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Álgebra Linear-I

Samuel Brito Silva

DMAI-UFS

21/11/2019

Samuel Brito Silva Álgebra Linear-I


O espaço L(U, V )

Definição 1
Dado os espaço vetoriais U e V sobre K, denotamos por
L(U, V ), o conjunto de todas as transformações lineares de U
aV.

Samuel Brito Silva Álgebra Linear-I


O espaço L(U, V )

Observação 1
O conjunto L(U, V ) é espaço vetorial.

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O espaço L(U, V )

Observação 2
Quando U e V são de dimensões finitas, temos que
dimK L(U, V ) = dimK U.dimK V.

Samuel Brito Silva Álgebra Linear-I


Definição 2
Seja U um K-espaço vetorial. Um operador linear é uma
transformação linear T : U −→ U .

Samuel Brito Silva Álgebra Linear-I


O espaço L(U, U )

Observação 3
Pode-se definir uma operação extra no conjunto dos
operadores lineares L(U, U ), especificamente, a composição.
Tal operação é associativa e tem um elemento neutro. Por
outro lado, não é verdade que todo elemento de L(U, U ) tem
um inverso com relação a esta operação e nem que esta
operação seja comutativa.

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Funcionais Lineares

Definição 3
Seja V um K-espaço vetorial. Um funcional linear em V é uma
transformação linear f : V −→ K.

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Funcionais Lineares

Observação 4
Seja V um espaço vetorial sobre K e f : V −→ K um funcional
linear não nulo. Observe que f é sempre sobrejetora e será
injetora se e somente se dimK V = 1 (e neste caso será
também um isomorfismo).

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Espaço Dual

Observação 5
Vamos denotar a partir de agora L(V, K) por V ∗ e chamá-lo de
espaço dual a V . Segue facilmente que dimK V = dimK V ∗ .

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Espaço Dual

Exemplo 1
Seja V = Kn e sejam α1 , · · · , αn ∈ K. Então
P a função
f : Kn −→ K dada por f (x1 , · · · , xn ) = ni=1 αi xi pertence a
V ∗ . Observe ambém que se escolhermos αi = 1 e αj = 0 se
j 6= i, então a função f : Kn −→ K dada por f (x1 , · · · , xn ) = xi
é a i-ésima projeção de Kn em K (ou a projeção sobre a
i-ésima coordenada).

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Espaço Dual

Exemplo 2
Considere o K-espaço vetorial V = P(K) e α ∈ K. A função

fα : V −→ K
p 7−→ p(α)
é um funcional linear.

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Espaço Dual

Exemplo 3
A função

f : C([a, b], C) −→ C
Rb
x 7−→ f (x) = a x(t)dt
está em (C([a, b], C))∗ .

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Espaço Dual

Exemplo 4
Seja V = Mn (K) e considere a função traço, isto é, a função

tr : V −→ K
7−→ tr A = ni=1 aii
P
A = (aij )i,j
Não é difícil ver que tr ∈ V ∗ .

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Base Dual

Seja agora V um espaço vetorial sobre K de dimensão finita e


seja β = {v1 , · · · , vn } uma base de V . Queremos construir
uma base β ∗ de V ∗ que esteja relacionada à base β.

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Base Dual

Teorema 1
Seja V um espaço vetorial de dimensão finita sobre K e seja
β = {v1 , · · · , vn } uma base de V . Então existe uma única base
β ∗ = {f1 , · · · , fn } de V ∗ tal que fi (vj ) = δij , para
i, j = 1, · · · , n. Além disto, para cada v ∈ V , temos que
n
X
v= fi (v)vi
i=1

e para cada f ∈ V ∗, temos que


n
X
f= f (vi )fi .
i=1

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Base Dual

Exemplo 5
Sejam v1 = (1, 1, 1), v2 = (1, 1, −1) e v3 = (0, 1, 1) em R3 .
Observe que β = {v1 , v2 , v3 } é uma base de R3 como
R-espaço vetorial. Calcule a base dual de (R3 )∗ .

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Base Dual

Exemplo 6
Seja V = P2 (R) e considere a base β = {1, t + 1, t2 + t}.
Calcule a base dual de V ∗ .

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Base Dual

Exemplo 7
Vamos considerar neste exemplo o problema inverso do
descrito acima, isto é, vamos considerar um espaço vetorial V
e uma base β ∗ de V ∗ e tentar encontrar uma base β tal que β ∗
seja a base dual de β. Seja V = P2 (R) e considere os
funcionais fi (p(t)) = p(i), para i = 1, 2, 3.

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