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Aula 03

PRF (Policial) Passo Estratégico de


Geopolítica Brasileira - 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Sergio Henrique

20 de Fevereiro de 2022

04522201141 - Yasmin Paniago Barbosa


Sergio Henrique
Aula 03

SUMÁRIO

00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 3


1. Agricultura: Aspectos Gerais e Limitantes Físicos ........................................................... 4
2. Solos .............................................................................................................................. 7
2.1. Os Solos do Brasil ....................................................................................................................... 8
3. Agronegócio................................................................................................................. 10
3.1. A Biotecnologia ........................................................................................................................ 11
3.2. Produção de Alimentos Modificados Geneticamente .............................................................. 12
3.3. A Polêmica dos Transgênicos e a Lei de Biossegurança........................................................... 12
3.4. Bioética ..................................................................................................................................... 14
3.5. Os Alimentos Transgênicos um Paradigma Mundial ............................................................... 15
3.6. Vantagens e Desvantagens Sobre Transgênicos ...................................................................... 16
3.6.1. Vantagens dos Alimentos Transgênicos ............................................................................................................... 16
3.6.2. Desvantagens dos Alimentos Transgênicos.......................................................................................................... 16

4. Modelos Agrícolas ....................................................................................................... 17


4.1 Agricultura Moderna ................................................................................................................. 18
5. Agricultura Intensiva Não Mecanizada ......................................................................... 19
5.1. Agricultura na Jardinagem ....................................................................................................... 19
5.2. Agroecologia ou Agricultura Sintrópica ................................................................................... 20
5.3. Agricultura Itinerante ............................................................................................................... 21
6. Impactos Sociais e Naturais da Atividade Agrícola ....................................................... 22
6.1. Revolução Verde e a Atualização Territorial ............................................................................ 23
6.2. Agricultura Familiar, Desenvolvimento Social e Segurança Alimentar ................................... 25
7. A Agricultura no Brasil ................................................................................................. 27
7.1. Contexto Atual .......................................................................................................................... 28
7.2. Principais Cultivos Temporários e Permanentes ...................................................................... 29
7.2.1. Lavouras Temporárias .......................................................................................................................................... 29
7.2.2. Lavouras Permanentes ......................................................................................................................................... 37

8. A Pecuária Brasileira .................................................................................................... 49


8.1. Bovinos ..................................................................................................................................... 49
8.2. Suínos e Aves ............................................................................................................................ 51

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8.3. Caprinos e Ovinos ..................................................................................................................... 52


9. Texto Complementar ................................................................................................... 54
10. O Sistema Brasileiro de Transportes ........................................................................... 55
10.1. O Transporte Rodoviário ........................................................................................................ 62
11. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar ............................................. 65
12. Questionário de Revisão ............................................................................................ 70
Questionário – Somente Perguntas ................................................................................................ 70
Questionário – Perguntas e Respostas ........................................................................................... 70
13. Exercícios ................................................................................................................... 74
14. Considerações Finais ................................................................................................ 154

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00. BATE PAPO INICIAL


Olá amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
geografia. Estudar as aulas anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das
coisas que vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos
poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante
você fazer suas próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não
importa, você escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos.
Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. AGRICULTURA: ASPECTOS GERAIS E LIMITANTES FÍSICOS


As práticas de domesticação de plantas e animais, que são inerentes à agricultura,
significaram um marco na evolução humana. Os grupos que se estabeleceram em locais com boa
disponibilidade de recursos naturais, solos férteis e se dedicaram ao desenvolvimento das práticas
agrícolas, apresentaram uma taxa de reprodução maior, o que biologicamente falando, quer dizer
que obtiveram maior sucesso em relação aos grupos nômades. A revolução agrícola foi uma das
principais revoluções promovidas pela inteligência humana. O controle da natureza e da produção
de alimentos teve como consequência a sedentarização do homem. Além de fixar o homem à terra
possibilitou um grande aumento populacional devido à maior oferta de alimentos.
Estima-se que a agricultura surgiu há cerca de 10.000 anos nas margens das grandes planícies
fluviais dos rios Nilo, Tigre e Eufrates na região conhecida como Crescente Fértil, que compreendia
o Egito Antigo e Mesopotâmia, hoje Egito, Israel, Síria, Líbano, parte da Turquia e Iraque até a
Cordilheira de Zagros no Irã, como ilustrado na imagem abaixo. A partir daí a agricultura foi difundida
para a Europa Central pelo Mar Egeu, por fazendeiros conhecidos como anatólios

Na antiguidade, a agricultura estava diretamente ligada às crenças religiosas, pois acreditava-


se que a produção agrícola dependia dos deuses da chuva, fertilidade do solo e outros elementos da
natureza. Os gregos, por exemplo, tinham como deusa da terra cultivada, Demeter ou Demetra,
propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Já os romanos, veneravam a deusa Ceres,
celebrando seu despertar na primavera. Na idade média, a organização política dos feudos começa
a ter influência direta na produtividade agrícola. A concentração de terras agrícolas, a partir daí,
torna-se também uma forma de dominação dos senhores feudais e da igreja (proprietários de

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grandes porções de terras) sobre os pequenos produtores adeptos da agricultura de subsistência em


pequenas propriedades.
Com a fome assolando o mundo nos períodos pós primeira e segunda guerras mundiais,
surgiu a necessidade de aumentar a produção de alimentos, período em que houveram grandes
avanços nas técnicas agrícolas difundidos por todo o mundo. Esse período ficou conhecido como
Revolução Verde, que se caracteriza pela inserção de um conjunto de inovações tecnológicas como
o uso de defensivos agrícolas, sementes geneticamente modificadas, fertilizantes, implementos
agrícolas como tratores, plantadeiras, colheitadeiras, equipamento para irrigação, etc. Esse processo
acentuou ainda mais a concentração de terras expandindo cada vez mais os grandes latifúndios
produtores de monoculturas para exportação, suprimindo as áreas naturais e acentuando as
disputas no campo pelo direito à terra. Nesse cenário de aumento da desigualdade social é que
emergem os movimentos sociais, sendo que à frente no combate à desigual distribuição de terras
no Brasil está o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, que tem como principal pauta a
Reforma Agrária, que se trata da redistribuição de terras improdutivas para pequenos proprietários
que buscam o desenvolvimento da agricultura familiar, responsável pela produção de 70% dos
alimentos consumidos pelos brasileiros e que não é considerada deletéria ao meio ambiente.
A maior parte do planeta pratica a agricultura, com exceção de algumas sociedades tribais
ainda existentes pelo mundo, como tribos nômades africanas e algumas tribos amazônicas. Em
determinadas áreas do planeta que não se praticam atividades agrícolas, é porque devido a
existência de algum elemento natural que limita o cultivo das lavouras, como nos grandes desertos,
topos de montanhas e regiões glaciais. O principal elemento natural que limita a agricultura é o
clima, que também influencia nas características do solo, outro fator limitante. De acordo com a
profundidade e fertilidade podemos produzir ou não. Em áreas de clima quente e seco em maior
parte do ano, há uma alta taxa de evaporação, tornando os solos arenosos e pouco profundos. Em
áreas com elevadas taxas de pluviosidade, os solos são pouco férteis devido à lixiviação
(solubilização, ou lavagem, dos constituintes químicos) do solo, tornando-os ácidos. O clima
brasileiro é excelente para o desenvolvimento agrícola devido ao clima tropical, com boa oferta de
calor durante o ano todo concentrando as chuvas durante o verão.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil é o
terceiro maior exportador agrícola do mundo, responsável por 5,7% do mercado global, abaixo
apenas dos EUA e União Europeia. Dentre os principais produtos estão soja, milho, café, carnes
bovina e de frango, além de produtos relacionados à agricultura de subsistência como do setor
madeireiro e relacionados à agricultura comercial de produtos tropicais como frutas tropicais, como
podemos visualizar no mapa a seguir.

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2. SOLOS
Os solos são o resultado da rocha decomposta misturada à matéria orgânica. Vários fatores
podem interferir na fertilidade dos solos como o tipo de rocha, quantidade de matéria orgânica e
microrganismos. Os solos também são divididos em solos maduros, que são mais desenvolvidos e
profundos (latossolos) e solos imaturos e pouco desenvolvidos (litossolos). A profundidade dos
solos está diretamente ligada às zonas climáticas em que estão localizados. Nas zonas tropicais
temos maiores temperaturas e uma maior quantidade de chuvas, consequentemente um processo
erosivo mais intenso. Portanto quanto maior a temperatura e a pluviosidade os solos são mais
profundos. É importante lembrar que assim como o petróleo os solos são recursos naturais não
renováveis. A perda de solo está entre os grandes problemas provocados pela agricultura (devido
ao desmatamento e às culturas temporárias). São bilhões de toneladas de solos perdidos todo ano
no mundo. No Brasil, são estimadas perdas de 616,5 milhões de toneladas de terra ao ano,
decorrentes do processo de erosão do solo em lavouras anuais, e custos da ordem de US$ 1,3 bilhão
ao ano. Segundo dados de 2019 publicados pela FAO, o planeta perde 24 bilhões de toneladas de
solos fértil todos os anos, ou ainda, a cada 5 segundos, o mundo perde a quantidade de solo
equivalente a um campo de futebol. A organização alerta que no ritmo atual, mais de 90% dos solos
da Terra podem estar degradados até 2050.

Exemplos de solos férteis no mundo:

Tchernoziom (solo negro): Encontrado nas pradarias temperadas do Leste


europeu, especialmente na Ucrânia, Romênia e Rússia europeia. É um solo profundo e muito
rico em matéria orgânica.
Solos aluviais fluviais: são os solos encontrados nas regiões dos vales de grandes rios. São
chamados aluviais, pois são formados por sedimentos rochosos trazidos pelo rio de diversas
regiões (quando são solos de rochas do local em que se encontram são solos eluviais). São
exemplos os solos das grandes planícies férteis asiáticas como os solos às margens do Rio
Ganges (Índia), Rio Indo (Paquistão), Rio Amarelo e Azul (China).
Solo Loëss (solos aluviais eólicos): São solos profundos formados por sedimentos trazidos de
várias regiões (aluviais) pelo vento (eólicos). Possui cor amarelada e é muito fértil. Encontrado
na China na região da Manchúria.

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2.1. OS SOLOS DO BRASIL

Os solos, por melhor dizer, são o resultado da alteração da rocha matriz, pela ação climática,
temperatura, pressão e organismos vivos ao longo do tempo. Podemos entender que um “solo
jovem” é pouco desenvolvido, pois não sofreu tanta alteração quanto um “solo maduro”, bastante
alterado ao longo do tempo proporcionando-lhe grande profundidade. Se cavarmos este solo até
atingirmos a rocha, veremos que o seu perfil não é totalmente homogêneo, sendo as camadas
superficiais mais antigas (e por isso mais alteradas) que as camadas profundas. Sendo assim, o solo
divide-se em horizontes: O, A, B, C e R, sendo este último a rocha consolidada. Quanto mais
horizontes, mais profundo. Quanto mais se aprofunda no solo, mais pedregoso fica até chegarmos
à rocha matriz (a rocha que deu origem àquele solo).
✓ Solo de Massapê: Solo fértil resultado da decomposição do calcário e do gnaisse. Encontrado
no litoral nordestino (zona da mata). Foi na zona da mata pernambucana em que foi
implantado com sucesso o plantation de cana-de-açúcar pelos portugueses no período
colonial.
✓ Terra Roxa: Solo fértil resultado da decomposição do Basalto (Rocha vulcânica). Encontrado
principalmente no Estado de São Paulo e Paraná. No século XIX foi quando se iniciou o ciclo
cafeeiro em terras cariocas e paulistas, onde o café se desenvolveu principalmente neste solo
fértil.
✓ O solo do cerrado: É um solo imaturo, ou seja, pouco desenvolvido (litossolo). É também um
solo ácido e precisa ser tratado com o método da calagem (jogar cal virgem no solo para
neutralizar a acidez).
✓ O solo da Amazônia: É uma confusão muito comum atribuirmos a mega diversidade
amazônica à fertilidade dos seus solos, mas não é correto. Na verdade, os solos amazônicos
são pouco férteis e toda a floresta está assentada em uma camada de matéria orgânica.
Abaixo desta camada encontramos sedimentos arenosos.

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Como podemos visualizar na figura acima, mais da metade do território brasileiro é composto
pelas classes dos Latossolos (31,61%) e dos Argissolos (26,94%). Estes solos, assim como todos os
demais, variam de acordo com a sua estrutura e composição, o que altera inclusive a sua
denominação, como por exemplo o Latossolo Amarelo, Vermelho, ou ainda o Argissolo Vermelho-
Amarelo. Estes solos são em geral, solos bastante desenvolvidos, com horizontes profundos e com
boa fertilidade ou relativamente fáceis de serem corrigidos. Por isso são amplamente utilizados para
o desenvolvimento agrícola. 18,50% são compostos por solos pouco desenvolvidos, com horizontes
de baixa profundidade como os Cambissolos (5,26%) e os Neossolos (13,24%). São encontrados em
regiões de relevo inclinado e/ou com baixos índices pluviométricos, processo muito importante na
desagregação das partículas das rochas que constituem os solos.
Os solos restantes são de menor representatividade no território nacional, como os com
abundância de matéria orgânica como os Chernossolos (coloração escura), Espodossolos (matéria
orgânica associada à presença de alumínio) e Organossolos (horizonte superficial e subsuperficial
orgânico) que correspondem à 0,44%, 1,98% e 0,03%, respectivamente. Os Gleissolos (encharcados),
os Luvissolos (com acumulação de argila) e os Planossolos (relevo plano), estão concentrados nas
áreas de planícies fluviais e correspondem a 4,69%, 2,85% e 2,67%, respectivamente. Os Plintossolos
(materiais argilosos que endurecem expostos ao ar), Nitossolos (do latim nitidus, “brilhante”,
conotativo de superfícies brilhantes nas unidades estruturais) e os Vertissolos (do latim vertere,
“inverter”, material de solo expansivo/contrativo que se movimenta na superfície), correspondem a
6,95%, 1,14% e 0,21%, respectivamente, e estão espalhados pelo território. O restante é composto
por Afloramentos rochosos, dunas e corpos d’água.

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3. AGRONEGÓCIO

São todos os setores produtivos da cadeia agrícola. Estão incluídos no agronegócio por
exemplo a lavoura mecanizada, mas também a indústria de maquinários agrícolas, adubos e
fertilizantes. Inclusive o processamento final do alimento também é agronegócio, por exemplo, uma
fábrica de sucos.
A modernização tecnológica no campo promoveu mudanças incríveis. A agropecuária
desenvolveu-se tanto em pesquisa, seleção e desenvolvimento de espécies cultiváveis como em
métodos cada vez mais automatizados. O desenvolvimento de insumos agrícolas como plantadeiras,
aradeiras, colhedeiras e tratores, fertilizantes e agrotóxicos foi muito grande. Esta modernização no
campo promoveu uma transformação estrutural da agricultura e aumentou muito a produtividade.
Hoje a agropecuária se articula em modelos cada vez mais complexos organizados em agroindústrias

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ou simplesmente agronegócio. Como agronegócio podemos considerar toda a cadeia produtiva da


agricultura, desde as áreas cultivadas altamente mecanizadas, como a indústria que produz os
insumos (maquinários) e componentes químicos (fertilizantes e agrotóxicos). Também a indústria
que processa o produto como um grande frigorífico ou fábrica de sucos. A modernização do campo
e o aumento de produtividade que ocorreu na década de 60 e 70 é conhecida como revolução verde.
Esta modernização no campo se deu a partir do desenvolvimento de novas técnicas e seleção de
espécies para viabilizar a agricultura em regiões em que ela não era praticada por limitações naturais
ou socioeconômicas.
A revolução verde contou com apoio da ONU, que via uma oportunidade para o aumento da
produção de alimentos e a erradicação da fome no mundo. Infelizmente este objetivo não foi
alcançado. A produtividade aumentou, mas principalmente a da agricultura comercial de exportação
(plantation mecanizado). Na África, por exemplo, na região conhecida como SAHEL (região na
transição do deserto para a savana e com os piores índices socioeconômicos do continente) ocorreu
a expansão da agricultura, entretanto voltada para exportação e não para suprir as necessidades da
região.
Os países pioneiros a aderirem o pacote da revolução verde foram o México, Brasil, Índia e
Tailândia que hoje são grandes produtores e exportadores agrícolas. Dentre os avanços tecnológicos
para aumentar a produção agrícola estão melhorias genéticas em sementes, desenvolvimento de
sementes híbridas, mecanização e redução do custo de manejo agrícola. As grandes propriedades
no Brasil e no mundo são essencialmente monocultoras voltadas à exportação. O plantation
normalmente produz poucos alimentos, ou nenhum. As lavouras de milho e soja, por exemplo, são
destinadas à produção de ração. Os alimentos são produzidos principalmente pela agricultura
familiar realizada nas pequenas propriedades.

3.1. A BIOTECNOLOGIA

São realizadas várias pesquisas em busca do melhoramento genético das plantas para
selecionarmos as características mais desejáveis. Existem as sementes híbridas e as sementes
transgênicas. Os híbridos são vegetais selecionados e cruzados em laboratório, obtendo-se assim
plantas mais resistentes às pragas, ou maiores e mais suculentas. As plantas são cruzadas e
selecionadas, mas não sofrem modificação genética. Já os transgênicos são OGMs (organismos
geneticamente modificados). Selecionam e introduzem características desejáveis (mesmo que não
sejam naturais da espécie). Podem tornar as plantas resistentes à ação de pragas e a utilização de
agrotóxicos, além de adaptá-las às condições climáticas e de solo específicas. Vamos ao exemplo
dos transgênicos no Brasil. Somos atualmente o segundo maior produtor mundial de Soja. Até 2005
a soja, que é um cultivo tipicamente de climas temperados era cultivada somente na região Sul. Foi

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desenvolvida uma variedade de sementes transgênicas adaptadas ao clima tropical e ao solo do


cerrado. Isso possibilitou a expansão da agricultura brasileira com base na produção da soja, que
hoje ocupa uma grande área cultivada e suas lavouras possuem grande produtividade.

3.2. PRODUÇÃO DE ALIMENTOS MODIFICADOS GENETICAMENTE

Estima-se que o uso de processamento biológicos de microrganismos tenha começado há


mais de 6.000 anos com a produção de alimentos, como pães e bebidas fermentadas, em diversas
civilizações. Atualmente a biotecnologia já vem produzindo alimentos livres de alérgenos e toxinas,
desenvolvendo culturas com perfis nutricionais avançados suplementando vitaminas e nutrientes,
reduzindo o uso de produtos químicos agrícolas e produzindo culturas agrícolas com menor uso de
insumos. Os estudos biotecnológicos na área de produção de alimentos estão voltados ao
melhoramento genético de plantas, reprodução vegetal afim de enriquecimento de populações
existentes, geração de novos genótipos (composição genética) através da engenharia genética e
também para alterações do metabolismo das plantas. Os feitos nas sociedades da biotecnologia são
inegáveis em muitas áreas. Porém quando tratamos de produção de alimentos vários fatores devem
ser levados em consideração. São crescentes as discussões sobre utilização intensiva de agrotóxicos
e fertilizantes inorgânicos, interferência no equilíbrio da natureza, criação de sementes
geneticamente modificadas, "poluição genética", uma vez que não é possível controlar os efeitos da
disseminação de organismos geneticamente modificados no ambiente e por último e mais polêmico
a produção de alimentos transgênicos.

3.3. A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS E A LEI DE BIOSSEGURANÇA

A nova tecnologia das plantas transgênicas, antes de serem liberadas pela lei, provocou um
grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis impactos nocivos do uso destas
sementes. São muitas as consequências e muito variadas, pois refletem tanto no meio ambiente
quanto na economia e na saúde humana. As pesquisas realizadas sobre os impactos dos alimentos
transgênicos na saúde humana não foram conclusivas, ou seja, foram liberados antes de sabermos
se podem provocar efeitos nocivos. Os principais riscos dos transgênicos apontados são: Risco de
cruzamento espontâneo, desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor das
grandes corporações e o problema bioético sobre patentes sobre organismos vivos.

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Para tentar minimizar os riscos na alimentação devido a possíveis mutações e adaptações dos
transgênicos, foi criado na Noruega um banco de sementes chamado de “banco do fim do mundo”,
que reúne coleções de sementes de todos os principais alimentos conhecidos pelo homem em sua
variedade natural. Caso ocorra um problema imprevisto que possa comprometer a alimentação
mundial, teremos armazenadas as matrizes genéticas originais. No Brasil enquanto o debate sobre
os transgênicos ocorria foi aprovada no congresso a chamada Lei de Biossegurança, de 2005. Numa
mesma lei foram aprovados dois temas polêmicos na época: o plantio de transgênicos e a pesquisa
com células tronco (que contava com a resistência de grupos religiosos).
Pela existência de possíveis efeitos inesperados, esses organismos transgênicos são
integralmente avaliados pelas premissas da biossegurança alimentar desde as suas características e
propriedades até suas funções, afim de encontrar eventuais riscos existentes para a saúde humana.
Estes quando encontrados são analisados e caracterizados. Também são desenvolvidas técnicas que
possam reduzir ou erradicar os riscos e impactos existentes na produção, liberação e
comercialização dos transgênicos. A biossegurança de transgênicos engloba diversas informações
infundadas e ainda há falta de conhecimento do tema. Em decorrência disso, parte da sociedade
ignora a potencialidade desses organismos na agricultura, economia, sociedade e meio ambiente. O
desenvolvimento da biotecnologia suscita uma série de preocupações tanto para cientistas quanto
para a sociedade de maneira geral. Dentre essas preocupações, destaca-se a necessidade de se
alfabetizar cientificamente a sociedade. A realidade do mundo biotecnológico se apresenta como
um processo aparentemente sem limites, e a biossegurança que em termos clássicos pode ser

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definida como a segurança ocupacional e ambiental da moderna biotecnologia, de forma


contraditória, começa a ocupar espaços em ambientes não-biotecnológicos, como hospitais,
laboratórios de saúde pública, hemocentros, etc.

COMO SE PRODUZ UMA PLANTA TRANSGÊNICA?


1. IDENTIFICAÇÃO E ISOLAMENTO: Uma característica reconhecida como importante para uma
planta é identificada. Depois, seleciona-se os genes responsáveis pela expressão dessa
característica;
2. TRANSFORMAÇÃO: Inserção do gene de interesse no genoma da planta a ser transformada.
Isso pode ser realizado via Biobalística (pequenas esferas de ouro ou tungstênio contendo
material genético são disparadas em direção ao tecido do organismo-alvo. O gene de interesse
chega ao núcleo celular e é integrado ao genoma da célula vegetal) ou via Agrobacterium
tumefaciens (Bactéria do solo que naturalmente transfere parte de seu DNA para o vegetal.
Usa-se esse microrganismo como vetor, inserindo na bactéria o gene de interesse e colocando-
a em contato com as células vegetais), por exemplo;
3. SELEÇÃO: Identificação das células que receberam os genes de interesse. Para isso, as células
vegetais são avaliadas em condições de cultivo;
4. REGENERAÇÃO: Obtenção da planta completa a partir da célula vegetal transformada. Este
processo é realizado cultivando os fragmentos de tecido vegetal modificado;
5. TESTES DE BIOSSEGURANÇA: Durante todo o processo de desenvolvimento do transgênico,
são realizados testes de biossegurança em laboratório, em casa de vegetação e em campos
experimentais. Nessa fase também são realizados testes para avaliar a segurança da planta
transgênica para a saúde humana, animal e para o meio ambiente;
6. APROVAÇÃO: Depois de passar pelos testes de biossegurança, a planta pode ser submetida
à avaliação dos órgãos reguladores de diferentes países. No Brasil, o órgão responsável por
essa avaliação é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
As plantas transgênicas, portanto, são aquela que receberam um ou mais genes de outros seres
vivos com o objetivo de apresentarem novas características. Atualmente, somente soja, milho
e algodão transgênicos são cultivados comercialmente no Brasil.
Fonte: Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB)

3.4. BIOÉTICA

Segundo conteúdo disponível no website da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde


(UNASUS), as ações de saúde pública visam interferir no processo saúde-doença da coletividade,

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com a finalidade de proporcionar um melhor estado de saúde para as populações. Essas ações
podem, contudo, gerar confrontos entre os interesses individuais e os coletivos, entre as liberdades
individuais e o bem-estar ou a segurança da coletividade. Em um contexto cultural que privilegia o
conceito de autonomia, passam a ser aceitas todas as escolhas individuais, mesmo aquelas que
prejudicam a saúde. Contudo, essas escolhas pessoais devem ser responsáveis, ainda que sejam
influenciadas pelo grupo social a que pertencem essas pessoas, que as exercem para ser aceitas
como parte desse grupo.
Muito se discute sobre os transgênicos e a efetividade desses tipos de alimentos “artificiais”,
visto que na natureza muitos deles não se reproduziram dessa maneira. Há controvérsias a respeito
dos nutrientes que contém, bem como suas implicações éticas, econômicas, sociais e políticas. Todos
esses fatores se relacionam diretamente com os efeitos a curto e longo prazo para a saúde dos seres
humanos e dos animais. O conhecimento a respeito da segurança alimentar por parte da população
para decisões responsáveis sobre o consumo ou não de transgênicos ainda é uma discussão delicada.
Em outras palavras, visar o lucro em possível detrimento da saúde, pode ser um grande problema
no futuro.

3.5. OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS UM PARADIGMA MUNDIAL

Conforme a legislação em vigor, é obrigatório o rótulo de identificação em alimentos


transgênicos com o intuito de alertar o consumidor sobre o que ele está consumindo. No Brasil e na
União Europeia são apresentados rótulos de produtos com até 1% de componentes transgênicos.
Em muitos países, o consumo de alimentos transgênicos é legal, como o Japão, uma potência
mundial cuja comercialização de transgênicos é proibida. Os países que lideram a produção de
alimentos transgênicos são os Estados Unidos, Argentina, Canadá, China, além do Brasil. No mundo,
os alimentos produzidos em maior quantidade são o milho, a soja, o algodão e a canola. O cultivo
mais predominante no planeta é o da soja resistente à herbicidas. Os alimentos transgênicos de
origem animal também podem ser modificados. Em 2012, a empresa estadunidense “Food and
Drug Administration” (FDA) aprovou o consumo do primeiro animal geneticamente modificado, um
tipo de salmão. Em 2017 o Brasil tornou-se o segundo maior produtor de transgênicos do mundo,
atrás apenas dos Estados Unidos, como podemos visualizar na imagem abaixo.

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3.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS SOBRE TRANSGÊNICOS

3.6.1. Vantagens dos Alimentos Transgênicos

✓ Maior produtividade;
✓ Redução de custos;
✓ Aumento do potencial nutricional do alimento;
✓ Plantas mais resistentes às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias) e aos agrotóxicos,
inseticidas e herbicidas;
✓ Aumento da tolerância das plantas as condições adversas de solo e clima.

3.6.2. Desvantagens dos Alimentos Transgênicos

✓ Relação com o desenvolvimento de doenças (reações alérgicas, câncer, etc.);


✓ Desequilíbrio ambiental (poluição do solo, da água e do ar, desaparecimento de espécies,
perda da biodiversidade, contaminação de sementes, etc.).

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4. MODELOS AGRÍCOLAS
Existem diversos modelos agrícolas pelo mundo, cada qual adaptado às condições de cada
local. Há os sistemas agrícolas com uso intensivo ou extensivo dos solos.
✓ Agricultura extensiva: A agricultura realizada sem muito uso de tecnologia, com técnicas
rudimentares. Tem uma baixa produtividade e ocupam maior espaço. São exemplos os
roçados, a agricultura de subsistência.
✓ Agricultura intensiva: A agricultura tipicamente praticada nos países desenvolvidos.
Utilizam agrotóxicos e fertilizantes e possui alta produtividade. Ocupam um menor espaço,
devido à adaptação das culturas a um alto adensamento.
Na Ásia temos um exemplo muito interessante de agricultura intensiva não mecanizada. aqui
nos referimos à tradicional prática da jardinagem associada ao terraceamento. São bons exemplos
as produções hidropônicas (plantios realizados na água), cultivo de hortaliças em estufas, os polders
holandeses, o modelo agrícola dos Estados Unidos (cinturões agrícolas) e toda lavoura de
agronegócio.

Aqui temos um polder holandês. São áreas do mar que são aterradas em parte e construídas estruturas flutuantes, com um sistema de diques e
barragens. As áreas conquistadas são usadas para a agricultura.

Os EUA e os Belts (cinturões agrícolas): São setores agrícolas, que são organizados de acordo
com a “vocação agrícola do lugar”, ou seja, de acordo com a proximidade do mercado consumidor,
do solo e clima mais adequado àquela cultura. Nestes cinturões são oferecidos subsídios agrícolas
aos produtores que optam por cultivar aquele produto. Os subsídios dados pelos EUA e U.E.
provocam uma grande polêmica internacional na OMC (organização mundial do comércio).

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4.1 AGRICULTURA MODERNA

A agricultura moderna é aquela em que o sucesso do processo é garantido pelo uso de


tecnologia, gestão, investimento, características do mercado e apoio a nível governamental. São
práticas de cultura intensivas com planejamento para todos os fatores. Consiste no controle das
práticas de irrigação, uso de fertilizantes, sementes de alto desempenho (modificadas
geneticamente), uso de pesticidas, rotação de colheitas e uso de maquinário com controle
altamente tecnológico. As empresas são administradas como empresas, sendo que a grande maioria
dos proprietários não reside na propriedade rural, e sim em grandes centros urbanos onde são
realizadas as transações financeiras. As safras dessas propriedades pode ser dividida em fases: 1 –
Preparação do solo: análise do solo e aplicação de fertilizantes e corretivos; 2 – Plantio: semeadura
de acordo com o potencial produtivo; 3 – Acompanhamento da lavoura: mapeamento de doenças e
pragas e aplicação localizada de defensivos agrícolas; 4 – Colheita: utilizadas máquinas com sensores
de produtividade e são produzidos mapas de produtividade para identificação de áreas
improdutivas.

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5. AGRICULTURA INTENSIVA NÃO MECANIZADA


Os sistemas agrícolas da Ásia de Monções são milenares. Técnicas simples e tradicionais, não
mecanizadas, que proporcionam um uso intensivo do solo. É o sistema de terraceamento associado
com a jardinagem. O uso de milhares de jardineiros está diretamente relacionado ao excesso
populacional e o fato de lá ser considerado um formigueiro humano.

O terraceamento é uma técnica em que são realizados cortes nas vertentes dos planaltos,
construindo os terraços. Neles são colocados jardineiros. Não há uso de tecnologias modernas, mas
a produtividade é alta e é intensiva. O principal objetivo do terraceamento é evitar a erosão já que
os terraços agem na diminuição da velocidade da água que escoa no sentido morro abaixo
transportando o solo retirado (regiões planálticas e com muita chuva sofrem maior erosão).

5.1. AGRICULTURA NA JARDINAGEM

A agricultura de jardinagem é uma expressão da ação humana interagindo com o espaço


geográfico, utilizando os conhecimentos sobre o ambiente natural (relevo e clima) para o
desenvolvimento das práticas agrícolas. É uma espécie de cultivo milenar que acompanha o
desenvolvimento das civilizações até os dias atuais. É comum no Sul do continente asiático e um dos
principais exemplos é a rizicultura (cultivo de arroz) no Vietnã que é organizada por técnicas de
terraceamento. Os principais aspectos da agricultura de jardinagem são: a elevada utilização de mão
de obra e trabalho manual, o baixo incremento tecnológico, a elevada produtividade, o uso de
medidas para evitar ou conter a erosão (curvas de nível e terraceamento) e o predomínio do cultivo
de alimentos, principalmente o arroz.

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Essa técnica é possível graças as


características climáticas locais que contam
com duas estações bem definidas ao longo do
ano: uma muito chuvosa e intensa e outra mais
fria e seca com longa estiagem. Durante a
época chuvosa, quando os índices
pluviométricos são muito acentuados e
caracterizados por longas tempestades,
transforma-se o relevo acidentado da região
em terraços ou realiza-se o plantio em curvas
de nível.
5

5.2. AGROECOLOGIA OU AGRICULTURA SINTRÓPICA

Agricultura Sintrópica é o termo designado à um sistema de cultivo agroflorestal


caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente através
do manejo sustentável. Nesse tipo de cultivo não se utiliza nada além do que o meio ambiente pode
oferecer, inclusive, os agricultores recebem a orientação de não irrigar suas plantações, pois o
equilíbrio será atingido de maneira natural.
O termo Agricultura Sintrópica foi criado por Ernst Gotsch, agricultor e pesquisador suíço. O
principal propósito dessa forma de cultivar alimentos está na preocupação com o meio ambiente,
ou seja, com a não devastação e com a preservação das características naturais da região. Isso se
aproxima muito dos sistemas agrícolas tradicionais conduzidos por grupos locais em comunidades
espalhadas por todo território brasileiro. Geralmente o cultivo da terra é feito por agricultores
ligados por elos de parentesco, que objetivam principalmente a subsistência, cuja manutenção é
feita através da mão-de-obra familiar, aproveitamento de insumos locais e desenvolvimento de
tecnologias simples. Nesse caso, a escolha por
determinado cultivo ultrapassa questões de
cunho econômico, e permeiam valores sociais,
culturais, ambientais, étnicos e míticos. Nos
ambientes cultivados procura-se manter ou
permitir processos ecológicos, que por sua vez
contribuem para a manutenção e produtividade
dos sistemas e da comunidade em si. As
diferenças e vantagens da agroecologia ou
agricultura sintrópica são muitos.

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Como o sistema funciona:


✓ É preciso fortalecer o sistema para aumentar a biodiversidade e diminuir a necessidade de
insumos externos. A floresta só necessita do que produz.
✓ Policultivo: um canteiro nunca terá apenas uma espécie, como acontece na agricultura
convencional. Cada canteiro é composto por um consórcio de espécies.
✓ Compor o consórcio pensando na sucessão: para a combinação de espécies é analisado o
tamanho e o tempo que cada uma necessita para produzir. Assim, teremos no mesmo
canteiro culturas de ciclos curtos acompanhadas por culturas de ciclo mais e mais longo.
✓ Todas as espécies do consórcio são plantadas ao mesmo tempo.
✓ O solo nunca está exposto. Para a cobertura, utiliza-se palha, restos de poda, madeira.
c coberto pelas folhas e galhos que caem
Como na floresta, onde o solo está sempre
naturalmente das árvores.
✓ Essa biomassa de cobertura é decomposta naturalmente e “vira” solo.
✓ Alto manejo (principalmente poda), para acelerar a regeneração do sistema e produção de
alimentos.

5.3. AGRICULTURA ITINERANTE

A agricultura itinerante é um tipo de agricultura muito antiga adotado historicamente pelos


povos indígenas nas florestas tropicais A agricultura itinerante consiste em derrubar trechos das
florestas e posteriormente atear fogo aos resíduos do corte, as populares “queimadas”. O derrube
e corte do mato são feitos em solos cobertos com floresta densa, e os materiais resultantes do abate
são depois aproveitados, sendo os desperdícios queimados antes das sementeiras. Ao se utilizar
desta técnica, o produtor acaba diminuindo a fertilidade do solo em longo prazo, uma vez que a
queimada prejudica a atividade dos microrganismos ali presentes. Porém o aumento de nitrogênio
no solo deixado pelas cinzas favorece momentaneamente o plantio até ser lavado pela chuva. Este
processo prepara a terra para o cultivo de subsistência. Com a falta de conservação do solo é
necessário o movimento periódico dos trabalhadores em busca de solos ainda férteis, por isso
denominamos este sistema de itinerante. Passado o período de fertilidade do terreno o agricultor
se desloca para um novo onde colocará em prática processo semelhante. Durante o período de
desuso da área ocorre naturalmente a instalação de floresta secundária, e ao longo do tempo a
recuperação total permitindo que esse terreno volte a ser produtivo e utilizado para o cultivo. Essa
prática é comum nos países em desenvolvimento, ou nas zonas de agricultura tradicional. A
Agricultura itinerante é aplicada em países da África, América Latina, Ásia Central e Sudeste Asiático.

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6. IMPACTOS SOCIAIS E NATURAIS DA ATIVIDADE AGRÍCOLA


A principal consequência da
modernização agrícola é um grande impacto
social inicial, pois as novas tecnologias
dispensam uma grande quantidade de mão de
obra. Os trabalhadores rurais então
desempregados, migram para as cidades (e
aumentam a marginalização espacial com a
proliferação de favelas). À essa migração em
massa que ocorre do campo para a cidade
denominamos êxodo rural. Podemos destacar f
o final da década de 60 e a década de 70 como o auge deste processo. Primeiramente devido a
aprovação em 1964 do Estatuto do trabalhador rural (a criação das leis trabalhistas no campo. GV
as criou somente na cidade) e a implantação dos primeiros modelos de agronegócio, que foram
implantados em meados da década de 70. De lá pra cá a modernização foi constante e também o
êxodo rural.
O modelo agrícola brasileiro, desde a colonização, é baseado no plantation (latifúndios
monocultores agroexportadores). É um modelo agrícola que provoca um grande desgaste do solo
em razão da sua exploração intensiva. Então os impactos ambientais da agricultura são vários, entre
eles:
✓ Contaminação do solo e da água com agrotóxicos.
✓ Desmatamento.
✓ Destruição da biodiversidade.
✓ Aceleração do processo erosivo.
✓ Erosão e assoreamento dos rios (quando o leito do rio perde a profundidade devido ao
acúmulo de sedimentos).
✓ Desertificação.

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Observe o mapa com atenção. Há dois problemas ambientais ligados à agropecuária, que
visualmente são muito parecidos, mas as causas são muito diferentes. Tratam-se dos processos de
desertificação e de arenização.
A desertificação é provocada pelo clima semiárido associado à agricultura predatória e o
desmatamento. A arenização é provocada pela pecuária. O pisoteio do gado compacta o solo, que
devido às chuvas frequentes é perdido e as camadas arenosas expostas. Sua causa está ligada ao
desmatamento, compactação do solo e ao solo arenoso.
As atividades agrícolas e pecuárias, também são as principais responsáveis pela retirada da
vegetação natural. Em vermelho, podemos visualizar a expansão da fronteira agrícola em direção a
Floresta Amazônica.

6.1. REVOLUÇÃO VERDE E A ATUALIZAÇÃO TERRITORIAL

A Revolução Verde trouxe novas configurações ao território do país. A crise do pequeno


proprietário do setor rural consequência do processo de industrialização, provocou o crescimento
desordenado dos grandes centros urbanos. Nos últimos 40 anos, a população brasileira inverteu sua

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localização. Hoje mais de 84% da população vive em meios urbano, mais de 15 milhões são migrantes
dos quatro cantos do país, levadas aos grandes centros à procura de qualidade de vida.
O modelo de produção familiar foi prejudicado devido à falta de subsídio e crédito
governamentais, contrapondo-se ao excesso de privilégios para o setor industrial urbano. A
manipulação dos preços dos produtos agrícola para controlar as taxas de inflação foi aos poucos
destituindo os proprietários rurais do seu meio de produção. Isso se perpetua até aos dias atuais.
Assim os grandes proprietários de terra, passaram a investir na indústria, relegando às atividades
agrícolas um papel secundário. A política agrícola foi, e ainda é direcionada por grupos de interesses,
que dominam os processos de financiamento rural desde a pesquisa à concessão do crédito.
Diante do cenário que se apresentava, foi determinado na constituição de 1988 com intuito
de proteger o pequeno agricultor frente a esse tipo de situação a impenhorabilidade da pequena
2
propriedade referente à dívida contraída pelo produtor na manutenção da propriedade. Essa lei tem
origem no reconhecimento de que a atividade rural envolve uma série de riscos, muitos dos quais
estão fora do controle do produtor, à exemplo de alterações naturais, como secas ou pragas e foi
regulamentada no Inciso XXVI Artigo 5° da Constituição Federal de 1988.
Segundo o último Censo Agropecuário do IBGE em 2017, aproximadamente 81,3% das áreas
rurais do Brasil são compostas por latifúndios. O mesmo documento informa que a agricultura
familiar é base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes.

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Os países em que a população economicamente ativa trabalha principalmente no setor


primário, se explica por ser menos industrializado e urbanizado, portanto, está diretamente ligado
ao seu desenvolvimento. Quanto maior a PEA no setor primário, menos desenvolvido ele é. Países
que concentram suas atividades econômicas no setor primário são mais frágeis economicamente
em relação a crises, possuem pior infraestrutura, sua população tem um pior IDH. Não conseguem,
por exemplo, se preparar para enfrentar acidentes naturais.

6.2. AGRICULTURA FAMILIAR, DESENVOLVIMENTO SOCIAL E SEGURANÇA ALIMENTAR

O surgimento e o reconhecimento da agricultura familiar no Brasil é muito recente e deve-se


à três fatores igualmente importantes. O primeiro tem a ver com a retomada do papel do movimento
sindical após o fim da ditatura militar; o segundo está relacionado ao papel dos mediadores e
intelectuais, especialmente cientistas sociais que debateram o tema no início da década de 1990; e
o terceiro fator está relacionado ao papel do Estado e das políticas públicas, que passaram a
reconhecer este setor e dar-lhe visibilidade a partir da criação do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) são programas de compras institucionais que garantem o acesso do agricultor familiar ao
mercado de comercialização, um destino certo para os alimentos produzidos, garantindo renda e
melhor qualidade de vida às famílias. Os alimentos comprados pelo Governo Federal são repassados
para instituições assistenciais e escolas públicas. Nas diretrizes de execução do PNAE foram
estabelecidas através da Lei no 11.947/2009 e da Resolução nº 38/FNDE/2009 o percentual para a
compra de alimentos: no mínimo, trinta por cento (30%) do total de recursos repassados pelo FNDE
devem ser destinados à compra de alimentos, preferencialmente orgânicos, produzidos pela
agricultura familiar local, regional ou nacional, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária,
as comunidades tradicionais indígenas e as comunidades quilombolas.
Neste contexto, o estímulo e o apoio à agricultura familiar têm se mostrado relevantes para
a formulação e a implementação de ações municipais e de desenvolvimento local, que visem
promover o Direito Humano à Alimentação Adequada. A Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB) destaca que a maior parte do abastecimento da mesa dos brasileiros é proveniente da
agricultura familiar que responde por 7 de cada 10 empregos no campo, ocupando 80% do setor
rural. O apoio a estes agricultores como forma de estimular a produção de alimentos sustentáveis
é considerado essencial, não só por sua capacidade de geração de ocupação e de renda, como
também pela maior diversidade e oferta de alimentos de qualidade, menor custo com transporte,
confiabilidade do produto, preservação do hábito regional e da produção artesanal, promovendo
uma conexão entre o campo e a cidade.

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O Censo agropecuário realizado em 2017 aponta que 77% dos estabelecimentos


agropecuários foram classificados como agricultura familiar. Em extensão de área, a agricultura
familiar ocupava no período da pesquisa 80,9 milhões de hectares, o que representa 23% da área
total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Segundo o levantamento, a agricultura
familiar emprega mais de 10 milhões de pessoas, o que representa 67% do total de pessoas
ocupadas na agropecuária. A agricultura familiar não é a atividade que ocupa a maior arte das áreas
cultiváveis, o domínio dessas áreas ainda pertence aos grandes latifúndios e se encontram a serviço
do agronegócio. Apesar dos estabelecimentos não familiares representarem apenas 23% do total de
unidades, ocupam 77% dessas áreas. Como vimos a agricultura familiar tem um papel de
protagonismo na segurança alimentar além de estimular o aumento do IDH no país.

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7. A AGRICULTURA NO BRASIL
Há registros de vestígios da agricultura primitiva em todas as regiões brasileiras,
especialmente na região amazônica. As matas ofereciam aos nativos uma diversidade rica de
alimentos naturais, que, juntamente com a caça e a pesca, constituíam a base de sua alimentação.
A domesticação de muitas dessas plantas, como a mandioca, o milho e a batata-doce, deu início à
agricultura em volta das aldeias. A formação da agricultura brasileira, como conhecemos hoje,
deveu-se sobretudo à ação dos colonizadores, que trouxeram espécies animais (como o gado) e
vegetais (como coqueiros, mangueiras e laranjeiras). Os ciclos do pau-brasil, da cana-de-açúcar, do
tabaco, do algodão, do gado, do café, do cacau, da borracha e, mais recentemente, da soja, das aves,
dos suínos e de novo da cana-de-açúcar, agora como também produtora de combustível, marcam
períodos de elevado crescimento da produção. Vejamos um pouco mais sobre alguns desses ciclos
a seguir.

O pau-brasil, era abundante na região costeira, e foi o primeiro produto a causar interesse
dos exploradores, que além da madeira, comercializavam o corante extraído da madeira chamado
brasilina, utilizado pela indústria têxtil com alternativa para tingir tecidos de vermelho, que era
conhecido como a cor do rei e dos nobres. Sua extração financiou o reconhecimento e mapeamento
da costa brasileira.

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Passado esse primeiro momento de exploração extrativista associada inclusive à extração de


minérios, principalmente o ouro, a economia brasileira passa a ser baseada na produção açucareira.
O ciclo da cana-de-açúcar, durou de 1530 a 1700, consistindo na atividade mais densa do Brasil
colonial relacionando-se ainda com o processo de povoamento da colônia. Assim, o cultivo de cana-
de-açúcar nas capitanias hereditárias obteve grande êxito devido ao clima e solo fértil (massapê), e
ao baixo custo de produção em sistema de plantation, que utilizava mão-de-obra escrava (indígenas
em primeiro momento e depois africanos em grande quantidade) em grandes latifúndios
monocultores para exportação. Durante a colônia também foi produzido algodão e tabaco, usados
no escambo para a compra de africanos para a escravização.
Após a desaceleração da produção no Nordeste brasileiro, a região Sudoeste tornou-se a nova
protagonista no setor agrícola nacional. No final do período colonial, o café já se mostrava o novo
grande negócio do setor rural, passando de 3 mil sacas exportadas no início do século XIX para mais
de 51 milhões de sacas em 1880, sendo este produto responsável por 60% das exportações
nacionais. Neste período o café chegou ao seu ápice em nosso país, retraindo-se apenas com a crise
mundial de 1929, que impulsionou a industrialização brasileira, com migração do capital investido
no café para a atividade de transformação de bens, emergindo o então ciclo da borracha,
relacionado à extração do látex das seringueiras, destinado a suprir a demanda fabril principalmente
no setor automotivo.

7.1. CONTEXTO ATUAL

O Brasil fechou o ano de 2018 com um PIB de 6,8 trilhões de reais, sendo que o setor do
agronegócio correspondeu a 21,12% deste total, correspondendo também a quase metade (42,39%)
das exportações brasileiras, segundo o IBGE. O produto que lidera as exportações é a soja, mas
também são exportados produtos como milho, açúcar, café, carnes, couro, madeira, algodão, cacau,
além de frutas como goiaba, manga, maçã, banana, laranja, limão e castanhas. Segundo o Ministério
da Agricultura, o principal destino das exportações é a China, que renderam em 2018, 9,4 bilhões de
dólares, seguido pelos Estados Unidos (US$ 2,2 bi), União Europeia (US$ 1,5 bi), Irã (US$ 700 mi) e
Japão (US$ 600 mi).
O modelo agrícola predominante é derivado das técnicas de plantation, lembrando que esta
prática é a principal responsável pela expansão da fronteira agrícola, que primeiramente avançou
pelo cerrado avançando rumo à Amazônia atualmente. Nos últimos anos a produção de cana-de-
açúcar para a produção de etanol obteve grande destaque para a economia nacional.

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7.2. PRINCIPAIS CULTIVOS TEMPORÁRIOS E PERMANENTES

Antes de estudarmos mais a fundo sobre as diferentes culturas agrícolas cultivadas em todo
o mundo e mais especificamente no Brasil, é preciso que tenhamos conhecimento de como elas são
classificadas. De acordo com o IBGE:
✓ Culturas temporárias: “São culturas de curta ou média duração, geralmente com ciclo
vegetativo inferior a um ano, que após a colheita necessitam de novo plantio para produzir,
como por exemplo: soja, milho, feijão etc. São incluídos nesta categoria o abacaxi, a cana-
de-açúcar, a mandioca e a mamona, que apresentam ciclos de colheita muitas vezes
superiores a 12 meses.”
✓ Culturas permanentes: “São culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas
sucessivas, sem necessidade de novo plantio, como por exemplo: café, maçã, pera, uva,
manga, laranja etc.”

7.2.1. Lavouras Temporárias


✓ Cana-de-açúcar:
É o principal produto agrícola na história brasileira. Introduziu a colonização por meio do
plantation: grandes latifúndios (sesmarias), monocultores com a produção voltada para a
exportação. A cana-de-açúcar foi escolhida pelos portugueses para iniciar a colonização, pois era um
produto muito caro e com alta demanda na Europa. Ainda contavam com o financiamento holandês
que ficavam com a parte mais lucrativa: o refino, transporte, distribuição e comércio. A cana-de-

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açúcar é uma espécie asiática que se adaptou muito bem ao clima do Nordeste brasileiro: clima
tropical úmido (com chuvas concentradas no inverno) e solo de massapê (resultado da
decomposição do calcário e do gnaisse). Os séculos XI e XII marcaram seu auge. Devido a disputa
pelo controle da região açucareira, a Holanda invadiu o Nordeste e travou uma guerra contra
Portugal (A Guerra do Açúcar: que culminou na expulsão dos holandeses).
No início do século XXI, o Brasil viveu um período de grande prosperidade agrícola. Políticas
de incentivo ao consumo levaram ao aumento da frota automotiva e da demanda por combustíveis.
O setor sucroalcooleiro deu um salto neste período com a popularização dos carros flex (movidos à
gasolina e à etanol). O agronegócio investiu no cultivo canavieiro e multiplicou as lavouras em São
Paulo que se tornou líder da produção nacional, muito à frente dos outros estados. A região
Nordeste do estado é onde concentra-se a maior produção, sendo o entorno de Ribeirão Preto é o
principal polo nacional do agronegócio da cana-de-açúcar. O Brasil lidera a produção mundial de
cana-de-açúcar, principalmente pelo fato de possuir a maior área plantada no mundo, com mais de
9 milhões de hectares e produtividade de 79 toneladas por hectare. A Etiópia é o país com maior
produtividade, 127 toneladas por hectare, entretanto possui apenas 19 mil hectares de área
plantada.

Fonte: FAO, 2010.

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É um produto cultivado em regiões tropicais especialmente mais úmidas, pois quanto maior
o calor e a umidade maior a produtividade da cana-de-açúcar. Índia, China, Paquistão, Tailândia e
Filipinas possuem o litoral com o clima tropical monçônico, muito quente e úmido, o que
proporciona uma boa representatividade no mercado internacional, sobretudo nos dois primeiros
países citados onde há maior disponibilidade de área plantada. O litoral mexicano, da Colômbia, da
Argentina (próximo à foz do Rio Prata) e litoral Nordeste da Austrália, também são áreas de clima
propício para o cultivo da cana-de-açúcar.
Na década de 70, a economia mundial passava pela crise do petróleo (causada por conflitos
no Oriente Médio) e para diminuir a dependência do petróleo, o país lançou o Proálcool (Programa
Nacional do Álcool) que desenvolveu a tecnologia do etanol combustível, derivado da cana-de-
açúcar. Os gráficos abaixo demonstram a liderança do sudeste na produção canavieira e
sucroalcooleira, sendo que a região paulista é responsável por 51% da produção nacional. A mesma
também lidera a produção de etanol, com 57% de toda a produção nacional. A produção da região
Norte está abaixo de meio por cento, por esse motivo não compõe o gráfico de produção nacional
de etanol.

ÁREA PLANTADA COM CANA-DE-


ÁÇUCAR POR REGIÃO SAFRA
2018/2019

61%

22% 9% 7% 1%

SUDESTE CENTRO- NORDESTE SUL NORTE


OESTE

Fonte: CONAB, 2019.

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PRODUÇÃO DE ETANOL POR REGIÃO SAFRA


2018/2019

58%

32%

6% 5%

SUDESTE CENTRO-OESTE NORDESTE SUL

FONTE: CONAB, 2019.

✓ Soja:
A soja é naturalmente um cultivo de clima temperado e era cultivada na costa leste da Ásia,
principalmente na China. No Brasil, no final da década de 60, o trigo era a principal cultura da região
Sul, mas a soja surgia como uma opção de verão, em sucessão ao trigo. O Brasil também iniciava um
esforço para produção de suínos e aves, gerando demanda por farelo de soja. O país passou a investir
também em tecnologia para adaptação da cultura às condições brasileiras, processo liderado pela
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

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A indústria biotecnológica desenvolveu sementes transgênicas de soja resistentes à


agrotóxicos e adaptadas ao solo do cerrado (demanda correção por calagem e adubação pois
normalmente é ácido). Em 2005 o congresso brasileiro aprovou a Lei de Biossegurança que permitia
a pesquisa e o cultivo de transgênicos e a produção deu um salto incrível, passando a ser plantada
em outras regiões e encontrou no cerrado do Centro-Oeste, amplas áreas com relevo plano e
vegetação pouco adensada (com maior facilidade de ser desmatada) processo que atualmente
avança sobre as bordas da Floresta Amazônica. É o produto responsável pela ampliação da fronteira
agrícola brasileira. O que é isso? São os limites das terras agricultáveis em uso. Silva, em seu artigo
científico intitulado “Amazônia globalizada: da fronteira agrícola ao território do agronegócio – o
exemplo de Rondônia”, representa graficamente como houve um aumento na produção de soja e
milho na Amazônia, no ano de 2010 e especializa essa produção no mapa abaixo, onde podemos
perceber como o cultivo da soja está avançando cada vez mais para os limites da floresta.

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O destino da soja é a exportação do farelo para a produção de ração e óleo. Veja abaixo os
dados das safras 2018/19:
Soja no mundo:
Produção: 362 milhões de toneladas.
Área plantada: 126 milhões de hectares.
Fonte: USDA

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Soja nos EUA (maior produtor mundial do grão):


Produção: 124 milhões de toneladas.
Área plantada: 36 milhões de hectares.
Produtividade: 468 quilos por hectare (kg/ha).
Fonte: USDA

Soja no Brasil (segundo maior produtor mundial do grão):


Produção: 115 milhões de toneladas.
Área plantada: 36 milhões de hectares.
Produtividade: 3.206 kg/ha.
Fonte: CONAB

Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja):


Produção: 32 milhões de toneladas.
Área plantada: 10 milhões de hectares.
Produtividade: 3.346 kg/ha.

Paraná (segundo produtor brasileiro de soja):


Produção: 16 milhões de toneladas.
Área plantada: 5 milhões de hectares.
Produtividade: 2.989 kg/ha.
Fonte: CONAB

Rio Grande do Sul (terceiro produtor brasileiro de soja):


Produção: 19 milhões de toneladas.
Área plantada: 6 milhões de hectares.
Produtividade: 3.321 kg/ha.
Fonte: CONAB

Segundo projeções do Departamento de Agricultura Norte-Americano (USDA), o Brasil


produzirá 125 milhões de toneladas contra 96,8 dos EUA, se tornando o maior produtor e exportador
de soja mundial em 2020, ultrapassando a produção norte-americana. A China continua como o
maior consumidor mundial, seguido dos EUA, Argentina, e o Brasil ocupa a quarta colocação no
consumo do grão e seus derivados conforme ilustrado nos gráficos abaixo.

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Fonte: USDA.

7.2.2. Lavouras Permanentes

✓ Algodão
O algodão é uma cultura tradicional no Brasil desde a colônia. Até a década de 60, era
cultivado principalmente no Maranhão, no Seridó (região interestadual localizada no sertão
nordestino) e na Bahia. Era uma atividade que se somava às grandes exportações de melaço de cana-
de-açúcar, nosso principal produto. No século XVIII, o primeiro Ministro Marquês de Pombal
estimulou a produção de algodão para abastecer as manufaturas têxteis inglesas. O principal
fornecedor de algodão para a Inglaterra eram os EUA, mas em dois momentos de Guerra, a de
independência e a de secessão, o Brasil ocupou a lacuna deixada pelas 13 colônias. Os gráficos abaixo
nos apresentam uma projeção de 2012. Observe que os quatro primeiros países são produtores

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históricos de algodão que abastecia as manufaturas e mais tarde as indústrias têxteis inglesas. No
século XVIII as 13 colônias e o Brasil e no século XIX a China e a Índia (o neocolonialismo ou
imperialismo afro asiático.

Fonte: USDA.

Historicamente o algodão destacou-se no sertão nordestino, principalmente tipo arbóreo


(“mocó” ou “seridó”). A região perdeu a liderança da produção algodoeira, primeiramente para São
Paulo, e mais tarde para a região Centro-Oeste, que desenvolveu o algodão do tipo herbáceo. Os
principais usos do algodão são a indústria têxtil (pluma) e a alimentícia (caroço para produção de
óleo).

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O Centro-Oeste é líder na produção nacional de algodão, tendo o Estado do Mato Grosso é


como maior produtor do país, seguido por Goiás. O clima tropical típico, em geral bastante regular,
com uma estação seca e outra úmida (com variações) favorece a produtividade nestes Estados cuja
produção reduziu entre 2014/2016 em razão da praga do bicudo, uma das principais doenças que
acometem as lavouras. O Nordeste é a segunda maior região produtora de algodão, tendo a Bahia
como maior produtor nordestino e o segundo maior produtor nacional, sendo a principal região
produtora é o cerrado baiano. No Maranhão a produção está hoje concentrada nos municípios no
entorno de Balsas, no extremo sul do Estado. O início da colheita do algodão ocorre em julho e se
estende até agosto e setembro. Atualmente o Brasil é o segundo maior exportador de algodão do
mercado mundial, atrás somente dos EUA. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento
(CONAB), até abril de 2019 já tinham sido embarcadas 998 mil toneladas para exportação. O grande
desafio para o país manter-se competitivo no mercado, segundo os produtores, é aumentar a
participação nos mercados da Ásia, onde estão as maiores indústrias de algodão.

✓ Café:
O Brasil é o maior produtor mundial de café, seguido do Vietnã e da Colômbia. A produção
brasileira se iniciou no século XIX e logo São Paulo tornou-se o maior produtor mundial e durante
um século (1830 e 1930), foi o principal produto de exportação brasileira. Atualmente a maior
produção nacional é de MG, responsável por 50% da produção nacional. Um tema que costuma ser
bastante cobrado em história e geografia é a “Marcha do Café”, o percurso do produto ao longo do
século XIX. De acordo com o mapa abaixo, esse processo ocorreu primeiramente no RJ e SP, depois

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sul de Minas e então no Oeste paulista e Norte do Paraná. O ciclo do café foi o responsável pela
modernização do país no século XIX com a introdução de ferrovias, e foi quando ocorreu a abolição
da escravidão e também a imigração europeia principalmente dos italianos que vieram trabalhar nas
lavouras paulistas.

Fonte: OIC.

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Segundo boletim executivo do Ministério da Agricultura publicado em outubro de 2019, a


região Sudeste respondeu por 93% da produção cafeeira nacional, sendo que o Estado de Minas
Gerais por si só contribuiu com 52% de toda essa produção. Os Estados do Espírito Santo, São Paulo,
Bahia, Rondônia e Paraná, foram responsáveis por mais 25%, 8%, 7%, 4% e 2%, respectivamente, do
total produzido no ano de 2019. O cultivo nesta região está associado ao relevo de planalto e suas
temperaturas mais amenas. O café também é cultivado nas encostas, e para isso é preciso que se
adotem práticas de conservação do solo para evitar que ocorra erosão, como as curvas de nível. No
Sudeste predomina o café arábico e em Rondônia o café do tipo robusta. O povoamento de
Rondônia está diretamente ligado à produção do café no Estado.

✓ Laranja:
A laranja é a fruta mais produzida no Brasil. Está presente em todos os estados da
federação e também no Distrito Federal, mas sua principal produção está em um cinturão que vai
do Paraná a Sergipe, passando por São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O estado de São Paulo é de longe
o maior produtor da fruta, responsável por 72% de toda produção nacional de 2018/2019, de acordo
com estimativas do IBGE. O Brasil é ainda o maior produtor mundial da fruta e principal exportador
de suco de laranja. A laranja produzida para a indústria de suco é o terceiro produto agropecuário
do estado de São Paulo, atrás apenas da cana-de-açúcar e da carne bovina, sendo responsável por
6,43% do valor produzido pela agropecuária em 2017, segundo dados do Valor da Produção
Agropecuária (VPA), estimado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA).

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Fonte: USDA.

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✓ Cacau:
Quando os primeiros colonizadores espanhóis chegaram à América, o cacau já era
cultivado pelos índios, principalmente os Astecas, no México, e os Maias, na América Central, a fruta
era tão valiosa que os índios utilizaram suas sementes como moeda. Em meados do século XVIII, o
cacau tinha atingido o Sul da Bahia e, na Segunda metade do século XIX, foi levado para a África. O
cacau se adaptou bem ao clima e solo do Centro-Norte brasileiro, sendo que quase toda a produção
se divide entre os estados da Bahia que produz hoje 48% e Pará com 45%. O Cacau também é
produzido no Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas, como ilustrado no mapa abaixo
produzido pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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O Brasil que já foi o maior exportador de cacau, hoje ocupa a sétima posição no ranking
mundial. O crescimento da indústria nacional de processamento de amêndoas e fabricação de
chocolate não foi acompanhado pela produção de cacau, o que obriga a indústria a importar cacau
para se manter abastecida. Em 2018, o Brasil importou 62,4 mil toneladas de amêndoas de cacau de
países do continente africano, que é o maior produtor mundial. Mais de 90% da importação são
provenientes de Gana e o restante da Costa do Marfim. Já as exportações de chocolate
apresentaram um volume de 28,8 mil toneladas no ano passado, com destinação majoritariamente
para Argentina, Paraguai e Bolívia.

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É largamente usado na indústria de cosméticos e na alimentícia. No Brasil tem aumentado o


cultivo de cacau pelo modelo de plantation. Principalmente na África o abuso do trabalho infantil e
a submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão são frequentes, e as regiões da
costa africana cacaueira são áreas de conflito, fundamentalismo religioso e guerras civis (O Boko
Haram é um grupo terrorista nigeriano).

A zona cacaueira, destacadamente Ilhéus, foi imortalizada na Literatura de Jorge Amado.

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✓ Fruticultura no vale do Rio São Francisco: Petrolina e Juazeiro


O Rio São Francisco tem sua nascente localizada na Serra da Canastra em Minas Gerais e seu
curso segue em sentido nordeste. Na divisa entre a Bahia e Pernambuco faz uma curva,
carinhosamente chamada de cotovelo do São Francisco e segue para sua foz deltaica entre Alagoas
e Sergipe. Seu alto curso é uma região planáltica e seu médio curso é uma depressão Inter planáltica.
No Nordeste, na região do semiárido entre as cidades irmãs Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro
(Bahia) temos o maior polo do agronegócio da fruticultura do país. São cidades economicamente
muito prósperas devido ao agronegócio altamente mecanizado. A fruticultura irrigada é responsável
pela maior produção brasileira de produtos como manga, pêssego, uva e goiaba.

O termo técnico é Conurbação, mas podemos chamar de Cidades irmãs, quando uma
mesma malha urbana está em diferentes cidades, que estão em diferentes estados ou
países. O melhor exemplo é Juazeiro e Petrolina.

O Rio São Francisco atualmente encontra-se em um processo de degradação a níveis


alarmantes. Estima-se que são carreados 18 milhões de toneladas de sedimentos para a calha do rio
devido à erosão, fruto do desmatamento e do consequente desbarrancamento. O Rio São Francisco,
é sem dúvidas o mais importante recurso hídrico da região Nordeste. Pode-se dizer que ele é um
milagre da natureza, pois faz o capricho de correr ao contrário, do Sul, mais baixo, para o Norte, mais
alto, devido à falha geológica denominada depressão sanfrasciscana. Isto o torna vulnerável, pois a
pequena declividade de 7,4 cm por km na maior parte de sua extensão favorece o assoreamento e
consequente diminuição da sua vazão, o que pode levar à queda na quantidade peixes que são o

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sustento de diversas populações ribeirinhas. Outros fatores que contribuem muito para a
degradação do rio são o avanço descontrolado da agricultura intensiva de irrigação nos modelos de
produção agroindustrial e também a construção de 7 barragens ao longo do curso do rio, que
modificaram substancialmente a vida de dezenas de milhares de famílias atingidas e o ecossistema
do rio.
O rio também protagoniza uma das maiores obras já realizadas no país. A obra da
transposição do Rio São Francisco está perto da conclusão após 12 anos de trabalho e 7 de atraso.
O investimento estimado é de R$ 12 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional
(MDR). A transposição do Rio São Francisco, é a construção de dois grandes canais (um Eixo Norte e
um Eixo Leste, totalizando 477 km em obras) que levam águas para a região do semiárido
Nordestino. A previsão, ao fim das obras, é abastecer 11,6 milhões de pessoas (4, 5 milhões vão ser
atendidas pelo Eixo Leste e 7,1 milhões pelo Eixo Norte). Pesquisadores defendem que é preciso
monitoramento de longo prazo para determinar o impacto na fauna e na flora das áreas envolvidas,
mas encontram dificuldades diante de burocratizações principalmente de cunho político.

✓ Látex:
A seringueira, árvore de onde é extraído o látex, é de origem amazônica que foi
transplantado num ato de biopirataria pelos ingleses no início do século XX, levando milhares de
mudas para a Malásia. Hoje Malásia e Indonésia são responsáveis por 90% da produção mundial.
Aqui no Brasil movimentou o ciclo da borracha, que durou pouco mais de 20 anos entre o final do
século XIX e início do XX. A borracha pode ser produzida a partir da seringueira e do caucho.

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O ciclo da borracha começou pela demanda gerada pelo surgimento do automóvel nos EUA,
que estavam em plena II Revolução Industrial. Henry Ford inclusive tentou colonizar uma região
amazônica para implantar o cultivo sistemático (plantation), mas não obteve sucesso e foi vencido
pelos rigores da floresta. Nesse contexto, houve o crescimento de um movimento social em defesa
das condições de trabalho e preservação da floresta, que teve como representante Chico Mendes,
que foi um líder seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Lutou pela preservação da
Floresta Amazônica e suas seringueiras nativas. Recebeu da ONU o Prêmio Global de Preservação
Ambiental. Em 1988 foi assassinado, tornando-se símbolo de lita pela preservação ambiental. Em
1910 começou a produção do plantation instalado no leste asiático, que custava mais barato e em
pouco tempo dominou o mercado mundial e a borracha entrou em decadência. Neste interim
Manaus e Belém cresceram e enriqueceram. Hoje na região Norte, principalmente no Pará,
produzem o látex da seringueira e do caucho, naturais na região amazônica, especialmente por meio
do extrativismo vegetal por pequenas comunidades seringueiras. Mas a racionalização produtiva
mudou a distribuição regional da produção principalmente a partir da década de 90 quando foi
introduzido o plantation do látex no estado de São Paulo, que possui uma alta produtividade e
produção nacional.

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8. A PECUÁRIA BRASILEIRA

8.1. BOVINOS

A atividade pecuária acompanhou o desenvolvimento das sociedades ao longo do tempo,


sendo anterior inclusive à agricultura, pois podia também estava relacionada a atividades nômades.
No Brasil colonial a atividade foi sempre presente e complementar à lavoura açucareira e mais tarde
à mineração. No litoral todos os esforços se concentravam no cultivo de cana-de-açúcar, então a
pecuária teve de interiorizar-se. Devido à vegetação esparsa, com pouca densidade arbórea, a
vegetação nativa do cerrado foi facilmente suprimida tornando-se vastas pastagens onde
desenvolveu-se a pecuária com enorme sucesso. Na região Sul também, desde a colônia, dedica-se
à atividade pecuarista, principalmente na região dos pampas. O principal rebanho brasileiro é o
bovino, com cerca de 213,5 milhões de animais, segundo o IBGE (2018) e os maiores produtores são
os estados do Mato Grosso (14%), Minas Gerais (10%), Pará (10%), Mato Grosso do Sul (10%) e Goiás
(11%), segundo os dados apresentados pela Pesquisa Agropecuária Municipal, realizada pelo IBGE
no ano de 2018.
É o maior rebanho comercial do mundo. Embora o Brasil consuma a maior parte de sua
produção de carne bovina, as exportações cresceram cerca de 14% em 2019, para mais de 1 milhão
de toneladas, conforme informações do governo. Predomina na maior parte do território a pecuária
extensiva, ou seja, o gado é criado solto no pasto, sem aplicação de vacinas, aprimoramento de raças
ou outros cuidados maiores. Dessa forma a pecuária brasileira é majoritariamente de baixa
rentabilidade, é baixa a qualidade de seus rebanhos e baixa a fertilidade animal (reprodução) devido
a desnutrição e a incidência de moléstias, como por exemplo, a febre aftosa, que atinge
profundamente nossas exportações, principalmente para a União Europeia e Reino Unido que
possuem muitas exigências sanitárias. Os rebanhos do Sul e Centro-Oeste já foram afetados pela
aftosa em 2001. Os rebanhos dos EUA foram em 2003 afetados pela doença da vaca louca. Diante
do contexto favorável às exportações o setor recebeu grandes investimentos e a produção não para
de crescer e modernizar-se desde então.

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O Rebanho bovino ocupa a maior parte das terras agricultáveis do país, com cerca de 25% do
território. A produção tem essencialmente dois objetivos: O corte (produção de carne) e a produção
leiteira.
O Centro-Oeste possui o maior rebanho bovino do país e principalmente nas áreas do
pantanal a pecuária é extensiva de baixa qualidade. Em Goiás podemos destacar o empreendimento
de agriclusters da Perdigão. São conglomerados logísticos do agronegócio que acoplam os setores
produtivos que envolvem a pecuária.
As regiões Sul e Sudeste empregam técnicas mais avançadas na criação de gado, e por isso
possuem melhor qualidade e maior produtividade. Minas Gerais ocupa a posição de maior produtor
de leite. São Paulo tem seu principal rebanho bovino no vale do Paraíba, região tradicionalmente
leiteira e o Oeste paulista onde predomina o gado de corte.
A Região Sul tem o setor pecuarista profundamente ligado à indústria alimentícia (frigoríficos)
e calçados (têxtil). O Sul é a segunda região produtora de leite do país. No Brasil existe também, em
menor escala que a de gado, a criação de bubalinos, ou seja, a criação de búfalos para corte e
produção leiteira. Os primeiros búfalos foram introduzidos oficialmente através da Ilha de Marajó,
em 1895, dando início à formação do rebanho brasileiro. O Ministério da Pecuária e Agricultura
(MAPA) aponta que o rebanho brasileiro está estimado em 1,15 milhão de bubalinos, sendo a região
Norte, com 720 mil animais, a maior produtora nacional, com destaque para o Pará, que responde
por 38% e Amapá, com 21% do rebanho. Em seguida aparecem o Nordeste e o Sudeste, com 135 e
104 mil cabeças, respectivamente, sendo que o estado de São Paulo ocupa a terceira posição com
8% do rebanho nacional.

8.2. SUÍNOS E AVES

O rebanho de suínos é o segundo em número de animais do país. A região Sul possui o maior
número de cabeças, respondendo por 67% da produção brasileira e é responsável por mais de 90%
das exportações. Este fato se explica pela existência de um sistema industrial de carnes suínas,
principalmente em Santa Catarina que tem a
maior produção da região sul. No Oeste
catarinense, onde há grandes frigoríficos como os
do grupo BRF que engloba as marcas Sadia e
Perdigão na cidade de Concórdia. O Brasil fechou
o ano de 2019 com grande crescimento nas
exportações principalmente devido ao fato de
surto de peste suína que a China e Vietnã

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enfrentam, onde são estimadas perdas de até 200 milhões de porcos por conta da doença,
provocando uma drástica diminuição da oferta local de carnes.
O sistema agroindustrial presente na região Sul abarca a produção de suínos e aves. O sistema
consiste na criação de animais, por diversos produtores, de acordo com a demanda industrial. Estes
produtores são responsáveis pelas instalações para criação, vacinas, ração e o que mais for
necessário para o fornecimento de animais saudáveis e com altos padrões de genética. Por sua vez,
as agroindústrias do ramo ditam padrões de qualidade que os produtores devem seguir. Essas
indústrias são divididas em abatedouros e frigoríficos, e indústrias de transformação responsáveis
pelo processamento e destinação do produto final.
O grande salto da avicultura como atividade
comercial se deu a partir da década de 60, com a
implantação da avicultura industrial, também
conhecida como sistema de integração entre
indústria e produtores. Estima-se que cerca de 90%
da produção de frango no Brasil se dá em granjas
integradas à indústria. Atualmente, a avicultura é
uma das principais atividades agropecuárias da
economia brasileira. Segundo relatório anual da
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil produziu 13 milhões de toneladas de carne
de frango em 2017, sendo que destes, 33% foram destinados à exportação, colocando o país na
posição de maior exportador mundial. Segundo o relatório, os EUA são os maiores produtores
mundiais, seguidos de Brasil, União Europeia, China e Índia. Os maiores importadores são Japão,
Hong Kong, México e Arábia Saudita. Também puxadas pela demanda chinesa, que cresceu 49%
devido à peste suína, as exportações de carne de frango brasileiras fecharam o ano de 2019 com um
crescimento de 27,3% A carne de frango e ovo, carros chefe da avicultura, são produtos que
possuem demanda por grande parte das famílias brasileiras e também se destacam por serem
matérias primas de diversos outros produtos que fazem parte da culinária brasileira.

8.3. CAPRINOS E OVINOS

A caprinocultura ocupa posição de destaque como atividade socioeconômica de grande


importância para o Semiárido brasileiro, que concentra 90% do efetivo do rebanho nacional. A
criação de cabras concentra-se na Bahia, Piauí e Pernambuco. Enquanto as demais regiões do país,
como Sul e Sudeste, apresentam redução do rebanho, a região Nordeste apresenta crescimento,
mesmo após os últimos cinco anos de secas severas registradas na região, evidenciando a grande
adaptabilidade do rebanho, e em muitos municípios, constituindo-se em uma das principais fontes

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de segurança alimentar e de renda para os agricultores. Bahia, Ceará e Piauí são os maiores criadores
de ovelhas e o maior rebanho individual é o do Rio Grande do Sul. A ovinocultura de corte praticada
na região Nordeste, onde está concentrado cerca de 65% do rebanho ovino do país, contribui para
um papel de destaque da atividade na pecuária nacional, mesmo com uma crise no mercado de lã
ovina no Sul do país. O Censo Agropecuário realizado em 2017 pelo IBGE apontou que a
caprinocultura brasileira alcançou 8,25 milhões de cabeças, sendo que a principal destinação do
rebanho é para o corte. A região Nordeste é a maior bacia leiteira de caprinos do Brasil, sendo o leite
de cabra um dos produtos mais importantes da caprinocultura. Cerca de 65% da criação de ovinos e
caprinos é realizada em propriedades de até 50 hectares, o que reforça a importância da atividade
para os pequenos produtores.

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9. TEXTO COMPLEMENTAR

Texto: Folha de São Paulo

A agricultura tornou-se grande fonte de receita para o Brasil. Muitas razões levaram a
indústria a perder espaço: as políticas econômicas tiveram foco no macro enquanto, no
micro, tomamos direções erradas; nossa integração à economia internacional é baixa; o
mundo mudou e ficamos fixados em realidades que não evoluíram: o Mercosul e as
negociações na OMC; atraímos investimentos diretos que miram os mercados interno e
sub-regional e pouco contribuem para aumentar nossa inserção na economia
internacional.
Isso sem falar no financiamento de longo prazo concentrado no BNDES, na taxa de
poupança sempre baixa, no quadro tributário movido apenas pelo imperativo político de
aumentar gastos, no reduzido apetite de empresários para conquistar um cenário externo
crescentemente desafiador.
Na agricultura, evoluímos. Com a intermediação das tradings multinacionais
conquistamos o mercado chinês. Melhoramos a eficiência governamental e soubemos
responder, com alguma agilidade, aos obstáculos que se apresentaram.
O exemplo das exportações para a China é relevante. O sucesso da soja é incontestável.
Até outubro deste ano, fornecemos 28,5 milhões das 52,7 milhões de toneladas
importadas pelos chineses. No açúcar, fornecemos 1,5 das 2,4 milhões de toneladas
compradas pela China.
Em carne bovina, de janeiro a setembro, exportamos 158 milhões de toneladas para Hong
Kong, enquanto a China continental, para onde não exportamos de tudo porque a carne
brasileira estava sob embargo, importou, no total, 116 milhões de toneladas. Fomos, no
mesmo período, o terceiro maior exportador de celulose e o quarto exportador de
algodão para o mercado chinês.
O risco é nos contentarmos com os resultados. O caso da soja, por exemplo: nos primeiros
dez meses de 2014, aumentamos o volume das exportações para a China em 4%,
enquanto os EUA aumentaram 38,35%, a Argentina, 28,32% e o Canadá, 22,41%.
Os americanos estão se movendo, levando os produtores a interagir mais com os
compradores, algo que não fazemos. Em carne bovina, não podemos ficar tão
dependentes das entradas via Hong Kong. A China faz vista grossa para essa triangulação,
mas não será para sempre.
Nossas exportações de algodão para o mercado chinês de janeiro a outubro tiveram
queda de 45% em relação ao mesmo período de 2013.
Fornecemos apenas 0,2% da carne de porco e 4,2% do café importados pelos chineses. O
mercado de café, segundo um estudo da OIC (Organização Internacional do Café), cresce
12,8% ao ano. O consumo médio per capita é de 25 gramas, enquanto em outros países
esse número vai a 12 kg. Quando ocuparemos maior espaço?

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10. O SISTEMA BRASILEIRO DE TRANSPORTES


De acordo com o Ministério da Infraestrutura, durante o Segundo Reinado, com o
crescimento da produção e exportação cafeeira, a partir de 1831, que se estendia na Província do
Rio de Janeiro, pelo vale do Rio Paraíba do Sul e pelos territórios adjacentes das Províncias de São
Paulo e Minas Gerais, com ramificações no Espírito Santo, o Império viu a necessidade de se investir
na implantação de estradas de ferro. Até então, a produção era transportada em animais. Há o
registro da chegada de 200 mil mulas com carregamento, por ano, no porto de Santos.
A lei de 1852 marca o verdadeiro ponto de partida da viação férrea brasileira. Durante a sua
vigência, que se estendeu até 1873, foram construídos 732.397 quilômetros de linhas férreas nas
seguintes estradas: Estrada de Ferro de Petrópolis (Mauá); D. Pedro II; Recife ao São Francisco;
Santos a Jundiaí; Bahia ao São Francisco; Estrada de Ferro de Cantagalo (Vila Nova-Friburgo); Estrada
de Ferro Paulista; Estrada de ferro Itaúna; Estrada de Ferro Valenciana; e Estrada de Ferro de
Campos-Sebastião, que posteriormente no período pós república. De 1867 até a década de 1930
existiam 18 ferrovias, sendo que, deste total, metade, com extensões inferiores a 100 km, serviam
de ramais de captação de cargas para as grandes e médias companhias, em grande parte localizadas
no estado de São Paulo.
Por outro lado, as rodovias não receberam o mesmo tratamento dedicado às linhas férreas.
Enquanto se construíram ferrovias, as estradas de rodagem permaneciam no mesmo estado em que
foram deixadas pela administração colonial. Durante o Governo de Washington Luís (1926-1930)
ocorreu o grande impulso para o desenvolvimento do rodoviarismo brasileiro, onde foram
estabelecidas as bases da Rede Rodoviária do Brasil em 17 Estradas Federais e 12 Estaduais, sendo
a Rio-Petrópolis a primeira rodovia asfaltada do país. Para o presidente Washington Luís, além de
"abrir estradas", era preciso "construir estradas para todas as horas do dia e para todos os dias do
ano" e, ainda: a rodovia seria um elo com as ferrovias. Durante o governo de Getúlio Vargas (1930-
1937) foram criadas diversas rodovias de ligação entre as capitais estaduais, assim como ao longo
da fronteira atendendo às exigências militares.
Mas foi em 1957, no Governo JK, que a implantação de uma indústria automobilística nacional
e a decisão de construir a nova capital no interior do país, impulsionou o desenvolvimento rodoviário
do Brasil. As políticas viárias então acentuavam cada vez mais a política rodoviária em detrimento à
ferroviária, o que fez com que crescesse o mercado automotivo brasileiro causando um aumento
progressivo na frota nacional.
O sistema brasileiro de transportes é predominantemente rodoviário por opção política das
décadas de 50 e 60, mas temos potencial para explorar outros modais. Fundamentalmente a
principal relação geográfica que devemos fazer é a ligação entre meios de transporte e
desenvolvimento. Meios de transporte e portos são formas de escoamento da produção

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agropecuária e industrial do país, bem como portas de entrada de mercadorias do mundo todo, ou
seja, facilitam a circulação de bens e serviços. Quanto mais especializada e moderna a infraestrutura
de um país, mais investimentos ela atrai e maiores são os fluxos econômicos internos e externos,
então um importante pré-requisito para o desenvolvimento é o investimento em infraestrutura.

Observe acima os principais corredores de exportação rodoferroviários. Primeiramente


gostaria que você percebesse que o traçado rodoferroviário brasileiro possui um traço que mostra
a sua posição da DIT (divisão internacional do trabalho) como país subdesenvolvido: Ligam áreas
produtoras de agropecuários e minerais e são em sua maioria privados. O capital internacional
investe na mineração e agronegócio e nas vias de escoamento de produção. Um traçado típico de
países desenvolvidos é que os meios de transporte são pensados de forma a integrar o território e
facilitar o deslocamento da população. Aqui prioritariamente é para transporte de cargas.
Alguns dos portos brasileiros mais importantes são:
✓ Itaqui – Maranhão, especializado em Ferro.
✓ Areia Branca – Rio Grande do Norte, escoamento de sal.
✓ Maceió (Alagoas) – Açúcar e álcool.

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✓ Santos - São Paulo, Soja e eletroeletrônicos (maior movimentação do país).


✓ Sepetiba – Rio de Janeiro, ferro e manganês.
Como podemos observar no mapa abaixo, os portos com maiores fluxos estão no Centro-Sul.
Nos estados de Em São Paulo, Amazonas e Maranhão as importações são maiores.

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O transporte aéreo possui uma infraestrutura em constante melhoria, mas como observamos
facilmente, concentra-se predominantemente no Sudeste, nas principais capitais nordestinas e em
Manaus (devido a Zona Franca). Os principais aeroportos do país são Congonhas (SP), Viracopos
(Campinas SP), Galeão (RJ), há também diversos outros presentes em todas as capitais, sendo que
em São Luís temos o aeroporto Marechal Cunha Machado, importante ponto de infraestrutura da
região Nordeste.
O país possui principalmente grande viabilidade na implantação de hidrovias, para que isso
se torne possível é preciso que as matas ciliares sejam conservadas evitando que os rios sejam
assoreados o que diminui a lâmina d’água impossibilitando a navegação. Também são necessárias
melhorias na infraestrutura portuária, que são o principal ponto de escoamento da produção
nacional para o mercado internacional. Mas é preciso que essas melhorias infra estruturais sejam
acompanhadas de estudos de impacto ambiental, uma vez que as atividades portuárias são grandes
fontes de poluição e perturbação do ambiente marinho. Os rios brasileiros são predominantemente
navegáveis, no entanto os principais rios de planície estão muito distantes dos principais centros de
povoamento e industrialização, como a região Sudeste que é a mais industrializada e urbanizada. No
entanto, o relevo dessa região é predominantemente planáltico com rios encaixados em áreas de
falhas geológicas sujeitas à desníveis abruptos, portanto possuem cachoeiras. É possível navegar em
rios de planalto, desde que haja certa infraestrutura de navegação chamada de eclusa, que
funcionam como elevadores d’agua.

Para Alberto Pereira (Adecon), o desenvolvimento da Hidrovia do Parnaíba, concomitante a


expansão do Porto do Itaqui e do sistema ferroviário do Maranhão, será importante pois
significa uma opção a mais de transporte e também por significar crescimento econômico
em vários segmentos, como a navegação fluvial e a construção de portos ao longo do rio,
incrementando o comércio das cidades ribeirinhas. “Com o desenvolvimento de portos e
hidrovias, é possível que todos cresçam. Por isso é importante divulgar as potencialidades
da região e discutir as estruturas de transporte multimodal”, declarou Alberto Pereira.
Fonte: http://imirante.com/sao-luis/noticias/2010/03/10/porto-e-hidrovia-do-maranhao-vao-ser-importantes-para-todo-o-pais.shtml

Principais hidrovias:
✓ Tietê Paraná: O maior volume de cargas do país. É a mais importante, pois liga SP (maior
concentração industrial) aos mercados do Mercosul.
✓ Rio Amazonas: Os principais portos são Belém e Manaus, este situado do Rio Negro, 20
km a montante (contra a correnteza) da confluência com o Amazonas.

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✓ Rio Paraguai: É um dos mais importantes do Brasil, pelo valor da carga que é transportada
por ali como: minérios, gado, madeira, arroz, cimento, trigo e derivados de petróleo. Seus
portos estão em Corumbá e Ladário, no Mato Grosso do Sul.
✓ São Francisco: Seu principal trecho de navegação é entre Juazeiro na Bahia e Pirapora em
Minas Gerais. Em seu curso está a barragem de Três Marias e a comporta de Sobradinho.
As ferrovias brasileiras, destacadamente a E. F. Carajás, são especializadas no transporte de
minérios e outras commodities (produtos primários como ferro e soja). São todas de capital privado.
A EFC tem 892 quilômetros de extensão, ligando a maior mina de minério de ferro a céu
aberto do mundo, em Carajás, no sudeste do Pará, ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).
Por seus trilhos, são transportados 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros por ano.
Circulam cerca de 35 composições simultaneamente, entre os quais um dos maiores trens de carga
em operação regular do mundo, com 330 vagões e 3,3 quilômetros de extensão.

Os trilhos dos primeiros 15 km da Estrada de Ferro Carajás foram instalados em agosto de


1982. A ferrovia teve seus estudos de viabilidade, juntamente com os projetos de
engenharia, iniciados quase uma década antes, em 1974. Mas a inauguração oficial só
ocorreria 11 anos depois, no dia 28 de fevereiro de 1985.
Em março de 1986, chegaram os primeiros passageiros. No ano seguinte, foi a vez da soja.
Os trens da ferrovia passaram a fazer o transporte de grãos e, no mesmo ano, os produtos
derivados de petróleo entraram para a lista de materiais transportados pelas composições.

Hoje, os trens carregam granéis sólidos (soja e outros grãos), líquidos (combustíveis e
fertilizantes, entre outros), além do minério de ferro.
A EFC está ainda interligada com outras duas ferrovias: a Companhia Ferroviária do Nordeste
(CFN) e a Ferrovia Norte-Sul. A primeira atravessa, principalmente, sete estados da região
Nordeste e a segunda corta os estados de Goiás, Tocantins e Maranhão, facilitando a
exportação de grãos produzidos no norte do estado do Tocantins pelo Porto de Ponta da
Madeira, no Maranhão.
Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/initiatives/innovation/carajas-railway/Paginas/default.aspx

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A partir da década de 90 as ferrovias foram todas privatizadas, assim como a maior parte das
rodovias. Mesmo que em seu nome esteja a sigla BR ou MA elas podem ser concessões a empresas
para administrá-las: Pedágios. Mesmo que a administração e manutenção sejam de
responsabilidade privada, o patrulhamento é de responsabilidade da policia rodoviária.

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Uma das mais emblemáticas ferrovias brasileiras é a Norte-Sul. A construção da FNS foi
iniciada em 1987 com um traçado inicial que previa uma extensão de aproximadamente 1.550 km,
de Açailândia/MA a Anápolis/GO, de modo a cortar os Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás.
Dessa forma, o traçado original está construído e em operação. Seus principais objetivos são
✓ Estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga para o mercado
consumidor;
✓ Induzir a ocupação econômica do cerrado brasileiro;
✓ Favorecer a multimodalidade;
✓ Conectar a malha ferroviária brasileira;
✓ Promover uma logística exportadora competitiva, de modo a possibilitar o acesso a portos
de grande capacidade;
✓ Incentivar investimentos, que irão incrementar a produção, induzir processos produtivos
modernos e promover a industrialização.
Influenciou diretamente os municípios maranhenses de Centro Novo do Maranhão, Itinga do
Maranhão, Açailândia, São Francisco do Brejão, João Lisboa, Imperatriz, Davinópolis, Governador
Edson Lobão, São José de Ribamar, Porto Franco e Campestre do Maranhão.

Ferrovias, hidrovias e rodovias são vetores de desenvolvimento. Quando são construídas


estradas, a dinâmica populacional, de pessoas e riquezas, se intensifica. O setor de
transportes é de importância fundamental para operação do sistema, fator de organização
do espaço e cria novos esquemas de divisão industriais, extrativistas e agrícolas.

Um dos mais sérios problemas que o país enfrenta, consiste em superar as grandes distâncias
que separam as regiões economicamente produtivas e suprir as deficiências da ausência de meios
de transportes rápidos, eficientes e baratos que interliguem e escoem suas produções, bem como o
transporte de passageiros. Com o crescimento econômico do país e seu destaque internacional em
exportações, é emergente a necessidade de se criar mais infraestruturas que dinamizem a circulação
de produtos e pessoas e barateiem os custos. Sabemos que a matriz de transportes brasileira é
majoritariamente concentrada em rodovias, já que na década de 50 durante o governo JK, tivemos
uma política de transportes fundamentada neste tipo que causou o momento de maior construção
de rodovias de nossa história. No entanto, temos o potencial de desenvolvimento dos transportes
em outros modais (outros modos de transporte) como as hidrovias e ferrovias (que no Brasil são
especializadas no transporte de commodities).

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Para que possamos analisar o traçado a ser ocupado pelas vias de transporte, vários fatores
precisam ser considerados como o relevo, a vegetação, a navegabilidade dos rios, distâncias, custo
de instalação, custo de manutenção, tipo de combustível, intensidade dos fluxos de mercadorias e
pessoas, e etc. Nossa principal forma de deslocamento interno é o transporte rodoviário,
responsável por mais de 60% da carga de mercadorias produzidas no país, sobre vias em sua
maioria consideradas ruins ou péssimas. Logisticamente falando, este tipo de transporte nas atuais
condições destrói nossa competitividade e encarece o preço do produto final, já que o frete se torna
mais caro, devido ao alto custo de manutenção dos veículos. Há também a perda da carga durante
o transporte que pode chegar a 30% dos grãos produzidos no país. Outro fator problemático na
logística de transporte rodoviário brasileiro é devido à sua baixa capacidade de suporte pois as
rodovias transportam apenas uma pequena carga em cada caminhão em comparação com outros
tipos de veículos. É importante também a construção de portos secos, ou seja, terminais
intermodais. São infraestruturas de comunicação entre os meios de transporte, em que um trem
pode ser carregado a partir da descarga de um caminhão, ou embarcar seus contêineres em navios.
Enquanto estes terminais que favorecem a logística de comunicações realizam as trocas modais, os
documentos já são agilizados, para que cheguem os produtos aos portos com toda a documentação
em dia.

10.1. O TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Segundo o Departamento de Infraestrutura e


Transportes (DNIT), órgão responsável pela regulação das
vias de transporte brasileiras, a nomenclatura das rodovias
é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia é
federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo
indica a categoria da rodovia, de acordo com as definições
estabelecidas no Plano Nacional de Viação. Os dois outros
algarismos definem sua posição, a partir da orientação geral
da rodovia, relativamente à Capital Federal e aos limites do
País (Norte, Sul, Leste e Oeste). Elas podem ser:
✓ Rodovias radiais: (BR-0XX) - São as rodovias que
partem todas do anel viário de Brasília. O Primeiro
algarismo é o zero e os algarismos restantes podem
variar de 05 a 95, onde sua numeração é contada a
partir do sentido norte e aumenta no sentido
horário. São exemplos de Rodovias Radiais que

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ligam a capital nacional à outros pontos a BR-010 que vai até Belém, com 1954 km de
extensão; a BR-020 que vai até Fortaleza, com 2038 km de extensão; a BR-040 que vai até o
Rio de Janeiro, com 1139 km de extensão; a BR-050 que vai até Santos, com 1025 km de
extensão; a BR-060 que passa por Goiânia e Campo Grande e vai até a fronteira com o
Paraguai, com 1329 km de extensão; a BR-070 que passa por Cuiabá até a fronteira com a
Bolívia, com 1317 km de extensão; entre outras.
✓ Rodovias longitudinais: (BR-1XX) - As rodovias longitudinais são traçadas no sentido dos
meridianos (em direção Norte-Sul). O primeiro algarismo é o 1 e a numeração varia de 00,
no extremo Leste do País, a 50, na Capital, e de 50 a 99, no extremo Oeste, portanto, sua
numeração aumenta de Leste para Oeste. São exemplos de rodovias longitudinais a BR-101
que vai de Touros/RN e se estende por 4551 km no litoral brasileiro até Rio Grande/RS; a
BR-116, de Fortaleza/CE passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre até
Jaguarão/RS, com 4566 km de extensão; entre outras.
✓ Rodovias transversais: (BR-2XX) - As rodovias transversais cruzam o Brasil na direção Leste-
Oeste. Sua numeração aumenta em direção ao Sul. O primeiro algarismo é o 2 e a
numeração varia de 00, no extremo Norte do país, a 50, na Capital Federal, e de 50 a 99 no
extremo Sul. São exemplos de Rodovias Transversais a BR-251 que vai de Ilhéus/BA até
Cuiabá/MT, com 2418 km de extensão; a BR-262 que vai de Vitória/ES até Corumbá/MT
passando por Belo Horizonte/MG e triângulo mineiro, com 2295 km de extensão; entre
outras, com destaque para a BR-230 a Transamazônica, que se estende por 5662 km desde
Cabedelo/PB até Benjamin Constant/AM, sendo que destes, 2127 são de rodovia não
pavimentada, segundo p DNIT. Essa rodovia, construída durante o regime militar, segundo
o governo, buscava integrar a região Norte com o lema “Integrar para não entregar”.
Entretanto, acabou servindo como vertente para o desmatamento da floresta, sendo a
principal via de transporte de madeira ilegal da região. O desmatamento é explicitamente
maior nas margens da rodovia, onde foram criados povoados e cidades para atender o fluxo
de pessoas. Como a rodovia encontra-se em grande parte não pavimentada e inserida em
região com grande abundância de chuvas, torna-se intransitável em diversos trechos.
✓ Rodovias diagonais: (BR-3XX) - A nomenclatura é composta pelo primeiro algarismo 3 e os
dígitos restantes são especificados da seguinte maneira: Diagonais orientadas na direção
Noroeste-Sudeste NO-SE: A numeração varia, segundo números pares, de 00, no extremo
Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste; Diagonais orientadas
na direção Nordeste-Sudoeste NE-SO: A numeração varia, segundo números ímpares, de
01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo Sudeste. São
exemplos de Rodovias Diagonais a BR-364 com 4141 km de extensão que vai de Limeira/SP
à fronteira com o Peru; a BR-316 de Belém/PA a Maceió/AL, com 2062 km de extensão; a
BR-381 que liga São Mateus/ES à São Paulo, com 1169 km de extensão; entre outras.

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✓ Rodovias de ligação: (BR-4XX) - São aquelas que se apresentam em qualquer direção unem
duas rodovias entre si ou a cidades e pontos importantes. Sua nomenclatura é composta
pelo primeiro algarismo 4 seguida de 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da
Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência. Alguns exemplos de
Rodovias de Ligação são a BR-401 que liga Boa Vista/RR à Fronteira com a Guiana; a BR-407
que liga Piripiri/PI a BR-116 em Anagé/PI); a BR-489 que liga Prado/BA ao entroncamento da
BR-101; a BR-488 que liga o entroncamento da BR-116 ao Santuário Nacional de
Aparecida/SP; entre outras.
De acordo com o geógrafo brasileiro Milton Santos (1926-2001), o espaço físico como o vemos
atualmente é produto da relação globalizada do homem com a natureza em reflexo ao
desenvolvimento e uso da tecnologia, principalmente no ramo da Tecnologia da Informação (TI). A
esse advento, Milton Santos chamou de o que seria o meio técnico-científico-informacional, ou seja,
todo o equipamento tecnológico que permita maior integração, mobilidade e circulação de
mercadorias e informações. Cada vez mais o Brasil é mais integrado e os espaços relativos tornam-
se menores pela proximidade que as comunicações permitem, seja por ferrovias e rodovias ou por
telefonia móvel e internet.

É possível consultar as condições das Rodovias Federais pelo site do DNIT. Basta acessar:
http://servicos.dnit.gov.br/condicoes/, e selecionar o estado da federação e depois clicar
sobre a rodovia em que se deseja fazer a consulta.

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11. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

✓ Domesticar plantas foi uma revolução da inteligência humana que possibilitou o crescimento
populacional. Há 10.000 anos a agricultura vem evoluindo passando pelas crenças religiosas
do passado até inovações tecnológicas modernas sendo importante agente na organização
geopolítica mundial. Um fator determinante para a prática agrícola é o tipo de clima, que se
for favorável com temperatura e chuvas elevadas, aliado a outro fator muito importante que é
um solo fértil, levam a níveis de produtividade altos. No Brasil, uma parte considerável do PIB
está relacionado à exportação de produtos agrícolas.
✓ A alteração da rocha matriz pela ação climática, temperatura, pressão e organismos vivos ao
longo do tempo resultam nas camadas de formação do solo que dividimos em horizontes: O,
A, B, C e R, sendo o primeiro o horizonte superficial e este último a rocha consolidada. Quanto
mais horizontes, mais profundo e mais maduro. Solos jovens, recém formados são menos
profundos.
✓ No Brasil encontramos:
o Solo de Massapê: Solo fértil resultado da decomposição do calcário e do gnaisse;
o Terra Roxa: Solo fértil resultado da decomposição do Basalto (Rocha vulcânica);
o Solo do cerrado: É um solo imaturo, ou seja, pouco desenvolvido (litossolo);
o Solo da Amazônia: são solos pouco férteis, mas está assentado em uma camada de
matéria orgânica. Abaixo desta camada encontramos sedimentos arenosos
caracterizando solos pobres.
✓ O território brasileiro é predominantemente composto por solos profundos das classes dos
Latossolos (31,61%) e dos Argissolos (26,94%). Os solos pouco desenvolvidos representam
18,50%, como os Neossolos e Cambissolos. O restante é composto por solos com abundância
de matéria orgânica como Chernossolosos, Espodossolos, Organossolos, Gleissolos, Luvissolos
e os Planossolos.
✓ Os setores produtivos da cadeia agrícola e a modernização do campo ocorreram nas décadas
de 60 e 70. O aumento da produtividade devido a modernização do campo, aconteceram
graças a chamada revolução verde. A agricultura ganha um novo modelo de produção que

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utiliza dos insumos, pesticidas, maquinários, modificações genéticas e afins para o aumento
significativo da produção. Todos esses atributos da agricultura moderna resumimos como
agronegócio.
✓ A biotecnologia é o estudo voltado ao desenvolvimento de organismos geneticamente
modificados. A partir da genética, da biologia molecular e celular dando suporte para a
engenharia genética foi possível controlar o DNA recombinante (modificação dos genomas) das
espécies, permitindo a criação de produtos chamados de transgênicos. Os transgênicos são
organismos que sofrem modificações no seu código genético para fins de produtividade.
✓ A lei de biossegurança foca na investigação da existência de possíveis efeitos inesperados dos
produtos transgênicos, que são integralmente avaliados pelas premissas da biossegurança
alimentar afim de encontrar eventuais riscos existentes para a saúde humana. O risco de
cruzamento espontâneo, desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor
das grandes corporações e o problema bioético sobre patentes de organismos vivos torna
importante a necessidade de se conscientizar cientificamente a sociedade.
✓ Atualmente é obrigatório informar no rótulo de identificação a presença de alimentos
transgênicos com o intuito de alertar o consumidor sobre o que ele está consumindo segundo
o código do consumidor. Estados Unidos, Argentina, Canadá, China e também o Brasil lideram
a produção de transgênicos no mundo.
✓ Vantagens dos alimentos transgênicos: Maior produtividade com menor custo;
enriquecimento nutricional; resistência às pragas; aumento da tolerância das plantas as
adversidades naturais como solos e clima não favoráveis.
✓ Desvantagens dos alimentos transgênicos: Possíveis reações alérgicas e até desenvolvimento
de anomalias celulares (câncer); desequilíbrios ambientais.
✓ Existem diversos modelos agrícolas pelo mundo divididos em duas vertentes.
Agricultura extensiva: Agricultura extensiva é caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares
ou tradicionais na produção. Normalmente é utilizada para mercado interno ou para
subsistência
Agricultura intensiva: A agricultura intensiva faz uso intensivo dos meios de produção e na
qual se produzem grandes quantidades de um único tipo de fruta ou hortícola. Requer uso de
insumos, e pode acarretar alto impacto ambiental.
✓ As práticas modernas contam com planejamento agrícola, desde as práticas de irrigação, uso
de fertilizantes, sementes de alto desempenho (modificadas geneticamente) e uso de
pesticidas até a rotação de colheitas e uso de maquinário com controle altamente tecnológico.
Há produção em larga escala e adoção da monocultura. O investimento é alto e o retorno tem
uma garantia muito maior.

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✓ A agricultura de jardinagem é baseada em práticas milenares passadas de geração a geração


também conhecida como terraceamento. É uma prática de clima de monção tipicamente
asiática. Consiste na criação de terraços através do parcelamento de rampas niveladas. É uma
técnica agrícola de conservação do solo empregada em terrenos muito inclinados, permitindo
o seu cultivo e, simultaneamente, o controle da erosão hídrica. É popularmente difundida no
Vietnã com a rizicultura.
✓ A agroecologia ou agricultura sintrópica é uma vertente agrícola que se baseia na dinâmica
natural dos ecossistemas naturais para um manejo sustentável. Investe no processo de
melhorias de condições de vida das plantas, ao invés de alterá-las geneticamente. As plantas
são cultivadas em consórcio e dispostas em linhas paralelas, intercalando sempre espécies de
portes e características diferentes de acordo com sua sucessão ecológica, visando o
aproveitamento máximo do terreno, e levando em consideração a manutenção e reintrodução
das espécies nativas.
✓ A agricultura itinerante é uma prática que consiste em derrubar trechos das florestas e
posteriormente atear fogo aos resíduos do corte. Este processo prepara a terra para o cultivo
de subsistência, e torna o terreno mais fértil durante 2 a 3 anos. Após esse período a terra
torna-se improdutiva pela perda de nutrientes sendo abandonada pelo produtor que busca
novas áreas para realizar o mesmo processo. Dentro de 10 a 20 anos após ser abandonado o
terreno volta a ser produtivo, podendo ser novamente utilizado para o cultivo. É uma prática
aplicada em áreas de agricultura descapitalizada.
✓ A principal consequência da modernização agrícola é o grande impacto social. As novas
tecnologias dispensam uma grande quantidade de mão de obra e produzem em larga escala
para o mercado externo. Podemos citar também fatores como a contaminação do solo e da
água com agrotóxicos e o desmatamento e a destruição da biodiversidade.
✓ A população brasileira inverteu sua localização e hoje mais de 84% da população vive em
meios urbanos sendo desses 15 milhões de migrantes. A falta de subsídio e crédito
governamentais e os privilégios do agro tornaram-se determinantes para o êxodo rural e os
problemas atuais de aglomeração dos grandes centros. Esse fenômeno social vem
influenciando inclusive nos desequilíbrios climáticos que assolam os centros urbanos nos dias
de hoje.
✓ A agricultura familiar tornou-se uma prática incluída nas políticas públicas ganhando incentivo
para ser a base da soberania alimentar do brasileiro hoje. No mínimo 30% do total de recursos
repassados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) devem ser
destinados à compra de alimentos, preferencialmente orgânicos, produzidos pela agricultura
familiar local, regional ou nacional, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as
comunidades tradicionais indígenas e as comunidades quilombolas.

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✓ A formação da agricultura brasileira tem grande herança na colonização, que incrementou


com espécies animais e vegetais nosso território abundante. A domesticação de plantas, a
comercialização de madeira e de corante extraído da madeira foram as primeiras fases da
agricultura no Brasil. De 1530 a 1700 tivemos no país o ciclo da cana-de-açúcar junto a
exploração extrativista de minérios, que contribuíram para o povoamento da colônia (muitos
africanos escravizados) e concentração de terras (criação de grandes latifúndios). O país ainda
passou por outros ciclos econômicos como o do café, borracha, algodão, entre outros.
✓ Em 2018 o agronegócio correspondeu a 21,12% do PIB, correspondendo a 6,8 trilhões de reais.
A expansão do atual modelo agrícola monocultor para exportação primeiramente avançou
pelo cerrado do Centro-Oeste brasileiro, atualmente expande sua fronteira agrícola rumo à
Amazônia.
✓ Cultivos Temporários são aqueles de curta ou média duração, geralmente com ciclo vegetativo
inferior a um ano, que após a colheita necessitam de novo plantio para produzir. A Cana-de-
açúcar: Na década de 70 foi desenvolvida a tecnologia do etanol, combustível derivado da
cana-de-açúcar, levando a um aumento da frota automotiva alavancado por políticas de
incentivo ao consumo de biocombustível. O Brasil lidera a produção mundial de cana-de-
açúcar, possui 9 milhões de hectares. A Soja: foi primeiramente cultivada no Sul do Brasil, mas
devido à crescente demanda por farelo de soja para alimentar criações de aves e suínos, foram
feitos investimentos em biotecnologia para adaptação da cultura da soja às condições do
Centro-Oeste brasileiro que passa a produzir soja transgênica. As plantações de soja
avançaram pelo cerrado e atualmente avança sobre as bordas da Floresta Amazônica.
✓ Cultivos Permanentes são aqueles de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas
sucessivas, sem necessidade de novo plantio. O Algodão: é uma cultura tradicional do Brasil
colonial. Durante dois momentos de Guerra, o país ocupou a lacuna deixada pelos EUA no
mercado de algodão. Atualmente o Brasil é o segundo maior exportador atrás somente dos
EUA. O Café: a produção brasileira se iniciou no século XIX e logo São Paulo já se tornou o maior
produtor mundial. O ciclo do café foi o responsável pela modernização do país com o
desenvolvimento da malha viária para escoamento da produção. Atualmente o Brasil é o maior
produtor mundial de café, seguido de Vietnã e Colômbia. A Laranja: É a fruta mais produzida
no Brasil que é o maior produtor mundial da fruta e principal exportador de suco de laranja. O
Cacau: se adaptou bem ao clima e solo do Centro-Norte brasileiro e o Brasil que já foi o maior
exportador de cacau, hoje ocupa a sétima posição no ranking mundial, evidenciando a
necessidade de maiores investimentos no setor de processamento industrial deste produto.
✓ Na região do semiárido entre as cidades Petrolina e Juazeiro temos o maior polo do
agronegócio da fruticultura do país. São cidades economicamente muito prósperas devido ao
agronegócio altamente mecanizado. A fruticultura irrigada é responsável pela maior produção

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brasileira de produtos como manga, pêssego, uva e goiaba. O principal recurso hídrico, peça
chave para o sucesso da atividade, é o Rio São Francisco, que atualmente sofre assoreamento
devido à supressão da sua mata ciliar para o desenvolvimento agrícola.
✓ A pecuária no Brasil foi atividade sempre presente e complementar à lavoura açucareira e à
mineração desde a colonização. O país consome a maior parte de sua produção de carne bovina
e mesmo assim as exportações aumentaram cerca de 14% em 2019. Predomina no país a
pecuária extensiva onde o gado é criado solto no pasto, com baixos investimentos em
aplicação de vacinas, aprimoramento de raças entre outros. Os rebanhos bovinos ocupam a
maior parte das terras agricultáveis brasileiras, cerca de 25% do território, destinados ao corte
(produção de carne) e produção leiteira.
✓ O rebanho de suínos é o segundo em número de animais do país. O grande salto da avicultura
e suinocultura desenvolvidos principalmente no Sul do Brasil, foi a partir da década de 60, com
a implantação de setores agroindustriais. Cerca de 90% da produção de frango no Brasil são
de granjas integradas à indústria. Em 2017 o país chegou à posição de maior exportador
mundial.
✓ A caprinocultura tem destaque como atividade socioeconômica para o semiárido brasileiro,
que concentra 90% do efetivo do rebanho nacional. A região Nordeste é a maior bacia leiteira
de caprinos do Brasil, sendo o leite de cabra um dos produtos mais importantes da
caprinocultura.
✓ *A ampliação dos sistemas viários no Brasil teve início com as ferrovias criadas para escoar a
produção cafeeira em meados de 1831. As rodovias vêm surgir durante o Governo de
Washington Luís (1926-1930) e se manteve na era Vargas (1930-1937). Mas o impulso do
desenvolvimento rodoviário no Brasil se deu de forma enfática em 1957 com o crescimento da
indústria automobilística aliado a construção da nova capital no interior do país.
✓ Apesar do país ter um enorme potencial para a implantação de ferrovias, e hidrovias, o
transporte rodoviário é a principal forma de escoamento da produção agrícola brasileira. Este
tipo de transporte causa desperdícios e encarece o frete devido às péssimas condições das
rodovias que podem ser: Rodovias radiais, longitudinais, transversais, diagonais ou de ligação.

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12. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO – SOMENTE PERGUNTAS

1) Como surgiu a prática da agricultura?


2) o que foi a Revolução Verde?
3) Como é realizada a produção de transgênicos do Brasil?
4) Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?
5) Cite exemplos de agricultura extensiva.
6) Quais os possíveis impactos sociais e naturais da atividade agrícola?
7) Qual a importância da agricultura familiar?
8) Qual o contexto do Brasil na agricultura mundial?
9) Quais as atividades pecuárias no Brasil?
10) Como foi o histórico do transporte no Brasil?

QUESTIONÁRIO – PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Como surgiu a prática da agricultura?


A agricultura surgiu na região da Mesopotâmia e antigo Egito há cerca de 10.000 anos. Ao longo
dos anos a prática da agricultura chega a Europa central levada por fazendeiros através do Mar
Egeu. A prática de domesticação de plantas e animais inerentes à agricultura, significaram um
marco na evolução humana, moldando o território e dando início à civilização. Na idade média,
a organização política dos feudos passa a influenciar diretamente na produtividade agrícola e
a partir daí, torna-se também uma forma de dominação dos senhores feudais e da igreja sobre
os pequenos produtores adeptos da agricultura de subsistência em pequenas propriedades.
Nos períodos de pós guerra, foi onde surgiu a necessidade de aumentar a produção de
alimentos, e foi também quando houveram grandes avanços nas técnicas agrícolas difundidas
por todo o mundo.
2) o que foi a Revolução Verde?
A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington, e foi
apoiada pela ONU devido à preocupação de se aumentar a produção agrícola para alimentar a

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crescente população mundial. Se caracteriza pela inserção de um conjunto de inovações


tecnológicas como o uso de defensivos agrícolas, sementes geneticamente modificadas,
fertilizantes, implementos agrícolas como tratores, plantadeiras, colheitadeiras, equipamento
para irrigação, etc. De fato, o processo de modernização agrícola levou a um aumento
considerável na produção de alimentos. No entanto, o problema da fome no mundo não foi
solucionado, pois a produção dos alimentos nos países em desenvolvimento é exportada,
principalmente, a países desenvolvidos industrializados. Esse processo refletiu na diminuição
dos postos de trabalho no campo o que teve como consequência a concentração de terras, o
aumento da desigualdade social e aumento de problemas urbanos relacionados à
periferização.
3) Como é realizada a produção de transgênicos do Brasil?
A produção de alimentos transgênicos funciona da seguinte forma: uma característica
reconhecida como importante para uma planta é identificada. Em seguida, seleciona-se os
genes responsáveis pela expressão dessa característica e se faz uma inserção do gene de
interesse no genoma da planta a ser transformada. O gene de interesse chega ao núcleo celular
e é integrado ao genoma da célula vegetal. Há posteriormente a identificação das células que
receberam os genes de interesse e são selecionadas as células vegetais em condições de
cultivo. A nova tecnologia das plantas transgênicas, antes de serem liberadas pela lei, provocou
um grande debate entre os cidadãos e cientistas sobre os possíveis impactos nocivos do uso
destas sementes. As principais preocupações aos transgênicos são: risco de cruzamento
espontâneo e desaparecimento das espécies originais, dependência do produtor das grandes
corporações e o problema bioético sobre patentes sobre organismos vivos. De acordo com a
Lei de Biossegurança, existe um conjunto de normas para o uso das técnicas de engenharia
genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados (OGMs). Os
transgênicos liberados comercialmente no Brasil são: o milho, soja, algodão, cana de açúcar,
feijão e eucalipto. O Brasil em 2017 o Brasil tornou-se o segundo maior produtor de
transgênicos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
4) Qual a diferença entre agricultura intensiva e extensiva?
A Agricultura extensiva é caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares ou tradicionais na
produção. Normalmente é utilizada para mercado interno ou para subsistência. É uma prática
comum em países subdesenvolvidos. A agricultura intensiva é um sistema de produção agrícola
que faz uso intensivo de tecnologia na qual se produzem grandes quantidades de um único
tipo de cultura. Requer grande uso de insumos e pode acarretar alto impacto ambiental. É um
agrossistema que visa, essencialmente, o aumento da produtividade e à redução do tempo de
produção.
5) Cite exemplos de agricultura extensiva.
Um dos tipos de agricultura extensiva é a agricultura itinerante, uma prática agrícola muito
antiga adotado historicamente pelos povos indígenas nas florestas tropicais. Consiste em
derrubar trechos das florestas e posteriormente atear fogo aos resíduos do corte. Com a falta
de conservação do solo é necessário o movimento periódico dos trabalhadores em busca de
solos ainda férteis, por isso denominamos este sistema de itinerante. É realizada em países
subdesenvolvidos da África, América Latina, Ásia Central e Sudeste Asiático.

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Outro exemplo de agricultura extensiva é o método sintrópico popularmente conhecido como


agroecologia. O sistema de cultivo agroflorestal é caracterizado pela organização, integração,
equilíbrio e preservação de energia no ambiente através do manejo sustentável. Na prática
funciona num sistema de consórcio pensando na sucessão e combinação de espécies e nesse
processo apenas as podas são necessárias para manter a cobertura vegetal do solo. O equilíbrio
é feito pela própria natureza.
6) Quais os possíveis impactos sociais e naturais da atividade agrícola?
No Brasil desde o período colonial, o modelo agrícola é baseado nas exportações da produção
de grandes latifúndios monocultores. É um modelo agrícola que provoca um grande desgaste
do solo em razão da sua exploração intensiva e a falta de rotatividade das culturas. Os impactos
ambientais da agricultura são vários, entre eles: A contaminação do solo e da água com
agrotóxicos, desmatamento, destruição da biodiversidade, aceleração do processo erosivo,
erosão e assoreamento dos rios e desertificação. São necessárias a associação de práticas de
manejo conservacionistas para a mitigação dos impactos ambientais citados, como o uso de
plantio em curvas de nível, plantio direto e conservação das matas ciliares.
7) Qual a importância da agricultura familiar?
O surgimento da agricultura familiar no Brasil é muito recente e deve-se ao debateram
ferrenho dos intelectuais e cientistas sociais, que enfatizaram o tema no início da década de
1990. O papel do Estado e das políticas públicas foram determinantes no reconhecimento
deste setor e dando-lhe visibilidade. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
garante o acesso do agricultor familiar ao mercado de comercialização, dando um destino certo
para os alimentos produzidos, garantindo renda e melhor qualidade de vida às famílias.
Estipulou-se o percentual para a compra de alimentos de no mínimo, 30% do total de recursos
repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que devem ser
destinados à compra de alimentos, preferencialmente orgânicos, produzidos pela agricultura
familiar local, regional ou nacional, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as
comunidades tradicionais indígenas e as comunidades quilombolas. A agricultura familiar
atualmente emprega 7 de cada 10 trabalhadores do campo. O censo agropecuário de 2017
demonstra que nas culturas permanentes, a agricultura familiar responde por 48% do valor da
produção de café e banana; nas culturas temporárias, são responsáveis por 80% do valor de
produção da mandioca, 69% do abacaxi e 42% da produção do feijão. A soberania alimentar
depende exclusivamente da agricultura familiar no Brasil e no mundo.
8) Qual o contexto do Brasil na agricultura mundial?
O Brasil apresentou um PIB de 6,8 trilhões de reais ao fim de 2018, sendo que o setor do
agronegócio correspondeu a 21,12% deste total. Quase a metade (42,39%) das exportações
brasileiras, segundo o IBGE foram do agronegócio. O produto que lidera as exportações é a
soja, mas também são exportados produtos como milho, açúcar, café, carnes, couro, madeira,
algodão, cacau, além de frutas como goiaba, manga, maçã, banana, laranja, limão e castanhas.
Segundo o Ministério da Agricultura, o principal destino das exportações é a China, que
renderam em 2018, 9,4 bilhões de dólares, seguido pelos Estados Unidos (US$ 2,2 bi), União
Europeia (US$ 1,5 bi), Irã (US$ 700 mi) e Japão (US$ 600 mi). A soja é naturalmente um cultivo
de clima temperado e por meio do desenvolvimento biotecnológico se adaptou ao solo de

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diversas regiões brasileiras. Foi quando a produção transgênica deu um salto incrível, passando
a ser plantada no cerrado do Centro-Oeste, amplas áreas com relevo plano e vegetação pouco
adensada (com maior facilidade de ser desmatada) e atualmente é um processo que se
expande a cada dia e já avança sobre as bordas da Floresta Amazônica.
9) Quais as atividades pecuárias no Brasil?
No Brasil desde a colonização a atividade pecuária foi sempre presente e complementar à
lavoura açucareira e mais tarde à mineração. A região Sul especialmente dedica-se à atividade
pecuarista, principalmente na região dos pampas. O principal rebanho brasileiro é o bovino,
com cerca de 213,5 milhões de animais, e os maiores produtores são os estados do Mato
Grosso (14%) Minas Gerais (10%), Pará (10%), Mato Grosso do Sul (10%) e Goiás (11%). Os
rebanhos bovinos ocupam a maior parte das terras agricultáveis do país, com cerca de 25% do
território. No Brasil existe também, em menor escala a criação de búfalos para corte e
produção leiteira. O rebanho suíno também tem grande representatividade, é o segundo em
número de animais do país principalmente concentrado na região Sul. A avicultura também é
uma atividade promissora, e tem na avicultura industrial uma das principais atividades
agropecuárias da economia brasileira. Segundo relatório anual da Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA), o Brasil produziu 13 milhões de toneladas de carne de frango em 2017.
A caprinocultura ocupa posição de destaque como atividade socioeconômica tendo grande
importância para o Semiárido brasileiro, e alcançou 8,25 milhões de cabeças, sendo que a
principal destinação do rebanho é para o corte. A região Nordeste é a maior bacia leiteira de
caprinos do Brasil, sendo o leite de cabra um dos produtos mais importantes da caprinocultura.
10) Como foi o histórico do transporte no Brasil?
Com o crescimento da produção e exportação cafeeira em meados de 1831, o império viu a
necessidade de se investir na implantação de ferrovias. Até então, a produção era transportada
em animais. De 1867 até a década de 1930 existiam 18 ferrovias. Por outro lado, as rodovias
não receberam o mesmo tratamento dedicado às linhas férreas. Sendo que de 1926-1930
ocorreu o grande impulso para o desenvolvimento do rodoviarismo brasileiro, onde foram
estabelecidas as bases da Rede Rodoviária do Brasil em 17 Estradas Federais e 12 Estaduais.
Mas foi em 1957, no Governo JK, que a implantação de uma indústria automobilística nacional
e a decisão de construir a nova capital no interior do país, impulsionou o desenvolvimento
rodoviário do Brasil. As políticas viárias então acentuavam cada vez mais e a política rodoviária
cresceu junto ao mercado automotivo brasileiro causando um aumento progressivo na frota
nacional.
O transporte aéreo possui uma infraestrutura em constante melhoria e concentra-se
predominantemente no Sudeste, nas principais capitais nordestinas e em Manaus (devido a
Zona Franca). Os principais aeroportos do país são Congonhas (SP), Viracopos (Campinas SP),
Galeão (RJ). O Brasil também possui grande viabilidade na implantação de hidrovias
principalmente na região Norte do país, entretanto assim como o transporte ferroviário, não
há investimentos e políticas públicas para a consolidação desses sistemas viários.

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13. EXERCÍCIOS

1. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Leia o texto que descreve a organização de parte do espaço brasileiro nas décadas de 1970 e
1980.
No imaginário coletivo de novos investimentos e empresários do Centro-Sul, vislumbrava-se a
perspectiva de novos investimentos e a expansão de suas atividades. No horizonte camponês,
as vítimas da seca do sertão nordestino e os expropriados pelo então recente processo de
mecanização das lavouras do Sul – avistavam um pedaço de terra e o recomeço da vida. O
movimento migratório rumo ao “Eldorado” atinge proporções consideráveis e faz brotar
cidades no “meio do nada”.
(Daniel Monteiro Huertas, in http://www.teses.usp.br/ Acesso em 25.04.2019. Adaptado)

O texto descreve
A) a ocupação das áreas de cerrado no Matopiba.
B) a expansão da fronteira agrícola na Amazônia.
C) a integração do Pantanal às pastagens naturais do Centro-Oeste.
D) a penetração da agricultura familiar na zona da mata nordestina.
E) o avanço das lavouras canavieiras às margens da Belém-Brasília.
Comentários

É importante observar a data. Nas décadas de 1970 e 1980, o avanço a fronteira agrícola se deu, em
especial na Amazônia. Os avanços da agricultura sobre os espaços rurais acontecem,
predominantemente, pela expansão do agronegócio, além da exploração das madeiras retiradas das
áreas florestais devastadas. Essa zona, em geral, costuma marcar o conflito pela posse da terra,
geralmente envolvendo posseiros (trabalhadores rurais que ocupam terras públicas em busca de
alimento) e grileiros (pessoas que falsificam documentos e tomam posse de áreas públicas para a
realização de práticas agrícolas ou pecuárias).
Vamos sintetizar os principais processos de ocupação da Amazônia, começando pela Ditadura.
✓ Dentro de um discurso nacionalista, os militares pregam a unificação do país. Era preciso
proteger a floresta contra a "internacionalização".
✓ Em 1966, o presidente Castelo Branco fala em "Integrar para não Entregar".

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✓ Também nessa época começam as grandes obras rodoviárias em direção à Amazônia. A


Transamazônica é inaugurada em 1972 e, dois anos depois, fica pronta a Belém-Brasília.
✓ Por meio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), o governo oferece
uma série de incentivos aos interessados em produzir na região. Mas segundo o historiador
Alfredo Homma, "os subsídios são direcionados aos mais favorecidos".
✓ Perigo do desmatamento: Após anos de incentivos à produção e à ocupação da Amazônia, os
sinais de destruição ficam mais claros. Em 1978, a área desmatada chega a 14 milhões de
hectares.
✓ Década de 1990: A soja chega à Amazônia. O grão, que desde a década de 1970 já figurava entre
os principais produtos da pauta de exportação brasileira, é adaptado ao cerrado e se transforma
em um dos vilões do desmatamento.
✓ Anos 2000: A pecuária passa a ser responsável pelo desmatamento de grandes áreas. Entre 1990
e 2003, o rebanho bovino da Amazônia Legal cresceu 240%, chegando a 64 milhões de cabeças.
A. Incorreto. A ocupação do Matopiba é recente, dada nos últimos anos. Conhecida como a última
fronteira agrícola.
C. Incorreto. A atividade pecuária no Pantanal vem sendo um dos principais desafios ambientais a
ser enfrentados. Contudo, ela também é de ocupação recente, mesmo que os estados de Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, já tenha experimentando bem cedo a produção de gado em suas
terras.
D. Incorreto. O trecho “O movimento migratório rumo ao “Eldorado” atinge proporções
consideráveis e faz brotar cidades no “meio do nada” “aponta para a região Norte, como a fronteira
agrícola em questão, visto que a região da Zona da Mata já possuía muitas cidades consolidadas na
década de 1980.
E. Incorreto. Ao longo da Rodovia Belém-Brasília, observamos a produção de grãos: soja, arroz e
milho, bem com a presença de algumas áreas frutíferas, com muitas propriedades rurais de pequeno
e médio porte, com rotação de culturas.
Gabarito: B
2. (VUNESP - Soldado - PM-SP / 2019)
Para superar os Estados Unidos e se tornar o principal produtor do mundo, o Brasil expandiu
por anos as lavouras destinadas ao produto. Só entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar
essa commodity no interior do País – em estados como Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão –
cresceu 87%. Boa parte dela abrigava vegetação nativa, originalmente.
(https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco -mapeado-pela-nasa/ Acesso em
18.05.2019. Adaptado)
O texto descreve a expansão da produção
A) do milho pela caatinga.
B) do cacau pela floresta amazônica.

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C) da cana de açúcar pela mata atlântica.


D) do café pela mata atlântica.
E) da soja pelo cerrado.
Comentários
Por conta de a Amazônia possuir muitas áreas protegidas pela legislação, o Cerrado se tornou o
bioma mais degradado por conta da agricultura em larga escala. Hoje, a produção de grãos por lá é
quatro vezes maior que a da Amazônia. Quase 50% da cobertura vegetal original do cerrado deu
lugar a plantações nos últimos 40 anos. A soja representa, atualmente, 90% de todos os cultivos da
chamada savana brasileira. Os estados citados fazem parte da nova fronteira agrícola, conhecida
também como a última fronteira agrícola chamada de Matopiba (iniciais dos estados de Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia). Dados mostram que, entre 2010 e 2015, as exportações da soja cultivada
por lá mais que dobraram: foram de 3,5 milhões de toneladas anuais a 7,1 milhões de toneladas.
Ao pesquisar a fonte da questão, que trouxe o texto, a reportagem mostra uma imagem de satélite
captada pela Nasa muito interessante. Ela aponta o avanço da produção de soja no Cerrado.
Observe:

https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco-da-soja-no-cerrado-brasileiro-mapeado-pela-nasa/

A. Incorreto. A Caatinga é a região mais ruralizada do Brasil: 32% dos estabelecimentos


agropecuários brasileiros estão lá. Vivem de pequenos estabelecimentos e têm a agropecuária como
principal atividade. Além do mais, dos estados citados na questão, Maranhão e Tocantins não fazem
parte deste bioma.
B. Incorreto. Dos estados citados, apenas parte norte de Tocantins e oeste do Maranhão fazem parte
do bioma Amazônico.

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C. Incorreto. Vamos utilizar mais uma vez os estados citados na questão para exclusão: dos citados,
apenas a Bahia, em sua porção da Zona da Mata (litorânea) faz parte do bioma da Mata Atlântica.
D. Incorreto. Vale o mesmo da alternativa anterior: dos citados, apenas a Bahia, em sua porção da
Zona da Mata (litorânea) faz parte do bioma da Mata Atlântica.

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=332&evento=5

Gabarito: E
3. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)
O agronegócio centrado na fruticultura surgiu timidamente, à sombra da agroindústria, e
tomou um grande impulso em meados dos anos de 1980 com a estruturação de uma base para
exportação. A partir desse período, as frutas produzidas no Polo irrigado tiveram uma trajetória
ascendente com pequenas variações no volume exportado em função da instabilidade das
políticas cambiais e do próprio mercado externo, até meados dos anos de 1990. Entretanto, é
a partir de 1997 que essa tendência se consolida e a participação das principais frutas
produzidas voltadas para mercado externo (uva e manga) passa a contribuir com 90% do
volume das exportações do país.
(http://www.eng2016.agb.org.br. Acesso em 06.09.2018. Adaptado)
O texto se refere à consolidação do agronegócio
A) no sopé da Chapada Diamantina.
B) no médio vale do rio São Francisco.
C) nos topos do planalto da Borborema.
D) nas vertentes da serra da Canastra.
E) no baixo vale do rio Parnaíba.
Comentários
Não se deixe enganar pelo senso comum. Quando se fala em produção de frutas no país, vale
lembrar que a região mencionada é uma das mais importantes no cenário nacional. Devido a

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fertilidade da região, fortalecida com a irrigação, o Vale do São Francisco (conhecida


internacionalmente como polo de fruticultura irrigável do Brasil) se consolidou um importante
produtor de frutos e hortaliças. A área margeada pelo rio São Francisco nos estados de Minas Gerais,
Bahia e Pernambuco, com destaque para as cidades de Juazeiro, na Bahia e Petrolina, em
Pernambuco gera um faturamento de R$ 2 bilhões ao ano. Atualmente os 120 mil hectares irrigados
que abrangem os perímetros irrigados da Bahia e Pernambuco, anualmente são produzidos mais de
um milhão de toneladas de frutas, com grande destaque para uva de mesa e manga. Outras culturas
também são desenvolvidas como a goiaba, coco verde, melão, melancia, acerola, maracujá, banana
e outras frutas.

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1421&evento=5

Gabarito: B
4. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2017)
Fronteira Agrícola é uma expressão utilizada para designar o avanço da produção agropecuária
sobre áreas com baixa ocupação demográfica. Atualmente, esse avanço ocorre com
A) as madeireiras atuando no desmatamento para, em seguida, ocorrer os assentamentos
geralmente formados por pequenas propriedades.
B) a ocupação de áreas despovoadas por migrantes que são atraídos pelo baixo preço das
terras, tornadas produtivas pela agricultura familiar.
C) a expansão do moderno agronegócio, mas também pelo aumento dos conflitos pela posse
de terras envolvendo posseiros e grileiros.
D) a substituição de cultivos de subsistência e criação extensiva de gado por atividades
modernas que incorporam grande quantidade de mão de obra.
E) a participação crescente de grandes grupos internacionais interessados na produção de
alimentos para abastecer o mercado mundial.
Comentários
O avanço da tecnologia voltada ao campo vem trazendo cada vez mais mecanização ao campo, o
que causa mudanças nas dinâmicas de trabalho e ocupação dessas regiões, dado o número cada vez
menor de trabalhadores necessários aos processos agrícolas. Isso causa também, dentre outras
consequências, o aumento de conflitos entre esses trabalhadores que muitas vezes perdem seus

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empregos para a mecanização, e os donos dessas terras. Outros agentes, como os posseiros e
grileiros, também estão envolvidos cada vez mais na disputa por esses espaços, reagindo à
monopolização crescente desses territórios.
A – Incorreto. A ocupação dessas áreas de Fronteira Agrícola se dá em forma de propriedades de
grande proporção, diferente do que é apontado pela alternativa.
B – Incorreto. As características apontadas pela alternativa NÃO são as observadas no território rural
brasileiro.
D – Incorreto. As atividades agrícolas nos grandes latifúndios presentes nessas áreas empregam cada
vez MENOS mão de obra, dado que o campo passa por uma mecanização movida pelos avanços
tecnológicos na área.
E – Incorreto. A alternativa está incorreta pois não demonstra algo observado na Fronteira Agrícola
brasileira hoje.
Gabarito: C

5. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Considere o gráfico.

Considerando a proporção de terras que ocupa, a agricultura familiar


A) emprega reduzido número de trabalhadores para a produção.
B) é realizada em grandes e médias propriedades rurais.
C) apresenta elevado nível tecnológico, responsável pela grande produtividade.
D) tem sido responsabilizada pelo forte êxodo rural, devido ao fraco desempenho.
E) é a principal responsável pela produção de gêneros alimentícios para o mercado interno.
Comentários
Levantamento feito pelo portal Governo do Brasil mostra que a agricultura familiar tem um peso
importante para a economia brasileira. Com um faturamento anual de US$ 55,2 bilhões, ocupa a 8º
posição de maior produtora de alimentos do mundo. De acordo com o último Censo Agropecuário,
a agricultura familiar é a base da economia de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil

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habitantes. Além disso, é responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa do
País e por mais de 70% dos brasileiros ocupados no campo. A agricultura familiar ainda produz 70%
do feijão nacional, 34% do arroz, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo. O
setor também é responsável por 60% da produção de leite e por 59% do rebanho suíno, 50% das
aves e 30% dos bovinos.
A – Incorreto. Conforme dados do último censo agropecuário, ela é responsável por mais de 70% da
ocupação da mão de obra no campo.
B – Incorreto. De acordo com a Lei 11.326/2006 diz que agricultores familiares são aqueles que
praticam atividades no meio rural, possuem área de até quatro módulos fiscais (ou seja, pequenas
propriedades rurais), mão de obra da própria família e renda vinculada ao próprio estabelecimento
e gerenciamento do estabelecimento ou empreendimento por parentes.
C – Incorreto. Apesar de algumas regiões do país apresentar uma produção moderna da agricultura
familiar, como é o caso de produtores de uvas no Sul do país, a grande maioria ainda aplica técnicas
rudimentares e tem dificuldades de acesso à modernização do campo devido à falta de incentivos
fiscais e dificuldades de acesso a créditos agrícolas.
D – Incorreto. O grande responsável pelo êxodo rural no país é a mecanização do campo dada na
agricultura comercial ou agronegócio.
http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/agricultura-familiar-do-brasil-%C3%A9-8%C2%AA-maior-produtora-de-alimentos-do-mundo

Gabarito: E

6. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A questão está relacionada ao mapa apresentado a seguir.

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O produto destacado no mapa é


A) o milho que ocupa grandes extensões do interior brasileiro, e é o principal produto de
exportação da agricultura familiar.
B) a cana-de-açúcar que tem se interiorizado como parte da política de instalação de novas
usinas destinadas à produção de etanol.
C) o algodão que se tornou um produto agrícola muito atrativo para o agronegócio devido à
sua forte valorização no mercado mundial.
D) o café que, após esgotar as terras roxas do Sudeste e Sul do país, passou a ser cultivado nas
terras de cerrado e livres de geadas.
E) a soja que, além de ocupar grandes áreas do Brasil central, tem se expandido por áreas antes
cobertas pelo cerrado, no Nordeste.
Comentários
Nos últimos anos o Brasil vem se consolidado no cenário mundial de maior produtor e exportador
de soja, o que necessita de aumento de espaço dedicado ao cultivo da oleaginosa. Sendo um dos
principais itens da produção agrícola brasileira, a soja movimenta toda a cadeia produtiva do
agronegócio, totalizando sempre grandes toneladas na produção. Os maiores estados produtores
são: Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, entre outros. Contudo, devido ao crescimento e
necessidade de melhor produtividade, a expansão da fronteira agrícola ocupou a região denominada
de MATOPIBA, chamada por última região da Fronteira Agrícola. Essa região engloba os estados de
Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia. Tal região destinada para a produção, contudo,
corresponde ao bioma Cerrado, que está altamente ameaçado pelo avanço e expansão da fronteira.
Sendo um dos mais ricos e importantes domínios naturais do Brasil, o Cerrado localiza-se em boa
parte da região Centro-Oeste e também em partes das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país.
Sendo justamente as áreas destinada ao cultivo da soja.
A – Incorreto. Apesar da produção brasileira de milho ser a terceira maior do mundo, ele tem papel
fundamental na diluição dos custos fixos das fazendas, principalmente onde ele é cultivado em 2ª
safra, nos estados de MT, de MS e do MA. Além disso, a questão traz a afirmativa de que ele é o
principal produto de exportação da agricultura familiar, o que não é correto. Destinado basicamente
para abastecer o mercado interno, a agricultura familiar produz 70% do feijão nacional, 34% do
arroz, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo. O setor também é responsável
por 60% da produção de leite e por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
B – Incorreto. O mapa que a questão traz não condiz para produção de cana-de-açúcar no país. Os
principais produtores são o estado de São Paulo, que produz próximo de 60% de toda a cana, açúcar
e etanol do país e o segundo maior produtor é o estado do Paraná, com 8% da cana moída no Brasil.
Assim como parte da Zona da Mata no litoral do nordeste.
C – Incorreto. De fato, o algodão tem sido muito atrativo devido à valorização do dólar, ao seu
desempenho produtivo em 2018 e ainda pela alta valorização internacional. Contudo, o mapa não
representa a área de cultivo destinado a produção de algodão. Os principais estados brasileiros
produtores de algodão na atualidade são: Mato Grosso do Sul, Bahia, Mato Grosso e Goiás.

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D – Incorreto. De acordo com o site da Embrapa, os maiores estados produtores do café não
correspondem com as áreas destacadas no mapa. Em relação ao volume da produção brasileira, o
ranking dos seis maiores estados produtores em 2018, em ordem decrescente, é o seguinte: Minas
Gerais, em primeiro lugar, com 30,7 milhões de sacas, corresponde a 53% da produção; Espírito
Santo, em segundo, com 12,81 milhões de sacas (22%); São Paulo, em seguida, com 6,07 milhões de
sacas (10%); Bahia, 4,50 milhões de sacas (8%), Rondônia, 2,19 milhões de sacas (4%) e Paraná, sexto
Estado produtor, com 2%, produz 1,05 milhão de sacas.
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/34724227/producao-dos-cafes-do-brasil-equivale-a-36-da-producao-mundial-em-2018

Gabarito: E

7. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


Analise o texto e os gráficos, nos quais está representada a posição do Brasil em relação à
produção mundial de produtos selecionados, em 2007. Espaço, calor e água, empresários,
investimentos, pesquisa, inovação, ausência de reforma agrária e formação qualificada
permitiram um desenvolvimento considerável do agronegócio brasileiro. O país encontra-se
entre os principais produtores (laranja, açúcar, café, tabaco, frango, carne bovina e milho) e
exportadores (4,6% das exportações mundiais de produtos alimentícios).

Considerando o texto e os gráficos, é possível afirmar que:


I. Os resultados do agronegócio brasileiro demonstram a importância das regiões
agropecuárias do Sudeste e do Sul do país.
II. A produção de culturas temporárias (laranja e café) vinculadas à agroindústria tem
aumentado, principalmente na região Norte do país.
III. Houve avanço da frente pioneira, transformando áreas vegetadas em terras agrícolas, com
substituição de áreas de cerrado e da floresta amazônica pela pecuária e cultivo de soja.
IV. O dinamismo da agricultura brasileira não está associado à mobilidade territorial e à
conquista de novas terras agrícolas.

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Estão corretas apenas as alternativas


A) II e III.
B) I e II.
C) III e IV.
D) I e III.
E) II e IV.
Comentários
O setor agrícola representa 5,7% do PIB brasileiro, as regiões Sudeste e Sul são de grande
importância na produção agropecuária do Brasil, com Minas Gerais representando 15,2%, seguido
por São Paulo, com 11% no Sudeste. O Sul, representa, em média, 70% do trigo e da soja produzidos
no Brasil, além da produção de uvas, que corresponde a 65% e 50% do milho e arroz que é produzido
no país. Para este crescimento no setor, grandes áreas de vegetação nativa foram substituídas pelo
sistema agropastoril, o que transformou tais páreas em polos econômicos, que contribuem para a
economia do país.
II – Incorreto. A laranja e o café são culturas permanentes, pois permanecem vinculadas ao solo e
proporcionam mais de uma colheita durante a produção. Culturas temporárias são as que
necessitam ser replantadas anualmente ou nas temporadas, de acordo com sua espécie, como o
feijão, milho, trigo, arroz, dentre outros.
IV – Incorreto. Pelo contrário: as novas regiões agricultáveis estão sempre em expansão, visando o
crescimento econômico em nome do capital, com grande mobilidade de trabalhadores, de diversas
regiões, podendo trabalhar por temporadas, como na cultura de cana-de-açúcar.
FONTE: http://www.agricultura.gov.br/noticias/agropecuaria-puxa-o-pib-de-2017

Gabarito: D
8. (VUNESP 2017 – Soldado PM 2ª Classe)
Observe o gráfico para responder à questão.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as atividades


econômicas brasileiras permitem afirmar que, no título do
gráfico, o “X” deve ser substituído por
A) grãos.
B) automóveis.
C) cana-de-açúcar.
D) aço.
E) café.

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Comentários
O Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo. Quatro estados concentram quase 70%
da produção de grãos do país: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, tendo em comum a
disponibilidade de terras e uso intensivo de alta tecnologia. Arroz, milho e soja representam 92,5%
da estimativa de produção. Regionalmente, de acordo estimativa do IBGE para a safra de 2018
aponta produção de cereais, leguminosas e oleaginosas com a seguinte distribuição em toneladas:
Centro-Oeste (101,6 milhões); Sul (74,9 milhões); Sudeste (22,8 milhões); Nordeste (19,1 milhões) e
Norte (8,7 milhões).
B – Incorreto. As fábricas estão espalhadas pelo Brasil. Contudo, grande parte das fábricas de
automóveis no Brasil fina no Amazonas, na Zona Franca de Manaus, com a presença das montadoras
BMW (Dafra), Bramont (Mahindra), Dafra, Effa, Harley-Davidson, Honda, Haobao, Triumph. Na Bahia
temos a fábrica da Ford e no Ceará, a fábrica da Ford focada na linha Troller. Em Goiás, temos a
presença das montadoras CAOA Hyundai, John Deere e Mitsubishi. Em Minas Gerais, temos a CNH
New Holland, Fiat, Iveco e Mercedes-Benz. No Paraná, temos a CNH New Holland, Fiat, Nissan,
Renault, VW e Volvo. em São Paulo temos a Caterpillar, CNH New Holland, Ford, GM, Honda,
Hyundai, Mercedes-Benz, Scania, Toyota, Valtra e VW.
C – Incorreto. Grande parte da produção de cana-de-açúcar no Brasil está concentrada na região de
São Paulo e parte do Paraná, o que alteraria o gráfico apresentado.
D – Incorreto. O parque produtor de aço no Brasil está instalado em 10 estados, com maior
concentração na região Sudeste, compreendida por Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
São Paulo. Esta região responde por 94% da produção de aço do país e nela estão localizadas todas
as seis grandes usinas.
E – Incorreto. O País é o maior produtor e exportador de café e segundo maior consumidor da bebida
no mundo. É o 5º produto na pauta de exportação brasileira, distribuídos nos Estados de Minas
Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso,
Amazonas e Pará.

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/23359-ibge-preve-safra-de-graos-1-7-maior-
em-2019

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https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/9d/68/9d680f8f-38e6-4077-89fb-
55bf1bf63f68/20131002174604375684e.pdf

Gabarito: A

9. (VUNESP 2013 – Soldado PM 2ª Classe)


A questão está relacionada com o mapa apresentado a seguir.

Sobre as áreas aptas para a cultura canavieira, é correto afirmar que


A) apresentam grande deficiência de água.

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B) são extensas planícies inundáveis nos meses chuvosos.


C) mantiveram as paisagens vegetais inalteradas.
D) apresentam predomínio de clima semiárido.
E) eram originalmente recobertas por florestas e cerrado.
Comentários
As principais coberturas vegetais da região eram a Mata Atlântica, o Cerrado, que foram fortemente
desmatados ao longo da ocupação da região.
A – Incorreto. A região observada no mapa corresponde a região hidrográfica da Bacia do Rio Paraná,
uma das mais importantes bacias hidrográficas do Brasil. O Rio Paraná é o principal curso d'água da
bacia, mas de grande importância também são seus afluentes e formadores como os
rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros.
B – Incorreto. A região apresentada no mapa não corresponde a planície inundável, fazendo limite
bem visível no mapa no estado do Mato Grosso do Sul, que abriga o Pantanal.
C – Incorreto. É praticamente impossível ter o desenvolvimento do homem com seus
desdobramentos históricos sem a alteração da natureza.
D – Incorreto. A região de clima semiárido corresponde ao Nordeste brasileiro, o que não é a região
destacada no mapa.
Gabarito: E

10. (VUNESP 2012 – Soldado PM 2ª Classe)


Nos últimos 20 anos, os níveis tecnológicos alcançados pelos produtores rurais brasileiros
atingiram patamares expressivos que podem ser mensurados pelo aumento da produtividade
no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de
grãos com a mesma área plantada.
Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de processamento
do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço do PIB do Brasil
e por valor semelhante das exportações totais do país.
(http ://www.uff.br/ Adaptado)
I. A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio no país.
II. O crescimento das atividades no campo só foi possível graças à redistribuição das terras que
deixaram de ser concentradas.
III. As propriedades familiares que cultivaram cana-de-açúcar foram as que apresentaram
maior nível de rentabilidade no campo brasileiro.

Com relação ao texto, está correto o contido apenas em


A) l.

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B) I e II.
C) I e III.
D) II.
E) II e III.
Comentários
Vamos analisar por alternativa:
I – Correto. Sendo o principal produto do agronegócio brasileiro, a soja é chave para entendimento
do crescimento no país. Nos últimos 20 anos o crescimento anual de soja no país foi de 3,5 milhões
de toneladas, representando 13,4% ao ano. Isso mostrou que o aumento da produção de soja no
Brasil se deu tanto pelo aumento da área cultivada, quanto da produtividade, colocando o país
atualmente como o maior produtor e maior exportador de soja do mundo.
II – Incorreto. Uma das principais características do espaço agrário brasileiro ainda é a questão da
concentração de terras, sendo considerada um dos piores problemas do campo no país.
III – Incorreto. O grande problema plantio de cana é que ele exige um alto investimento, em torno
de R$ 7.500 por hectare, diminuindo muito o ganho do produtor.

https://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/estrutura_fundiaria/estrutura_fundiaria_do_brasil.html

Gabarito: A

11. (VUNESP 2008 – Soldado PM 2ª Classe)


Em 1978, 150 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica tinham sido desmatados. Cerca
de 30 anos depois, a área saltou para 700 mil, ou seja, o equivalente a 3 vezes a área do estado
de São Paulo. É importante lembrar que a cada 10 segundos, uma área equivalente ao estádio
de futebol do Maracanã é desmatada. Entre as principais causas do desmatamento, podem-se
citar
A) o crescimento das cidades e a exploração da borracha.
B) a ação dos posseiros e a expansão de aeroportos clandestinos.
C) o trabalho das madeireiras e a expansão urbana.

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D) a expansão da pecuária e a dos cultivos, como a soja.


E) a exploração da castanha-do-pará e a agricultura de subsistência.
Comentários
O desmatamento é um dos principais problemas ambientais da atualidade. Ele é responsável pela
supressão significativa das florestas, matas e outros tipos de formações vegetais, causando grande
impacto na biodiversidade. Segundo dados do IBGE, a devastação de áreas florestais no Brasil entre
2000 e 2010 teve como maior responsável a expansão de atividades agrícolas. De acordo com o
instituto, 236.600 km² de áreas desflorestadas, quase o tamanho do Estado de São Paulo, ocorreu
para a implantação de lavouras. Isso representa 65% do total do desmate no período.
A – Incorreto. A exploração da borracha natural não tem o desmatamento como causa do aumento
das áreas no país. Inclusive, é matéria-prima extraída da seringueira, com emissão zero de CO2 na
atmosfera, consumindo bem menos energia na produção do que versão sintética derivada do
petróleo.
B – Incorreto. A derrubada em si de árvores para construção de aeroportos clandestinos ou de
posseiros na Amazônia, apesar de ser existente, não configura a maior causa de desmatamento da
Amazônia.
C – Incorreto. Apesar das madeireiras e a expansão urbana representar uma significativa
porcentagem nas taxas de desmatamento na Amazônia, ainda não configura a maior, dentre as
alternativas, causa da derrubada de árvores na região.
E – Incorreto. O próprio nome já condiciona o modo e vivência: agricultura de subsistência, ou seja,
retirar o mínimo da natureza para sobreviver.
Gabarito: D

12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2011)


O Comitê Organizador Local e a Fifa escolheram doze cidades-sede brasileiras para sediar a
Copa do Mundo de 2014. São elas: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG),
Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Lourenço da Mata (PE), Porto Alegre (RS),
Salvador (BA), São Paulo (SP), Natal (RN) e Curitiba (PR). A reportagem intitulada “Prontos para
a Copa de 2038” traz as seguintes considerações: Ainda pior do que os estádios... Nuvens
negras rondam os aeroportos brasileiros. Apenas seis dos treze terminais localizados nas
regiões que receberão jogos da copa começaram a ser reformados. O projeto mais portentoso
– e um dos mais atrasados – é a construção do terceiro terminal do aeroporto de Guarulhos
(SP), obra crucial para o sucesso do torneio. Será por lá que a maior parte dos turistas chegará
ao país. E será a partir daquela pista que eles levantarão voo rumo a outros estados. No
aeroporto do Galeão (RJ), a reforma está orçada em 687 milhões de reais. Dessa quantia, foram
liberados 64 milhões desde 2008, quando começaram as obras. Nesse ritmo de execução
orçamentária, o terminal só ficará pronto vinte anos depois... E, para piorar, um dos casos mais
eloquentes é o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). Suas obras de reforma nem
sequer começaram...
(Veja, 25 de maio de 2011. Adaptado.)

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Considerando a necessidade de maior ou menor investimento nos aeroportos brasileiros, é


possível afirmar que:
A) maior atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
B) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Confins.
C) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
D) maior atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.
E) menor atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.
Comentários
Entre obras de reforma, ampliação e um aeroporto construído do zero (o terminal de São Gonçalo
do Amarante, 30km de Natal-RN), no saldo total na Copa do Mundo de 2014, o Brasil ampliou o fluxo
em 70 milhões passageiros por ano a capacidade de embarques e desembarques aéreos. Ao todo,
foram investidos R$ 25,5 bilhões, segundo site do TCU. Só nos aeroportos foram R$ 6,2 bilhões. De
acordo com dados da Secretaria de Aviação Civil (SAC), houve uma expansão de 42% na área de
pátios de aeronaves, que atingiu 4,9 milhões de metros quadrados. O acréscimo equivale a 178
campos do Maracanã. Nesse sentido, todos os aeroportos que a questão traz: Rio de Janeiro (RJ),
Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Lourenço da Mata
(PE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Paulo (SP), Natal (RN) e Curitiba (PR), obtiveram atenção
dos gastos investidos.
Gabarito: D
13. (IDECAN - 2015 - Colégio Pedro II - Professor - Geografia)
O trecho da reportagem retrata um conflito comum no espaço agrário brasileiro.
A comunidade Guarani Kaiowá mais ameaçada do momento, o tekoha Apyka'i, no município
de Dourados (MS), poderá enfrentar mais uma reintegração de posse.
Uma nova manobra judicial garantiu que uma decisão ‒ já cumprida ‒ da Justiça Federal de
2009, em favor (...) proprietário da Fazenda Serrana, fosse, mais uma vez, utilizada contra os
indígenas.
Agora, os Kaiowá têm 30 dias para sair do local, onde estão acampados desde setembro de
2012. O prazo para o despejo passa a contar a partir desta segunda-feira, 27. A liderança da
comunidade, Damiana, reafirma que os indígenas não sairão da terra.
(Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/27250. Publicada em: 28/01/2014.
Acesso em: 28/09/2014.)

Considerando as características da região mencionada no texto, assinale a alternativa que


melhor apresenta uma causa e uma consequência do problema retratado.
A) O avanço da agricultura de cana‐de‐açúcar para a produção de biocombustíveis e o
comprometimento do modo de vida indígena.

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B) O avanço das áreas de pasto para a pecuária intensiva leiteira e o assassinato frequente de
lideranças indígenas.
C) O interesse dos proprietários em expandir a produção de laranja e a alta mortalidade infantil
da população indígena.
D) O avanço das grandes fazendas produtoras de café e a precarização das condições da mão
de obra indígena nas lavouras.
Comentários
O Estado de Mato Grosso do Sul é um dos principais produtores agrícolas do País, tendo como
destaque diversas cidades agrícolas produtora principalmente de cana-de-açúcar, milho e soja.
Dentre os principais municípios produtores, se destacam no cenário: Rio Brilhante, sendo inclusive
o maior produtor no país de cana-de-açúcar e crescendo cada vez mais, Maracaju, Ponta Porã,
Dourados e São Gabriel. Em 2017, segundo o IBGE, o munícipio de Dourados ocupava o 8º lugar no
estado na produção desta cultura, com uma produção de 2.000.035 toneladas, numa área plantada
de 28.272 há. Dentro deste contexto, cada vez mais o avanço da fronteira agrícola e a demanda por
terras para a produção tem causados grandes conflitos fundiários no campo desses estados,
intensificado pelo avanço do agronegócio frente as terras de comunidades tradicionais e indígenas.
B – Incorreto. A pecuária INTENSIVA não demanda grandes áreas para pastagem, pois sua
característica é o confinamento do gado.
C – Incorreto. A região mencionada tem estrutura na produção de milho, cana-de-açúcar e soja. A
produção de laranja no país é muito característica no estado de São Paulo, principalmente na região
de São Carlos e Araraquara.
D – Incorreto. Conforme mencionado anteriormente, a região não possui tradição no cultivo de café.
Muito menos o emprego de mão de obra indígena em lavouras.
Gabarito: A
14. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu valor
agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca
da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.
A expansão da moderna agricultura nos biomas Cerrado e Amazônia tem-se constituído a partir
de reduzidos fluxos migratórios em direção às pequenas e médias cidades dessas regiões e de

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poucos conflitos no campo, uma vez que a mecanização excessiva das atividades agrárias gera
poucos empregos tanto no campo quanto na cidade.
Comentários
Ao contrário da afirmativa, atualmente as cidades que mais crescem no Brasil são as médias cidades.
Principalmente aquelas ligadas ao agronegócio, chamadas de cidades do agronegócio. O
crescimento populacional intenso está diretamente ligado ao fluxo migratório presente desde o
início da história desses municípios perdurando até os dias atuais.
As cidades do agronegócio possuem características gerais que as diferenciam dos outros tipos de
cidades. Tratando-se dos aspectos gerais dessas cidades determinadas como funcionais à agricultura
moderna, podemos destacar a forte interdependência com o campo, pois estamos tratando de uma
região cujo seu espaço rural possui um altíssimo nível técnico:
“Quanto mais dinâmica a reestruturação produtiva da agropecuária, quanto mais complexa a
formação das redes agroindustriais e quanto mais globalizados seus circuitos espaciais de produção
e seus círculos de cooperação, mais complexas se tornam as relações campo-cidade”. (ELIAS,2012
p.8)

Outro ponto em que está incorreto é a afirmativa “poucos conflitos no campo”. O espaço agrário
brasileiro é permeado de muitas disputas e conflitos entre os grandes empresários/produtores e
seus interesses frente às comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, que muitas vezes
buscam apenas demarcarem seus territórios para produção própria ou para comércio local. Essa
tensão de interesses no campo gera muitos conflitos que muitas vezes acabam em mortes, sendo
muitas vezes líderes locais ou ativistas ambientais o alvo desses atos.
A questão também diz das relações de trabalho no campo e na cidade, com poucos empregos. Não
podemos comparar o mesmo processo do campo com a cidade. De fato, o campo modernizado do
agronegócio demanda uma outra relação de trabalho: poucas pessoas especializadas. Já a cidade do
agronegócio possui toda uma estrutura a fim de atender as necessidades das novas relações
econômicas, sociais e de produção, marcada pelo grande aumento populacional vinculado à
população migrante em busca de trabalho e suas condições de vida.
ELIAS, Denise. In: Relação campo-cidade, reestruturação urbana e regional do Brasil. XII Colóquio
Internacional de Geocrítica. Bogotá, 2012.
Gabarito: Errado

15. (ADVISE - 2013 - Prefeitura de Ivorá - RS - Professor - Séries Iniciais)


Sabemos que a Reforma Agrária no Brasil tem sido alvo de grandes manifestações a favor de
agricultores desprovidos de terras para plantar. Entre essas manifestações, muitas delas são
promovidas por movimentos que se agrupam para reivindicar terras ao Governo. Assinale a
alternativa abaixo que indica um movimento criado com o propósito de reivindicar terras para
agricultores que não tem onde plantar.
A) Movimento dos Sem Teto
B) Movimento dos Sem Terras

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C) Movimento dos Sem Emprego


D) Movimento de Libertação dos Sem Terras
E) Movimento dos Agricultores Aposentados
Comentários
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social popular que surgiu
no campo brasileiro em 1984. Tem como objetivo realizar a reforma agrária conforme verifica-se no
Estatuto da Terra, Lei de 1964 e reafirmada na Constituição Federal de 1988. Além disso, o
movimento tem como objetivo praticar a produção de alimentos orgânicos e melhorar as condições
de vida dos trabalhadores no campo.
A – Incorreto. O Movimento dos trabalhadores dos Sem Teto (MTST) é um movimento urbano que
reivindica moradias e melhores condições dessas, diferente do que se trata o enunciado da questão.
C – Incorreto. Como o próprio nome já diz, o movimento luta pelo trabalho com direitos e contra o
desemprego.
D – Incorreto. Existem vários movimentos rurais de sem terras que reivindicam a reforma agrária.
Contudo, o principal é o MST.
E – Incorreto. O movimento dos agricultores aposentados não existe.
Gabarito: B

16. (FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - Geografia)


Novos estudos sobre o campo brasileiro estão sendo reunidos em um Atlas da Terra que, de
modo geral, não apresentará grandes novidades, pois
A) as médias propriedades ocupam menos de 10% das terras agrícolas.
B) os minifúndios passaram a representar 40% da área agrícola do país.
C) as pequenas propriedades têm menor peso relativo que os minifúndios.
D) as terras indígenas somam cerca de 30% do território nacional.
E) a última década se caracterizou por nova concentração de terras.
Comentários
Dos 8,5 milhões de km² da área do Brasil, 41% são estabelecimento rurais. Grandes propriedades
somam apenas 0,91% do total dos estabelecimentos rurais brasileiros, mas concentram 45% de toda
a área rural do país. Por outro lado, os estabelecimentos com área inferior a dez hectares
representam mais de 47% do total de estabelecimentos do país, mas ocupam menos de 2,3% da
área total. Em entrevista concedida a uma mídia social, o Professor e pesquisador da USP em
questões agrárias no país, Umbelino, aponta que o crescimento de 2,5% em quatro anos (2012-2916)
das grandes propriedades privadas do país mostra que a concentração de terra não tem retrocedido.
Segundo ele, as grandes propriedades crescem, ´´e a improdutividade é grande, o que significa que
o simples fato de ter terra no Brasil, ainda que improdutiva, enriquece seus proprietários``. As

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grandes propriedades públicas e privadas no país são em torno de 59,6% da área total dos
estabelecimentos.
A – Incorreto. As médias propriedades representam em torno de 18% das propriedades.
B – Incorreto. Os minifúndios ocupam em torno de 7,8% do total da área dos imóveis.
C – Incorreto. As pequenas propriedades representam em torno de 14,7%, maiores assim que os
minifúndios.
D – Incorreto. Segundo a Funai, atualmente existem 462 terras indígenas regularizada que
representam cerca de 12,2% do território nacional, localizadas em todos os biomas, com
concentração na Amazônia Legal.

http://www.incra.gov.br/tamanho-propriedades-rurais

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http://www.funai.gov.br/index.php/nossas-acoes/demarcacao-de-terras-indigenas

Gabarito: E

17. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Analise a tabela abaixo.

O desequilíbrio na distribuição de terras demonstrado na tabela pode ser apontado como um


dos responsáveis pela
A) implantação do capitalismo no campo, que transformou os latifúndios em terras produtivas
e a luta pela reforma agrária em coisa do passado.
B) transformação do latifúndio em grandes empresas rurais produtivas, gerando milhões de
emprego no campo, estimulando o êxodo urbano.
C) superação do antigo “modelo” brasileiro de reforma agrária, encerrando o ciclo de
distributivismo equitativo de terras improdutivas no país.
D) expulsão da população do campo e sua concentração nas grandes cidades, provocando a
favelização e o “inchaço” da periferia urbana.
Comentários
A partir de 1970 o modelo das relações do campo altera-se significativamente. O processo cada vez
maior de modernização do campo, fez com que muitas famílias abandonassem as áreas rurais do
país, indo em direção das cidades em busca de empregos e melhores condições de vida, visto que
muitos perderam seus empregos e se manter no campo frente a concentração de terras e ao
agronegócio estava cada vez mais difícil.
A – Incorreto. A Reforma Agrária no Brasil não é coisa do passado, ao contrário, ainda é pauta de
muitas lutas e movimentos sociais no campo.
B – Incorreto. Ao contrário, o processo de mecanização no campo fez com que o número de
empregos diminuísse, e consequentemente um êxodo para as cidades em buscas de melhores
condições de vida. E ainda, o novo rural brasileiro demanda uma mão de obra especializada.

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C – Incorreto. A Reforma Agrária, mesmo sendo um direito garantido na Constituição Federal de


1988 ainda é pauta de muitas dicções, lutas, e equívocos políticos, visto que não é agenda prioritária
e muito menos de discussão de muitos governos.
Gabarito: D

18. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“A Comissão Pastoral da Terra documenta, desde a década de 1980, as ocorrências de conflitos
e violências no campo brasileiro, cujos dados são publicados desde 1984 no “Caderno conflitos
no campo”. Paralelamente aos dados, a pastoral ligada à igreja católica também publica
manifestos e relatos de diversos casos de violência contra a pessoa, posse e propriedade de
camponeses e trabalhadores rurais. Os relatos e fotos que retratam a barbárie no campo
brasileiro mostram uma população pobre, submetida a toda sorte de privação e exploração
(...)”

(Girardi, Eduardo Paulon. A violência no campo. In Atlas da Questão Agrária Brasileira.


Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm)

De acordo com o mapa, os casos registrados de violência no campo se concentram


A) em regiões onde há o predomínio de pequenas propriedades de agricultura familiar.
B) em regiões de agricultura moderna integradas ao mercado externo.
C) em regiões onde os movimentos socioterritoriais são mais atuantes.
D) em regiões de vastas terras disponíveis cobertas por florestas.
E) em regiões de maior concentração de infraestrutura de transportes.
Comentários
O Estado do Pará concentra o maior número de conflitos agrários no Brasil, de acordo com os dados
da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Ao todo, o Brasil registou 45 massacres e mais de 200 mortes

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nos últimos 32 anos. Só no Pará, foram 26 massacres com 125 assassinatos. De 2016 para 2017, o
território em conflito no Brasil quase dobrou. Mais da metade, cerca de 54% da área total em
conflitos no Brasil, fica em terras indígenas.
A – Incorreto. Os conflitos no campo estão concentrados em áreas de disputas do agronegócio
(Grandes áreas ou áreas da Fronteira Agrícola). Em áreas de pequenas propriedades de produção
familiar, os conflitos são quase que inexistentes, ou pouco expressivo, muitas vezes relacionados a
legislação ambiental.
B – Incorreto. A Agricultura moderna é aquela cujo processo depende do uso de tecnologia, acesso
a recursos, gestão, investimento, características do mercado, integração com outros setores,
práticas de irrigação, sementes de alto desempenho, entre outras características. No Brasil, as áreas
que são destinadas a agricultura moderna não estão relacionadas com a área violenta apresentada
no mapa.
D – Incorreto. As regiões de florestas no país, apesar de possuir processos de posse de terra, alguns
seringueiros, e demarcações de terras indígenas, não é a concentração dos conflitos e violência no
campo.
E – Incorreto. De acordo com o mapa apresentado, região de concentração de conflito não apresenta
grande concentração de rede de transporte.
Gabarito: C

19. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“Principalmente a partir da II Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil modernizou o processo
produtivo da agricultura, com a incorporação de máquinas e implementos agrícolas, e também
passou a usar adubos sintéticos e agrotóxicos em suas lavouras. Isso tornou o setor agrícola
mais dependente dos setores urbano e industrial, que fornecem as máquinas e os produtos
químicos que os produtores rurais utilizam.”
(Marafon, Glaucio José. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e
sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.)

Assinale a opção que indica uma das consequências do processo descrito no fragmento acima.
A) O aumento da concentração fundiária.
B) A expansão da área destinada à produção de alimentos.
C) A diminuição da erosão dos solos.
D) A redução do emprego de trabalhadores temporários.
E) A fixação de uma nova fronteira agrícola.
Comentários
Desde a colonização portuguesa, a posse e o domínio das terras brasileiras foram concentrados em
latifúndios espalhados pelo país. Tal situação é consequência do processo histórico de ocupação do
território nacional, que teve sua base erguida no latifúndio monocultor e escravista. Contudo, o

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cenário descrito na questão aponta para o processo de modernização do campo brasileiro ocorrido
essencialmente após a década de 1970. A mecanização e a utilização cada vez maior de máquinas
no espaço rural do país, fez com que a demanda por empregos diminuísse cada vez mais, e
consequentemente a dificuldades da população camponesa em se manter no campo foi
aumentando. O êxodo rural é consequência desse processo. Além disso, o pequeno produtor
também encontrou grandes dificuldades em se manter no campo, vendendo suas terras para os
grandes produtores e migrando para as cidades. Esse processo concentrou ainda mais a terra em
uma pequena parte da população rural.
B – Incorreto. Houve de fato um aumento das áreas de cultivo no país, principalmente na nova
fronteira agrícola do MATOPIBA. Contudo, as expansões de terras destinadas a produção têm como
característica a produção de commodities (produto de valor no mercado e voltado para a
exportação), principalmente de soja.
C – Incorreto. Ao contrário, um dos grandes problemas ambientais enfrentado no campo brasileiro
é o processo de erosão do solo decorrente ao péssimo manejo dos mesmos, causando várias
toneladas de perdas por ano de solo no país.
D – Incorreto. O texto aborda o processo de mecanização do campo brasileiro, não estando
relacionado assim com a utilização de mão de obra temporária.
E – Incorreto. Apesar da criação de uma nova fronteira agrícola estar relacionada com o processo, o
texto aborda a mecanização do campo e as novas relações que o mesmo demanda no processo
produtivo do setor agropecuário.
Gabarito: A

20. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue o item.
Ao longo da história fundiária brasileira, ocorreram diversas manifestações, movimentos,
revoltas e pressões de trabalhadores rurais pelo acesso à terra, muitas com ganho de causa.
Esses movimentos sempre foram amplamente divulgados pelas mídias oficiais.
Comentários
Existem alguns problemas na questão. O primeiro problema na questão está na frase “muitos com
ganho de causa”. Claro que, durante o processo histórico dos movimentos sociais no campo, as lutas
dos trabalhadores obtiveram algumas vitórias. A luta pela terra no Brasil existe há mais de 500 anos,
desde que os “descobridores” aqui aportaram. Diferentes grupos, sob diferentes formas, lutaram e
lutam desde então para entrar e permanecer na terra. Dentre esses grupos alguns são identificados
como movimentos sociais, destacando o MST que é o mais duradouro movimento social de luta pela
terra existente no Brasil.

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O segundo problema na questão é a frase “sempre foram amplamente divulgados pelas mídias
oficiais”, o que está completamente errado. Aliás, pela primeira frase não dá pra dizer que a questão
está errada, apenas que há um certo problema. Mas na segunda afirmativa sim. A mídia sempre
marginalizou os movimentos sociais do campo, visto que as pautas e objetivos desses movimentos
não possui espaços de diálogos dentro desses meios de comunicação. Muito menos as manchetes,
reportagens e abordagens a respeito do tema sempre busca referir à luta e aos trabalhadores como
marginais, criminosos, entre tantos outros adjetivos. Precisa tomar cuidado com certas afirmações
e posições quando o assunto é movimentos sociais. Claro que existem alguns problemas e algumas
situações pontuais em que ficamos sabendo dos problemas e violência do campo. Contudo, são
infinitamente menores quando se compara com toda a luta dos movimentos sociais. O recorte
midiático sempre priorizará a marginalização das pautas desses movimentos, o que não significa que
podemos generalizar.
Gabarito: Errado

21. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)


Leia os versos abaixo do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.
“Essa cova em que estás / Com palmos medida.
É a conta menor / que tiraste em vida.
É de bom tamanho / Nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe / deste latifúndio.”

A realidade agrária brasileira, em parte, está descrita nos versos acima. Assinale a alternativa
correta sobre essa temática.
A) O latifúndio, dominante em todas as regiões do Brasil, é o resultado de um processo
colonizatório que teve como fundamento o trabalho livre.
B) A concentração da propriedade fundiária rural coloca um grande número de pessoas
desprovidas desse bem fundamental para a sobrevivência, a terra.
C) Atualmente a questão agrária e seus conflitos estão resolvidos nas regiões Sul e Sudeste do
país estando, ainda, por se resolver no Nordeste e Norte do Brasil.
D) A concentração da propriedade fundiária está relacionada ao desenvolvimento industrial do
Brasil, a partir de meados da década de 50 do século passado.
Comentários
A desigualdade no espaço agrário no Brasil é discrepante com relação à distribuição de terras, uma
vez que alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros possuem pouca e nenhuma. Esse
aspecto caracteriza a concentração fundiária brasileira. O problema da concentração de terras no
país agrava a permanência e a sobrevivência da população rural, principalmente dos pequenos
agricultores, das comunidades tradicionais (ribeirinhas por exemplo), quilombolas e indígenas. E a
desigualdade estrutural fundiária brasileira configura como um dos principais problemas do meio
rural.

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A – Incorreto. Latifúndio é um termo utilizado para descrever grandes porções de terras, ou seja,
descrever as grandes propriedades rurais, o que de fato tem presente em todas as regiões do Brasil,
mas de maneira desigual, onde umas regiões possuem maior concentração de terras (Nordeste do
Brasil) e outras uma menor concentração de terras (Sul do Brasil). O problema da questão está no
fato de dizer que o processo de colonização residiu no trabalho livre, o que é incorreto afirmar.
Nossa colonização está baseada em três características, basicamente: grandes propriedades de
terras (latifúndio), produção voltada para exportação e utilização de mão de obra ESCRAVA. À essas
três características podemos chamar de sistema de plantation.
C – Incorreto. A questão dos conflitos agrários no Brasil está longe de ser resolvido, ao contrário,
cada vez mais com o processo de concentração de terras e expansão da fronteira agrícola crescente
no país, os conflitos tende a aumentar, em todas as regiões do país. Claro, não de forma igual em
todas as áreas.
D – Incorreto. Não está relacionado com a industrialização. O problema histórico da concentração
de terras no país reside nos seguintes acontecimentos:
1º Processo de ocupação primeira do território: Capitanias Hereditárias e Sesmarias;
2º Posse livre até 1850;
3º Lei de Terras criado em 1850 que estabelece a posse de terra apenas por meio da compra (ou
seja, a terra passa a ter um valor econômico)
4º Estatuto da Terra em 1964 (não contribui diretamente na concentração, mas é um marco na
legislação de terras no país)
5º Processo de mecanização no campo após 1970.
Gabarito: B

22. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis - RJ - Professor - Geografia)

A partir dessa imagem, pode-se afirmar que:


A) a luta dos trabalhadores rurais sem terra no Brasil é, extremamente, injustificável.
B) o processo de Reforma Agrária no Brasil é ineficaz, devido à influência política dos grandes
proprietários de terra.
C) o Brasil possui uma grande concentração de terras (fundiária), sendo que apenas uma
pequena quantidade de proprietários possui grandes extensões de terras.

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D) a maior parte das terras improdutivas, no território brasileiro, estão sob a posse de
pequenos produtores rurais que não querem mais se dedicar à produção agrícola
Comentários
Conforme verificado em outras questões, a desigualdade no espaço agrário no Brasil é discrepante
com relação à distribuição de terras, uma vez que apenas uma parcela da população possui uma
elevada quantidade de terras e outros possuem pouca e nenhuma. Esse aspecto caracteriza a
concentração fundiária brasileira. O problema da concentração de terras no país agrava a
permanência e a sobrevivência da população rural, e a desigualdade estrutural fundiária brasileira
configura como um dos principais problemas do meio rural.
A – Incorreto. Devido a concentração de terras no país ser um processo histórico que beneficiou uma
pequena parcela da população que teve acesso a posse de terras, e ainda a questão de a reforma
Agrária ser um direito garantido na Constituição Federal de 1988, a atuação dos movimentos sociais
na luta pelo acesso a terra é justificável sim.
B – Incorreto. O grande problema da reforma Agrária no Brasil reside no fato de que esse dispositivo
da lei nunca foi pauta prioritária de nenhum governo brasileiro, inclusive daqueles que se diz
progressistas. Alguns processos de ocupação feitas por movimentos sociais são destinados a reforma
agrária, contudo são de maneira pontual. A Reforma Agrária se faz necessário visto ao grande
processo de subutilização do espaço agrário, terras que não cumpre a legislação (não possui uma
função social estabelecido no Estatuto da Terra em 1964) e são improdutivas.
D – Incorreto. A maior parte das propriedades rurais improdutivas, que não possui função social de
acordo com a lei são as chamadas terras devolutas, ou seja, terras do Estado brasileiro, que deveriam
ser destinadas à Reforma Agrária.
Gabarito: C

(CESPE - 2008 - SEPLAG-DF - Professor - Geografia)


Hoje, tanto os cinturões quanto as frentes pioneiras revelam que o território brasileiro tem
incorporado muitas das características da chamada revolução agrícola, especialmente nas
culturas de exportação, aquelas que consolidam a divisão territorial do trabalho mundial.
Assim, esses produtos acabam por invadir, com velocidade cada vez maior, áreas antes
destinadasàs produções domésticas.
M. Santos e M. L. Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro; Record, 2008, p. 120 (com adaptações)

23.
Os conflitos pela posse de terra no Brasil revelam uma limitação no quadro natural do país: a
inexistência de solos aptos para a exploração agrícola.
Comentários
Os conflitos pela posse de terra no país não possuem a limitação no quadro natural, muito menos
na inexistência de solos aptos para a exploração agrícola. Devido às boas condições físicas e aos

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relevos mais suaves, os solos brasileiros apresentam alto potencial para o uso agrícola. Assim, o
termo “inexistência de solos aptos para a exploração agrícola” que a questão traz está incorreta. O
Brasil possui uma grande diversidade de solos em seu território. decorrente da ampla diversidade
geográficas/ambientais e de fatores de formação do solo. De acordo com o Sistema Brasileiro de
Classificação dos Solos (SiBCS), constata-se a influência desses fatores através da grande
variabilidade das características químicas, físicas e morfológicas que compõem as 13 classes de solos
contidas no sistema. No país, predominam os Latossolos, Argissolos e Neossolos, que juntos
constituem aproximadamente 70% do território nacional. Só as classes dos Latossolos e Argissolos
ocupam juntos aproximadamente 58% da área, com características de solos profundos, altamente
intemperizados (modificados), ácidos, de baixa fertilidade natural, e em certos casos, com alta
saturação por alumínio. Possuem boas condições físicas para o uso agrícola, associadas a uma boa
permeabilidade por serem solos bem estruturados e muito porosos. Porém, devido aos mesmos
aspectos físicos, possuem baixa retenção de umidade, principalmente os de textura mais grosseira
em climas mais secos. Também ocorrem solos de média a alta fertilidade, em geral pouco profundos
em decorrência de seu baixo grau de intemperismo. Estes se enquadram principalmente nas classes
dos Neossolos, Luvissolos, Planossolos, Nitossolos, Chernossolos e Cambissolos.

https://www.embrapa.br/solos

Gabarito: Errado

24.
Com a modernização no campo, desapareceram as relações de trabalho calcadas no
arrendamento, na escravidão por dívida e na figura do trabalhador conhecido como bóia-fria.
Comentários
As relações se alteraram de fato com a modernização do campo brasileiro. Contudo, algumas
características ainda perduram no espaço agrário, inclusive as três formas citadas na questão.
Primeiro, o arrendamento, a grosso modo, o aluguel da terra ou da propriedade rural é uma prática
ainda muito comum no campo, e é regulamentada pela Lei 4.504/64, conhecida como Estatuto da
Terra. Essa lei fixa direitos e deveres dos arrendadores e arrendatário, como as atividades exercidas,

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o tempo de produção, entre outros, de maneira a resguardar ambas as partes e garantir a exploração
de forma racional da terra. Outro ponto que a questão traz é a escravidão. O trabalho escravo ainda
não terminou, ele existe e coloca muitas pessoas em péssimas condições de trabalho. Mas antes,
precisamos entender o que configura trabalho escravo na contemporaneidade. Segundo a OIT, é
considerado escravo todo o regime de trabalho degradante que prive trabalhador de sua liberdade,
expostos a condições péssimas de trabalho, condições de moradias, bem como falta de esgoto, água
potável, entre outros. Além de ter outras práticas como a retenção de documentos do trabalhador,
forçando a trabalhar nas condições posta. Essa situação é muito comum no campo brasileiro,
infelizmente. A fiscalização do ministério do Trabalho atua em muitas fazendas de café e cana-de-
açúcar no país. E por último é o trabalhador boia-fria, que é conhecido como aquele trabalhador que
acorda cedo (normalmente na madrugada) para pegar conduções, juntamente com suas marmitas
e garrafas de água, com destino à zona rural para trabalhar nas plantações. Essa atividade é sazonal
e foi muito praticado um tempo atrás no país. Entretanto, as condições de muitos trabalhadores,
mesmo com a fiscalização dos órgãos oficiais e denúncias, ainda são muito semelhantes aos mesmos
boias-frias de tempos atrás das fazendas de cana-de-açúcar.

Gabarito: Errado

25.
No processo de modernização no campo, o pequeno agricultor vê-se excluído da dinâmica das
atividades agrícolas em função do baixo volume de produção por este alcançado.
Comentários
Podemos dizer que, entre os efeitos da mecanização do campo, destacam-se as mudanças nas
relações de trabalho, o êxodo rural, o aumento da produtividade, o aumento do desemprego no
campo e a concentração de terras no país. A maior presença das máquinas no espaço rural alterou
a dinâmica do espaço agrário, pois ela interfere na presença da mão de obra, pois demanda cada
vez uma mão de obra específica: a especializada, e um menor número de trabalhadores. Além disso,
modifica a relação entre o campo e a cidade, pois é a cidade que fornece os equipamentos, as
máquinas, os insumos, a mão de obra técnica e qualificada, entre outros elementos. Assim, a
modernização do campo contribui para o aumento do desemprego estrutural, conforme falado
anteriormente, na produção agropecuária, desencadeando a substituição dos trabalhadores por
máquinas (colheitadeiras por exemplo). Frente a esse processo encontra-se o pequeno produtor
que, muitas vezes não possui condições de se modernizar, de adquirir máquinas, insumos, e possuir
imites de créditos e subsídio para aumentar sua produção e competitividade com o agronegócio. A

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marginalização dentro dessa dinâmica no campo faz com que a permanência e existência desses
pequenos agricultores fiquem cada vez mais difícil.
Gabarito: Certo

26. (CESPE - 2010 - MPU - Analista - Geografia)


Com base nos dispositivos legais, julgue o item que se segue, a respeito de licenciamento e
delimitação de APP.
Para regularização fundiária sustentável de área urbana, a intervenção na vegetação ou a sua
supressão em APP pode ser autorizada, pelo órgão ambiental competente, nas áreas ocupadas
por população de baixa renda, predominantemente residenciais e incluídas no plano de
regularização fundiária sustentável do município.
Comentários
As intervenções nas Áreas de Preservação Permanente, em razão de sua função ambiental, são de
utilização muito restrita. Contudo, elas não são intocáveis, conforme aponta o Ministério do Meio
Ambiente (MMA), mas apenas em alguns casos. Em caso de utilidade pública, interesse social ou de
baixo impacto ambiental, as intervenções podem ser feitas nas APP´s. As Áreas de Preservação
Permanente forma instituídas pelo Código Florestal em 2012 (Lei nº 12.651) caracterizadas por
espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser
público ou privadas, urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetações nativas, conforme aponta o
MMA.
ANTES DO CÓDIGO FLORESTAL, VIGÊNCIA DA RESOLUÇÃO DO CONAMA 369/06
Conforme Art. 9 º da resolução CONAMA 369/06 (ATENÇÃO, REPARE QUE A RESOLUÇÃO É DE 2006)
que regulamenta os casos de supressão de APP:
Art. 9º
A intervenção ou supressão de vegetação em APP para a regularização fundiária sustentável de área
urbana poderá ser autorizada pelo órgão ambiental competente, observado o disposto na Seção I
desta Resolução, além dos seguintes requisitos e condições:
I - ocupações de baixa renda predominantemente residenciais;
- A elaboração da questão e aplicação da mesma → Ano de 2010 (Assim, a questão estava
CORRETA)
- Código Florestal → maio de 2012, Lei nº 12.651 que REVOGA A RESOLUÇÃO DO CONAMA 369/06
(Assim, a questão atualmente CONTINUA CERTA DE ACORDO COM O ARTIGO 3º, NO INCISO IX,
letra d, abaixo destacado:
Lei 12.651/2012:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
VIII - utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

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b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário
aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, energia, telecomunicações, radiodifusão, bem como
mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir
alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

IX - interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo,
controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades
tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas
urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em
áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009;
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos
são partes integrantes e essenciais da atividade;
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente;
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir
alternativa técnica e locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:


a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao
acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal
sustentável;
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do
direito de uso da água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e
tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores;
f) construção e manutenção de cercas na propriedade;
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável;
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada
a legislação específica de acesso a recursos genéticos;
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetais, desde que não implique supressão
da vegetação existente nem prejudique a função ambiental da área;
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos florestais não
madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área;
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do
Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm

Gabarito: Certo
(CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência)
A respeito da dinâmica do agronegócio brasileiro, julgue os itens que se seguem.

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27.
A partir da adoção de políticas públicas de ocupação do território nacional durante o regime
militar, a fronteira agrícola expandiu-se para o Centro-Oeste, que passou a ser visto como
“celeiro do mundo”, destinado à produção de commodities como as do complexo grão carnes
e à agropecuária em larga escala.
Comentários
Um breve panorama histórico. A partir da década de 1960 a integração nacional entrou em uma
nova fase, com investimentos em outras regiões do país, com estímulos dados pelo governo federal
num processo de descentralização industrial. Nessa fase, foram criados vários órgãos como a
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), Superintendência do
Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO) e Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
(SUDAM) com o intuito de desenvolver as diversas Regiões do território nacional. A construção de
Goiânia (pouco falado na historiografia) e a inauguração de Brasília em 1961 foram fatores
importantes na ocupação do Centro-Oeste. Os investimentos em infraestruturas, transportes
integrando as regiões aos centros mais dinâmicos foram fundamentais nesse processo. A construção
de rodovias, como a BR 364 (Brasília - Cuiabá), a BR 153 (Goiânia – São José do Rio Preto), a BR 163
(Cuiabá – Santarém), e a BR 364 (Cuiabá – Porto Velho) são exemplos de integração desses centros
dinâmicos. Já nos anos de 1970 foram colocados em prática diversos programas que contribuíram
para formação da estrutura produtiva e urbanização do Centro-Oeste, tais como a criação do
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), o Conselho de Desenvolvimento da Pecuária de Corte
(CONDEPE), o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (POLOCENTRO), o Programa Especial de
Desenvolvimento do Pantanal (PRODEPAN), o Programa Especial de Desenvolvimento da Grande
Dourados (PRODEGRAN), o Programa Especial de Desenvolvimento da Região Geoeconômica de
Brasília (PERGEB), a constituição das empresas de pesquisa estatais como a EMBRAPA e EMATER, e
ainda muitos outros, foram capaz de fazer com que a região passasse a atuar como fronteira agrícola
e consequentemente, atrativos populacionais, sendo até hoje uma das regiões que mais cresce no
país. Todos esses fatores foram fundamentais na estruturação da região como um ´´celeiro do
mundo``, conforme aponta a questão, atuando no cenário globalizado integrado nos setores
essenciais da economia mundializada. A atuação no mercado internacional com a venda de
commodities, como uma das maiores produtoras de soja, cana-de-açúcar, milho, entre outros
produtos importantes, fez com que a região Centro-Oeste estabelecesse forte posição
economicamente.
Gabarito: Certo
28.
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por conflitos entre assentados
e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos
recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.
Comentários
O espaço da Amazônia Legal, que nos anos dos governos militares tornou-se meta de grandes
contingentes de colonos vindos do Sul e Nordeste, vem se alterando continuamente, numa área de

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muitos conflitos fundiários. O acesso a propriedade rural, assim como as tecnologias, os créditos
agrícolas, os insumos, entre todos os outros elementos que estão vinculados a produção agrícola, é
cada vez restrito à grandes produtores articulados com grandes empresas que passaram a atuar na
produção agropecuária.
A mineração é outro grande problema abordado na questão. Muitas áreas de conflitos entre as
empresas mineradoras, como a Vale, e outros mineradores, de um lado, e de outro a população local
e muitos povos indígenas, que sofrem em seus territórios a possibilidade de desapropriação de áreas
destinada para exploração desses recursos minerais, como é o caso recente ocorrido no então
governo Temer em 2017, na Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados), muito rica em ouro e
outros minérios e tem grandes reservas naturais e terras indígenas. Outro caso de grandes conflitos
é na mina de níquel Onça Puma, localizada em Ourilândia do Norte, no Pará, que teve suas atividades
suspensas por contaminação das águas do rio Cateté, utilizado pela comunidade indígenas Xikrin
para pesca, banho e outras atividades.
Assim, o espaço Amazônico passa de um espaço de possibilidades de resoluções de conflitos no
campo atrelado com o fluxo migratório de outras regiões, de trabalhadores rurais sem-terra, onde
a terra tem um significado simbólico de ´´todos``, passa a ser área de reprodução e produção desses
conflitos fundiários, consequência do avanço cada vez maior dar fronteira agrícola e do arco do
desmatamento. Sem muitos incentivos, créditos, condições, a população de trabalhadores rurais
que migram em busca de melhores condições de vida acaba se marginalizando em áreas das cidades
ou vilarejos típicos nessa região. Um exemplo é o caso de Juriti, também no Pará, onde a população
era de 10mil e após o inicio da exploração mineral saltou para 20mil habitantes. Esse aumento na
população gera grandes problemas pois demanda mais serviços básicos como saúde, educação,
infraestrutura, entre tantos outros. Além do aumento da criminalidade.

Gabarito: Certo

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29. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Julgue o item subsequente, a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.

A agricultura científica e o agronegócio têm impacto direto na concentração fundiária e no


mercado de trabalho no campo, pois as empresas agrícolas compram ou arrendam vastas
extensões de terra para o cultivo e geram empregos especializados, impondo novas relações
de trabalho para os agricultores, que não têm condições técnicas e financeiras para competir
com esse modelo de agricultura.
Comentários
As transformações que ocorreram no mundo do trabalho nas últimas décadas podem ser observadas
também no espaço rural, que teve significativas alterações nas relações. A utilização cada vez mais
crescente de máquinas no campo, fez com que a demanda de trabalhadores alterasse. O perfil que
o agronegócio exige é o trabalhador qualificado, ou seja, aquele que possui formação específica para
atender as exigências do mercado: agrônomos, médicos veterinários, zootécnicos, economistas,
administradores, entre outras profissões que não exige formação superior, mas uma formação
especializada, como mecânicos, piloto de avião, operador de máquinas, etc. Assim, muitos
trabalhadores que atuava no campo com trabalho manual teve seus empregos substituídos,
acompanhado pelo processo de mecanização. Inclusive, observa-se dificuldades destes empregados
em se reintegrarem a outros setores, pelo baixo nível de escolaridade e pouca capacitação.
Contudo, há de se lembrar que o trabalho manual não foi extinto no meio rural, mas a sua demanda
sim. Mesmo com a crescente oferta para profissionais altamente qualificados ou para cargos de
liderança, puxados pela expansão do agronegócio, áreas como pecuária de corte, de leite e
sucroenergética ainda buscam mão de obra primária (sem qualificação) no mercado. Segundo dados
da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), nas regiões Nordeste, Sudeste
e Centro-Oeste ainda existe muito trabalho manual, como por exemplo nas lavouras de canas
nordestinas. E segundo os dados do Cadastro Geral de Empregos e desempregados (Caged), órgão
ligado ao Ministério do Trabalho, mostram que as contratações na agropecuária são sazonais, ou
seja, em determinadas épocas do ano, e o período em que o setor mais emprega é no início e no
meio do ano. Esse Movimento sazonal das culturas gera a característica do setor, com muitos
contratos de curto prazo, que viabiliza a informalidade, outro elemento encontrado no espaço
agrário brasileiro. Os trabalhos informais são portas abertas para trabalhos de forma degradante
que podem levar ao trabalho escravo no campo.

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Gabarito: Certo
30. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)
Julgue o item subsequente, a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.
A internacionalização da agropecuária brasileira ainda é totalmente dependente de
investimentos de conglomerados e empresas estrangeiras que compram empresas nacionais
do setor e terras para cultivo.
Comentários
Precisa ficar de olho quando a questão generaliza. Sempre tende a ser errada. Nesse caso, o fato
está em dizer que a internacionalização da agropecuária brasileira ainda é TOTALMENTE dependente
de investimentos de conglomerados e empresas estrangeiras. Apesar do mercado nacional ter uma
intima relação com o mercado agropecuário mundial, pois grande parte de sua produção é voltada
para a exportação, a maior parte dos investimentos atuais no agronegócio brasileiro é nacional.
Investimentos e créditos agrícolas subsidiados por bancos nacionais e empresas do ramo possibilita
o desenvolvimento do setor. No país, o agronegócio representa fonte de 21% do PIB, com a
produção de 2018 de 226,5 toneladas, mesmo com redução de 5,9% comparado com 2017, ainda
apresenta grande papel para a relevância do país no cenário mundial. Contudo, deve ser observado
com relação a sua dependência de insumos internacionais. O país ainda importa cerca de 75% desses
insumos. Conforme cresce a safra, sobem também os números que amarram a produção do país aos
mercados internacionais.
Gabarito: Errado
31. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)
Com referência à divisão inter-regional do trabalho e da produção no Brasil, julgue o item a
seguir.

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As atividades corporativas de empresas nacionais e internacionais (produção, circulação,


distribuição e consumo) integram partes expressivas do território brasileiro, por meio de redes
de infraestruturas, de informação e comunicação.
Comentários
Não se deixe enganar pela questão e pelo senso comum. O país é um grande potencial econômico e
possui integração territorial fruto de políticas de estado feita principalmente após 1930. Atualmente
o país possui um complexo parque industrial, apesar de estar concentrado sobretudo nos estados
do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas do país. Esta região possui a economia mais diversificada
do país, com intensas atividades econômicas, com o maior aproveitamento de terras para agricultura
e pecuária, com uma elevada taxa de industrialização e urbanização. Essa região também é
responsável por produzir a maior parte do produto interno bruto, liderando a produção nacional em
todos os setores brasileiros. As industrias que se destacam é a metalurgia, automobilística, têxtil,
petroquímica e de aviação. Mesmo com o importante eixo econômico entre São Paulo, Rio de
Janeiro e Belo Horizonte, a região conta com outros polos industriais importantes como Volt
Redonda, Timóteo, Goiânia, Brasília, Curitiba, Campinas, entre outros. A agricultura e o agronegócio
são elementos importantes no processo de integração da região, sendo base da economia no nosso
país. O país é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo. A produção energética no país é
uma das melhores, colocando o país como uma das potências energéticas do mundo. Toda a
produção é integrada com uma infraestrutura de transporte. Temos a 4º maior malha rodoviária do
mundo. Esse transporte é o principal sistema logístico, por onde passam mais de 60% de toda a carga
movimentada no território brasileiro. Atualmente o país é o 8º maior mercado da indústria
automobilística do mundo. Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil tem no setor de
telecomunicações um forte papel no que tange a integração dos diversos setores sociais e
econômicos. Esse setor que engloba os serviços de telecomunicações, serviços de valor agregado e
produtos utilizados para a prestação destes serviços, de acordo com o IBGE, possui uma rede que
possibilita a integração nacional, tendo como base a informação.
Gabarito: Certo
32. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)
Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Ainda com relação à fronteira agrícola moderna, é correto afirmar que a construção de Brasília
possibilitou

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A) a concentração da maior parcela da produção agrícola no centro-norte do país, a partir da


década de 70 do século XX.
B) a formação de uma rede urbana brasileira sustentada por novas relações de trabalho
advindas do contato entre o campo e a cidade, a partir da década de 70 do século XX.
C) a construção de ferrovias para o escoamento da produção.
D) a integração nacional por meio da navegação de cabotagem.
E) a transformação do Centro-Oeste em centro decisório econômico relativo à exportação da
produção agrícola.
Comentários
Apesar da construção de Brasília ser um fator de importante análise e integração da região, sendo
inclusive uma importante zona industrial no país, e ainda, algumas outras áreas no estado de Goiás,
a urbanização, e principalmente da região Centro-Oeste, está relacionada com as relações de
produção agrícola e as práticas agropecuárias.
A população da região apresentou um rápido crescimento vegetativo, após década de 1960, e
continua apresentando crescimento desde então. Nas últimas décadas houve uma forte explosão
demográfica intensificada sobretudo pela modernização e expansão das atividades agropecuárias,
com construção de uma forte infraestrutura de transporte, integrando o setor aos principais portos
e zonas econômicas do país. Esse processo facilitou a ocupação da região nas áreas próximas as
rodovias que cortam os estados, e integrou o sistema agrícola aos setores econômicos e industriais
do país. A inserção de máquinas resultado do processo de modernização do campo, fez com que
muitas pessoas deixassem o campo, devido a falta de empregos, em busca de melhores condições
de vida e trabalho nos centros urbanos. O processo do êxodo rural ocorrido resultou no rápido
crescimento da população que ocupou os centros urbanos, e até mesmo o aparecimento de novas
centralidades urbanas. Projetos de incentivo ao povoamento também foi um elemento importante
no impulso da elevação do número de habitantes, com créditos e preços baixos da terra, facilitando
o seu acesso.
A – Incorreto. Não há concentração da maior parcela da produção agrícola no centro-norte do país,
a partir da década de 70 do século XX. Ao contrário, a região norte é uma das regiões menos ocupada
devido a presença da Floresta Amazônica, que é um fator natural de barreira para o processo.
C – Incorreto. No país, o investimento em ferrovias durante 100 anos foi praticamente o mesmo,
não alterando o quadro ferroviário no Brasil.
D – Incorreto. Apesar de ser um modal muito importante para o país, visto que a grande parcela da
população e concentração de industrias no Brasil estar próximos a áreas litorâneas, a cabotagem
representa apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte de carga.
E – Incorreto. A região é a maior produtora agrícola do país, contudo as decisões econômicas e a
maior parte das empresas ligadas a agroindústrias possui sede em São Paulo, sendo esse o centro
decisório econômico do setor.

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http://www.tecnologistica.com.br/portal/artigos/66018/um-retrato-da-navegacao-de-cabotagem-no-brasil/

Gabarito: B

33. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)


Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, e considerando os múltiplos aspectos que ele
suscita, assinale a opção correta.
A) Com o avanço da fronteira agrícola moderna, emergiram novas cidades brasileiras, nas quais
passou a ocorrer uma inversão: o campo tornou-se menos funcional para as cidades e as
cidades tornaram-se funcionais para o campo.
B) A fronteira agrícola moderna se configurou mais intensamente em São Paulo que nos demais
estados.
C) Entre os serviços ofertados pelas cidades do agronegócio, destaca-se a comercialização dos
grãos realizada pelos escritórios comerciais importadores das grandes empresas (tradings).
D) A difusão do meio técnico científico-informacional, em determinadas regiões de fronteira
agrícola moderna, propiciou que ações e objetos agregassem valor fundamentado no
desenvolvimento da ciência e da informação, contudo essa difusão não favoreceu a
proliferação de serviços com múltiplas especializações.
E) No caso da região pantaneira brasileira, a integração territorial promovida pela construção
das rodovias, associada à inexistência de heranças territoriais de grande monta, facilitou a
rápida difusão da agricultura moderna nessa área.

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Comentários
A cidade tornou-se o centro da realização da produção agrícola moderna. São nelas que a
quantidade e a qualidade dos consumos produtivos e consumptivos associado ao poder de
interconexão com os demais centros é que vai redefinir a nova hierarquia urbana na fronteira
agrícola moderna, de acordo com Samuel Frederico, autor do texto citado. Algumas cidades tornam-
se novos centros enquanto outras perdem a posição exercida em períodos anteriores. Essa nova
estruturação é acompanhada de uma maior especialização dos núcleos urbanos, aprofundando a
divisão territorial do trabalho e acarretando na necessidade da criação de mais fluxos.
B – Incorreto. De acordo com o próprio texto (na integra), “a expansão da fronteira agrícola moderna
ocorreu principalmente em direção às áreas de Cerrado, também conhecidas como polígono dos
solos ácidos ou planaltos tropicais interiorizados”.
C – Incorreto. As cidades do agronegócio não são importadoras e sim EXPORTADORAS de grãos.
D – Incorreto. O final da afirmativa está errado, isto é, FAVORECEU a especialização funcional dos
novos objetos e ações.
E – Incorreto. O erro está em dizer “à INEXISTENCIA de heranças territoriais de grande monta”, o
que não é verdade.
Fonte: FREDERICO, Samuel. As cidades do agronegócio na fronteira agrícola moderna brasileira.
http://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/1933/1813
Gabarito: A
(CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)
O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu valor
agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens seguintes,
acerca da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.

34.
Característica marcante do atual período da agricultura brasileira é a ocupação de milhões de
hectares de cerrado pela agricultura moderna globalizada, ao mesmo tempo em que se
aprofundam a divisão territorial do trabalho, os conflitos envolvendo povos e comunidades
tradicionais, o uso intensivo dos recursos naturais e a perda de biodiversidade.
Comentários
Os efeitos do desmatamento na nova fronteira agrícola do Cerrado atualmente têm chamado
atenção dos ambientalistas e especialistas da área. Formada pelo maranhão, Tocantins, Piauí e
Bahia, os quatros estados forma a parte norte do Cerrado batizada pelo Ministério da Agricultura,

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Pecuária e Abastecimento (Mapa) de Matopiba. Os quatros foram responsáveis por 65% do


desmatamento do Cerrado verificado pelo MMA entre 2009 e 2010. O interesse dos investidores
agrícolas é motivado pelas condições edafoclimáticas (do solo e do clima) favoráveis e pela posição
geográfica estratégica, como por exemplo, em Tocantins, ao centro do Brasil. Caracterizadas pela
alta incidência solar, as terras tocantinenses recebem chuva de dezembro a maio e costumam sofrer
uma longa estiagem nos demais meses.
Desde a colonização portuguesa, a posse e o domínio das terras brasileiras foram concentrados em
latifúndios espalhados pelo país. Tal situação é consequência do processo histórico de ocupação do
território nacional, que teve sua base erguida no latifúndio monocultor e escravista. Contudo, o
cenário descrito na questão aponta para o processo de modernização do campo brasileiro ocorrido
essencialmente após a década de 1970. A mecanização e a utilização cada vez maior de máquinas
no espaço rural do país, fez com que a demanda por empregos diminuísse cada vez mais, e
consequentemente a dificuldades da população camponesa em se manter no campo foi
aumentando. O êxodo rural é consequência desse processo. Além disso, o pequeno produtor
também encontrou grandes dificuldades em se manter no campo, vendendo suas terras para os
grandes produtores e migrando para as cidades. Esse processo concentrou ainda mais a terra em
uma pequena parte da população rural
Gabarito: Certo
35.
Para atender, principalmente, ao mercado internacional, adotam-se, nas áreas do bioma
Cerrado, os modelos de ocupação do território e de produção desenvolvidos pelo agribusiness
nos países centrais do capitalismo global, que favorecem a produção em larga escala, intensiva
em tecnologia, a partir dos latossolos de média e alta fertilidade.
Comentários
No Gabarito consta que a assertiva está correta, no entanto, está errada. O erro está em dizer que
o latossolo possui média e alta fertilidade. O Cerrado é composto por diferentes tipos de solos, que
estão relacionados com a questão climática, bem como a formação vegetal e sua formação
geológica. De uma maneira geral, os solos do Cerrado são predominantemente dos Latossolos. Esse
tipo de solo é característico pela sua acidez e baixa fertilidade. De acordo com o site da Embrapa:
Os latossolos são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas,
representado normalmente por sua baixa a média capacidade de troca de cátions. Mais de 95%
dos latossolos são distróficos e ácidos, e teores de fósforo disponível extremamente baixos. Em
geral, são solos com grandes problemas de fertilidade

O fato de o relevo do Cerrado ser antigo, significa que os seus solos foram bastante
trabalhados pelos agentes do intemperismo (clima, água, vento, etc). O processo de lixiviação –
lavagem da camada externa do solo pela água das chuvas – o que diminui a sua fertilidade ao longo
do tempo. Contudo, a ausência de fertilidade dos solos foi resolvia na caricatura atrás de estudos e
pesquisas feito pela Embrapa, e por intermédio de aplicação de técnicas de manejos específicas
como a calagem (correção da acidez por meio do calcário), adubo de potássio, fosfato, entre outras.
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_96_10112005101956.html

Gabarito: Errado

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36.
As regiões produtivas do agronegócio brasileiro são competitivas no mercado global de
commodities e caracterizadas pela especialização produtiva que atende a parâmetros
internacionais de qualidade e de custos.
Comentários
A posição do Brasil como um dos países da produção global e o crescente aumento de sua influencia
no cenário internacional devem-se, em grane medida, à competitividade de suas exportações.
Atualmente o país é o 3º maior exportador do mundo, e elas têm papel crucial na política econômica
do Brasil, em especial porque o saldo comercial positivo representa um importante fator de
equilíbrio da balança de pagamento. Em geral, o bom desempenho da economia brasileira, dentre
os diversos fatores que influem no progresso desses índices, se deve a essas exportações de
commodities, puxados pela soja (maior produtor e exportador atualmente deste produto), cana-de-
açúcar, milho, café, entre outros. As commodities representam cerca de 65% do volume exportado,
enquanto os produtos manufaturados representam 35% restantes. A capacidade de preservação de
uma estrutura produtiva do país se deve a diversificado, denso, complexo e competitivo sistema.
Contudo, existem alguns gargalos relacionados a competitividade dos exportadores, alguns deles:
macroeconômicos, infraestrutura, burocracia, custo de logística e transporte, acesso a
financiamentos para exportação e entraves tributários.
Gabarito: Certo

37. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Foi a partir da realização da Conferência Eco 92, da qual resultou o Tratado de Quioto (em
1997), que a busca por energia menos poluente e renovável tornou-se uma prioridade em
alguns países, como a China e o Japão, que passaram a adicionar álcool (etanol anidro) à
gasolina, na busca de diminuir o uso do petróleo e a emissão de monóxido de carbono, um dos
gases responsáveis pelo efeito estufa. A partir daí, iniciou-se uma fase de preocupação mundial
pela proteção ambiental, por meio da criação de políticas e acordos internacionais,
principalmente no que se refere ao aquecimento global.
Lara C.G. Ferreira. As paisagens regionais da microrregião Ceres (GO) – das colônias agrícolas
nacionais ao agronegócio sucroenergético. Brasília, Tese de Doutorado, UnB, 2016.

Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando os múltiplos temas por ele
evocados, julgue (C ou E) o item a seguir.
No Brasil, o setor sucroalcooleiro, além da produção de açúcar e álcool, tem intensificado a
geração de energia a partir da queima da biomassa da cana, o que representa uma alternativa
ao tradicional modelo de energia hidrelétrica.
Comentários
O Brasil é destaque global no uso de biomassas. Dentre as fontes para a produção de energia, a
biomassa apresenta grande potencial, e é considerada como uma alternativa viável para a

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diversificação da matriz energética do país, em substituição aos combustíveis fósseis, como petróleo
e o carvão. Com uma demanda cada vez maior por energia e com um menor impacto ambiental,
reforça a necessidade de obtenção de fontes alternativas, limpas e renováveis de energia. Nesse
sentido, a busca por outras fontes tem destaque na energia termelétrica. Dentre as matérias-primas
utilizadas nas usinas termelétricas, a biomassa tem se destacado como um produto renovável e com
elevado potencial de uso na geração de energia elétrica. De acordo com o Ministério de Minas e
Energia, biomassa é toda matéria orgânica não fóssil, de origem animal ou vegetal que pode ser
utilizada na produção de calor, seja para uso térmico industrial, seja para geração de eletricidade
e/ou que pode ser transformada em outras formas de energia sólidas (carvão vegetal, por exemplo)
líquidas (etanol, biodiesel) e gasosas. Nesse contexto, o recente setor sucroenergético vem se
destacando como fornecedor da matéria-prima para produção de etanol, mas também pelos
produtos secundários gerados no processamento da cana-de-açúcar.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/infraestrutura/2011/12/brasil-e-destaque-global-no-uso-de-biomassa

Gabarito: Certo

38. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


No atual período histórico, caracterizado pela forte internacionalização do modo de produção
capitalista, importantes transformações de ordem técnica, política e econômica têm
promovido intensa reestruturação produtiva e regional do Brasil e do mundo. A intensificação
do poder das empresas transnacionais sobre o espaço mundial é uma dessas manifestações.
Iná Elias de Castro. Política pública e conflito no espaço urbano. In: GEOgraphia, ano 18, n. º
36, 2016 (com adaptações).
Considerando esse texto, julgue o item a seguir.
Em contraponto ao processo de modernização produtiva, o setor agropecuário no Brasil
mantém uma estrutura baseada na produção para a exportação sem a agregação de valor,
representada pelo processo parcial ou total de transformação pela indústria nacional.
Comentários
O erro está em dizer que o Brasil mantém uma estrutura baseada na produção para a exportação
SEM A AGREGAÇÃO DE VALOR, o que não é verdade. O que acontece é que a base das exportações
brasileiras é baseada em matérias-primas, como soja, minerais, e cada vez menos produtos de valor
agregado, como os que demandam tecnologia. Segundo estudo do IPEA, a perda de competitividade
e de mercado das exportações brasileiras de produtos com valor agregado se acentuou com a crise
global, que iniciou em 2008, além da forte participação a China no mercado mundial. Ainda segundo
o estudo, nos últimos anos, as exportações brasileiras de matérias-primas e insumos básicos
cresceram muito acima daquelas de maior valor agregado dentro da mesma cadeia produtiva. E
ainda, o Brasil possui uma baixa política industrial e comercial que permita ampliar a escala de
produção de bens de maior valor agregado, além de um sistema tributário que onera produtos mais
elaborados e ausência de ações de política industrial estão contribuindo para a manutenção desse

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sistema de exportação característico do país, fazendo com que o Brasil continue a ser um exportador
de produtos de menor valor agregado.
Gabarito: Errado

39. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


Julgue o item a seguir, relativo à interação entre sociedade e natureza.
O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo, o que está relacionado à
contaminação dos solos. Antes de o Brasil assumir essa posição, a China era o maior
consumidor desses produtos.
Comentários
Brasil lidera o ranking de maior consumidor de agrotóxicos do mundo, em 2018, liderança de 10
anos seguidos. Anteriormente quem ocupava essa posição era os Estados Unidos, que está em
segundo lugar hoje. Todos os anos são utilizados cerca de 7,3 litros de agrotóxicos por pessoa no
país. Além disso, o Brasil consome agrotóxico que já foram proibidos em vários outros países.
O Ministério da Saúde em seu relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populções expostas a
Agrotóxicos, constatou que as vendas aumentaram em 90,5% nos últimos anos, enquanto a área
plantada cresceu apenas 19,5%, ou seja, um crescimento desproporcional, sugerindo uma maior
exposição da população brasileira à contaminação. O Glifosato é o agrotóxico mais utilizado no
Brasil, sendo classificado como provavelmente cancerígeno pela Agencia Internacional de Pesquisa
em Câncer.

Gabarito: Errado

40. (CESPE - 2016 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos
comerciais que elas provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser
abstraída da lista das forças às quais deve ser imposta a adaptação dos mais fracos e
desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital.São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).

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Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item


subsequente.
A agricultura moderna brasileira elabora usos e apropriações da terra com reduzida demanda
de recursos hídricos e maximização da fragmentação do território nacional.
Comentários
A agricultura é a atividade econômica que mais demanda água em todo o planeta, totalizando em
média um montante de 70% de toda a água consumida no planeta, segundo dados da FAO. Já no
Brasil, o valor de consumo é de 72%. Além de mais consumir água, é a atividade que mais desperdiça
água. Ainda segundo a FAO, quase metade de toda a água empregada no campo é desperdiçada e,
caso a redução fosse de 10% do consumo, a quantidade de água seria suficiente para abastecer duas
vezes a população do planeta. E a tendência é de aumento. Segundo estimativas, em 2025 o
consumo será elevado em até 50% nos países em desenvolvimento. No país, a irrigação é
responsável pelo maior consumo de água, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA). Outro
ponto é o fato de a questão trazer a fragmentação do território nacional, o que também não é
verdadeiro. A intenção dos setores é a integração cada vez maior do processo produtivo,
evidenciado inclusive em políticas públicas de ordenamento do território.
Gabarito: Errado

41. (CESPE - 2015 - MPOG - Geógrafo)


A respeito dos efeitos da reestruturação produtiva no território brasileiro, que ocorreu como
consequência da revolução tecnocientífica informacional, a partir da segunda metade do
século XX, julgue o próximo item.
Fatores como altos custos de transporte, barreiras impostas pela legislação ambiental e
dependência da importação de tecnologias relacionadas à produção agrícola limitaram a
expansão do agronegócio no território do Brasil, que, por sua vez, reorganizou o seu sistema
produtivo agropecuário de maneira superficial, de forma a manter precários o latifúndio e as
relações de trabalho no campo.
Comentários
O agronegócio é responsável por 22% do PIB nacional, impulsionando a economia do Brasil, que tem
como base o setor da agricultura. Outro fator importante de se analisar é o fato de que o
agronegócio é responsável por mais da metade das exportações brasileiras, tendo como principal
produto a exportação de commoditie tais como soja, cana-de-açúcar, milho, café, entre outros
produtos. A produção industrial voltada para atender o mercado da agricultura também é
impulsionado pela crescente demanda no processo de mecanização e modernização do campo
brasileiro. O agrobusiness engloba um conjunto de seguimentos de insumos para a agropecuária
(fertilizantes, medicamentos veterinários, sementes, etc), produção básica (feita ainda no campo),
agroindústrias (processamento de leite, produtos vegetais) e agrosserviços (unidade de
beneficiamento, prestações de serviço, unidades de comercialização e distribuição, etc). Nesse
contexto, o agronegócio é responsável pela integração de diversos setores da economia no país, que
estão diretamente relacionados aos produtos e subprodutos advindos das atividades agrícolas ou

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pecuária. Dentro desse contexto, a questão erra ao dizer que as barreiras impostas pela legislação
ambiental e dependência da importação de tecnologias relacionadas à produção agrícola limitaram
a expansão do agronegócio, que por sua vez reorganizou o seu sistema produtivo agropecuário de
maneira superficial. Ao contrário, conforme observamos anteriormente.
Gabarito: Errado

42. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B - Ensino Fundamental e Médio - Geografia)


A respeito das recentes transformações do espaço agroindustrial brasileiro, julgue o item que
se segue.
A agropecuária modernizou-se pela integração ao conjunto da economia, em especial, ao setor
industrial.
Comentários
As atividades agrícolas após a década de 1950 passou por profundas transformações no processo
que resultou na sua modernização, tendo como consequência uma maior produtividade do setor. O
processo ocorreu no Brasil de forma mais intensa após 1970, que envolveu um grande aparato
tecnológico provido de variedades de plantas modificadas geneticamente em laboratórios, chamado
de OGMs – organismos geneticamente modificados – espécies agrícolas que foram desenvolvidas
para alcançar alta produtividade, uma série de procedimentos técnicos com uso de defensivos
agrícolas e de uma grande presença de máquinas no campo. Todo esse setor foi beneficiado com o
apoio da indústria, integrando no sistema agropecuário com um forte apoio tecnológico. A
integração da agropecuária é o núcleo do sistema agroindustrial, interligando setores a montante,
responsável pelo provimento de insumos, de máquinas e implementos para a produção
agropecuária (indústria para agricultura) e com setores a jusante, responsável pelo processamento,
beneficiamento, transformação da produção agropecuária (agroindústria) e pela distribuição,
comercialização, armazenamento e transporte das produções agropecuárias, além de outros
serviços associados ao agronegócio.
Gabarito: Certo

(CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil, terceira maior potência mundial agropecuária, enfrenta desafios logísticos, de
infraestrutura e legais para continuar a crescer nesse setor, competindo internacionalmente.
No que se refere a esse assunto e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue (C ou E) os
itens a seguir.

43.
Denominam-se demandas corporativas os investimentos públicos que, na visão política
nacional, são destinados a superar as deficiências em transporte, conferir competitividade e
promover o crescimento sustentável do país, a partir do investimento estatal no setor de
logística, considerado área estratégica de segurança nacional.

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Comentários
O crescimento econômico nacional se encontra com alguns problemas, muito por conta da defasada
infraestrutura logística brasileira. A pouca eficiência dessa área dificulta os diversos objetivos de um
país em se desenvolver, ajudados pela atual crise que o país passa. Muitas empresas e industrias
procuram ofertar seus produtos e serviços de modo mais rápido, barato e melhor que seus
concorrentes, afim de ternar mais competitivo. No entanto, para que isso aconteça, exige-se uma
boa infraestrutura dos modais de transporte, afim de otimizar a logística, uma vez que eles
determinam o tempo de entrega e o valor final dos custos da operação dos produtos. Deste modo,
algumas iniciativas estão sendo implementadas por meio do Plano Nacional de Logística e
Transporte (PNLT) que tem como objetivo melhoramento dos modais, principalmente das rodovias
e ferrovias. A integração do público e do privado, ou seja, governos e empreendedores estão
investindo em novas tecnologias para maior interação da cadeia produtiva, que auxilia na
competitividade. Áreas focadas na otimização da cadeia de suprimentos que atuam para evitar
perdas e melhorar o tempo de resposta e entrega, sem comprometer a qualidade. Contudo, os
modais de maneira geral no panorama nacional, necessitam que o governo implemente melhorias
que se adequem as suas deficiências, sendo o modal mais utilizado o rodoviário. Apesar de o nosso
país possuir uma extensa malha rodoviária (a 4ª maior do mundo), ainda estamos longe quando
comparamos com outros países. Além dos desgastes de muitos pavimentos, excesso de peso dos
caminhões, esse modal tem apenas 12,6% de suas estradas pavimentadas, o que piora o quadro
brasileiro e ainda eleva os custos logísticos de sua utilização. A precariedade das estradas não
oferece segurança ao transporte. Por outro lado, a privatização dos pedágios onera esse tipo de
transporte, aumentando o curso de frete no transporte da produção.
Gabarito: Certo

44.
O atual modelo de uso do território brasileiro é marcado por uma regulação híbrida, cabendo
tanto à iniciativa privada quanto ao poder público as ações de planejamento e execução de
obras para escoamento da produção, por exemplo.
Comentários
O conceito de regulação que a questão traz não é no sentido de legislar, que é apenas cargo do setor
público, mas é entendido como algo mais amplo, de ordenar, planejar o território. A parceria entre
os setores públicos e privados tem alcançados resultados satisfatórios no planejamento e execução
de logística para escoamento de produção no país. Segundo estudos, o investimento na logística de
escoamento de safra é em torno de 7-9% do custo total de produção. A aplicação de investimentos
em obras estratégicas e o fortalecimento da logística no país é fundamental para garantir a
competitividade e a expansão da produção de grãos no Brasil. A parceria pública privada, conhecida
como PPP é uma alternativa encontrada por muitos países na busca de fomentar investimentos sem
comprometer os escassos recursos públicos.
Gabarito: Certo

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45.
Os investimentos em infraestrutura no território brasileiro, incluindo energia elétrica e
transportes, mediante privatizações, concessões de serviços públicos a empresas privadas e
parcerias público-privadas, estão se tornando, gradativamente, um problema para o governo
federal em razão do desinteresse de grandes empresas nesse tipo de negócio.
Comentários
A questão erra em dizer que não há interesses de grandes empresas nas privatizações, concessões
de serviços públicos a empresas privadas e parcerias público-privadas. Ao contrário, as empresas
têm interesse sim nesse tipo de negócio. Foi no Governo Collor o primeiro a promover o programa
de privatização do Estado brasileiro, chegando a privatizar 18 empresas públicas brasileiras, sendo
que seu plano chamado de Programa Nacional de Desestatização previa 68 privatizações. A maioria
das empresas foram do ramo de siderurgias. No Governo do Itamar, a continuidade foi dada, com
destaque para a Companhia Siderurgia Nacional e a Embraer. No governo de FHC, as privatizações
ganharam força, com destaque par a Vale do Rio Doce, Telebrás, Embratel, entre outras. Nos outros
governos dos anos 2000 as concessões que tomaram destaque. Lula concedeu diversas rodovias
federais, duas hidrelétricas, entre outros. No governo Dilma, foram 7 rodovias e 6 aeroportos,
incluindo ferrovias e portos. Apesar da vontade de privatizações, o governo Temer não teve tempo
para as ações. No atual governo Bolsonaro, o mapeamento das estatais para privatização já foi
sinalizado. Fato é que, na história recente do país, as empresas sempre sinalizaram o interesse nas
empresas estatais, principalmente nos setores importantes como hidrelétricas e de petróleo. As
empresas chinesas e alemãs já acenaram para diferentes governos o interesse em comprar algumas
hidrelétricas no país, inclusive muitas delas já estão atuando como parte de empresas que abriram
seu capital.
Gabarito: Errado

(CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue os itens.

46.
A partir dos anos 50 do século passado, os países capitalistas desenvolvidos intensificaram o
processo de industrialização da agricultura no mundo subdesenvolvido como parte da
estratégia de revigoramento do capitalismo em âmbito mundial. Esse fato ficou conhecido
como Revolução Verde.

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Comentários
As atividades agrícolas após a década de 1950 passou por profundas transformações no processo
que resultou na sua modernização, tendo como consequência uma maior produtividade do setor.
Dentro do contexto de pós-guerra e na guerra fria, os Estados unidos incentivaram a implementação
de mudanças na estrutura fundiária e nas técnicas agrícolas em vários países desenvolvidos, devido
aos avanços e conhecimentos advindos do pós-guerra. O objetivo da utilização de insumos, segundo
os cientistas da época, era na tentativa de erradicar a fome, aumentando a produção de alimentos
dizimando assim a fome nos países subdesenvolvidos através de um conjunto de práticas
inovadoras. Esse processo ficou conhecido como Revolução Verde e aumentou significativamente a
produção de alimentos no mundo, contudo a fome não acabou. O processo no Brasil ocorreu de
forma mais intensa após 1970, que envolveu um grande aparato tecnológico provido de variedades
de plantas modificadas geneticamente em laboratórios, chamado de OGMs – organismos
geneticamente modificados – espécies agrícolas que foram desenvolvidas para alcançar alta
produtividade, uma série de procedimentos técnicos com uso de defensivos agrícolas e de uma
grande presença de máquinas no campo. Todo esse setor foi beneficiado com o apoio da indústria,
integrando no sistema agropecuário com um forte apoio tecnológico.
Gabarito: Certo

47.
A política de terras no Brasil e a existência da escravidão foram fatores favoráveis à imigração
estrangeira.
Comentários
É preciso estar atento ao que se pede: fatores favoráveis á imigração estrangeira no país, o que não
está relacionado a existência da escravidão. No primeiro caso sim. A política de terras no Brasil,
desde sua colonização com o sistema de Capitanias hereditárias teve como política de povoamento
o repartimento das terras através dos sistemas de sesmarias. Posteriormente, muitos imigrantes
foram atraídos, principalmente na região sul do país, tendo como incentivo a posse de uma pequena
propriedade. Muitos italianos e alemães vieram para o Brasil nesse período, fruto de uma política
de estado que gerou muitos debates. Outro ponto importante para não errar é o fato de a questão
trazer a escravidão como fator de imigração. Vale lembrar que o negro africano foi escravizado, ou
seja, sua vinda para o país foi de maneira forçada. Pela colocação da questão da a entender que esse
tipo de migração é considerado o mesmo tipo de deslocamento migratório. O que não é. Notem que
os motivos do primeiro processo migratório não é o mesmo do segundo.
Gabarito: Errado

48.
No Brasil colônia, a terra era parte do patrimônio pessoal do rei, sendo obtida por meio de
doação. Com a lei de terras de 1850, extinguiu-se o regime de posse, contudo, as terras ainda
foram mantidas como propriedade do Estado e a sua aquisição se dava somente por doação
estatal.

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Comentários
A questão erra ao dizer que “as terras ainda foram mantidas como propriedade do Estado e sua
aquisição se dava SOMENTE por doação estatal”. No Brasil, antes da criação da Lei de Terras em
1850, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais
que não definiam bem o critério de posse das terras. Mesmo depois da independência, em 1822,
alguns projetos de lei tentaram regulamentar dando uma definição melhor a respeito da posse da
terra. Contudo, foi apenas em 1850 que a Lei de Terras apresentou novos critérios com relação aos
direitos e deveres dos proprietários de terra. Com a lei, nenhuma sesmaria poderia ser concedida a
um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da posse livre. As chamadas
terras devolutas só poderiam ser adquiridas por meio da compra junto ao governo. Ou seja, a lei
estabelece a posse de Terra apenas por meio da compra. A terra passa a ter um valor econômico,
justo no contexto do fim do Tráfico negreiro e a política de imigração, dificultando o acesso a terra
dessa população.
Gabarito: Errado

49. (Espcex (Aman) 2013)


Nos últimos anos, o Brasil tem realizado um enorme esforço no sentido de ampliar sua
participação no comércio internacional, buscando superar os elevados custos de deslocamento
que dificultam a chegada dos seus produtos aos mercados externos.
Dentre as principais propostas de ação da atual política de transporte no País, pode-se
destacar:
A) a completa substituição do sistema rodoviário, que é mais dispendioso, pelos sistemas
hidroviário e ferroviário.
B) a construção de estações intermodais a fim de permitir a integração dos diferentes meios
de transporte do País.
C) a construção de novas infraestruturas de circulação urbana (pistas expressas, viadutos) com
o propósito de reduzir congestionamentos e valorizar a paisagem urbana das grandes cidades.
D) a eliminação do transporte de cabotagem com vistas a reduzir os custos portuários e a
intrincada burocracia administrativa.
E) a redução da participação dos investimentos e do controle do setor privado sobre o
transporte rodoviário e sobre o setor portuário a fim de eliminar, por exemplo, os custos com
pedágio.
Comentários
Na última década, observa-se um crescimento nos investimentos do governo e PPPs (Parcerias
Público-Privadas: recursos do estado e das empresas particulares) em transportes e logística para
melhorar o desempenho nas exportações, inclusive com a integração de vários modais.
Destacam-se: portos (exemplo: Suape – PE), portos-secos, ferrovias (exemplo: transnordestina) e
rodovias (exemplo: concessões para a iniciativa privada como a Fernão Dias – SP/MG) e hidrovias

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(exemplo: eclusa da hidrelétrica de Tucuruí – PA). Mesmo assim, o investimento foi insuficiente e a
deficiência nos transportes é um dos fatores integrantes do “custo Brasil”.
Gabarito: B

50. (Pucrs 2012)


O sistema de transportes é um elemento fundamental para as economias mundiais. Os custos
de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos finais nos
mercados.
Sobre o sistema de transporte brasileiro, afirma-se:
I. O desenho do sistema de transportes reflete as desigualdades regionais entre a Região Norte
e a Região Sudeste.
II. As rodovias dominam a matriz da rede de transportes, elevando os custos de deslocamento
da produção nacional.
III. O sistema ferroviário apresenta uma malha conservada, com deslocamentos dos trens em
velocidade considerada ideal.
IV. A implantação de hidrovias, como o sistema hidroviário Tietê-Paraná, é uma das alternativas
para diminuir o impacto do valor do transporte no preço final de matérias-primas.

Estão corretas apenas as afirmativas:


A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentários
I. CORRETO. O sistema de transportes caracteriza a dinâmica econômica do país, fato comprovado
ao se constatar que no Brasil o maior adensamento das redes de transportes encontra-se no centro-
sul, e em especial na região sudeste.
II. CORRETO. Embora nas últimas décadas tenha ocorrido diversificação de investimentos, o modal
predominante no Brasil é o rodoviário, cuja relação custo x consumo de combustível é a mais
onerosa.
III. INCORRETO. O sistema ferroviário no Brasil sofreu gradativa decadência desde o governo de
Washington Luis na década de 1930, responsável por iniciar a “Era das Rodovias”, intensificada após
a década de 1950 com o governo JK que priorizou o modal rodoviário.
IV. CORRETO. A relação custo x consumo do combustível favorece o modal hidroviário cujo valor é
menor.
Gabarito: D

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51. (Fgv 2012)


Analise os gráficos sobre meios de transporte no Brasil.

Comparando os gráficos, pode-se concluir que:


A) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a matriz I e a II é mínima.
B) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos poluidora que a matriz I.
C) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II, que, por sua vez, é mais econômica.
D) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais expandida, e a II garante economia de
combustível.
E) ambas têm pontos positivos: a matriz I, maior capacidade de expansão, e a II permite
maiores velocidades.
Comentários
Com um litro de combustível o transporte rodoviário transporta 25 toneladas, o ferroviário 125
toneladas e o hidroviário 575 toneladas, portanto, a matriz II, por utilizar transportes com menor
consumo de combustível, é menos onerosa e menos poluidora, como citado corretamente na
alternativa [B].
Estão incorretas as alternativas:
[A], pois o custo do frete do transporte rodoviário predominante na matriz I é elevado e, portanto,
a diferença de custo entre as matrizes é expressiva;
[C], pois a matriz II é mais econômica e polui menos;
[D], pois embora a matriz I seja a mais expandida, ou seja, a predominante no país, apresenta
elevados custos de operação e manutenção;
[E], pois a matriz I permite maiores velocidades com o transporte rodoviário.
Gabarito: B

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52. (G1 - IFBA 2014)

A análise das figuras e seus conhecimentos sobre o setor de transporte brasileiro permitem
afirmar que:
A) a opção pelo maior investimento nas rodovias se inicia com Juscelino Kubitchek e seu “plano
de metas”.
B) apesar do baixo crescimento, a expansão das ferrovias, entre 1975 e 2005, ocorreu
principalmente na região Norte do país.
C) o modal rodoviário recebeu maior investimento por ser mais vantajoso nos deslocamentos
de longa distância.
D) durante todo o século XX, o Brasil priorizou os investimentos no modal rodoviário,
abandonando o modal ferroviário.
E) entre 1975 e 2005, os investimentos em expansão da malha ferroviária foram similares aos
investimentos em expansão da malha rodoviária.
Comentários
O predomínio do rodoviarismo no Brasil se inicia com os investimentos em transportes realizados
pelo governo JK.
Estão incorretas as alternativas:
[B], porque não ocorreu expansão do modal ferroviário no país;
[C], porque o rodoviarismo é mais oneroso;
[D], porque embora não tenha recebido investimentos significativos, o modal ferroviário não foi
abandonado;
[E], porque a malha rodoviária cresceu mais do que a ferroviária.
Gabarito: A

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53. (Ufsc 2014)

Os cinco trechos mais letais das rodovias federais em 2012


Rodovia Município Número de acidentes Número de mortos
BR 316 Ananindeua (PA) 1.355 32
BR 381 Betim (MG) 1.084 23
BR 101 Serra (ES) 1.209 20
BR 277 Guaraniaçu (PR) 46 20
BR 040 Guaraniaçu (PR) 16 18
Fonte: VEJA, ed. 2333, ano 46, n. 32, p. 101, 7 ago. 2013. [Adaptado]

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


01) Infere-se do quadro acima que o maior número de acidentes ocorreu no Agreste, uma das
sub-regiões do Complexo Regional do Nordeste.
02) Nos últimos anos, a frota de motocicletas aumentou consideravelmente. Menos seguras
que os automóveis, elas costumam ser o primeiro veículo motorizado de muitos brasileiros que
ascenderam socialmente, explicando, em parte, o crescimento das estatísticas de mortos no
trânsito.
04) O prefixo BR indica que é uma rodovia de administração federal, ou seja, não pode ser alvo
de privatização nem de cobrança de pedágio.
08) As rodovias BR com prefixo 3 interligam o território brasileiro no sentido Norte-Sul; em
Santa Catarina, a BR 375 estende-se de Florianópolis até Dionísio Cerqueira.
16) Considerando as informações contidas no quadro acima, no conjunto, o maior número de
mortos ocorreu em rodovias federais, em municípios que pertencem ao Complexo Regional do
Centro Sul.
Comentários
[01] INCORRETA. O maior número de acidentes ocorreu no Pará.
[02] CORRETA. Nos últimos tempos houve um aumento da frota de motocicletas explicado em parte
por seu menor valor, o que em princípio, atende a um segmento da população de menor renda.
[04] INCORRETA. Embora o prefixo BR indique a condição de rodovia federal, esta pode ser
privatizada por meio de concessões.
[08] INCORRETA. As rodovias que interligam o país no sentido norte-sul possuem prefixo 1.
[16] CORRETA. Dos cinco trechos mais letais das rodovias, quatro deles estão localizados no Centro-
Sul.
Gabarito: 02 + 16 = 18.

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54. (Espcex (Aman) 2014)


Sobre as vias de circulação e suas interferências, no espaço econômico dos países, pode-se
afirmar que:
I. apesar da tendência de forte crescimento do modal rodoviário em países de dimensões
continentais, as ferrovias continuam a deslocar parcela significativa das cargas.
II. os elevados custos de deslocamento por via aérea fazem com que o volume e o valor
monetário das mercadorias transportadas sejam desprezíveis em relação ao transportado
pelos demais modais de transporte.
III. a fim de aumentar a velocidade e reduzir os custos de deslocamento, observa-se que os
sistemas de transporte modernos caracterizam-se pela complementariedade entre os
diferentes modais de transporte.
IV. a rugosidade espacial representada por ferrovias arcaicas, que dão acesso aos portos de um
país, reduz o poder de consumo de sua população.
V. a opção do governo brasileiro pelo transporte rodoviário justifica-se pelo fato de as ferrovias
e hidrovias serem lentas e inadequadas para o transporte de cargas a longas distâncias.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.


A) II, III e IV.
B) I e II.
C) I, III e IV.
D) II e V.
E) I, III e V.
Comentários
As afirmativas incorretas são:
[II] O transporte aéreo de cargas é o mais caro em relação aos demais tipos de transporte, portanto,
o valor das mercadorias fica mais elevado.
[V] As hidrovias e as ferrovias são os sistemas ideais para longas distâncias devido à maior
capacidade de carga e ao menor custo quanto ao consumo de energia e manutenção.
Gabarito: C

55. (Uece 2014)


A ferrovia norte-sul é uma obra que tem o objetivo de ampliar a capacidade de escoamento da
produção de mercadorias no Brasil. Sobre esta obra estratégica, analise as afirmações a seguir.
I. Apresenta-se como uma alternativa mais econômica para o transporte de mercadorias e
cargas de longa distância.
II. Algumas das principais mercadorias a serem transportadas são: derivados de petróleo,
cimento, grãos, açúcar e álcool.

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III. Interligará os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão e
Roraima, integrando o país inteiro a uma rede de logística.
É correto o que se afirma apenas em
A) I.
B) III.
C) II e III.
D) I e II.
Comentários
[I] CORRETA – Com a ferrovia Norte-Sul, ocorrerá integração entre produção e escoamento, o que
resultará em redução dos custos.
[II] CORRETA – A ferrovia será responsável pelo transporte de commodities e semimanufaturados.
[III] INCORRETA – O traçado da ferrovia integra MS e SP ao PA.
Gabarito: D

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1. (VUNESP - PM-SP - Aluno Oficial / 2019)


Leia o texto que descreve a organização de parte do espaço brasileiro nas décadas de 1970 e
1980.
No imaginário coletivo de novos investimentos e empresários do Centro-Sul, vislumbrava-se a
perspectiva de novos investimentos e a expansão de suas atividades. No horizonte camponês,
as vítimas da seca do sertão nordestino e os expropriados pelo então recente processo de
mecanização das lavouras do Sul – avistavam um pedaço de terra e o recomeço da vida. O
movimento migratório rumo ao “Eldorado” atinge proporções consideráveis e faz brotar
cidades no “meio do nada”.
(Daniel Monteiro Huertas, in http://www.teses.usp.br/ Acesso em 25.04.2019. Adaptado)

O texto descreve
A) a ocupação das áreas de cerrado no Matopiba.
B) a expansão da fronteira agrícola na Amazônia.
C) a integração do Pantanal às pastagens naturais do Centro-Oeste.
D) a penetração da agricultura familiar na zona da mata nordestina.
E) o avanço das lavouras canavieiras às margens da Belém-Brasília.

2. (VUNESP - Soldado - PM-SP / 2019)


Para superar os Estados Unidos e se tornar o principal produtor do mundo, o Brasil expandiu
por anos as lavouras destinadas ao produto. Só entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar
essa commodity no interior do País – em estados como Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão –
cresceu 87%. Boa parte dela abrigava vegetação nativa, originalmente.
(https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco -mapeado-pela-nasa/ Acesso em
18.05.2019. Adaptado)
O texto descreve a expansão da produção
A) do milho pela caatinga.
B) do cacau pela floresta amazônica.
C) da cana de açúcar pela mata atlântica.
D) do café pela mata atlântica.
E) da soja pelo cerrado.

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3. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)


O agronegócio centrado na fruticultura surgiu timidamente, à sombra da agroindústria, e
tomou um grande impulso em meados dos anos de 1980 com a estruturação de uma base para
exportação. A partir desse período, as frutas produzidas no Polo irrigado tiveram uma trajetória
ascendente com pequenas variações no volume exportado em função da instabilidade das
políticas cambiais e do próprio mercado externo, até meados dos anos de 1990. Entretanto, é
a partir de 1997 que essa tendência se consolida e a participação das principais frutas
produzidas voltadas para mercado externo (uva e manga) passa a contribuir com 90% do
volume das exportações do país.
(http://www.eng2016.agb.org.br. Acesso em 06.09.2018. Adaptado)
O texto se refere à consolidação do agronegócio
A) no sopé da Chapada Diamantina.
B) no médio vale do rio São Francisco.
C) nos topos do planalto da Borborema.
D) nas vertentes da serra da Canastra.
E) no baixo vale do rio Parnaíba.

4. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2017)


Fronteira Agrícola é uma expressão utilizada para designar o avanço da produção agropecuária
sobre áreas com baixa ocupação demográfica. Atualmente, esse avanço ocorre com
A) as madeireiras atuando no desmatamento para, em seguida, ocorrer os assentamentos
geralmente formados por pequenas propriedades.
B) a ocupação de áreas despovoadas por migrantes que são atraídos pelo baixo preço das
terras, tornadas produtivas pela agricultura familiar.
C) a expansão do moderno agronegócio, mas também pelo aumento dos conflitos pela posse
de terras envolvendo posseiros e grileiros.
D) a substituição de cultivos de subsistência e criação extensiva de gado por atividades
modernas que incorporam grande quantidade de mão de obra.
E) a participação crescente de grandes grupos internacionais interessados na produção de
alimentos para abastecer o mercado mundial.

5. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)


Considere o gráfico.

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Considerando a proporção de terras que ocupa, a agricultura familiar


A) emprega reduzido número de trabalhadores para a produção.
B) é realizada em grandes e médias propriedades rurais.
C) apresenta elevado nível tecnológico, responsável pela grande produtividade.
D) tem sido responsabilizada pelo forte êxodo rural, devido ao fraco desempenho.
E) é a principal responsável pela produção de gêneros alimentícios para o mercado interno.

6. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)


A questão está relacionada ao mapa apresentado a seguir.

O produto destacado no mapa é

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A) o milho que ocupa grandes extensões do interior brasileiro, e é o principal produto de


exportação da agricultura familiar.
B) a cana-de-açúcar que tem se interiorizado como parte da política de instalação de novas
usinas destinadas à produção de etanol.
C) o algodão que se tornou um produto agrícola muito atrativo para o agronegócio devido à
sua forte valorização no mercado mundial.
D) o café que, após esgotar as terras roxas do Sudeste e Sul do país, passou a ser cultivado nas
terras de cerrado e livres de geadas.
E) a soja que, além de ocupar grandes áreas do Brasil central, tem se expandido por áreas antes
cobertas pelo cerrado, no Nordeste.

7. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2010)


Analise o texto e os gráficos, nos quais está representada a posição do Brasil em relação à
produção mundial de produtos selecionados, em 2007. Espaço, calor e água, empresários,
investimentos, pesquisa, inovação, ausência de reforma agrária e formação qualificada
permitiram um desenvolvimento considerável do agronegócio brasileiro. O país encontra-se
entre os principais produtores (laranja, açúcar, café, tabaco, frango, carne bovina e milho) e
exportadores (4,6% das exportações mundiais de produtos alimentícios).

Considerando o texto e os gráficos, é possível afirmar que:


I. Os resultados do agronegócio brasileiro demonstram a importância das regiões
agropecuárias do Sudeste e do Sul do país.
II. A produção de culturas temporárias (laranja e café) vinculadas à agroindústria tem
aumentado, principalmente na região Norte do país.
III. Houve avanço da frente pioneira, transformando áreas vegetadas em terras agrícolas, com
substituição de áreas de cerrado e da floresta amazônica pela pecuária e cultivo de soja.

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IV. O dinamismo da agricultura brasileira não está associado à mobilidade territorial e à


conquista de novas terras agrícolas.

Estão corretas apenas as alternativas


A) II e III.
B) I e II.
C) III e IV.
D) I e III.
E) II e IV.

8. (VUNESP 2017 – Soldado PM 2ª Classe)


Observe o gráfico para responder à questão.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as atividades econômicas brasileiras permitem


afirmar que, no título do gráfico, o “X” deve ser substituído por
A) grãos.
B) automóveis.
C) cana-de-açúcar.
D) aço.
E) café.

9. (VUNESP 2013 – Soldado PM 2ª Classe)


A questão está relacionada com o mapa apresentado a seguir.

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Sobre as áreas aptas para a cultura canavieira, é correto afirmar que


A) apresentam grande deficiência de água.
B) são extensas planícies inundáveis nos meses chuvosos.
C) mantiveram as paisagens vegetais inalteradas.
D) apresentam predomínio de clima semiárido.
E) eram originalmente recobertas por florestas e cerrado.

10. (VUNESP 2012 – Soldado PM 2ª Classe)


Nos últimos 20 anos, os níveis tecnológicos alcançados pelos produtores rurais brasileiros
atingiram patamares expressivos que podem ser mensurados pelo aumento da produtividade
no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de
grãos com a mesma área plantada.
Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de processamento
do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço do PIB do Brasil
e por valor semelhante das exportações totais do país.
(http ://www.uff.br/ Adaptado)
I. A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio no país.

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II. O crescimento das atividades no campo só foi possível graças à redistribuição das terras que
deixaram de ser concentradas.
III. As propriedades familiares que cultivaram cana-de-açúcar foram as que apresentaram
maior nível de rentabilidade no campo brasileiro.

Com relação ao texto, está correto o contido apenas em


A) l.
B) I e II.
C) I e III.
D) II.
E) II e III.

11. (VUNESP 2008 – Soldado PM 2ª Classe)


Em 1978, 150 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica tinham sido desmatados. Cerca
de 30 anos depois, a área saltou para 700 mil, ou seja, o equivalente a 3 vezes a área do estado
de São Paulo. É importante lembrar que a cada 10 segundos, uma área equivalente ao estádio
de futebol do Maracanã é desmatada. Entre as principais causas do desmatamento, podem-se
citar
A) o crescimento das cidades e a exploração da borracha.
B) a ação dos posseiros e a expansão de aeroportos clandestinos.
C) o trabalho das madeireiras e a expansão urbana.
D) a expansão da pecuária e a dos cultivos, como a soja.
E) a exploração da castanha-do-pará e a agricultura de subsistência.

12. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2011)


O Comitê Organizador Local e a Fifa escolheram doze cidades-sede brasileiras para sediar a
Copa do Mundo de 2014. São elas: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG),
Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Lourenço da Mata (PE), Porto Alegre (RS),
Salvador (BA), São Paulo (SP), Natal (RN) e Curitiba (PR). A reportagem intitulada “Prontos para
a Copa de 2038” traz as seguintes considerações: Ainda pior do que os estádios... Nuvens
negras rondam os aeroportos brasileiros. Apenas seis dos treze terminais localizados nas
regiões que receberão jogos da copa começaram a ser reformados. O projeto mais portentoso
– e um dos mais atrasados – é a construção do terceiro terminal do aeroporto de Guarulhos
(SP), obra crucial para o sucesso do torneio. Será por lá que a maior parte dos turistas chegará
ao país. E será a partir daquela pista que eles levantarão voo rumo a outros estados. No
aeroporto do Galeão (RJ), a reforma está orçada em 687 milhões de reais. Dessa quantia, foram

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liberados 64 milhões desde 2008, quando começaram as obras. Nesse ritmo de execução
orçamentária, o terminal só ficará pronto vinte anos depois... E, para piorar, um dos casos mais
eloquentes é o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). Suas obras de reforma nem
sequer começaram...
(Veja, 25 de maio de 2011. Adaptado.)

Considerando a necessidade de maior ou menor investimento nos aeroportos brasileiros, é


possível afirmar que:
A) maior atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
B) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Confins.
C) menor atenção deverá ser dada aos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
D) maior atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.
E) menor atenção deverá ser dada aos doze aeroportos das cidades-sede.

13. (IDECAN - 2015 - Colégio Pedro II - Professor - Geografia)


O trecho da reportagem retrata um conflito comum no espaço agrário brasileiro.
A comunidade Guarani Kaiowá mais ameaçada do momento, o tekoha Apyka'i, no município
de Dourados (MS), poderá enfrentar mais uma reintegração de posse.
Uma nova manobra judicial garantiu que uma decisão ‒ já cumprida ‒ da Justiça Federal de
2009, em favor (...) proprietário da Fazenda Serrana, fosse, mais uma vez, utilizada contra os
indígenas.
Agora, os Kaiowá têm 30 dias para sair do local, onde estão acampados desde setembro de
2012. O prazo para o despejo passa a contar a partir desta segunda-feira, 27. A liderança da
comunidade, Damiana, reafirma que os indígenas não sairão da terra.
(Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/27250. Publicada em: 28/01/2014.
Acesso em: 28/09/2014.)

Considerando as características da região mencionada no texto, assinale a alternativa que


melhor apresenta uma causa e uma consequência do problema retratado.
A) O avanço da agricultura de cana‐de‐açúcar para a produção de biocombustíveis e o
comprometimento do modo de vida indígena.
B) O avanço das áreas de pasto para a pecuária intensiva leiteira e o assassinato frequente de
lideranças indígenas.
C) O interesse dos proprietários em expandir a produção de laranja e a alta mortalidade infantil
da população indígena.

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D) O avanço das grandes fazendas produtoras de café e a precarização das condições da mão
de obra indígena nas lavouras.

14. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu valor
agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca
da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.
A expansão da moderna agricultura nos biomas Cerrado e Amazônia tem-se constituído a partir
de reduzidos fluxos migratórios em direção às pequenas e médias cidades dessas regiões e de
poucos conflitos no campo, uma vez que a mecanização excessiva das atividades agrárias gera
poucos empregos tanto no campo quanto na cidade.

15. (ADVISE - 2013 - Prefeitura de Ivorá - RS - Professor - Séries Iniciais)


Sabemos que a Reforma Agrária no Brasil tem sido alvo de grandes manifestações a favor de
agricultores desprovidos de terras para plantar. Entre essas manifestações, muitas delas são
promovidas por movimentos que se agrupam para reivindicar terras ao Governo. Assinale a
alternativa abaixo que indica um movimento criado com o propósito de reivindicar terras para
agricultores que não tem onde plantar.
A) Movimento dos Sem Teto
B) Movimento dos Sem Terras
C) Movimento dos Sem Emprego
D) Movimento de Libertação dos Sem Terras
E) Movimento dos Agricultores Aposentados

16. (FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - Geografia)


Novos estudos sobre o campo brasileiro estão sendo reunidos em um Atlas da Terra que, de
modo geral, não apresentará grandes novidades, pois
A) as médias propriedades ocupam menos de 10% das terras agrícolas.

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B) os minifúndios passaram a representar 40% da área agrícola do país.


C) as pequenas propriedades têm menor peso relativo que os minifúndios.
D) as terras indígenas somam cerca de 30% do território nacional.
E) a última década se caracterizou por nova concentração de terras.

17. (FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História)


Analise a tabela abaixo.

==15cfb2==

O desequilíbrio na distribuição de terras demonstrado na tabela pode ser apontado como um


dos responsáveis pela
A) implantação do capitalismo no campo, que transformou os latifúndios em terras produtivas
e a luta pela reforma agrária em coisa do passado.
B) transformação do latifúndio em grandes empresas rurais produtivas, gerando milhões de
emprego no campo, estimulando o êxodo urbano.
C) superação do antigo “modelo” brasileiro de reforma agrária, encerrando o ciclo de
distributivismo equitativo de terras improdutivas no país.
D) expulsão da população do campo e sua concentração nas grandes cidades, provocando a
favelização e o “inchaço” da periferia urbana.

18. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“A Comissão Pastoral da Terra documenta, desde a década de 1980, as ocorrências de conflitos
e violências no campo brasileiro, cujos dados são publicados desde 1984 no “Caderno conflitos
no campo”. Paralelamente aos dados, a pastoral ligada à igreja católica também publica
manifestos e relatos de diversos casos de violência contra a pessoa, posse e propriedade de
camponeses e trabalhadores rurais. Os relatos e fotos que retratam a barbárie no campo
brasileiro mostram uma população pobre, submetida a toda sorte de privação e exploração
(...)”

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(Girardi, Eduardo Paulon. A violência no campo. In Atlas da Questão Agrária Brasileira.


Disponível em http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm)

De acordo com o mapa, os casos registrados de violência no campo se concentram


A) em regiões onde há o predomínio de pequenas propriedades de agricultura familiar.
B) em regiões de agricultura moderna integradas ao mercado externo.
C) em regiões onde os movimentos socioterritoriais são mais atuantes.
D) em regiões de vastas terras disponíveis cobertas por florestas.
E) em regiões de maior concentração de infraestrutura de transportes.

19. (FGV - 2014 - SEDUC-AM - Professor - Geografia)


“Principalmente a partir da II Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil modernizou o processo
produtivo da agricultura, com a incorporação de máquinas e implementos agrícolas, e também
passou a usar adubos sintéticos e agrotóxicos em suas lavouras. Isso tornou o setor agrícola
mais dependente dos setores urbano e industrial, que fornecem as máquinas e os produtos
químicos que os produtores rurais utilizam.”
(Marafon, Glaucio José. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e
sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.)

Assinale a opção que indica uma das consequências do processo descrito no fragmento acima.
A) O aumento da concentração fundiária.
B) A expansão da área destinada à produção de alimentos.
C) A diminuição da erosão dos solos.
D) A redução do emprego de trabalhadores temporários.

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E) A fixação de uma nova fronteira agrícola.

20. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue o item.
Ao longo da história fundiária brasileira, ocorreram diversas manifestações, movimentos,
revoltas e pressões de trabalhadores rurais pelo acesso à terra, muitas com ganho de causa.
Esses movimentos sempre foram amplamente divulgados pelas mídias oficiais.

21. (ACAFE - 2008 - PC-SC - Investigador de Polícia)


Leia os versos abaixo do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.
“Essa cova em que estás / Com palmos medida.
É a conta menor / que tiraste em vida.
É de bom tamanho / Nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe / deste latifúndio.”

A realidade agrária brasileira, em parte, está descrita nos versos acima. Assinale a alternativa
correta sobre essa temática.
A) O latifúndio, dominante em todas as regiões do Brasil, é o resultado de um processo
colonizatório que teve como fundamento o trabalho livre.
B) A concentração da propriedade fundiária rural coloca um grande número de pessoas
desprovidas desse bem fundamental para a sobrevivência, a terra.
C) Atualmente a questão agrária e seus conflitos estão resolvidos nas regiões Sul e Sudeste do
país estando, ainda, por se resolver no Nordeste e Norte do Brasil.
D) A concentração da propriedade fundiária está relacionada ao desenvolvimento industrial do
Brasil, a partir de meados da década de 50 do século passado.

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22. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis - RJ - Professor - Geografia)

A partir dessa imagem, pode-se afirmar que:


A) a luta dos trabalhadores rurais sem terra no Brasil é, extremamente, injustificável.
B) o processo de Reforma Agrária no Brasil é ineficaz, devido à influência política dos grandes
proprietários de terra.
C) o Brasil possui uma grande concentração de terras (fundiária), sendo que apenas uma
pequena quantidade de proprietários possui grandes extensões de terras.
D) a maior parte das terras improdutivas, no território brasileiro, estão sob a posse de
pequenos produtores rurais que não querem mais se dedicar à produção agrícola

(CESPE - 2008 - SEPLAG-DF - Professor - Geografia)


Hoje, tanto os cinturões quanto as frentes pioneiras revelam que o território brasileiro tem
incorporado muitas das características da chamada revolução agrícola, especialmente nas
culturas de exportação, aquelas que consolidam a divisão territorial do trabalho mundial.
Assim, esses produtos acabam por invadir, com velocidade cada vez maior, áreas antes
destinadasàs produções domésticas.
M. Santos e M. L. Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro; Record, 2008, p. 120 (com adaptações)

23.
Os conflitos pela posse de terra no Brasil revelam uma limitação no quadro natural do país: a
inexistência de solos aptos para a exploração agrícola.

24.
Com a modernização no campo, desapareceram as relações de trabalho calcadas no
arrendamento, na escravidão por dívida e na figura do trabalhador conhecido como bóia-fria.

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25.
No processo de modernização no campo, o pequeno agricultor vê-se excluído da dinâmica das
atividades agrícolas em função do baixo volume de produção por este alcançado.

26. (CESPE - 2010 - MPU - Analista - Geografia)


Com base nos dispositivos legais, julgue o item que se segue, a respeito de licenciamento e
delimitação de APP.
Para regularização fundiária sustentável de área urbana, a intervenção na vegetação ou a sua
supressão em APP pode ser autorizada, pelo órgão ambiental competente, nas áreas ocupadas
por população de baixa renda, predominantemente residenciais e incluídas no plano de
regularização fundiária sustentável do município.

(CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência)


A respeito da dinâmica do agronegócio brasileiro, julgue os itens que se seguem.

27.
A partir da adoção de políticas públicas de ocupação do território nacional durante o regime
militar, a fronteira agrícola expandiu-se para o Centro-Oeste, que passou a ser visto como
“celeiro do mundo”, destinado à produção de commodities como as do complexo grão carnes
e à agropecuária em larga escala.

28.
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por conflitos entre assentados
e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos
recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.

29. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Julgue o item subsequente, a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.

A agricultura científica e o agronegócio têm impacto direto na concentração fundiária e no


mercado de trabalho no campo, pois as empresas agrícolas compram ou arrendam vastas
extensões de terra para o cultivo e geram empregos especializados, impondo novas relações
de trabalho para os agricultores, que não têm condições técnicas e financeiras para competir
com esse modelo de agricultura.

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30. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Julgue o item subsequente, a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos
movimentos demográficos no território brasileiro.
A internacionalização da agropecuária brasileira ainda é totalmente dependente de
investimentos de conglomerados e empresas estrangeiras que compram empresas nacionais
do setor e terras para cultivo.

31. (CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência)


Com referência à divisão inter-regional do trabalho e da produção no Brasil, julgue o item a
seguir.
As atividades corporativas de empresas nacionais e internacionais (produção, circulação,
distribuição e consumo) integram partes expressivas do território brasileiro, por meio de redes
de infraestruturas, de informação e comunicação.

32. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)


Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Ainda com relação à fronteira agrícola moderna, é correto afirmar que a construção de Brasília
possibilitou
A) a concentração da maior parcela da produção agrícola no centro-norte do país, a partir da
década de 70 do século XX.
B) a formação de uma rede urbana brasileira sustentada por novas relações de trabalho
advindas do contato entre o campo e a cidade, a partir da década de 70 do século XX.
C) a construção de ferrovias para o escoamento da produção.
D) a integração nacional por meio da navegação de cabotagem.
E) a transformação do Centro-Oeste em centro decisório econômico relativo à exportação da
produção agrícola.

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33. (CESPE - 2013 - SEDUC-CE - Professor Pleno I - Geografia)


Entende-se por fronteira agrícola moderna a ocupação de áreas para as atividades agrícolas
com alto conteúdo tecnológico e organizacional, em substituição à pecuária extensiva, às
formas tradicionais de cultura e(ou) à cobertura vegetal original. Atualmente, a área ocupada
pela fronteira agrícola moderna coincide, proximamente, à área de abrangência do chamado
polígono dos solos ácidos, que ocupa a maior parte da região Centro-Oeste, parte do estado
de Minas Gerais e do Tocantins, bem como algumas regiões do Nordeste.
S. Frederico. Gênese e consolidação da rede urbana na região de fronteira agrícola moderna.
In: E. Costa e R. Oliveira. As cidades entre o real e o imaginário: estudos no Brasil (com
adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, e considerando os múltiplos aspectos que ele
suscita, assinale a opção correta.
A) Com o avanço da fronteira agrícola moderna, emergiram novas cidades brasileiras, nas quais
passou a ocorrer uma inversão: o campo tornou-se menos funcional para as cidades e as
cidades tornaram-se funcionais para o campo.
B) A fronteira agrícola moderna se configurou mais intensamente em São Paulo que nos demais
estados.
C) Entre os serviços ofertados pelas cidades do agronegócio, destaca-se a comercialização dos
grãos realizada pelos escritórios comerciais importadores das grandes empresas (tradings).
D) A difusão do meio técnico científico-informacional, em determinadas regiões de fronteira
agrícola moderna, propiciou que ações e objetos agregassem valor fundamentado no
desenvolvimento da ciência e da informação, contudo essa difusão não favoreceu a
proliferação de serviços com múltiplas especializações.
E) No caso da região pantaneira brasileira, a integração territorial promovida pela construção
das rodovias, associada à inexistência de heranças territoriais de grande monta, facilitou a
rápida difusão da agricultura moderna nessa área.

(CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil é, na América Latina, um dos países que mais reorganizou sua atividade agropecuária
desde meados do século XX. Desde então, a reestruturação produtiva da agricultura brasileira
tem-se norteado pela racionalidade com funcionamento regulado pelas relações de produção
e distribuição globalizadas, direcionando-se, cada vez mais, ao atendimento da crescente
demanda do mercado urbano interno e à produção de commodities para a exportação, in
natura ou após passarem por algum tipo de transformação industrial, o que aumenta seu valor
agregado.
Denise Elias. Globalização, agricultura e urbanização no Brasil. Internet: (com adaptações).

Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens seguintes,
acerca da estruturação e do funcionamento do agronegócio no Brasil.

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34.
Característica marcante do atual período da agricultura brasileira é a ocupação de milhões de
hectares de cerrado pela agricultura moderna globalizada, ao mesmo tempo em que se
aprofundam a divisão territorial do trabalho, os conflitos envolvendo povos e comunidades
tradicionais, o uso intensivo dos recursos naturais e a perda de biodiversidade.

35.
Para atender, principalmente, ao mercado internacional, adotam-se, nas áreas do bioma
Cerrado, os modelos de ocupação do território e de produção desenvolvidos pelo agribusiness
nos países centrais do capitalismo global, que favorecem a produção em larga escala, intensiva
em tecnologia, a partir dos latossolos de média e alta fertilidade.

36.
As regiões produtivas do agronegócio brasileiro são competitivas no mercado global de
commodities e caracterizadas pela especialização produtiva que atende a parâmetros
internacionais de qualidade e de custos.

37. (CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


Foi a partir da realização da Conferência Eco 92, da qual resultou o Tratado de Quioto (em
1997), que a busca por energia menos poluente e renovável tornou-se uma prioridade em
alguns países, como a China e o Japão, que passaram a adicionar álcool (etanol anidro) à
gasolina, na busca de diminuir o uso do petróleo e a emissão de monóxido de carbono, um dos
gases responsáveis pelo efeito estufa. A partir daí, iniciou-se uma fase de preocupação mundial
pela proteção ambiental, por meio da criação de políticas e acordos internacionais,
principalmente no que se refere ao aquecimento global.
Lara C.G. Ferreira. As paisagens regionais da microrregião Ceres (GO) – das colônias agrícolas
nacionais ao agronegócio sucroenergético. Brasília, Tese de Doutorado, UnB, 2016.

Tendo o texto anterior como referência inicial e considerando os múltiplos temas por ele
evocados, julgue (C ou E) o item a seguir.
No Brasil, o setor sucroalcooleiro, além da produção de açúcar e álcool, tem intensificado a
geração de energia a partir da queima da biomassa da cana, o que representa uma alternativa
ao tradicional modelo de energia hidrelétrica.

38. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


No atual período histórico, caracterizado pela forte internacionalização do modo de produção
capitalista, importantes transformações de ordem técnica, política e econômica têm

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promovido intensa reestruturação produtiva e regional do Brasil e do mundo. A intensificação


do poder das empresas transnacionais sobre o espaço mundial é uma dessas manifestações.
Iná Elias de Castro. Política pública e conflito no espaço urbano. In: GEOgraphia, ano 18, n. º
36, 2016 (com adaptações).
Considerando esse texto, julgue o item a seguir.
Em contraponto ao processo de modernização produtiva, o setor agropecuário no Brasil
mantém uma estrutura baseada na produção para a exportação sem a agregação de valor,
representada pelo processo parcial ou total de transformação pela indústria nacional.

39. (CESPE - 2017 - SEDF - Professor de Educação Básica - Geografia)


Julgue o item a seguir, relativo à interação entre sociedade e natureza.
O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo, o que está relacionado à
contaminação dos solos. Antes de o Brasil assumir essa posição, a China era o maior
consumidor desses produtos.

40. (CESPE - 2016 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos
comerciais que elas provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser
abstraída da lista das forças às quais deve ser imposta a adaptação dos mais fracos e
desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital.São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item


subsequente.
A agricultura moderna brasileira elabora usos e apropriações da terra com reduzida demanda
de recursos hídricos e maximização da fragmentação do território nacional.

41. (CESPE - 2015 - MPOG - Geógrafo)


A respeito dos efeitos da reestruturação produtiva no território brasileiro, que ocorreu como
consequência da revolução tecnocientífica informacional, a partir da segunda metade do
século XX, julgue o próximo item.
Fatores como altos custos de transporte, barreiras impostas pela legislação ambiental e
dependência da importação de tecnologias relacionadas à produção agrícola limitaram a
expansão do agronegócio no território do Brasil, que, por sua vez, reorganizou o seu sistema
produtivo agropecuário de maneira superficial, de forma a manter precários o latifúndio e as
relações de trabalho no campo.

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42. (CESPE - 2010 - SEDU-ES - Professor B - Ensino Fundamental e Médio - Geografia)


A respeito das recentes transformações do espaço agroindustrial brasileiro, julgue o item que
se segue.
A agropecuária modernizou-se pela integração ao conjunto da economia, em especial, ao setor
industrial.

(CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata)


O Brasil, terceira maior potência mundial agropecuária, enfrenta desafios logísticos, de
infraestrutura e legais para continuar a crescer nesse setor, competindo internacionalmente.
No que se refere a esse assunto e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue (C ou E) os
itens a seguir.

43.
Denominam-se demandas corporativas os investimentos públicos que, na visão política
nacional, são destinados a superar as deficiências em transporte, conferir competitividade e
promover o crescimento sustentável do país, a partir do investimento estatal no setor de
logística, considerado área estratégica de segurança nacional.

44.
O atual modelo de uso do território brasileiro é marcado por uma regulação híbrida, cabendo
tanto à iniciativa privada quanto ao poder público as ações de planejamento e execução de
obras para escoamento da produção, por exemplo.

45.
Os investimentos em infraestrutura no território brasileiro, incluindo energia elétrica e
transportes, mediante privatizações, concessões de serviços públicos a empresas privadas e
parcerias público-privadas, estão se tornando, gradativamente, um problema para o governo
federal em razão do desinteresse de grandes empresas nesse tipo de negócio.

(CESPE - 2013 - MPU - Analista - Geografia)


Desde o período colonial, o espaço geográfico brasileiro foi transformado e produzido
prioritariamente segundo as necessidades do mercado externo em detrimento da formação
econômica interna. Foi por meio dessa perspectiva colonizadora que, a partir de 1530, as
propriedades rurais se organizaram no Brasil.
Com relação às questões agrária e agrícola no Brasil, julgue os itens.

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46.
A partir dos anos 50 do século passado, os países capitalistas desenvolvidos intensificaram o
processo de industrialização da agricultura no mundo subdesenvolvido como parte da
estratégia de revigoramento do capitalismo em âmbito mundial. Esse fato ficou conhecido
como Revolução Verde.

47.
A política de terras no Brasil e a existência da escravidão foram fatores favoráveis à imigração
estrangeira.

48.
No Brasil colônia, a terra era parte do patrimônio pessoal do rei, sendo obtida por meio de
doação. Com a lei de terras de 1850, extinguiu-se o regime de posse, contudo, as terras ainda
foram mantidas como propriedade do Estado e a sua aquisição se dava somente por doação
estatal.

49. (Espcex (Aman) 2013)


Nos últimos anos, o Brasil tem realizado um enorme esforço no sentido de ampliar sua
participação no comércio internacional, buscando superar os elevados custos de deslocamento
que dificultam a chegada dos seus produtos aos mercados externos.
Dentre as principais propostas de ação da atual política de transporte no País, pode-se
destacar:
A) a completa substituição do sistema rodoviário, que é mais dispendioso, pelos sistemas
hidroviário e ferroviário.
B) a construção de estações intermodais a fim de permitir a integração dos diferentes meios
de transporte do País.
C) a construção de novas infraestruturas de circulação urbana (pistas expressas, viadutos) com
o propósito de reduzir congestionamentos e valorizar a paisagem urbana das grandes cidades.
D) a eliminação do transporte de cabotagem com vistas a reduzir os custos portuários e a
intrincada burocracia administrativa.
E) a redução da participação dos investimentos e do controle do setor privado sobre o
transporte rodoviário e sobre o setor portuário a fim de eliminar, por exemplo, os custos com
pedágio.

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50. (Pucrs 2012)


O sistema de transportes é um elemento fundamental para as economias mundiais. Os custos
de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos finais nos
mercados.
Sobre o sistema de transporte brasileiro, afirma-se:
I. O desenho do sistema de transportes reflete as desigualdades regionais entre a Região Norte
e a Região Sudeste.
II. As rodovias dominam a matriz da rede de transportes, elevando os custos de deslocamento
da produção nacional.
III. O sistema ferroviário apresenta uma malha conservada, com deslocamentos dos trens em
velocidade considerada ideal.
IV. A implantação de hidrovias, como o sistema hidroviário Tietê-Paraná, é uma das alternativas
para diminuir o impacto do valor do transporte no preço final de matérias-primas.

Estão corretas apenas as afirmativas:


A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

51. (Fgv 2012)


Analise os gráficos sobre meios de transporte no Brasil.

Comparando os gráficos, pode-se concluir que:

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A) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a matriz I e a II é mínima.


B) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos poluidora que a matriz I.
C) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II, que, por sua vez, é mais econômica.
D) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais expandida, e a II garante economia de
combustível.
E) ambas têm pontos positivos: a matriz I, maior capacidade de expansão, e a II permite
maiores velocidades.

52. (G1 - IFBA 2014)

A análise das figuras e seus conhecimentos sobre o setor de transporte brasileiro permitem
afirmar que:
A) a opção pelo maior investimento nas rodovias se inicia com Juscelino Kubitchek e seu “plano
de metas”.
B) apesar do baixo crescimento, a expansão das ferrovias, entre 1975 e 2005, ocorreu
principalmente na região Norte do país.
C) o modal rodoviário recebeu maior investimento por ser mais vantajoso nos deslocamentos
de longa distância.
D) durante todo o século XX, o Brasil priorizou os investimentos no modal rodoviário,
abandonando o modal ferroviário.
E) entre 1975 e 2005, os investimentos em expansão da malha ferroviária foram similares aos
investimentos em expansão da malha rodoviária.

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53. (Ufsc 2014)

Os cinco trechos mais letais das rodovias federais em 2012


Rodovia Município Número de acidentes Número de mortos
BR 316 Ananindeua (PA) 1.355 32
BR 381 Betim (MG) 1.084 23
BR 101 Serra (ES) 1.209 20
BR 277 Guaraniaçu (PR) 46 20
BR 040 Guaraniaçu (PR) 16 18
Fonte: VEJA, ed. 2333, ano 46, n. 32, p. 101, 7 ago. 2013. [Adaptado]

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).


01) Infere-se do quadro acima que o maior número de acidentes ocorreu no Agreste, uma das
sub-regiões do Complexo Regional do Nordeste.
02) Nos últimos anos, a frota de motocicletas aumentou consideravelmente. Menos seguras
que os automóveis, elas costumam ser o primeiro veículo motorizado de muitos brasileiros que
ascenderam socialmente, explicando, em parte, o crescimento das estatísticas de mortos no
trânsito.
04) O prefixo BR indica que é uma rodovia de administração federal, ou seja, não pode ser alvo
de privatização nem de cobrança de pedágio.
08) As rodovias BR com prefixo 3 interligam o território brasileiro no sentido Norte-Sul; em
Santa Catarina, a BR 375 estende-se de Florianópolis até Dionísio Cerqueira.
16) Considerando as informações contidas no quadro acima, no conjunto, o maior número de
mortos ocorreu em rodovias federais, em municípios que pertencem ao Complexo Regional do
Centro Sul.

54. (Espcex (Aman) 2014)


Sobre as vias de circulação e suas interferências, no espaço econômico dos países, pode-se
afirmar que:
I. apesar da tendência de forte crescimento do modal rodoviário em países de dimensões
continentais, as ferrovias continuam a deslocar parcela significativa das cargas.
II. os elevados custos de deslocamento por via aérea fazem com que o volume e o valor
monetário das mercadorias transportadas sejam desprezíveis em relação ao transportado
pelos demais modais de transporte.
III. a fim de aumentar a velocidade e reduzir os custos de deslocamento, observa-se que os
sistemas de transporte modernos caracterizam-se pela complementariedade entre os
diferentes modais de transporte.

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IV. a rugosidade espacial representada por ferrovias arcaicas, que dão acesso aos portos de um
país, reduz o poder de consumo de sua população.
V. a opção do governo brasileiro pelo transporte rodoviário justifica-se pelo fato de as ferrovias
e hidrovias serem lentas e inadequadas para o transporte de cargas a longas distâncias.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas.


A) II, III e IV.
B) I e II.
C) I, III e IV.
D) II e V.
E) I, III e V.

55. (Uece 2014)


A ferrovia norte-sul é uma obra que tem o objetivo de ampliar a capacidade de escoamento da
produção de mercadorias no Brasil. Sobre esta obra estratégica, analise as afirmações a seguir.
I. Apresenta-se como uma alternativa mais econômica para o transporte de mercadorias e
cargas de longa distância.
II. Algumas das principais mercadorias a serem transportadas são: derivados de petróleo,
cimento, grãos, açúcar e álcool.
III. Interligará os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão e
Roraima, integrando o país inteiro a uma rede de logística.
É correto o que se afirma apenas em
A) I.
B) III.
C) II e III.
D) I e II.

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1. Alternativa B 19. Alternativa A 37. Alternativa C


2. Alternativa E 20. Alternativa E 38. Alternativa E
3. Alternativa B 21. Alternativa B 39. Alternativa E
4. Alternativa C 22. Alternativa C 40. Alternativa E
5. Alternativa E 23. Alternativa E 41. Alternativa E
6. Alternativa E 24. Alternativa E 42. Alternativa C
7. Alternativa D 25. Alternativa C 43. Alternativa C
8. Alternativa A 26. Alternativa C 44. Alternativa C
9. Alternativa E 27. Alternativa C 45. Alternativa E
10. Alternativa A 28. Alternativa C 46. Alternativa C
11. Alternativa D 29. Alternativa C 47. Alternativa E
12. Alternativa D 30. Alternativa E 48. Alternativa E
13. Alternativa A 31. Alternativa C 49. Alternativa B
14. Alternativa E 32. Alternativa B 50. Alternativa D
15. Alternativa B 33. Alternativa A 51. Alternativa B
16. Alternativa E 34. Alternativa C 52. Alternativa A
17. Alternativa D 35. Alternativa E 53. 02 + 16 = 18
18. Alternativa C 36. Alternativa C 54. Alternativa C
55. Alternativa D

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Aula 04 –03Agricultura e Transportes.

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Muito bem, querido concurseiro. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou praticar
todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la.
Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Sonhe alto, pois
“quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Te encontro na nossa
próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

Geografia.
PRF (Policial) Passo Estratégico de Geopolítica Brasileira - 2022 (Pré-Edital) 154
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