcante de cada uma.
A Caatinga, palavra de origem indígena, significa “mato branco” (tupi) ou seridó (cariri),
referindo-se à aparência da vegetação no período seco. Existem outras denominações
populares - carrasco, sertão, etc. É a vegetação que caracteriza o semiárido norte-rio-
grandense, com uma predominância de 80% da cobertura vegetal do Estado. A terra
pedregosa, calcinada por sucessivos dias de sol forte e pela ausência ou escassez de chuvas,
gera arbustos ou pequenas árvores. Nessas condições climáticas a oferta d’água é sempre
crítica, já que os rios ou riachos presentes nesse ecossistema são temporários, estando secos
na maior parte do ano. Nos períodos de chuva, a vegetação da caatinga transforma-se numa
floresta bastante verde e fechada.
11) Cite quais são as áreas de preservação estaduais e federais do Estado, e também descreva
quais são as políticas de preservação de áreas específicas em projetos e as já postas em
prática.
No âmbito estadual, são elas: Área de Proteção Ambiental Dunas do Rosado, Área de Proteção
Ambiental das Carnaúbas, Monumento Natural das Cavernas de Martins, Monumento Natural
do Morro do Careca, Parque Estadual dos Mangues do Potengi, Parque estadual do Jiqui. No
âmbito federal, são: Estação Ecológica do Seridó, Floresta Nacional de Açu, Floresta Nacional
de Nísia Floresta, Parque Nacional da Furna Feia, Reserva Biológica Atol das Rocas.
As Unidades de Conservação no Rio Grande do Norte apresentam sua história ligada
inicialmente a “trocas” por obras governamentais a ser construída: este é o caso do Parque das
Dunas criado em 1978, como contraponto a construção da Via Costeira e seus locais para obras
de hotéis visando o turismo próximo a orla, O outro caso é a do Parque Estadual Florêncio
Luciano, criado em 1988, que é a área do açude do Boqueirão e adjacências, em Parelhas cujo
espelho d`água é uma unidade de conservação. Outro caso é a Apa Bonfim-Guairá criada sob
pressão devido a adutora Monsenhor Expedito cujo reservatório é a Lagoa do Bonfim e suas
lagoas comunicantes principalmente no município de Nísia Floresta. A excessão inicial foi a
primeira Reserva Criada em 1950: A Floresta Nacional de Açu –FLONA de Açu que auxilia nas
pesquisas e cultivo de mudas nativas e exóticas implantada pelo Governo Federal, pelo antigo
IBDF, hoje IBAMA e administrada atualmente pelo Instituto Chico Mendes. Outra exceção
inicial focado na proteção ambiental está Reserva Biológica do Atol das Rocas com proteção
integral cujas espécies são protegidas.
Além destas UCs criadas existe no IDEMA em processos diversos de criação 4 unidades de
conservação: Apa Dunas do Rosado, em Porto do Mangue: Apa das Carnaúbas, em Açu; Parque
dos Mangues, em Natal e Parque do Jiquí, em Natal e Parnamirim. Todos os estudos técnicos
estão elaborados e hoje está em tramitação nos diversos órgãos do governo para a aprovação
final de suas criações. Outro fato são estudos realizados pelo IDEMA já citados anteriormente
que aponta para a necessidade de criação de novas Unidades de conservação em áreas de
relevante interesse ambiental como: as caatingas, patrimônio arqueológico e espeleológico,
brejos de altitude entre outros cuja tabela de prioridade ambiental está descrita quando citou-
se o Relatório das áreas potenciais para Unidades de conservação. Nesta atual visão a
prioridade não é mais criada por compensações de obras construídas, mas pelo valor ambiental
das áreas.
13. EXERCÍCIOS
Macau (RN)
Com bases nos conhecimentos sobre os aspectos climáticos do Brasil e do Rio Grande do Norte,
é correto afirmar:
A) Cerro Corá, localizado na parte central do estado, é menos árido que Currais Novos, por
localizar-se na região do agreste nordestino.
B) Macau, por ser a única cidade litorânea e localizar-se mais próxima à faixa equatorial,
apresenta as temperaturas mais amenas entre as três e a maior umidade, medida em
pluviosidade.
C) as três cidades possuem exatamente o mesmo padrão de distribuição de chuvas e de média
de temperatura ao longo de todo o ano, seguindo o climograma típico do estado do Rio Grande
do Norte.
D) a atuação da Massa Equatorial Continental (mEc) e da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT) explicam a incidência de pluviosidade no Nordeste durante os meses de verão.
E) Currais Novos, localizado na divisa com Paraíba, exemplifica uma área de clima semiárido
influenciada pelo Planalto da Borborema, que funciona como uma barreira orográfica,
dificultando a chegada da umidade pelo litoral.
Comentários
A Alternativa A é incorreta, pois na hierarquia urbana federal é considerada um centro sub-regional,
deste modo tem uma influência direta sobre os municípios subordinados de Acari, Bodó, Carnaúba
dos Dantas, Cerro Corá, Florânia, Lagoa Nova, São Vicente, Tenente Laurentino Cruz e Frei Martinho
(este último na Paraíba). O clima de Currais Novos é caracterizado Semiárido, tipo BSh segundo a
Classificação mundial de Köppen-Geiger, com regime irregular de chuvas, o que acontece entre os
meses de fevereiro a maio.
A Alternativa B é incorreta, pois, mesmo localizado no litoral, o clima de Macau é semiárido, do tipo
Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger, com baixa amplitude térmica e temperaturas
médias mensais em torno dos 28 °C. O índice pluviométrico é baixo, de pouco mais de 500 milímetros
(mm) anuais, um dos menores do país, concentrados em poucos meses, sendo o pico observado em
março e abril.
A Alternativa C é incorreta, pois o clima de Cerro Corá apresenta-se frio e úmido no inverno e
temperado e seco no verão. O período mais frio do ano compreende os meses de junho a agosto,
podendo atingir a temperatura mínima de 17°C durante a noite. A temperatura média anual em
Cerro Corá é 23.1 °C. A pluviosidade média anual é 592 mm. O clima de Currais Novos é caracterizado
Semiárido, tipo BSh segundo a Classificação mundial de Köppen-Geiger, com regime irregular de
chuvas, o que acontece entre os meses de fevereiro a maio. O índice pluviométrico é baixo em
Macau, de pouco mais de 500 milímetros (mm) anuais, um dos menores do país, concentrados em
poucos meses, sendo o pico observado em março e abril.
A Alternativa D é incorreta, pois Currais Novos exemplifica uma área da Borborema de clima
semiárido com oito meses secos e curta estação chuvosa de fevereiro a maio, com trimestre mais
chuvoso de fevereiro a abril, ou seja, com chuvas de verão-outono. Essa é a principal característica
desse tipo climático que ocupa grande área do Nordeste Setentrional e a maior parte do RN. No RN,
o único sistema de grande escala responsável por precipitações pluviométricas é a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), uma vez que frentes frias não ocorrem em território potiguar.
Todo o estado está sob influência da ZCIT, considerado o sistema gerador mais importante de
precipitação sobre a região equatorial dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico e nas áreas
continentais adjacentes como no caso do RN.
A Alternativa E é correta, pois o município de Currais Novos está inserindo em terrenos do Planalto
da Borborema, com altitudes variando entre 200 e 500 metros. As principais serras são a do Chapéu,
Vermelha, do Piauí, do Doutor e de São João. Os rios são intermitentes, ou seja, fluem somente na
estação das chuvas.
Gabarito: E
2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), as UCs podem ser de
Proteção Integral, garantindo a preservação total da natureza, ou de Uso Sustentável, que permitem
seu uso de forma controlada.
Gabarito: Anulada
4. Mata Atlântica
5. Pampas
6. Pantanal
( ) Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa, normalmente composta por
árvores altas e relacionada a um clima quente e úmido. Já foi um dos mais ricos e variados
conjuntos florestais pluviais da América do Sul, mas atualmente é reconhecido como o bioma
brasileiro mais descaracterizado, com muita influência das formas de ocupação e
aproveitamento através dos ciclos econômicos desde a colonização do Brasil.
( ) Ocupando originalmente quase metade do território nacional, é o maior bioma brasileiro,
o que detém o maior percentual de áreas de proteção integral e a maior reserva de
biodiversidade do mundo. A vegetação característica é de árvores altas. Nas planícies fluviais
encontram-se as matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as matas de igapó
(permanentemente inundadas). Além da extração madeireira, sofre com as ameaças do
desmatamento, queimadas e conversão de terras para a agricultura de forma não sustentável.
( ) Contempla paisagens naturais variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a
coxilhas. Sua vegetação predominante é constituída de ervas e arbustos. Formações florestais
não são comuns nesse bioma e, quando ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores
altas) e floresta estacional decidual (com árvores que perdem as folhas no período da seca).
( ) É o segundo maior bioma da América do Sul e cobre 22% do território brasileiro. Abriga as
nascentes das três maiores bacias da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e
Platina), o que resulta em elevado potencial aquífero e grande biodiversidade (equivalente a
5% de todo o planeta.), sendo reconhecido como a savana mais rica do mundo. A monocultura
intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia, somadas à mineração através
dos garimpos, têm sido atividades econômicas de grande impacto e ameaça à sua
biodiversidade.
( ) Ocupando 10 estados brasileiros, teve 80% dos seus ecossistemas originais alterados, em
especial por causa de desmatamentos e queimadas. Tem um imenso potencial para a
conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado,
será decisivo para o desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara
diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais,
especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
( ) É considerado(a) uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. É caracterizado
por inundações de longa duração (devido ao solo pouco permeável) que ocorrem anualmente
na planície, e provocam alterações no ambiente, na vida silvestre e no cotidiano das
populações locais. Há de se destacar a rica presença das comunidades tradicionais como os
indígenas, quilombolas, os coletores de iscas aos longo dos riso, que no decorrer dos anos,
influenciaram diretamente na formação cultural da população. Apesar de sua beleza natural
exuberante, o bioma vem sendo muito impactado pela ação humana, principalmente pela
atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto adjacentes do bioma.
Mata de terra firme: vegetação localizada em regiões de altitudes mais elevadas, essas são, portanto,
caracterizadas por não haver inundações e sua vegetação ser sempre seca. Há presença de árvores
de grande porte, como castanheira, palmeira e mogno.
Mata de igapó: vegetação localizada em terrenos de menores altitudes, estando esses inundados
praticamente por todo o tempo. Há presença de vegetação baixa, como musgos e arbustos. Nessas
matas, é possível encontrar a vitória-régia, planta aquática, símbolo do bioma Amazônia.
Matas de várzea: vegetação localizada em regiões de altitudes intermediárias e que são inundadas
em uma determinada época do ano. As áreas mais altas permanecem inundadas por menos tempo.
Já as áreas menos elevadas permanecem inundadas por um tempo maior. As espécies encontradas
nessas áreas são semelhantes às encontradas nas matas de igapó, apresentando, também, árvores
de até 40 metros de altura.
Nas últimas décadas, a Amazônia tem sofrido um aumento no desmatamento de suas áreas. De
acordo com uma pesquisa realizada pelo norte-americano Thomas Lovejoy (professor da George
Mason University) e pelo brasileiro Carlos Nobre (coordenador do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia para Mudanças Climáticas), o bioma amazônia pode sofrer perdas irreversíveis devido ao
desmatamento. O qual, segundo os pesquisadores, já chegou a 17% nos últimos 50 anos, sendo que
o limite seria 20%, para que não houvesse consequências irreversíveis para o clima e o ciclo
hidrológico.
O clima do Pampa é subtropical com as quatro estações do ano bem definidas e sua vegetação é
marcada pela presença de gramíneas, plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno porte.
Além disso, o Bioma Pampa é formado por quatro conjuntos que caracterizam seu relevo:
• Planalto da Campanha
• Depressão Central
• Planalto Sul-Rio-Grandense
• Planície Costeira.
Em sua maior parte, destaca-se o relevo de planícies, constituído de grandes áreas de pastagens que
se desenvolvem grandes rebanhos.
Ademais, pesquisas indicam que a flora do Pampa apresenta aproximadamente 3000 espécies de
plantas, algumas delas: louro-pardo, cedro, cabreúva, canjerana, guajuvira, guatambu, grápia,
campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, canafístula, brabas-de-bode, pau-de-leite, unha-de-
gato, bracatinga, cabelos de-porco, angico-vermelho, caroba, babosa-do-campo, amendoim-nativo,
trevo-nativo, cactáceas, timbaúva, araucárias, algarrobo, nhandavaí, palmeira anã.
O clima predominante no cerrado é tropical sazonal caracterizado por um clima quente com
períodos chuvosos e de seca. A vegetação é, em sua maior parte, semelhante à de savana, com
árvores baixas, esparsas, troncos retorcidos, folhas grossas e raízes longas; gramíneas e arbustos.
A despeito de apresentar uma rica grande biodiversidade esse bioma vem sofrendo muito com o
desmatamento, principalmente ocasionados pela agricultura. Hoje, o bioma conserva apenas 20%
de sua área total, passando por um grande processo de descaracterização, ou seja, ocupado por
grandes pastagens de gado e extensas plantações de soja, algodão, cana, eucalipto. Além disso,
grande parte do cerrado já foi destruída pelo desenfreado processo de urbanização. O
desmatamento e a caça ilegal, o contrabando de espécies e as queimadas, ameaçam o habitat de
muitas espécies, levando, dessa maneira, a sua extinção.
também é marcada pelas adaptações ao clima, como as recorrentes migrações nos períodos de
estiagem.
O clima que compreende a região da Caatinga é o tropical semiárido. Esse clima é marcado por
longos períodos de estiagem, isto é, sem chuvas. O índice pluviométrico é abaixo dos 800 mm/ano.
As temperaturas são geralmente elevadas, com uma média de 27 ºC, podendo alcançar números
maiores, superiores a 32 ºC. Durante o período de chuva, os índices pluviométricos podem atingir
os 1000 mm/ano. Já nos períodos mais secos, há uma baixa, chegando a 200 mm/ano.
O solo da Caatinga é definido, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, como raso a
profundo. É rico em minérios, mas pobre em matéria orgânica, em razão das características do clima,
da hidrografia e da vegetação da região. As texturas são arenosas e argilosas.
O bioma Pantanal é a maior planície inundável do mundo. Com uma área de cerca de 250 mil Km²,
o Pantanal estende-se pela Bolívia, Paraguai e Brasil, sendo aproximadamente 62% no Brasil, nos
estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Inserido na parte central da bacia hidrográfica do
Alto Paraguai, o Pantanal é influenciado pelo rio Paraguai e por seus vários afluentes que alagam a
região formando extensas áreas alagadiças.
O Pantanal é caracterizado pela alternância entre períodos de muita chuva, que acontecem de
outubro a março, e períodos de seca nos meses de abril a setembro. Possui região plana, levemente
ondulada, com alguns raros morros isolados e com muitas depressões rasas. As altitudes não
ultrapassam 200 metros acima do nível do mar e a declividade é quase nula.
A flora dessa região também é bastante diversificada, formando um mosaico de plantas do Cerrado,
Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio e boliviano). Nas áreas alagadas
encontramos gramíneas, nas regiões intermediárias desenvolvem-se pequenos arbustos e
vegetação rasteira e nas regiões mais altas a paisagem é parecida com a da Caatinga, com árvores
de grande porte. No Pantanal é comum a presença de formações vegetais como o carandazal,
formado pelas palmeiras carandá, e o buritizal, onde predominam os buritis.
Gabarito: E
eles eram entregues ao poder público. Quando as chuvas voltavam, era só recrutar de volta a mão
de obra. Essas práticas foram chamadas de indústria da seca. Através delas, o governo beneficiava
os ricos e mantinha os sertanejos pobres no limite da sobrevivência.
Com isso, conclui-se que a resposta certa é a letra C.
Gabarito: C
7. (FCC - 2013 - AL-RN - Técnico Legislativo)
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), na vila de Ponta Negra, perto de Natal,
foi inaugurado em dezembro de 1965 como parte do programa brasileiro destinado ao
desenvolvimento aeroespacial. O nome do centro se deve
A) às altas temperaturas da região, insuportáveis para os engenheiros nórdicos que o
construíram.
B) ao ruído ensurdecedor dos foguetes lançados, fazendo estilhaçar os vidros das casas e
demais edificações dos arredores.
C) ao fato de possuir cerca eletrificada, para impedir o ingresso de pessoas não autorizadas.
D) às falésias avermelhadas da região que, iluminadas pelos raios solares, os pescadores
associavam a labaredas.
E) ao propósito de barrar, pelo uso de armas nucleares, toda e qualquer invasão estrangeira.
Comentários
A Alternativa A é incorreta, pois o local da base é vizinho ao campo dunar do bairro de Ponta Negra,
região denominada "Barreira do Inferno" por pescadores porque, ao amanhecer, os reflexos do sol
tornam as falésias do local vermelhas como fogo.
A Alternativa B é incorreta, pois o local foi escolhido pois é próximo do equador magnético;
aproveitava o suporte logístico já existente; a região apresenta baixo índice pluviométrico; grande
área de impacto representado pelo oceano e condições de ventos predominantemente favoráveis.
A Alternativa C é incorreta, pois a faixa de praia da base, por estar protegida do acesso do público
externo, tornou-se uma importante área de reprodução de tartarugas marinhas, sob a supervisão
do Projeto Tamar. Não se refere ao nome da base.
A Alternativa D é correta, pois o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) fundada em
1965 é uma base da Força Aérea Brasileira para lançamentos de foguetes e se tornou a primeira
base deste tipo na América do Sul. Está localizada a 12 km de Natal, no Rio Grande do Norte, vizinho
ao campo dunar do bairro de Ponta Negra, região denominada “Barreira do Inferno” por pescadores
porque, ao amanhecer, os reflexos do sol tornam as falésias do local vermelhas como fogo.
A Alternativa E é incorreta, pois nela se concentram operações de lançamento de foguetes de
pequeno e de médio porte.
Gabarito: D
Fonte: Ab’ Saber, Aziz Nacib. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
A) Araucária.
B) Cerrado.
C) Caatinga.
D) Floresta Amazônica.
E) Pradarias.
Comentários
Na fotografia podemos identificar muitas espécies arbustivas cactáceas e vegetação de menor porte,
gramíneas, bem como um solo pobre, arenoso, características do domínio morfoclimático da
caatinga.
Gabarito: C
Na imagem acima, está registrada uma vegetação típica do ambiente natural denominado
A) caatinga.
B) manguezal.
C) campo limpo.
D) campo rupestre.
E) mata de cocais.
Comentários
O manguezal é considerado um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e
marinho. Está sujeito ao regime das marés, dominado por espécies vegetais típicas, às quais se
associam a outros componentes vegetais e animais. O manguezal está associado às margens de
baías, barras, enseadas, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja
encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa. A riqueza
biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam os grandes "berçários" naturais,
tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que
migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.
Os manguezais estão distribuídos desde o Amapá até Laguna, em Santa Catarina, no litoral brasileiro.
O mangue é o tipo de vegetação predominante nos manguezais.
Na foto da questão é possível ver uma das características desta vegetação, com longas raízes
expostas, que permitem a sustentação das árvores no solo lodoso.
Gabarito: B
vivem em suas florestas: espécies de mico-leão, o macaco muriqui (monocarvoeiro), a lontra, o tatu-
canastra e a onça-pintada. No entanto essa magnífica formação florestal está seriamente ameaçada,
restando em trono de 7% da sua área original. Ocorre sobretudo nas encostas próximas ao litoral,
estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
No centro-sul do Rio Grande do Sul, desenvolveu-se uma rica vegetação herbácea de gramíneas,
associada ao clima subtropical. São os pampas gaúchos, imensas planícies caracterizadas por uma
sucessão de suaves colinas cobertas de campos limpos, chamadas popularmente de coxilhas. Os
pampas constituem paisagens naturais de excepcional qualidade para a criação de gado, uma das
principais atividades econômicas da região.
Gabarito: C
Gabarito: A
C) Equatorial.
D) Setentrional.
Comentários
Agreste e Setentrional não são um tipo de clima. O clima equatorial não ocorre no Rio Grande do
Norte; ele abrange toda a região Norte do Brasil, além de parte do Mato Grosso e do Maranhão. O
semiárido, com suas variações regionais, é o clima predominante do estado.
Gabarito: B
A proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e
a cultura dos povos que neles habitam.
Assinale a alternativa que contém um bioma do Rio Grande do Norte.
A) Pampa.
B) Caatinga.
C) Mata de Cocais.
D) Mata de Araucária.
Comentários
O único bioma presente no Rio Grande do Norte e na questão é a Caatinga. O Pampa ocorre apenas
no Rio Grande do Sul; a Mata de Cocais ocorre no Nordeste, na faixa de transição da Caatinga e do
Cerrado com a Amazônia, mas não chega no Rio Grande do Norte; e a Mata de Araucária ocorre na
região Sul.
Gabarito: B
I. Delimitado pelo Governo Federal, o Polígono das Secas equivale a uma área do território
nordestino, que abrange o interior do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e
Pernambuco.
II. O clima na região é semiárido, a vegetação de cerrado com solo raso e grande evaporação
de água em sua superfície.
III. Os trabalhadores sem-terra são os mais vulneráveis à seca, pois são os primeiros a serem
despedidos ou a terem os acordos desfeitos.
IV. O semiárido é uma região propícia para a agricultura irrigada e a pecuária, como já foi
experimentado com sucesso em muitas regiões semelhantes no mundo.
V. O fenômeno natural das secas ensejou o surgimento de um fenômeno político denominado
indústria da seca.
Macau (RN)
Com bases nos conhecimentos sobre os aspectos climáticos do Brasil e do Rio Grande do Norte,
é correto afirmar:
A) Cerro Corá, localizado na parte central do estado, é menos árido que Currais Novos, por
localizar-se na região do agreste nordestino.
B) Macau, por ser a única cidade litorânea e localizar-se mais próxima à faixa equatorial,
apresenta as temperaturas mais amenas entre as três e a maior umidade, medida em
pluviosidade.
C) as três cidades possuem exatamente o mesmo padrão de distribuição de chuvas e de média
de temperatura ao longo de todo o ano, seguindo o climograma típico do estado do Rio Grande
do Norte.
D) a atuação da Massa Equatorial Continental (mEc) e da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT) explicam a incidência de pluviosidade no Nordeste durante os meses de verão.
E) Currais Novos, localizado na divisa com Paraíba, exemplifica uma área de clima semiárido
influenciada pelo Planalto da Borborema, que funciona como uma barreira orográfica,
dificultando a chegada da umidade pelo litoral.
A) O rio Grande do Norte possui atualmente 238 mil hectares em Unidades Estaduais de
Conservação, o que corresponde a 4,5% do seu território. Estas unidades estão localizadas, em
sua maior parte, ao longo do litoral potiguar, sendo 2,58% no ecossistema marinho, 1,08% no
ecossistema costeiro, 0,8% em ecossistema de mata atlântica e o restante na caatinga.
B) a prática do ecoturismo é vetada nas áreas de UCs, à medida que se constitui como uma
forma de mercantilização e consumo das paisagens naturais, gerando impactos e crimes
ambientais que rumam na contramão da conservação e preservação da natureza e sua
biodiversidade.
C) o IDEMA está investindo na criação de novas Unidades Estaduais de Conservação que são:
Parque Ecológico Pico do Cabugi e Parque Estadual Mata da Pica.
D) as Unidades de Conservação da Natureza, também conhecidas por UCs, são espaços
territoriais com características naturais relevantes e limites definidos, instituídos pelo poder
público para garantir a comercialização e exploração dos seus recursos naturais.
E) de acordo com a Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), as UCs podem ser de Proteção Parcial, garantindo a
preservação total da natureza, ou de Uso Sustentável, que permitem a exploração e
comercialização total do que ali é produzido.
( ) Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa, normalmente composta por
árvores altas e relacionada a um clima quente e úmido. Já foi um dos mais ricos e variados
conjuntos florestais pluviais da América do Sul, mas atualmente é reconhecido como o bioma
brasileiro mais descaracterizado, com muita influência das formas de ocupação e
aproveitamento através dos ciclos econômicos desde a colonização do Brasil.
( ) Ocupando originalmente quase metade do território nacional, é o maior bioma brasileiro,
o que detém o maior percentual de áreas de proteção integral e a maior reserva de
biodiversidade do mundo. A vegetação característica é de árvores altas. Nas planícies fluviais
encontram-se as matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as matas de igapó
C) ao fato de possuir cerca eletrificada, para impedir o ingresso de pessoas não autorizadas.
D) às falésias avermelhadas da região que, iluminadas pelos raios solares, os pescadores
associavam a labaredas.
E) ao propósito de barrar, pelo uso de armas nucleares, toda e qualquer invasão estrangeira.
Na imagem acima, está registrada uma vegetação típica do ambiente natural denominado
A) caatinga.
B) manguezal.
C) campo limpo.
D) campo rupestre.
E) mata de cocais.
estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal
e Piauí, sobretudo.
Assinale a alternativa que apresenta um dos tipos de clima que caracterizam esse estado.
A) Agreste.
B) Semiárido.
C) Equatorial.
D) Setentrional.
A proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e
a cultura dos povos que neles habitam.
Assinale a alternativa que contém um bioma do Rio Grande do Norte.
A) Pampa.
B) Caatinga.
C) Mata de Cocais.
D) Mata de Araucária.
Tendo em vista alguns tipos de vegetação característicos do Rio Grande do Norte, podemos
afirmar que as imagens correspondem, respectivamente, à:
A) Mata de Cocais e Caatinga.
B) Araucária e Floresta das Serras.
C) Floresta Subcaducifólia e Mata Atlântica.
D) Manguezal e Floresta Ciliar de Carnaúba.
I. Delimitado pelo Governo Federal, o Polígono das Secas equivale a uma área do território
nordestino, que abrange o interior do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e
Pernambuco.
II. O clima na região é semiárido, a vegetação de cerrado com solo raso e grande evaporação
de água em sua superfície.
III. Os trabalhadores sem-terra são os mais vulneráveis à seca, pois são os primeiros a serem
despedidos ou a terem os acordos desfeitos.
IV. O semiárido é uma região propícia para a agricultura irrigada e a pecuária, como já foi
experimentado com sucesso em muitas regiões semelhantes no mundo.
V. O fenômeno natural das secas ensejou o surgimento de um fenômeno político denominado
indústria da seca.
Até logo...
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