285496.

13/04/2023

045.225.741-77.76387

02 MINISIMULADO
POLÍ
CIAFEDERAL

Pr
oc.Penal(
Inédi
tas
)

Coment
ado

“Sucess
oéoac úmulo
depequenosesf
orços,
r
epeti
dosdiaenoit
e..
.”
Rober
tCol
li
er

POLÍ
CIAENADAMAI
S | WWW.
CAVEI
RA.
COM | @PROJETOCAVEI
RA
 285496.13/04/2023

045.225.741-77.76387

Gabarito 1º Mini - PF

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C C C E E C E E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E C E E C C E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E C C E E C C E
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
Direito Processual Penal:
Acerca do inquérito policial, considerando o disposto no
Código de Processo Penal, julgue os próximos itens.
01. Do despacho que indeferir o requerimento de
abertura de inquérito caberá recurso ao Ministério
Público, titular da ação penal.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, o CPP é claro ao afirmar:
Art. 5º (...)
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de
abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de
Polícia.
Ou seja, a autoridade policial possui liberdade técnico-
jurídica para decidir acerca da abertura ou não do IP.
No entanto, em caso de discordância de tal decisão,
cabe recurso ao chefe de polícia.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
02. O inquérito, nos crimes em que a ação pública
depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Trata-se de literalidade do CPP:
Art. 5º (...)
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública
depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
Vejamos breves apontamentos doutrinários sobre o
assunto:
Representação do ofendido como condição de
procedibilidade (crimes de ação penal pública
condicionada à representação):
Trata-se da chamada delatio criminis postulatória,
que é o ato mediante o qual o ofendido autoriza
formalmente o Estado (através do MP) a prosseguir na
persecução penal e a proceder à responsabilização do
autor do fato, se for o caso.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,
pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao
juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade
policial.
02º Mini - PF 2023
Caso a vítima não exerça seu direito de representação
no prazo de seis meses, a contar da data em que tomou
conhecimento da autoria do fato, estará extinta a
punibilidade (decai do direito de representar):
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou
seu representante legal, decairá no direito de queixa ou
de representação, se não o exercer dentro do prazo de
seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é
o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que
se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
03. Dentre as diligências a serem realizadas pela
autoridade policial quando tiver conhecimento da prática
de uma infração penal, está a colheita de todas as
provas que servirem para o esclarecimento do fato e
suas circunstâncias.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, em relação às diligências preliminares, há
uma situação bem peculiar:
Devido à característica administrativa e preparatória do
inquérito policial, muita gente entende que nele não há
colheita de provas e sim apenas de elementos de
informação.
Porém, vejamos a redação do próprio CPP:
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da
infração penal, a autoridade policial deverá:
(...)
III - colher todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
04. Em caso de indiciado preso preventivamente, o
prazo de encerramento do inquérito policial, em crimes
de competência da Justiça Comum, é de 10 dias,
contados a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Galera, prazo do IP é um tema que precisa estar
dominado, ok?
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10
dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
1
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.
Preparei este quadro resumo para auxiliá-los em
revisões futuras:
1) Jus. Estadual
Preso: 10 + 15 (Pacote Anticrime, art. 3º-B, § 2º)
Solto: 30
2) Jus. Federal
Preso: 15+15
Solto: 30
3Jus. Militar
Preso: 20
Solto: 40+20
4) Lei de Drogas
Preso: 30+30
Solto: 90+90
Pelo exposto, o gabarito está certo.
Com relação ao inquérito policial, considerando o
previsto na doutrina, bem como nos Tribunais
Superiores, julgue os próximos itens.
05. É possível fundamentar uma decisão condenatória
apoiada exclusivamente no inquérito policial, em virtude
de seu rico valor probatório.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Segundo Rogério Sanches, a doutrina, de forma
unânime, confere pouco valor probatório ao inquérito
policial. Significa dizer que as provas nele reunidas não
se prestam, por si sós, para fundamentar uma sentença
condenatória, sendo necessária, portanto, a repetição
em Juízo de algumas das provas produzidas. Isso
porque o inquérito tem um forte caráter inquisitivo, em
razão do qual não vigoram princípios como do
contraditório, da ampla defesa e da publicidade,
exigidos pela Constituição apenas para o processo
judicial, via de regra.
Nesse sentido, segue a jurisprudência:
HC 589.270, 2021, STJ: Objetivando reposicionar o
entendimento desta Sexta Turma, entendo que é ilegal
a sentença de pronúncia com base exclusiva em provas
produzidas no inquérito, nos termos do artigo 155 do
Código de Processo Penal.
No entanto, é possível que algumas provas, como a
pericial, embora realizadas no âmbito do inquérito
policial, tenham enorme influência para o julgamento da
02º Mini - PF 2023
causa. É que tal espécie de prova, quase sempre, não
poderá ser reproduzida em Juízo, em vista do tempo
passado entre a prática do crime e a instrução judicial.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
06. A função preparatória do inquérito policial significa
que a existência prévia de um inquérito inibe a
instauração de um processo penal infundado e
resguarda direitos individuais do investigado.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, vejamos as funções do inquérito policial
segundo a doutrina processualista moderna:
1) Função preservadora:
A existência prévia de um IP inibe a instauração de um
processo infundado e resguarda direitos individuais do
investigado.
2) Função preparatória:
O IP fornece elementos de informação para que o titular
da ação penal ingresse em juízo e acautela meios de
prova que podem desaparecer com o tempo.
Assim, a questão está incorreta por ter trocado os
conceitos.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
07. A notitia criminis de cognição imediata ocorre
quando a autoridade policial toma conhecimento do fato
criminoso em razão de suas atividades rotineiras.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Essa é a exata previsão doutrinária, galera.
Caveiras, vejamos um simples resumo com base na
obra de Renato Brasileiro:
Notitia criminis nada mais é que a forma pela qual a
Polícia toma conhecimento da prática do crime.
Pode ser dividida em:
1) Notitia Criminis de Cognição Imediata:
Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento
do fato criminoso em razão de suas atividades
rotineiras.
2) Notitia Criminis de Cognição Mediata:
Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento
2
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
do fato criminoso por meio de um expediente formal
(ex.: requisição do MP, com vistas à instauração do IP).
3) Notitia Criminis de Cognição Coercitiva:
Ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento
do fato em razão da prisão em flagrante do suspeito.
4) Notitia Criminis Inqualificada:
Ocorre quando há denúncia anônima. O Delegado,
antes de instaurar o IP, deve realizar a VPI (verificação
de procedência da informação). Caso haja indícios de
crime, realiza a instauração do IP.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
08. Não é possível desarquivar um inquérito policial que
tenha sido arquivado por insuficiência de provas.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
É o oposto, Caveiras!!!
Súmula nº 524, STF: arquivado o inquérito policial, por
despacho do juiz, a requerimento do promotor de
justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas.
Ou seja, se um IP foi arquivado por “insuficiência de
provas”, seu desarquivamento é possível, desde que
existam provas novas.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
09. Se necessário à prevenção e à repressão dos
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e
outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, os quais deverão ser
fornecidos pela prestadora de telefonia móvel celular
por período de, pelo menos, 60 (sessenta) dias,
renovável por uma única vez, por igual período.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Guerreiros (as), o item trata de um dos mais
importantes meios investigativos previstos no CPP: a
requisição de dados telemáticos!!!
Vejamos a literalidade do código:
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão
dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o
membro do Ministério Público ou o delegado de polícia
02º Mini - PF 2023
poderão requisitar, mediante autorização judicial, às
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os
meios técnicos adequados – como sinais, informações e
outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso. (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016)
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa
posicionamento da estação de cobertura, setorização e
intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016)
§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal:
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação
de qualquer natureza, que dependerá de autorização
judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016)
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia
móvel celular por período não superior a 30 (trinta)
dias, renovável por uma única vez, por igual
período; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
III - para períodos superiores àquele de que trata o
inciso II, será necessária a apresentação de ordem
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).
Desse modo, notamos que o item erra ao afirmar que,
inicialmente, o período mínimo de disponibilização dos
dados será de 60 dias.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
Acerca do tema preservação do local do crime, julgue
os itens subsequentes.
10. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de
todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado
em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua
posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o
descarte.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, esse é o conceito de cadeia de custódia
fornecido pelo CPP:
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto
de todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado
em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua
posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o
descarte (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
Notem que tal conceito foi inserido no código através do
Pacote Anticrime. Nem preciso comentar a importância
3
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
desses conceitos “novos”, haja vista que as bancas os
adoram.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
11. Indício é todo objeto ou material bruto, visível ou
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à
infração penal.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Combatentes, esses conceitos precisam estar na
“massa”, ok?
A questão versa sobre os vestígios.
Art. 158-A, § 3º Vestígio é todo objeto ou material
bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se
relaciona à infração penal (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019).
(...)
Art. 239. Considera-se indício a circunstância
conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra
ou outras circunstâncias.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
12. O início da cadeia de custódia dá-se com a
preservação do local de crime ou com procedimentos
policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Temos aí a literalidade do CPP:
Art. 158-A § 1º O início da cadeia de custódia dá-se
com a preservação do local de crime ou com
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019).
Muitas bancas gostam de induzir vocês ao erro no
sentido de afirmar que o início da cadeia de custódia
ocorre apenas a partir do recolhimento dos vestígios
para serem submetidos à análise pericial, o que está
obviamente errado.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
02º Mini - PF 2023
13. O agente público que reconhecer um elemento
como de potencial interesse para a produção da prova
pericial fica obrigado a acionar o perito, único
responsável pela preservação dos indícios e peritos.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
É a velha máxima, né... se a questão utilizar elementos
restritivos (apenas, só, somente, etc.) já devemos
encará-la com desconfiança.
Art. 158-A, § 2º O agente público que reconhecer um
elemento como de potencial interesse para a produção
da prova pericial fica responsável por sua
preservação (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
Assim sendo, notamos que não é somente o perito que
é responsável pela preservação dos elementos
potenciais para a produção de prova, mas todo e
qualquer agente público que tenha o primeiro contato
com tais elementos.
Perceba que você, como futuro (a) policial, quando se
deparar com um local de crime, será o primeiro
garantidor da integridade dos indícios e vestígios ali
presentes.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
14. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
preferencialmente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames
complementares.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Essa é a literalidade do CPP, de modo que, se não
houver peritos oficiais no local, a coleta dos vestígios
poderá ser realizada por qualquer agente público.
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
preferencialmente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames
complementares (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
Pelo exposto, o gabarito está certo.
15. A entrada em locais isolados, bem como a remoção
de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
liberação por parte do perito responsável, caracteriza
transgressão administrativa, a ser apurada
exclusivamente no âmbito disciplinar.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
4
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
Combatentes, o próprio CPP determina de maneira
expressa que caracteriza o crime de fraude
processual:
Art. 158-C, § 2º É proibida a entrada em locais isolados
bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais
de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual
a sua realização (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
Agora vejam o que diz o Código Penal sobre esse
crime:
Fraude processual
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de
processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de
coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou
o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
16. Após cada rompimento de lacre, deve se fazer
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o
nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a
finalidade, bem como as informações referentes ao
novo lacre utilizado, descartando-se o anterior.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Galera, a parte inicial da questão está toda correta, mas
erra na parte final, pois o lacre anterior não pode ser
descartado em hipótese alguma:
Art. 158-D (...)
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o
nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a
finalidade, bem como as informações referentes ao
novo lacre utilizado (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no
interior do novo recipiente (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019).
Pelo exposto, o gabarito está errado.
17. A quebra da cadeia de custódia não gera nulidade
obrigatória da prova.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Temos aí uma jurisprudência relativamente recente do
Superior Tribunal de Justiça sobre o tema:
02º Mini - PF 2023
HC 653.515, STJ: A violação da cadeia de custódia –
disciplinada pelos artigos 158-A a 158-F do Código de
Processo Penal (CPP) – não implica, de maneira
obrigatória, a inadmissibilidade ou a nulidade da
prova colhida. Nessas hipóteses, eventuais
irregularidades devem ser observadas pelo juízo ao
lado dos demais elementos produzidos na instrução
criminal, a fim de decidir se a prova questionada ainda
pode ser considerada confiável. Só após essa
confrontação é que o magistrado, caso não encontre
sustentação na prova cuja cadeia de custódia foi
violada, pode retirá-la dos autos ou declará-la nula.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
Acerca do reconhecimento de pessoas e da acareação,
considerando não apenas o disposto no Código de
Processo Penal, mas também o posicionamento dos
Tribunais Superiores, julgue os próximos itens.
18. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o
reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará
a prova em separado, evitando-se qualquer
comunicação entre elas.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Futuros e futuras policiais, essa é uma parte do
procedimento adotado no CPP para o reconhecimento
de pessoas.
A medida serve para evitar a ocorrência de
“depoimentos combinados” o que inevitavelmente
geraria alguma injustiça.
Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a
efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada
uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer
comunicação entre elas.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
19. O art. 226 do Código de Processo Penal estabelece
determinações que não precisam ser obrigatoriamente
atendidas para a validade do reconhecimento de
pessoas, constituindo um mero rol de sugestões.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, muita atenção:
Em que pese esse tenha sido o posicionamento em
vigor há muito tempo em nosso ordenamento jurídico (o
rol do art. 226 era apenas uma recomendação),
atualmente, o cenário é diferente.
HC 598.886/SC, STJ: O STJ, revisando entendimento
anterior, firmou orientação de que o art. 226 do CPP
estabelece determinações a serem obrigatoriamente
5
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
atendidas para a validade do reconhecimento de
pessoas.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
20. Reconhecimento de pessoas feito exclusivamente
com base no procedimento previsto no art. 226 do
Código de Processo Penal não serve, por si só, para
embasar eventual decreto condenatório.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Guerreiros (as), sabemos que o rol do art. 226 do CPP
sobre reconhecimento de pessoas é um procedimento
obrigatório (HC 598.886/SC, STJ).
Diante desse cenário, surge o questionamento:
Sendo observado o procedimento de reconhecimento
de pessoas em sua integralidade, é possível haver
condenação unicamente com base nele?
Não!
Vejamos o que diz a jurisprudência atualizada do
Superior Tribunal de Justiça (HC 712.781, 2022, STJ):
1) Reconhecimento seguindo perfeitamente a regra
do art. 226:
Mesmo quando realizado de acordo com o modelo legal
— descrito no artigo 226 do Código de Processo Penal
(CPP) —, o reconhecimento pessoal, embora válido,
"não pode induzir, por si só, à certeza da autoria
delitiva", exigindo provas adicionais, não podendo
fundamentar decreto condenatório.
2) Reconhecimento feito em desacordo com a regra
do art. 226:
Reconhecimento for feito em desacordo com a lei, será
inválido e não poderá "lastrear juízo de certeza da
autoria do crime, mesmo que de forma suplementar",
nem servir de base para a decretação de prisão
preventiva, o recebimento de denúncia ou a pronúncia
do réu.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
21. Não se admite a acareação entre testemunhas
através de carta precatória.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, de modo resumido, a acareação nada mais é
que a confrontação de duas ou mais testemunhas, entre
si ou com as partes ('litigantes'), cujos depoimentos
anteriores não foram suficientemente esclarecedores.
02º Mini - PF 2023
Vejamos o que dispõe o CPP sobre o assunto:
Art. 229. A acareação será admitida entre acusados,
entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre
acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as
pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados,
para que expliquem os pontos de divergências,
reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas
declarações divirjam das de outra, que esteja presente,
a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se
subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à
autoridade do lugar onde resida a testemunha
ausente, transcrevendo-se as declarações desta e
as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim
de que se complete a diligência, ouvindo-se a
testemunha ausente, pela mesma forma
estabelecida para a testemunha presente. Esta
diligência só se realizará quando não importe demora
prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.
Ou seja, nos termos do art. 230, é plenamente possível
que haja acareação entre testemunhas através de carta
precatória.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
Com relação à jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça sobre busca e apreensão, bem como ao
disposto no Código de Processo Penal, julgue os
próximos itens.
22. Não há exigência legal de que o mandado de busca
e apreensão detalhe o tipo de documento a ser
apreendido, ainda que ele tenha natureza sigilosa.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Vejamos o que diz o Tribunal:
Segundo o STJ (número do julgado não divulgado por
razão de segredo judicial) não há exigência legal de que
o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo de
documento a ser apreendido, ainda que ele tenha
natureza sigilosa. Com esse entendimento, a Sexta
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu,
por maioria, que não houve nulidade na apreensão de
prontuários médicos durante uma investigação criminal
no município de Londrina (PR).
Pelo exposto, o gabarito está certo.
6
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
23. A depender do caso concreto e da gravidade dos
crimes investigados, é cabível decisão judicial que
autoriza busca e apreensão coletiva em residências,
feita de forma genérica e indiscriminada.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Segundo o STJ, é incabível tal tipo de mandado, por
violar claramente direitos constitucionais das
comunidades menos favorecidas, haja vista sua
generalização indiscriminada (HC 435.934/RJ, STJ):
“Para a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), é ilegal a decisão judicial que autoriza busca
e apreensão coletiva em residências, feita de forma
genérica e indiscriminada. O colegiado concedeu
habeas corpus nesta terça-feira (5) para anular decisão
que autorizou a medida em domicílios nas comunidades
de Jacarezinho e no Conjunto Habitacional Morar
Carioca, no Rio de Janeiro, sem identificar o nome de
investigados e os endereços a serem objeto da
abordagem policial.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro impetrou o
habeas corpus coletivo em benefício dos moradores
dessas comunidades pobres, argumentando que, além
de ofender a garantia constitucional que protege o
domicílio, o ato representou a legitimação de uma série
de violações gravíssimas, sistemáticas e generalizadas
de direitos humanos.
Segundo a DP, a medida foi tomada, em agosto de
2017, após a morte de um policial em operação das
forças de segurança nas favelas de Jacarezinho,
Manguinhos, Mandela, Bandeira 2 e Morar Carioca, o
que levou à concessão da ordem judicial de busca e
apreensão domiciliar generalizada na região. A ordem
era para que a polícia tentasse encontrar armas,
documentos, celulares e outras provas contra facções
criminosas.
Na decisão que autorizou a revista indiscriminada de
residências nas áreas indicadas pela polícia, a juíza
responsável fez menção à forma desorganizada como
as comunidades pobres ganham novas casas
constantemente, sem registro ou numeração que as
individualize. Segundo ela, a revista coletiva seria
necessária para a própria segurança dos moradores da
região e dos policiais que ali atuam.”
Pelo exposto, o gabarito está errado.
24. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no
território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado,
quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento
de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à
competente autoridade local, antes da diligência ou
após.
Gabarito: C
02º Mini - PF 2023
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Essa é a literalidade do CPP:
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão
penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de
outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem
no seguimento de pessoa ou coisa, devendo
apresentar-se à competente autoridade local, antes da
diligência ou após, conforme a urgência desta.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
Acerca da prisão, das medidas cautelares e da
liberdade provisória, julgue os itens que se seguem.
25. Um dos pressupostos exigidos para a decretação de
medidas cautelares é a adequação da medida à
gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, é exatamente o disposto no Código de
Processo Penal sobre as cautelares:
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
deverão ser aplicadas observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a
investigação ou a instrução criminal e, nos casos
expressamente previstos, para evitar a prática de
infrações penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime,
circunstâncias do fato e condições pessoais do
indiciado ou acusado.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
26. As medidas cautelares somente podem ser
aplicadas cumulativamente com uma pena restritiva de
direitos.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Combatentes, erro grosseiro na alternativa.
As medidas cautelares são aplicadas ao longo da
investigação policial / processo criminal.
Por outro lado, como o próprio nome já diz, as penas
restritivas de direito são penas aplicadas, via de regra,
ao final do processo penal quando da condenação.
Percebam que são momentos processuais distintos.
Além disso, o CPP dispõe:
7
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
Art. 282 (...)
§ 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas
isolada ou cumulativamente.
Pelo exposto, o gabarito está errado.
27. Somente a pedido das partes o juiz poderá revogar
a medida cautelar anteriormente imposta.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Futuros e futuras policiais, há uma sutil diferença entre
a decretação e a revogação / substituição das medidas
cautelares.
No primeiro caso, o juiz não pode agir de ofício
(dependendo de provocação). Já no último, poderá agir
de ofício sem problemas.
Decretação:
Art. 282 (...)
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a
requerimento das partes ou, quando no curso da
investigação criminal, por representação da
autoridade policial ou mediante requerimento do
Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019).
Revogação / substituição:
Art. 282 (...)
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes,
revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como
voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
Pelo exposto, o gabarito está errado.
28. A prisão preventiva somente será determinada
quando não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Essa é a literalidade do CPP, incluída através do Pacote
Anticrime:
Art. 282 (...)
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada
quando não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o
não cabimento da substituição por outra medida
cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada
02º Mini - PF 2023
nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019).
Segundo Aury Lopes Jr, por muito tempo, em nosso
ordenamento jurídico, houve uma banalização da prisão
preventiva. No entanto, devido ao fato de ser uma
medida extremamente grave, deve apenas ser aplicada
quando não houver outros recursos menos ofensivos a
serem aplicados ao caso concreto.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
Com relação à prisão em flagrante, julgue os próximos
itens.
29. Quando o agente é encontrado, logo depois de
cometer a infração penal, com instrumentos, armas,
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração, estamos diante do denominado flagrante ficto.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Vejamos um resumo bem completo sobre as
modalidades de flagrante previstas no CPP, segundo
Renato Brasileiro:
1) Flagrante próprio / perfeito / real / verdadeiro (art.
302, I e II, CPP):
O agente é surpreendido cometendo uma infração penal
ou quando acaba de cometê-la. A expressão “acaba de
cometê-la” deve ser interpretada de forma restritiva, no
sentido de absoluta imediatidade (sem qualquer
intervalo de tempo).
Em outras palavras, o agente é encontrado
imediatamente após cometer a infração penal, sem que
tenha conseguido se afastar da vítima e do lugar do
delito.
HC 154.949/MG, STJ: A prisão em flagrante poderá ser
efetuada ainda que posteriormente seja reconhecida a
atipicidade material da conduta (princípio da
insignificância), tendo em vista que, no momento da
captura do agente, ocorre apenas a análise da
tipicidade formal.
2) Flagrante impróprio / irreal / quase-flagrante (art.
302, III, CPP):
Ocorre quando o agente é perseguido logo após
cometer a infração penal, em situação que faça
presumir ser ele o autor do ilícito.
Exige o flagrante impróprio a conjugação de 03 fatores:
a) perseguição (requisito de atividade);
b) logo após o cometimento da infração penal (requisito
temporal);
8
 285496.13/04/2023
045.225.741-77.76387
PROJETO CAVEIRA
c) situação que faça presumir a autoria (requisito
circunstancial).
Impõe-se, inicialmente, verificar o sentido da expressão
“logo após”:
HC 83.895/CE, STJ: A expressão “logo após”
compreende o lapso temporal que permeia o
acionamento da autoridade policial, seu
comparecimento ao local e colheita de elementos
necessários para que dê início à perseguição do autor.
A doutrina tem entendido, inclusive, que não importa se
a perseguição é iniciada por pessoas que estavam no
local ou pela polícia, acionada por meio de ligação
telefônica.
HC 55.559/GO, STJ: A sequência cronológica dos fatos
demonstra a ocorrência do denominado flagrante
impróprio (art. 302, III, CPP), hipótese em que a polícia
foi acionada às 05:00 horas, logo após a prática do
crime, saindo à procura do veículo utilizado pelo autor,
logrando êxito em localizá-lo por volta das 07:00 horas
do mesmo dia, em frente à casa de sua mãe, onde o
agente encontrava-se dormindo. Do momento de seu
acionamento até a efetiva localização, a polícia
demorou cerca de 02:00 horas, não há dúvidas acerca
da situação flagrancial, até porque foram encontrados
brincos da vítima no interior do veículo utilizado para a
prática da infração penal, situação que faz presumir ser
o paciente autor da infração penal.
Como a lei não define o que se entende por logo após,
aplica-se, por analogia, o disposto no art. 290, § 1º,
CPP:
Art. 290, § 1º - Entender-se-á que o executor vai em
perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção,
embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que
o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual
direção, pelo lugar em que o procure, for no seu
encalço.
HC 66.616/SP, STJ: Carece de fundamento legal,
portanto, a regra popular segundo a qual a prisão em
flagrante só pode ser levada a efeito em até 24 horas
após o cometimento do crime. Isso porque, nos casos
de flagrante impróprio, desde que a perseguição seja
ininterrupta e tenha tido início logo após a prática do
crime, é cabível a prisão em flagrante mesmo após o
decurso desse lapso temporal. Ex: acusado que estava
sendo medicado em emergência de hospital em razões
de tiros que o atingiram durante perseguição policial,
logo após o crime, e que foi preso.
3) Flagrante presumido / ficto / assimilado (art. 302,
IV, CPP):
02º Mini - PF 2023
Ocorre quando o agente é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
A lei não exige que haja perseguição, bastando que o
suspeito seja encontrado logo depois da prática do
crime, com coisas que traduzam um veemente indício
de autoria ou participação.
Parte da doutrina defende que a expressão “logo
depois” deve ser interpretada de modo um pouco mais
amplo que a expressão “logo após”. No entanto, tratam
de coisas sinônimas: relação de imediatidade entre o
início da perseguição (flagrante impróprio) e o encontro
do suspeito (flagrante presumido).
A única diferença entre ambos é que no flagrante
impróprio há perseguição, ao passo que no flagrante
presumido há o encontro do suspeito com objetos que
façam presumir ser o ele o autor da infração penal.
REsp 147.839, STJ: Agentes encontrados algumas
horas depois do crime em circunstâncias suspeitas,
aptas a autorizar a presunção de serem os autores do
delito, por estarem na posse do automóvel e dos
objetos da vítima, além do fato de tentarem ao fugir ao
perceberem a viatura policial.
Pelo exposto, o gabarito está certo.
30. Segundo a doutrina majoritária, a prisão em
flagrante divide-se em apenas duas etapas, quais sejam
a captura e a lavratura do auto de prisão em flagrante.
Gabarito: E
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Galera, Renato Brasileiro lista as seguintes etapas da
prisão em flagrante:
1ª etapa – Captura: resguardar a ordem pública,
cessando a lesão que estava sendo cometida ao bem
jurídico;
2ª etapa – Condução coercitiva: finalidade de se
adotarem as providências legais;
3ª etapa – Lavratura do APF: documentação dos
elementos de prova da infração que acabou de ser
cometida;
4ª etapa – Recolhimento ao cárcere: manutenção do
agente no cárcere = não será necessária quando for
cabível a concessão de fiança pela autoridade policial
(infrações com pena privativa de liberdade máxima até
04 anos);
5ª etapa – Comunicação da prisão ao Juiz: doutrina
minoritária;
6ª etapa – Realização da audiência de custódia:
doutrina minoritária.
9
 285496.13/04/2023

045.225.741-77.76387

PROJETO CAVEIRA 02º Mini - PF 2023

Como notamos, as 04 primeiras etapas são

consideradas como “obrigatórias” pela doutrina
majoritária. As etapas 05 e 06 apenas alguns poucos
doutrinadores defendem como sendo parte da prisão
em flagrante.

Pelo exposto, o gabarito está errado.

10