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DIREITO CIVIL I
Prof. MS Vanderlei Ferreira de Lima
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1.6.1.2 De Direito Privado (Externo)
São as grandes empresas que possuem estabelecimentos em diversos países e são denominadas de
multinacionais, ex.: GM, Wolkswagen.
1.6.2 Nacionais
1.6.2.1 De Direito Público (Interno)
São a União, os Estados Membros (26), o Distrito Federal (1), os municípios, as autarquias (INSS é
autarquia federal, o DAE é uma autarquia municipal), as fundações públicas, as agências reguladoras
(art. 41 CC, ex: NAC, NEEL, ANVISA, NATEL).
1.6.2.2 De Direito Privado (Interno)
São as empresas privadas cujo capital e patrimônio pertence a pessoas particulares. São elas:
a) Associações, que trata-se de um grupo de pessoas que se reúne para alcançar um objetivo
comum em benefício dos associados. Este objetivo pode ser de fins culturais, educacional,
desportivos, etc.
As associações não produzem lucro. Ex: BTC, Associação de moradores, Associação dos Fiscais
de Renda do Estado de São Paulo.
b) Sociedades, que podem ser simples quando constituídas de profissionais liberais tais como
médicos, engenheiros, advogados, etc.; ou sociedade empresarial, que é aquela destinada à
prática de atos empresariais, tais como atos de comércio ou prestação de serviços.
A sociedade tem por finalidade produzir lucros a seus sócios.
c) Fundações privadas, trata-se de um conjunto de bens que os eu instituidor destina para que os
mesmos sejam aplicados na execução de uma atividade de natureza cultural, religiosa,
educacional, ou assistencial, em benefício da coletividade. O Ministério público tem como
atribuição a de velar/fiscalizar a regularidade do funcionamento de uma fundação privada,
podendo inclusive pedir a sua extinção judicial. Ex.: Fundação Roberto Marinho, Fundação Gol
de Letra.
d) Organizações religiosas, são pessoas jurídicas de direito privado que tem finalidades espirituais
bem como a realização de cultos religiosos.
e) Partidos políticos, trata-se de agrupamento de pessoas que se reúnem em torno de uma
ideologia e, através do voto tentam implantar essa ideologia no país. (art. 17 da CF c/c lei
9096/95). O partido político deve registrar seu estatuto no Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas e no Tribunal Superior Eleitoral.
Embora não esteja arrolado no art. 44 do CC, os sindicatos também são pessoas jurídicas de
direito privado cujo estatuto deve ser registrado no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas e
Ministério do Trabalho.
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somente pode ocorrer quando a pessoa jurídica for utilizada para fraudar a lei, para lesionar terceiros,
ou quando houver confusão entre o patrimônio dos sócios e o patrimônio da pessoa jurídica (art. 50 CC).
Inicialmente, essa teoria foi preconizada no direito anglo-americano com o nome de disregard
of legal entity.
No ordenamento jurídico pátrio, ela foi inserida inicialmente no art. 135 do CTN (Código
Tributário Nacional) para as relações tributárias e após, no art. 28 da lei 8078/90 para as relações de
consumo, e no art. 4º da lei 9605/98 para danos ambientais, e, finalmente no art. 50 do CC para toda e
qualquer relação jurídica.
Responsabilidade Civil
1. Conceito
Trata-se do dever genérico imposto pela lei a todas as pessoas de não causarem danos a outrem sob
pena de serem obrigadas a indenizar (arts. 186, 927 e 389 do CC).
2. Requisitos essenciais da responsabilidade civil
2.1 Conduta
Que se traduz em uma ação (conduta comissiva), ou em uma omissão (conduta omissiva).
Comissiva ex.: imprudência
Omissiva ex.: negligência
2.2 Dano (art. 402 CC)
Patrimonial
O Dano pode ser patrimonial, que consiste nos danos emergentes (prejuízo efetivo da vítima), e os
lucros cessantes (tudo aquilo que a vítima razoavelmente deixou de ganhar/auferir).
*Danos emergentes
-é aquilo que a vítima gastou para reparar o dano.
*Lucros cessantes é tudo aquilo que a vítima razoavelmente deixou de ganhar.
Moral
É o abalo psicológico sofrido pela vítima em razão da conduta do autor. Este dano não reduz o
patrimônio da vítima, todavia, causa-lhe sofrimento psicológico.
Para aferir o valor do dano moral, a lei utiliza o critério do arbitramento, ou seja, a lei atribui ao juiz o
dever de arbitrar o valor econômico do dano moral sofrido pela vítima.
2.3 Nexo de Causalidade entre a conduta e o dano
É a relação que liga o dano causado à conduta do agente, ou seja, sem a conduta do agente não
haveria o dano. Desta forma, a culpa exclusiva da vítima, a força maior, e o caso fortuito excluem a
responsabilidade de indenizar.
3. Espécies de Responsabilidade Civil
1.1 Extracontratual ou Aquiliana (art. 186/187 c/c 927 segs. CC)
Esta espécie de responsabilidade civil decorre do dever genérico imposto pela lei a todas as pessoas
para não causarem dano a outrem sob pena de serem obrigadas a indenizá-lo. Entre as partes, autor e
vítima do dano, não existe qualquer vínculo contratual.
1.2 Contratual (art. 389 CC)
Neste caso, existe um contrato entre o autor e a vítima dos danos. Os danos decorrem do
descumprimento do contrato. Assim, aquele que deu causa ao descumprimento do contrato, fica
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obrigado a indenizar os danos causados pelo seu inadimplemento, ou seja, em face de ter deixado de
cumprir o contrato.
1.3 Subjetiva ou Teoria da Culpa
Nesta espécie de responsabilidade civil a vítima deverá provar seus requisitos essenciais (conduta,
dano e nexo de causalidade), bem como deverá provar que o autor do dano agiu com culpa lato sensu,
que abrange a culpa strictu sensu (negligência e imprudência) e o dolo.
Esta espécie de responsabilidade civil é a regra em nosso ordenamento jurídico.
Culpa lato sensu
Culpa strictu sensu (negligência e imprudência) (culposo)
Dolo (doloso)
1.4 Objetiva ou sem culpa
Nesta espécie de responsabilidade civil, a vítima tem que provar os requisitos essenciais (conduta,
dano, e nexo de causalidade), todavia, ela não precisa provar que o agente agiu com culpa lato sensu, ou
seja, esta teoria dispensa a prova da culpa do agente.
São casos de responsabilidade civil objetiva: por danos causados ao meio ambiente, por danos
causados aos consumidores, por acidente de trabalho, por danos causados pela Administração Pública
(parágrafo 6º do art. 37 da CF/88).
Embora esta teoria dispense a prova da culpa, não é sempre que o autor da conduta é chamado a
indenizar. Ele pode excluir a sua responsabilidade civil se provar a presença/existência de alguma
excludente de responsabilidade civil. São elas:
a) Culpa exclusiva da vítima;
b) Força maior. O dano decorreu de evento da natureza tais como incêndio,
inundação, terremoto, etc.
c) Caso fortuito. O evento decorre de ato humano praticado por terceiro, tais
como tumulto, vandalismo, etc.
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provar a culpa lato sensu da pessoa jurídica (culpa strictu sensu que consiste na negligência e
imprudência; e o dolo). Trata-se da aplicação da teoria da responsabilidade civil subjetiva ou aquiliana.
d) Objetiva
Existem alguns casos em que a pessoa jurídica é chamada a indenizar os danos causados a terceiros
independentemente de a vítima ter que provar dolo ou culpa. Trata-se da aplicação da teoria da
responsabilidade objetiva ou sem culpa. São exemplos de aplicação dessa espécie de responsabilidade
civil: danos ao meio ambiente, danos aos consumidores, danos decorrentes de acidentes de trabalho,
etc. decorrentes de acidentes.
Risco administrativo
Admite excludentes
a) Culpa exclusiva da vítima
b) Força maior
c) Caso fortuito
Responsabilidade civil objetiva
Risco integral
Sempre é chamado a indenizar
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*Nós adotamos apenas a modalidade do risco administrativo!