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Língua quíchua

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O quíchua[1][2] (qhichwa simi ou runa simi), também chamado de quechua ou quéchua,[1] é uma


importante família de línguas indígenas da América do Sul, ainda hoje falada por cerca de dez milhões
de pessoas de diversos grupos étnicos da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru ao
longo dos Andes. Possui vários dialetos inteligíveis entre si. É uma das línguas oficiais de Bolívia, Peru
e Equador.
 quíchua era falado na região central dos Andes desde bem antes da época do Império Inca, o qual
adotou a mesma como oficial da administração. Ainda é falado hoje, na forma de vários dialetos ,sendo
o idioma nativo mais falado na América do Sul. Sua influência distribui-se no Peru, centro e sudoeste
da Bolívia, sul da Colômbia e do Equador, norte da Argentina e norte do Chile.

História
Desde bem antes da ascensão do Império Inca, no século XV, os diversos dialetos quíchuas eram
largamente disseminados na região. Os incas adotaram oficialmente o dialeto dito "clássico" ou do sul.
Com a expansão do império por conquistas, esse dialeto se tornou a língua franca do Peru pré-
Colombiano, mantendo essa condição mesmo depois da conquista pela Espanha no século XVI.
Antes da chegada dos espanhóis e da introdução do alfabeto latino, a língua Quéchua não tinha
forma escrita. As informações numéricas eram registradas pelos incas por meio de quipos (cordões
coloridos de lã com diversos nós). Os registros escritos mais antigos do quíchua são do frei Domingo
de Santo Tomás, chegado ao Peru em 1538, que aprendeu o idioma desde 1540, publicando
sua Grammatica o arte de la lengua general de los indios de los reynos del Perú em 1560.
Muitos consideram o quíchua como uma língua do grupo quechumaran, junto com a língua aimará,
principalmente pelo fato de ambas línguas terem muitas palavras em comum. Essa proposta apresenta
controvérsias, pois, se os cognatos são bem próximos (mais próximos até que cognatos
"intraquéchuas"), o sistema de afixos é bem diferente. As similaridades podem se dever mais ao
contato entre os falantes das duas línguas do que a origem comum. O quíchua foi espalhado para
mais além das fronteiras do Império Inca pela Igreja Católica, que a escolheu para sua pregação entre
os índios. Onde os povos quíchua e aimará convivem, os falantes do espanhol dão preferência aos
termos quíchuas. Na Bolívia, no sul rural, há inclusive palavras quíchuas que são usadas mesmo pelos
que falam só aimará, como wawa ("criança"), michi ("gato"), wasca ("barbante", ou "puxar com força").
Hoje, o quíchua é língua oficial no Peru e na Bolívia, junto com o espanhol e o aimará. A maior
dificuldade para o uso mais corrente e ensino do quíchua é a falta de material escrito na língua, tais
como jornais, livros, revistas, softwares etc. As modernas tecnologias de informática vêm dificultando
mais ainda o uso do idioma. Tanto o quíchua como o aimará e as demais línguas indígenas da
América sobrevivem apenas na linguagem oral.
Vários vocábulos originais da língua entraram nas línguas modernas através do espanhol, tais
como coca, condor, guano, gaúcho, inca, lhama, pampa, batata (esta
de papa para papata e patata), puma, vicunha, Chaco, mate, guampa, chácara[3] etc.
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_qu%C3%ADchua

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