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Universidade Federal de Alagoas

Campus de Engenharias e Ciências Agrárias


Manejo de Fauna Silvestre
Profº Priscylla Costa Dantas

Nome:

Atividade 1 – AB1 (4,0 pontos)

Há décadas é discutido sobre um novo fenômeno de extinção causado pelas


ações antropogênicas. Com o perigo da extinção em massa, que se iniciou
principalmente pelos ecossistemas marinhos é uma afirmação entre os estudiosos do
tema que a extinção se ampliará para a raça humana, pois “sem vida nas águas, não há
vida na terra”.
O documentário Racing Extinction traz um contraste entre as belas imagens da
vida e as amargurantes mortes causadas pela ação humana, contudo, finaliza tentando
deixar uma mensagem positiva, em tom otimista, enfatizando que “podemos começar
uma mudança dando o primeiro passo, importante é fazer alguma coisa”.
Com base nessas afirmações e na fala dos pesquisadores do segundo vídeo sobre
a atividade humana na extinção das espécies, elabore um texto com sua opinião crítica
sobre as diversas ameaças humanas ao meio ambiente, que nos levam a um processo de
extinção em massa.
Relacione seu texto à questões mais aprofundadas que as ambientais como as
econômicas-sociais, em que grupos precisam da caça e pesca para sua subsistência e dê
exemplos de ações que poderiam ser investidas para que pudesse ocorrer soluções
sustentáveis.
OBS: Seu texto deve conter informações suficientes para preencher pelo
menos 1 folha de A4 (espaçamento 0 entre parágrafos e 1,5 entre linhas).
É notório, não só no campo científico, mas também no campo prático, os
impactos das ações humanas nos diversos ecossistemas presentes no planeta terra. E o
mais intrigante é que esse planeta, até então, é o único no qual podemos habitar,
conforme comentado pelos pesquisadores no vídeo.
Os pesquisadores ressaltaram que, durante as primeiras civilizações, o ser
humano, enquanto nômade, causou muitos desequilíbrios nos ambientes no qual passou.
Isso foi em decorrência da caça, pesca, coleta de frutos etc. No entanto, partindo do
princípio que nós somos uma espécie que faz parte desse ecossistema, fizemos o que é
natural de todo organismo: perpetuar a sua espécie. O grande problema aconteceu
depois, quando se descobriu a agricultura e pecuária.
Com a produção de alimento e criação de animais, o ser humano passou a se
reproduzir numa escala até então não vivenciada, aumentando a pressão sobre a
vegetação e fauna nativa que causou desmatamento, caça predatória e exploração de
recursos desordenadamente. Um exemplo claro disso aconteceu com o bioma Mata
Atlântica no Brasil, que teve sua área florestal reduzida em 85% somente em 500 anos.
Essa redução esteve aliada a dois aspectos principais: produção agrícola, principalmente
de cana-de-açúcar, e aumento da população. Algumas consequências dessa devastação
são observadas ainda hoje. Atualmente o Brasil possui cerca de 627 espécies ameaçadas
de extinção, e cerca de 60% delas são da Mata Atlântica, muito em decorrência dessa
drástica redução. Os mamíferos e as aves representam boa parte dessa estatística, com
cerca de 14% e 12% das suas espécies ameaçadas, respectivamente. Trazendo esse
exemplo numa escala mais regional, no ano de 1970 a cobertura florestal do município
de Rio Largo, Alagoas, era de 98.556.953,66 m2. Entretanto, em 15 anos essa área foi
reduzida intensamente, de modo que no ano de 1985 restava apenas 36.202.499,98 m 2,
que corresponde a 36% do que era em 1970. Importante destacar que em 2017 a
produção de cana de açúcar do município foi de 427.033 toneladas, sendo o 9º maior
produtor do estado.
Mas além desse problema, tem-se as mudanças climáticas que vem aquecendo o
planeta a cada ano. Pesquisadores sinalizaram que pode acontecer um fenômeno muito
parecido com o El niño, período onde as temperaturas são mais elevadas e a umidade
mais baixa. Recentemente a Europa passou por períodos de chuva intensa, deixando 196
pessoas mortas. Alguns cientistas atribuem essa catástrofe como consequência das
mudanças climáticas. Então, todas questões levantadas (aumento da população, aumento
do desmatamento e desequilíbrio do clima) são potenciais armas para a extinção do
homem.
Trazendo o debate para o aspecto sócio econômico, muitos povos tradicionais
sofrem com as atividades devastadoras nos biomas brasileiros. A Floresta Amazônica,
berço de povos indígenas, é alvo de criminosos que realizam a exploração ilegal de
minérios, contaminando grandes áreas que antes eram utilizadas para sobrevivência
dessas pessoas. Os principais impactos são na caça, pesca e coleta de frutos da floresta,
uma vez que muita área também é desmatada e queimada. Desta forma, entende-se que
essas vivem sob ameaça constantemente.
Olhando para o Brasil, atualmente o setor público é o agente que possui maior
potencial para mitigar essas questões. Algumas ações importantes que podem ser
tomadas começam com o poder legislativo. O parlamento pode destinar um maior
percentual do orçamento federal para questões de fiscalização e investimentos para
melhor monitoramento e ações mais duras contra os criminosos. Além disso, tornar as
leis ambientais mais rígidas para que as pessoas sejam repreendidas de forma eficaz.
Outro ponto importante é definir metas de longo prazo, trazendo um olhar de “projeto”
para o Brasil, e não somente coisas isoladas que irão ser destruídas por nada governante
que entrará nos próximos anos.
Uma ação importante também seria o fomento a pesquisa e inovação com os
biomas para tornar a entrada de empresas ainda mais atrativa no mercado de
bioprodutos. Dessa forma, essas organizações vão produzir e gerar emprego e renda
para as pessoas que estão localizadas no entorno dos biomas. Isso pode trazer mais
desenvolvimento e infraestrutura para as cidades, aumentando, também, a qualidade de
vida das pessoas.
Para finalizar, é de extrema importância programas e planos educacionais
voltados para a educação e conscientização ambiental, desde a base, com alunos em
período escolar, até os pequenos, médios e grandes produtores agrícolas do país.

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