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Toda vez que se fala sobre o turismo, sempre se observa a questão dos

impactos. Uma vez que o turismo interfere no meio, os impactos


geralmente acontecem. Esses impactos acontecem dentro das perspectivas
econômicas, sociais, culturais e ambientais. Os impactos que surgem no
sistema turístico podem ser positivos ou negativos dentro de um certo
ambiente.
“Os impactos têm origem nas mudanças promovidas pela transformação de
um lugar em destino turístico, na medida em que as ações e intervenções
são realizadas, interferindo diretamente, de forma positiva ou negativa, na
comunidade residente e no meio ambiente natural, social e cultural.”
Diante disso, vou apontar os principais impactos do turismo receptivo em
relação ao seu espaço de atuação.
Os principais impactos econômicos positivos no turismo são:
Aumento da renda do lugar visitado;
O estímulo de investimentos e a geração de empregos;
O meio de distribuição de riquezas.

Além dos impactos positivos, o turismo também tem impactos econômicos


bastantes negativos, dentre eles podemos citar alguns como:
Pressão inflacionária;
Grande dependência financeira em relação ao turismo;
Aumento dos custos sociais e ambientais;
Prioridades de investimentos que estimulam apenas a atividade turística.

Alguns impactos sociais positivos relacionados ao turismo são:


Melhoria da qualidade de vida;
Regularidade na distribuição de renda;
Aumento do desenvolvimento social;
Vários benefícios econômicos;
Principais impactos sociais negativos:
Especulação imobiliária;
Inflação dos produtos e serviços;
Ocorrência de prostituição;
Maior incidência de alcoolismo;
Aumento do índice de violência.

Impactos culturais positivos:


Valorização do artesanato local;
Valorização da herança cultural;
Preservação do patrimônio artístico histórico e cultural;
Respeito as culturas tradicionais;

Impactos culturais negativos:


Descaracterização do artesanato;
Desvalorização das manifestações culturais tradicionais;
Destruição do patrimônio histórico;
Acesso maciço de turistas;
Circulação excessiva de pessoas e veículos;

impactos ambientais negativos:


Destruição do meio ambiente: desmatamento e diminuição da fauna;
Ingerência humana;
Acumulo de lixo;
Visitação massiva e etc..
Saber aproveitar o potencial da cidade e da região é uma regra básica para
o desenvolvimento do turismo receptivo. Porém temos que pensar que o
turismo é uma atividade dinâmica e que os impactos e suas consequências
mudam constantemente. Nesse sentido, é muito importante minimizar os
impactos negativos e otimizar os positivos, para enriquecer a experiência
dos turistas e consequentemente a experiência que quem recebe e acolhe o
turista

Sustentabilidade: (meu grupo arquitetura e urbanização)


O turismo é uma atividade econômica em que o consumidor se desloca até
o produto, como também é uma atividade geradora de mobilidade com
grande capacidade de se tornar impactante. Em relação às práticas espaciais
o turismo tende a criar um desenvolvimento contraditório e excludente,
marcado pelo confinamento dos espaços públicos de lazer, pela
espetacularização do espaço urbano, pelo simulacro na arquitetura e na
intervenção no patrimônio histórico e pela segregação sócio-espacial

Ao analisarmos a questão pelo viés do turismo sustentável, verificamos que


o turismo estimulado pelas experiências afetivas e estéticas da visitação a
patrimônios históricos e/ou marcos arquitetônicos, pode impactar
negativamente as cidades se essas não se prepararem com um planejamento
urbanístico adequado. Como exemplo o aumento da poluição causada pela
circulação de veículos automotores em centros históricos, o que pode
diminuir a vida útil dessas casas que estão lá há séculos, seja pelas
emissões de gases poluidores, seja pela trepidação que, gradativamente,
pode vir a abalar as estruturas dos prédios.

Portanto, a forma e a estrutura urbana têm um papel fundamental na


melhora da qualidade ambiental e o desenho urbano pode melhorar a
qualidade ambiental das cidades. Sendo assim, para que esse turismo se
torne sustentável deve-se buscar avaliar a capacidade de carga do destino.
Boas ações:

Integração de espaços públicos o que pode resultar em um espaço urbano


permeável e acessível aos pedestres e portadores de deficiência física,
reduzindo a demanda por veículos motorizados.
Criar circuitos integrados com uma eficiente e segura rede de transporte
público pode transformar o caminhar em uma atividade extremamente
prazerosa para o turista o que ainda lhe permite apreciar com detalhes a
arquitetura que busca.
Criação e manutenção de espaços urbanos de qualidade que observem
também as questões inerentes à preservação ambiental. Isso envolve vários
atores nos processos de decisão: empreendedores, governo e população
que, de uma forma interativa poderão minimizar os impactos negativos que
a indústria do turismo pode vir a causar nos recursos urbanos das
destinações, melhorando a qualidade do meio ambiente natural das cidades.
Criação de regras para a visitação.

Essa interação nas decisões, esse envolvimento coletivo é o aspecto


positivo que o turismo pode trazer para a região. Nesse caso ele se
transforma na mola propulsora do desenvolvimento urbanístico e
consequentemente da conservação também da arquitetura histórica local.

Em um outro aspecto, o Design dos Interiores assume uma


responsabilidade solidária. Além de poder contribuir para a preservação da
identidade cultural de uma determinada cidade ou região, através da
introdução do artesanato, da utilização de materiais e até mão de obra local,
o design dos interiores destinados ao uso coletivo dos turistas deve estar
atento aos novos conceitos de sustentabilidade.
Trabalhar em prol da sustentabilidade implica trabalhar com prudência
ecológica, possibilitar a inclusão social e propiciar desenvolvimento
econômico sustentado no tempo. No campo da gestão empresarial, essa
tríade tem sido tratada como “triple botton line”, expressão que identifica
as três dimensões da sustentabilidade: a ambiental, a social e a econômica.

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